terça-feira, 5 de abril de 2016

Advogada quer "cortar as asas" de Lula

Do blog Viomundo:

Em discurso em ato pró-impeachment no Largo de São Francisco, na noite de segunda-feira 4, a advogada Janaína Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment da presidente Dilma que tramita no Congresso, disse a respeito do ex-presidente Lula: “Nós não vamos deixar esta cobra continuar dominando nossas mentes”.

Em tom de pregação religiosa, afirmou: “As vezes a cobra cria asa, mas quando isso acontece Deus manda uma legião [de anjos] para cortar as asas da cobra”.

Afirmou também que “eles querem nos deixar cativos”, sem explicar a quem exatamente se referia.

Mencionou que existem processos montados na Justiça e disse ser testemunha pessoal disso por defender “perseguidos políticos”.

Talvez tenha sido referência ao promotor Douglas Kirchner, de Rondônia. Ele sim, comprovadamente, ajudou a manter alguém cativo por 5 meses: a própria esposa.

Kirchner, transferido para o Ministério Público Federal do Distrito Federal para ficar longe da ex-mulher, abriu procedimento investigativo contra o ex-presidente Lula e foi acusado de vazar dados para a revista Época, da família Marinho.

Foi com base nas suspeitas de Kirchner que Lula foi acusado pela revista de ser lobista internacional.

Depois de assumir cargo no MPF, um promotor fica dois anos em estágio probatório antes de se tornar vitalício.

No dia 14 de março deste ano, o Conselho Superior do Ministério Público rejeitou por 5 a 4 a exoneração de Kirchner e decidiu mantê-lo em estágio probatório, apesar da recomendação da relatora de que ele fosse demitido. Os dois anos de estágio do promotor vencem em 14 de maio.

No dia 29, no entanto, o Conselho Nacional do Ministério Público, com 8 dos 14 votos, seguiu a recomendação do PGR Rodrigo Janot pela demissão de Kirchner.

A votação foi suspensa com o pedido de vista do conselheiro Walter de Agra. O assunto pode voltar a ser tratado na sessão extraordinária desta terça-feira 5.

Quem defendeu Kirchner no CSMP foi a advogada Janaína Paschoal. Ela disse que se tratava de um caso de “liberdade religiosa”.

O promotor Douglas assistiu enquanto a pastora Eunice, da Igreja Evangélica Hadar de Porto Velho, deu uma surra de cipó em sua esposa, Tamires.

A mulher de Kirchner foi mantida em cárcere privado com o conhecimento dele durante cinco meses. Ela não tinha acesso a itens de higiene pessoal, a alimentação era precária e Tamires dormia no chão. Ela fugiu e denunciou o caso à polícia local.

“Ele está sendo punido por ter acreditado. O que está acontecendo aqui é um julgamento da fé”, argumentou Janaína Paschoal em defesa de Kirchner diante do CSMP.

Janaína atribuiu a culpa à família de Tamires. A pastora é tia dela. “É um rapaz que é cooptado por uma seita, que na verdade é uma seita que integra toda uma família”, argumentou.

“Houve uma revelação de que eles seriam um casal perfeito” antes mesmo de Douglas e Tamires terem contato físico, disse Janaína aos integrantes do CSMP.

“Se isso aconteceu com ele, pode acontecer com qualquer um e nós ou com nossos filhos”, prosseguiu.

Para a advogada, o domínio da mente é uma ideia recorrente:

“Um menino estudioso. Um menino trancafiado, que já tinha passado em não sei quantos concursos, com 22 anos passa num dos concursos mais difíceis do país, é uma mente muito propícia para ser cooptada”, acrescentou Janaína. O argumento é de que Douglas Kirchner era suficientemente inteligente para se tornar promotor de Justiça mas não suficientemente inteligente para reconhecer que foi co-partícipe de um crime.

1 comentários:

Anônimo disse...

Esta louca se considera "um anjo"? Ah, esqueci que é da igreja satânica.Anjo do Mal. Lúcifer!