quarta-feira, 30 de novembro de 2022
terça-feira, 29 de novembro de 2022
Fascismo: a educação chora por Aracruz
Por Gilson Reis
Estarrecida, destruída, inconformada, sangrando, dilacerada, chorando lágrimas de tristeza incontida. Assim está a educação, assim está cada um de nós, seres humanos, brasileiros e brasileiras com um mínimo de humanismo, compaixão e empatia.
A cidade de Aracruz, no norte do Espírito Santo, depois de ser afogada pelas lamas da Samarco/Vale - no maior crime ambiental da história do Brasil, que destruiu o Rio Doce, uma das maiores bacias hidrográficas do País -, agora se vê diante de um dos mais bárbaros crimes contra a educação e a infância/juventude.
Na manhã da última sexta-feira (25), um adolescente de 16 anos, filho de um militar que cultua o fascismo com prática de vida - e, portanto, como modelo de educação e formação do filho -, acordou decidido a matar. Armou-se com armas letais, instrumentos de adoração do pai, e foi à caça de estudantes e professores de duas escolas do bairro de Coqueiral, na triste e melancólica Aracruz.
Estarrecida, destruída, inconformada, sangrando, dilacerada, chorando lágrimas de tristeza incontida. Assim está a educação, assim está cada um de nós, seres humanos, brasileiros e brasileiras com um mínimo de humanismo, compaixão e empatia.
A cidade de Aracruz, no norte do Espírito Santo, depois de ser afogada pelas lamas da Samarco/Vale - no maior crime ambiental da história do Brasil, que destruiu o Rio Doce, uma das maiores bacias hidrográficas do País -, agora se vê diante de um dos mais bárbaros crimes contra a educação e a infância/juventude.
Na manhã da última sexta-feira (25), um adolescente de 16 anos, filho de um militar que cultua o fascismo com prática de vida - e, portanto, como modelo de educação e formação do filho -, acordou decidido a matar. Armou-se com armas letais, instrumentos de adoração do pai, e foi à caça de estudantes e professores de duas escolas do bairro de Coqueiral, na triste e melancólica Aracruz.
Despesa com juros não tem teto
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:
Uma vez confirmados os resultados do processo das eleições de outubro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as especulações e pressões exercidas pelos representantes do sistema financeiro voltaram-se imediatamente para a formação do novo governo. Apesar do silêncio criminoso do Bolsonaro e de sua recusa em assumir publicamente a derrota nas urnas, ampliam-se a cada dia as dificuldades políticas para que ele consiga promover algum tipo de golpe, com a ajuda do comando das Forças Armadas, para impedir a posse de Lula em 1º de janeiro próximo.
Uma vez confirmados os resultados do processo das eleições de outubro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as especulações e pressões exercidas pelos representantes do sistema financeiro voltaram-se imediatamente para a formação do novo governo. Apesar do silêncio criminoso do Bolsonaro e de sua recusa em assumir publicamente a derrota nas urnas, ampliam-se a cada dia as dificuldades políticas para que ele consiga promover algum tipo de golpe, com a ajuda do comando das Forças Armadas, para impedir a posse de Lula em 1º de janeiro próximo.
A violência que nos dilacera
Por Cristina Serra, em seu blog:
O massacre em Aracruz, no Espírito Santo, nos dilacera como sociedade e nos lembra que escolas deixaram de ser o lugar seguro onde crianças, jovens e mestres devem florescer juntos.
O Brasil foi inscrito no mapa dessa tragédia em abril de 2011, numa escola do bairro de Realengo, no Rio de Janeiro, quando um ex-aluno abriu fogo e matou 12 crianças e adolescentes. De lá para cá, contam-se, pelo menos, mais 11 atentados e carnificinas em escolas e creches. Há diferenças nas motivações e execução, mas os crimes se assemelham na brutalidade e covardia contra vítimas indefesas.
No caso de Aracruz, que resultou na morte de quatro pessoas, há um componente de alarmante gravidade. O assassino de 16 anos usava uma suástica nazista na roupa e demonstrou profissionalismo incomum ao arrombar o portão de duas escolas, dirigir o carro e usar as armas do crime. As armas pertencem ao pai, um policial militar que publicou post sobre o livro de Hitler, “Minha luta”, base da ideologia nazista e de todos os seus horrores.
O massacre em Aracruz, no Espírito Santo, nos dilacera como sociedade e nos lembra que escolas deixaram de ser o lugar seguro onde crianças, jovens e mestres devem florescer juntos.
