domingo, 21 de março de 2021
Descontrole da inflação preocupa “Bolsocaro”
Por Altamiro Borges
Não é só a pandemia da Covid-19 que está descontrolada no Brasil desgovernado por Jair Bolsonaro. A inflação também parece desembestada. O governo já percebeu o desastre. Tanto que o apelido de "Bolsocaro" irritou o genocida, que sabe o desgaste que a alta dos preços pode causar em sua imagem já abalada. O caos na economia inclusive já é motivo de reportagens na imprensa internacional.
Na quinta-feira passada (18), o britânico Financial Times, considerado a bíblia dos rentistas, destacou o agravamento da crise. Ao informar sobre o aumento da taxa básica de juros (Selic), o jornal afirmou que "a decisão do Banco Central vem em um cenário de preços em alta e uma nova onda mortal de Covid-19".
Já o diário estadunidense Wall Street Journal alertou que o Brasil se tornou "a primeira grande economia a aumentar as taxas de juros neste ano". Para o jornal, a aumento da Selic é um "prenúncio para outros países em desenvolvimento" e coloca "em risco as suas frágeis economias". O cenário preocupa o laranjal, que teme perder o controle sobre a inflação e descarrilar de vez.
O "calcanhar de Aquiles" do presidente
Na segunda-feira passada (15), o jornal Estadão já alertava para o “desconforto” do “imbecil”. Segundo a reportagem, “o risco de descontrole da inflação é o calcanhar de Aquiles do presidente Jair Bolsonaro. Cobrado nas redes sociais pela alta da inflação, com vídeos que intitulam o movimento de alta dos preços como ‘Bolsocaro’, o presidente já reclamou em público diversas vezes do reajuste dos preços da carne, do arroz, do gás de cozinha e dos combustíveis”.
Ainda de acordo com o jornal, o neofascista “sente o termômetro da população e sobe o tom de cobranças à equipe econômica, nas lives de todas as quintas-feiras, e nos encontros frequentes com simpatizantes na porta da sua residência oficial, o Palácio da Alvorada. Bolsonaro tem demonstrado cada vez mais desconforto com a combinação perversa de preços altos e desemprego, que retira o poder de compra da população e a popularidade de qualquer presidente da República”.
Bolsonaro é um "laranja" da cloaca burguesa
Adorador do “deus-mercado” e defensor das teses neoliberais, o jornalão teme que esse “desconforto” leve o governo a exonerar o ministro Paulo Guedes, o queridinho da cloaca burguesa no laranjal. “Não estou otimista. A tentação populista é enorme”, afirma o economista José Roberto Mendonça de Barros, sócio da consultoria MB Associados e colunista do Estadão.
Esse risco, porém, parece distante. “Bolsocaro” sabe que seu prestígio, que já está em queda, pode afundar de vez com a perda de controle da economia – expressa simultaneamente na explosão do desemprego e da inflação. Mas ele também sabe que só chegou ao poder graças ao apoio da cloaca burguesa, que apostou na instabilidade política e chocou o ovo da serpente fascista no país. Como afirmou em recente convescote com lideranças empresariais, patrocinada pelo escroque Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias de São de Paulo (Fiesp), “estou no governo para servir vocês”. Ele é um laranja da burguesia escrota!
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