Por Altamiro Borges
Numa sessão deprimente, que entrará para a história como um
dos momentos mais tristes da frágil democracia brasileira, a Câmara dos
Deputados aprovou o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Um “consórcio de
bandidos”, liderado pelo correntista suíço Eduardo Cunha – com muitos deles
falando de forma leviana “em nome de Deus” –, assaltou 54,5 milhões de votos e
deu o primeiro passo para a formação do ilegítimo governo de Michel Temer, o Judas
que não conta com 1% de credibilidade na sociedade. O golpe, porém, teve o seu
contraponto. Neste domingo (17), milhares de pessoas saíram às ruas em defesa
da democracia e dos direitos sociais. Os protestos revelam que estão sendo
criadas as condições para a decretação de uma greve geral no Brasil.
Ficou patente que o intento maior dos golpistas é destruir o
pouco que foi conquistado nos últimos anos. Não é para menos que eles já ditam
as primeiras medidas do governo Temer/Cunha: retirada dos direitos
trabalhistas, com a imposição do negociado sobre o legislado; redução dos “gastos
públicos”, com a diminuição das verbas para as áreas sociais; revogação da lei
da partilha no pré-sal para favorecer as multinacionais do petróleo; entre vários
outros pontos regressivos e destrutivos.
Com esta compreensão, várias categorias de trabalhadores já
se mobilizaram nos últimos dias. Os sindicatos deixaram de lado seu
corporativismo e jogaram pesado na mobilização contra o golpe, dando
demonstração de maturidade politica. Os trabalhadores rurais bloquearam
estradas e já anunciaram que irão intensificar a luta. Em defesa da democracia
e dos direitos sociais, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo, que
reúnem o grosso dos movimentos sociais brasileiros, tornaram-se referência na
reação ao golpe.
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2 comentários:
Eis aí o desejo dos corruptos: Um presidente Judas e um vice Barrabás.
Tomando a liberdade de reproduzir no CLASSISTA
Sem cessar, lutemos!
Abraços
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