O Brasil foi inscrito no mapa dessa tragédia em abril de 2011, numa escola do bairro de Realengo, no Rio de Janeiro, quando um ex-aluno abriu fogo e matou 12 crianças e adolescentes. De lá para cá, contam-se, pelo menos, mais 11 atentados e carnificinas em escolas e creches. Há diferenças nas motivações e execução, mas os crimes se assemelham na brutalidade e covardia contra vítimas indefesas.
No caso de Aracruz, que resultou na morte de quatro pessoas, há um componente de alarmante gravidade. O assassino de 16 anos usava uma suástica nazista na roupa e demonstrou profissionalismo incomum ao arrombar o portão de duas escolas, dirigir o carro e usar as armas do crime. As armas pertencem ao pai, um policial militar que publicou post sobre o livro de Hitler, “Minha luta”, base da ideologia nazista e de todos os seus horrores.
O jogo de chantagens de Campos Neto no BC
Por Luis Nassif, no jornal GGN:
Coube a José Roberto Afonso, maior especialista em política tributária do país – funcionário aposentado do BNDES e professor do IDP em Portugal – o feito de desmascarar uma chantagem usual, da qual se vale o Banco Central para firmar seu poder.
As afirmações foram feitas em entrevista ao jornal Valor Econômico.
O autor, no caso, foi Roberto Campos Neto, presidente do BC. Recentemente, em um evento, Campos Neto alertou para os riscos fiscais do país.
Simultaneamente, o presidente do BTG-Pactual, André Esteves, alertou para o risco do investidor desistir de adquirir títulos públicos.
Sobre Campos Neto, o julgamento foi duro: “Espero que tenha sido um momento de amnésia temporária (de Campos Neto). Já que não tem Ministro da Fazenda, espero que ele tenha se confundido e esquecido que é presidente do BC”.
Coube a José Roberto Afonso, maior especialista em política tributária do país – funcionário aposentado do BNDES e professor do IDP em Portugal – o feito de desmascarar uma chantagem usual, da qual se vale o Banco Central para firmar seu poder.
As afirmações foram feitas em entrevista ao jornal Valor Econômico.
O autor, no caso, foi Roberto Campos Neto, presidente do BC. Recentemente, em um evento, Campos Neto alertou para os riscos fiscais do país.
Simultaneamente, o presidente do BTG-Pactual, André Esteves, alertou para o risco do investidor desistir de adquirir títulos públicos.
Sobre Campos Neto, o julgamento foi duro: “Espero que tenha sido um momento de amnésia temporária (de Campos Neto). Já que não tem Ministro da Fazenda, espero que ele tenha se confundido e esquecido que é presidente do BC”.
Os generais que se rebaixam
Charge: Venes |
A anunciada decisão dos comandantes militares de deixarem seus cargos antes da posse do presidente eleito, para que não tenham de bater continência a Lula, é – espera-se – o último episódio da aventura suicida em que as Forças Armadas se lançaram desde que acharam que Jair Bolsonaro seria o caminho para uma impossível volta ao mando que tiveram sobre o país durante a ditadura.
Nem tanto pelo destino dos comandantes – que deixam os cargos, rumo a uma confortável aposentadoria, livre dos limites impostos aos civis – mas pelo mau exemplo que dão aos seus comandados, que veem seus chefes, por razões de ordem meramente político-ideológica, recusarem-se à disciplina e à fidalguia indispensáveis a quem deveria ser o espelho de suas tropas.
segunda-feira, 28 de novembro de 2022
O fascismo que habita o Brasil
Charge: Padre Fábio |
A vitória épica do Lula em 30 de outubro não extirpou o fascismo que habita o Brasil. Seria muito ingênuo, aliás, se esperar alguma solução mágica e instantânea para desafio tão complexo e de raízes históricas profundas.
O fascismo habita o Brasil desde tempos longínquos; encontrou terreno fértil e se entranhou com facilidade por meio duma elite racista, escravocrata, patriarcal e truculenta como a brasileira.
Em momentos como o atual, de agudo conflito distributivo, a saída capitalista “drástica” com o fascismo é sempre uma “tentação” cogitada por uma oligarquia dominante pouco afeita à democracia, mas muito apegada ao desejo indomável e pornográfico de acumulação – que o diga o celeuma em torno da PEC do Bolsa Família.
Um perigo chamado Mourão
Charge: Nani |
Sempre entendi, desde o primeiro dia de 2019, quando o novo governo assumiu, que o verdadeiro perigo não era Jair Messias, e sim Hamilton Mourão.
