Por Luis Felipe Miguel, no blog Diário do Centro do Mundo:
O assassinato de Marielle Franco está batendo na porta de Jair Bolsonaro. Não cabe antecipar resultado de investigações, mas parece restar pouca margem de dúvida quanto ao fato de que os envolvidos na execução pertencem ao círculo do presidente da República. E, tendo em vista toda a folha corrida já conhecida, quem poderia se dizer honestamente surpreendido caso fosse demonstrada uma participação ainda mais direta dele ou de seus filhos?
Ainda não se completaram dois meses e meio de governo e fica cada vez mais tentador, para os que estão no poder, dar um jeito de escantear o “mito” que eles promoveram quando era necessário derrotar a esquerda. Bolsonaro é incompetência, bizarrice e imundície. Uma fachada mais limpinha seria bem vinda.
Mas é bom lembrar: Bolsonaro das milícias é o mesmo Bolsonaro que foi colocado na presidência para destruir direitos trabalhistas e previdenciários. São dois lados da mesma moeda. A violência contra movimentos sociais e lideranças populares é parte central da estratégia de promoção dos retrocessos.
Os militares que agora não querem dividir o governo com olavetes desvairados, os colunistas e editorialistas dos grandes jornais, os chefes dos partidos tradicionais da direita, os grandes empresários e todos os outros golpistas de 2016 podem se fazer de escandalizados, mas eles usaram Bolsonaro sabendo muito bem de quem se tratava, quando era conveniente, e voltarão a usá-lo – ou outro similar – quando julgarem útil de novo.
Ainda não se completaram dois meses e meio de governo e fica cada vez mais tentador, para os que estão no poder, dar um jeito de escantear o “mito” que eles promoveram quando era necessário derrotar a esquerda. Bolsonaro é incompetência, bizarrice e imundície. Uma fachada mais limpinha seria bem vinda.
Mas é bom lembrar: Bolsonaro das milícias é o mesmo Bolsonaro que foi colocado na presidência para destruir direitos trabalhistas e previdenciários. São dois lados da mesma moeda. A violência contra movimentos sociais e lideranças populares é parte central da estratégia de promoção dos retrocessos.
Os militares que agora não querem dividir o governo com olavetes desvairados, os colunistas e editorialistas dos grandes jornais, os chefes dos partidos tradicionais da direita, os grandes empresários e todos os outros golpistas de 2016 podem se fazer de escandalizados, mas eles usaram Bolsonaro sabendo muito bem de quem se tratava, quando era conveniente, e voltarão a usá-lo – ou outro similar – quando julgarem útil de novo.
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