quinta-feira, 9 de abril de 2020

Petardo: Gilmar Mendes critica sumiço de Moro

Por Altamiro Borges

Um dos culpados pela eleição do fascista “BolsoNero”, o juizeco Sergio Moro – que ganhou um carguinho no laranjal – desapareceu em plena crise do coronavírus. Quem registrou seu sumiço foi o ministro Gilmar Mendes, do STF. "Eu tenho sentido a ausência do Ministério da Justiça", cutucou.

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Sem citar o nome do juizeco, Gilmar Mendes explicou que Moro teria papel a desempenhar durante a pandemia. "Temos controversas jurídicas complexas entre União, estados e municípios, conflitos que são qualificados, e eu não tenho visto o Ministério da Justiça participar do debate".

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Na entrevista ao UOL, o ministro do STF ironiza que só ouviu o "muxoxo" punitivista de Moro. "No máximo tenho ouvido um muxoxo ou outro sobre liberação de presos. Acho que o Ministério da Justiça, pela sua tradição, precisa se fazer presente". O "marreco de Maringá" é um fiasco!

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Sem maior alarde, a mídia tucana informa que a Ecovias firmou acordo com o Ministério Público e confessou que pagou propina por 18 anos em governos do PSDB em São Paulo. A empresa também se comprometeu a ressarcir R$ 650 milhões aos cofres públicos como indenização pela corrupção.

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Segundo matéria da Folha, "a concessionária que administra o sistema Anchieta-Imigrantes afirma que houve formação de cartel, pagamentos de propinas e repasses de caixa dois em 12 contratos com o governo de SP". A roubalheira envolveria as gestões de Mário Covas, Serra e Alckmin.

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A discreta Folha até afirma que a Ecovias listou os que receberam propina, "entre eles políticos que ainda hoje têm mandato". Mas nenhum nome é citado. A empresa garantiu que firmou o cartel em 1998 na gestão de Mário Covas e que "o pagamento de propina e de caixa dois durou até 2015".

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O filósofo de orifícios Olavo de Carvalho, guru de Bolsonaro, também virou garoto propaganda da cloroquina. Ele inclusive defende que o ministro Mandetta seja "preso" porque estaria escondendo o milagroso remédio para a cura do coronavírus. Antes ele dizia que a pandemia era fantasia e conspiração da China.

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Em sua live nesta semana, o astrólogo da Virgínia rosnou: "Uns escondiam a cloroquina e outros proibiam de usar. O Mandetta proibiu o negócio. Eles [governadores e ministro] querem fabricar mortos. Esse Mandetta, eu não daria meu cachorro para ele cuidar. É um sujeito pueril, boboca, metido".

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Na mesma live, Olavo de Carvalho atacou os militares e Rodrigo Maia, presidente da Câmara, que ele chama pejorativamente de "Nhono". "Chegou ao ponto que qualquer bunda-mole como esse Nhono manda. É uma coisa absurda. E esses generais estão vendo a criminalidade desses camaradas e não fazem nada".

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O "humorista" Danilo Gentili até entrou com recurso, mas dançou. Keila Jimenez relata no R7 que o "Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter indenização de R$ 80 mil por danos morais que o TJ de Pernambuco concedeu a uma mulher que foi alvo de suas piadas no programa 'Agora É Tarde', na Band, em 2013".

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A enfermeira, que apareceu em reportagens como a maior doadora de leite materno do país, foi comparada por Danilo Gentili a uma "vaca" e ao ator pornô Kid Bengala. "Em termos de doação de leite, ela está quase alcançando o Kid Bengala", afirmou o "humorista" escroto, finalmente punido pela Justiça.

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"Moradora da pequena cidade de Quipapá (PE), a mulher disse, na época, que pretendia parar de doar leite pois se sentia humilhada. Ela chegou inclusive a mudar de cidade por causa de ofensas públicas que sofreu", relembra Keila Jimenez. A enfermeira acionou a Justiça e agora será indenizada.

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Estudo da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da FGV confirma que as milícias bolsonaristas seguem com dificuldades para ampliar seu espaço no Twitter. No domingo, foram 3,1 milhões de posts sobre a crise do coronavírus. Desse total, o gado governista teve 13,4% das interações.

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Deputados do PSB protocolaram pedido de impeachment do patético Abraham Weintraub. Ele é acusado por prática de improbidade na administração pública e por falta de decoro no cargo. Entre os crimes são citados agressões a estudantes, docentes, instituições de ensino e a nações estrangeiras, como a China.

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