Quando os pedidos de impeachment começaram a se acumular na Câmara de Deputados, ainda no tempo de Rodrigo Maia presidir a Casa, confesso que tive dois temores.
Primeiro, que se levado a plenário os pedidos não fossem aprovados, Jair Messias sairia fortalecido. O segundo: se aprovados, Hamilton Mourão assumiria a presidência deste pobre país.
Por que mais perigoso que Jair Messias, se é que isso é possível? Por várias razões.
Jair Messias é um primata desequilibrado, de uma ignorância olímpica, dono de uma inteligência comparável ao meu saldo bancário, que na maior parte do tempo é negativo. Não tem sequer vestígio de ideologia.
Bolívia comemora derrota dos golpistas
Foto: divulgação |
Após 36 dias do movimento golpista que, com bloqueios, ameaças e extrema violência, confinaram a população em suas casas e provocaram um prejuízo superior a US$ 1,2 bilhão, as ruas de Santa Cruz de la Sierra voltaram à normalidade na Bolívia. Isso foi fruto da aprovação do projeto de lei do Censo de Lei de População e Moradia 2024 pelos deputados no último sábado (26).
Depois de quatro mortes e centenas de feridos, a medida foi anunciada por Rómulo Calvo, autointitulado presidente da Comissão local, na ausência do governador Luis Fernando Camacho, o principal promotor dos atos criminosos.
Fascismo e massacres ao final das eleições
Imagem: Geledés |
No centro de Curitiba, em plena Semana da Consciência Negra, um homem branco armado com faca, cassetete e cão de guarda, espancou covardemente um homem negro que caminhava no centro de Curitiba. O criminoso ordenou que o cão mordesse a vítima, o músico Odivaldo Carlos da Silva, conhecido como Neno.
De acordo com as informações nas redes sociais da vereadora Carol Dartora, enquanto atacava o músico, o criminoso, identificado pela polícia como Paulo Cezar Bezerra da Silva, demonstrava o comportamento de um neonazista: "É morador de rua, tem que apanhar".
De acordo com as informações nas redes sociais da vereadora Carol Dartora, enquanto atacava o músico, o criminoso, identificado pela polícia como Paulo Cezar Bezerra da Silva, demonstrava o comportamento de um neonazista: "É morador de rua, tem que apanhar".
Trump orienta ações terroristas de Bolsonaro
Foto: Amanda Perobelli/Reuter, publicada no site The Washington Post |
O jornal The Washington Post revelou na quarta-feira (23) que o deputado Eduardo Bolsonaro, o Dudu Bananinha, reuniu-se com Donald Trump em sua mansão em Palm Beach, na Flórida (EUA), logo após o segundo turno da eleição no Brasil. Segundo a reportagem, o terrorista do Capitólio teria orientado o filhote 03 do "capetão" a seguir questionando o resultado do pleito, insuflando as suas milícias.
Steve Bannon, o ex-estrategista de Donald Trump que já foi preso e recentemente foi condenado por obstruir a investigação sobre os ataques de janeiro de 2021 ao Congresso dos EUA – que resultou em cinco mortes –, confirmou a conspirata. Ele disse que a reunião discutiu “a força das manifestações pró-Bolsonaro”. A matéria evidencia que os fascistas, dos EUA e do Brasil, estão bem articulados.
domingo, 27 de novembro de 2022
Amoêdo se desfilia do partido golpista Novo
João Amoêdo. Foto: divulgação |
O empresário João Amoêdo, um dos fundadores do já envelhecido Novo, anunciou nesta sexta-feira (25) a sua desfiliação da sigla. “Hoje, com muito pesar, me desfilio do partido que fundei, financiei e para o qual trabalhei desde 2010”, postou em suas redes sociais. Desiludido, ele ainda afirmou que a legenda não existe mais, criticou a aproximação de seus dirigentes com o golpista Jair Bolsonaro e admitiu que o partido “foi sendo desfigurado e se distanciou da sua concepção original”.
"O Novo atual descumpre o próprio estatuto, aparelha a sua Comissão de Ética para calar filiados, faz coligações apenas por interesses eleitorais, idolatra mandatários, não reconhece os erros, ataca os Poderes constituídos da República e estimula ações contra a democracia”, afirmou na postagem.
Mais violentos, fascistas xingam Gilberto Gil
Charge: Latuff |
Aproveitando-se da total impunidade, os fanáticos bolsonaristas estão cada dia mais violentos e atrevidos. