sábado, 26 de outubro de 2019

América Latina virando o jogo!

1 comentários:

Darcy Brasil Rodrigues da Silva disse...

O ex senador esqueceu de dizer que a derrota eleitoral do neoliberalismo, no Brasil, somente ocorreria 10 anos depois, porque o movimento dos cara-pintadas não tinha objetivo de ser um procesdo de permanente de mobilização da sociedade para além do "Fora Collor".Nesse sentido, apesar de ter conquistado um objetivo politico, tinha caráter economicista, correspondendo à consciência politica que,em geral a classe media chega espontaneamente, sem auxílio de processos de luta ideológica organizados por partidos que visam substituir a democracia liberal por uma democracia popular. Ao afirmar corretamente que a aplicação das politicas neoliberais tornam os governos impopulares, o líder do PT não se dá conta de que a queda sazonal dos governos neoliberais faz parte da previsibilidade inerente ao próprio projeto neoliberal. No Brasil, Collor e FHC implementaram medidas estruturais de ordem neoliberal, orientadas por um projeto de desmonte do Estado e de desindustrialização do Brasil, como a privatização da Vale, a privatização dos bancos públicos,a inviabilização do desenvolvimento de empresas na área de informática que colocariam o Brasil na linha de frente desse setor estrategico, acompanhadas do estímulo ao desenvolvimento do agronegócio, tal como estabelece o projeto de divisão internacional do trabalho do imperialismo, a quem o neoliberalismo corresponde do ponto de vista dos interesses de classe. As vitórias previsíveis dos governos petistas face ao desgate do governo neoliberal de FHC representou apenas uma parada no ritmo dessas reformas estruturais neoliberais, que ficariam aguardando para serem aprofundadas no momento oportuno, como estamos assistindo agora. O mesmo processo ocorreu na Argentina. A conclusão, que demandara um livro para ser justificada, é que o projeto do PT não foi e não é capaz de transformar estruturalmente o Brasil, derrotando o neoliberalismo e adotando medidas estruturais de outro projeto de desenvolvimento, satisfazendo outros interesses de classe. Nisso difere do procesdo em curso na Venezuela. Por isso, para mim, o grande líder da America Latina foi Hugo Chavez que promoveu mudanças estruturais na Venezuela, que a converterão em uma grande potência soberana nos proximos 20 ou 30 anos, apesar da economia de guerra em que vive, nesse momento, por conta dos ataques do imperialismo, e não Lula que se guiou por um impossível projeto de conciliação de interesses de classe,deixando intocadas as conquistas obtidas pela plutocracia financeira nnos anos anteriores, deixando o Brasil exposto e indefeso para resistir à ferocidade dos ataques neoliberais.