sexta-feira, 10 de abril de 2020

Petardo: O diálogo mafioso entre Onyx e Terra

Por Altamiro Borges

Só dá oportunista no laranjal de Bolsonaro. Áudio vazado pela CNN-Brasil na quinta-feira (9) mostrou o diálogo mafioso entre Osmar Terra (MDB-RS) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS) para apunhalar e trocar o ministro da Saúde, de quem divergem sobre o combate à pandemia. "Eu ajudo, Onyx. E não precisa ser eu o ministro".

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No diálogo de cafajestes, Onyx Lorenzoni, atual ministro da Cidadania, também insinua que o "capetão" deu uma fraquejada ao não demitir Luiz Henrique Mandetta. "Se eu estivesse na cadeira [de Bolsonaro]... O que aconteceu na reunião eu não teria segurado, eu teria cortado a cabeça dele".

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Ainda segundo a Folha, "o áudio relevado pela CNN foi entendido por políticos como uma amostra de que Onyx Lorenzoni vê Jair Bolsonaro fraco e sem pulso... Além disso, avaliam parlamentares, o diálogo deixa implícito que havia um plano em execução que fracassou". O laranjal está podre!

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A Folha garante que "o vazamento do áudio gerou revolta na bancada de deputados do DEM. Na avaliação de parlamentares, o ato de Onyx Lorenzoni foi uma traição. Houve entre os deputados quem defendesse que o partido adotasse algum tipo de sanção contra o ministro da Cidadania".

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"Além da saia-justa com o presidente, Onyx ficou mal na conta de Mandetta e do DEM. Está sendo chamado de judas e traidor... Quando estava sendo fritado na Casa Civil, segundo relatos, ele teve ajuda de seu grupo da legenda, formado também pelo governador Ronaldo Caiado (DEM-GO)", informa a Folha.

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Já a Época confirma que "o DEM está pegando fogo, diante do flagra de Onyx Lorenzoni falando mal de Luiz Henrique Mandetta, de quem ele se dizia amigo". Os demos estão queimando no inferno - ou melhor, no laranjal de Bolsonaro! Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, do mesmo partido, não vão falar nada?

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Se Bolsonaro "fraquejou" e ainda não "cortou a cabeça" do ministro da Saúde, seus jagunços virtuais estão ativos nesse intento. Segundo a Época, "sob ataque da militância digital bolsonarista, Mandetta viu seu sentimento positivo no Twitter cair de 81% para 52% em uma semana".

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A pesquisa da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da FGV constatou que o ministro da Saúde é hoje um dos alvos da milícia virtual bolsonarista. "No início de abril, os ataques começam a partir de grupos pró-governo, que criticam a resistência de Mandetta em aprovar a cloroquina".

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Apesar do acordo firmado entre Bolsonaro e Mandetta, que afrouxou o isolamento social, o "capetão" segue na fritura de seu ministro. Em sua live diária, o ciumento ameaçou demiti-lo: "Médico não abandona paciente, mas paciente pode trocar de médico". O pacto da morte não reduziu seu ódio.

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