Cinelândia (RJ). Foto: Vladimir Platonow/Agência Brasil |
O catastrofismo da mídia e da oposição parece não ter encontrado abrigo entre turistas e foliões. No Rio de Janeiro, por exemplo, o Carnaval recebeu uma multidão bem maior que no ano anterior, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio (ABIH-RJ). Na semana anterior aos festejos de Momo, a média de ocupação na rede hoteleira da cidade já estava acima de 82%, um incremento de 35% no comparativo a igual período de 2015. Os albergues tiveram quase 96% de reservas.
De acordo com o presidente da Abih-RJ, Alfredo Lopes, cerca de 70% dos hóspedes vêm de outras cidades do Brasil, prova de que ainda há espaço no orçamento das famílias para investir em cultura e lazer – diferente do que querem fazer crer as manchetes dos jornais.
A expectativa da Secretaria Municipal de Turismo (Riotur) era de que 1,026 milhão de turistas visitassem a cidade na semana do Carnaval, injetando cerca de R$ 3 bilhões na economia.
Questionado pela reportagem de O Estado de S.Paulo sobre os impactos da crise no Carnaval, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, desmontou o baixo astral pretendido pelo jornal: "Não afetou em nada", disse. Segundo ele, o Carnaval do Rio este ano está sendo um sucesso.
“Os hotéis estão lotados, os turistas estão vindo na mesma proporção de todos os anos”, afirmou. “O carnaval é uma festa que traz gente do país e de todo o mundo. Movimenta a economia do Rio, gera muita receita e aumenta arrecadação”, completou.
Para o presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio, a alta procura pelos destinos nacionais mostra que o turismo está caminhando “deslocado da crise econômica”.
Em Fortaleza, a cada dez turistas que fizeram reservas para os dias da folia, seis são brasileiros. E boa parte das reservas é oriunda dos estados de São Paulo e Minas Gerais. A capital cearense registra uma taxa de ocupação de 92%.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) em Pernambuco, a taxa de ocupação de hotéis no estado, em 2016, atingiu o índice de 85% em Recife, 90% em Porto de Galinhas (balneário localizado no litoral sul do estado) e 90% em Olinda. Todo o alarde em torno do surto de zika – que tem no estado o maior número de casos – e da situação econômica não afastou os foliões.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, classificou o Carnaval de rua deste ano em São Paulo como “o melhor Carnaval das últimas décadas” na cidade. “Devemos superar a meta de arrecadação de R$ 400 milhões em negócios gerados na cidade, tanto de pessoas que vieram para São Paulo quanto de quem deixou de sair da cidade. Tenho certeza de que em muito pouco tempo São Paulo será um destino turístico do Carnaval”, afirmou.
Salvador, por sua vez, também comemora a lotação de hotéis e pousadas. Se contabilizados apenas os turistas que chegaram à cidade por cruzeiros, já são 16.510, resultando na movimentação de cerca de R$1,5 bilhão na economia da cidade.
“Estamos tendo excelentes resultados”, avaliou o titular da Secretaria de Cultura e Turismo da cidade, Érico Mendonça. O presidente da seccional baiana da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Glicerio Lemos, concorda. “Estamos trabalhando com a capacidade máxima. Todos os hotéis estão lotados, sendo 97% de ocupação entre os estabelecimentos nos circuitos da festa, e 95% fora. O que nos deixa satisfeitos é que mesmo com a crise a festa conseguiu atrair ainda mais turistas”, apontou.
Diante dos números registrados – e da alegria que se viu nas ruas –, o Carnaval deve ajudar a combater o clima de pessimismo estimulado pela mídia e a oposição.
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