Por Fernando Brito, em seu blog:
A insuspeita Miriam Leitão diz que a saída de Marcos Cintra da Receita Federal “confirma que o Brasil está sem rumo na área tributária“.
O Brasil tem rumo em alguma área, Miriam?
Diante dos problemas de caixa do “botequim” – desculpem a comparação, mas o gerente do estabelecimento a impõe – s providências são as seguintes: reduz-se as folgas (trabalhem aos domingos!), arrochem-se os salários, retardem-se as aposentadorias e ponham à venda cadeiras, mesas, balcões e o que mais houver.
Guedes “vai pensar” no que fazer, mas o fato é que a reforma tributária que sair – se sair – vai ser uma colcha de retalhos de interesses locais ou paroquiais, porque é evidente que só pode ser isso o resultado de algo concebido e parido num Congresso amorfo e fisiológico.
Porque do governo não vem direção, mas desastre e picuinhas.
Há rumo na educação, com um palerma produzindo escândalos diários para impressionar o chefe e dando risadas de cortar verbas para escolas e bolsas?
Na saúde, onde voltam as doenças antigas (o sarampo estava banido, lembram?) e a falta de ações públicas eleva a níveis recordes a dengue e outras moléstias que têm nos mosquitos seu vetor?
Ou será que temos rumo no meio-ambiente, no saneamento, na segurança, por onde mais se for ver?
O Brasil está entregue à politicagem e quase todas as notícias são sobre intrigas, vazamentos, “derrubada” de cargos, moralismos sexuais toscos, quando não terraplanismos e outras olavices.
Ou, claro, falar que a mulher do Macron “é feia” e que o pai da Michelle Bachelet era subversivo.
O país não tem um governo, tem uma chanchada trágica, na qual a família presidencial ocupa o centro da cena enquanto o teatro se arruina.
É este o governo que mídia, empresários, Judiciário, Ministério Público e você mesma, Miriam, colocaram lá.
Não adianta criticar o efeito sem desfazer as causas. Ou será que colocar no lugar deste aventureiro tosco um Doria ou um Huck adiantaria?
A política não é para arrivistas e aí está no que deu empurrarem uma nulidade para a cadeira presidencial achando que, assim, as corporações – financeiras, judiciais, militares, midiáticas – iam ter o poder.
Quem perdeu o rumo no Brasil foi o establishment, que atirou fora as regras do jogo político civilizado e apelou para pistoleiros.
Ganhou um governo de milícias.
A insuspeita Miriam Leitão diz que a saída de Marcos Cintra da Receita Federal “confirma que o Brasil está sem rumo na área tributária“.
O Brasil tem rumo em alguma área, Miriam?
Diante dos problemas de caixa do “botequim” – desculpem a comparação, mas o gerente do estabelecimento a impõe – s providências são as seguintes: reduz-se as folgas (trabalhem aos domingos!), arrochem-se os salários, retardem-se as aposentadorias e ponham à venda cadeiras, mesas, balcões e o que mais houver.
Guedes “vai pensar” no que fazer, mas o fato é que a reforma tributária que sair – se sair – vai ser uma colcha de retalhos de interesses locais ou paroquiais, porque é evidente que só pode ser isso o resultado de algo concebido e parido num Congresso amorfo e fisiológico.
Porque do governo não vem direção, mas desastre e picuinhas.
Há rumo na educação, com um palerma produzindo escândalos diários para impressionar o chefe e dando risadas de cortar verbas para escolas e bolsas?
Na saúde, onde voltam as doenças antigas (o sarampo estava banido, lembram?) e a falta de ações públicas eleva a níveis recordes a dengue e outras moléstias que têm nos mosquitos seu vetor?
Ou será que temos rumo no meio-ambiente, no saneamento, na segurança, por onde mais se for ver?
O Brasil está entregue à politicagem e quase todas as notícias são sobre intrigas, vazamentos, “derrubada” de cargos, moralismos sexuais toscos, quando não terraplanismos e outras olavices.
Ou, claro, falar que a mulher do Macron “é feia” e que o pai da Michelle Bachelet era subversivo.
O país não tem um governo, tem uma chanchada trágica, na qual a família presidencial ocupa o centro da cena enquanto o teatro se arruina.
É este o governo que mídia, empresários, Judiciário, Ministério Público e você mesma, Miriam, colocaram lá.
Não adianta criticar o efeito sem desfazer as causas. Ou será que colocar no lugar deste aventureiro tosco um Doria ou um Huck adiantaria?
A política não é para arrivistas e aí está no que deu empurrarem uma nulidade para a cadeira presidencial achando que, assim, as corporações – financeiras, judiciais, militares, midiáticas – iam ter o poder.
Quem perdeu o rumo no Brasil foi o establishment, que atirou fora as regras do jogo político civilizado e apelou para pistoleiros.
Ganhou um governo de milícias.
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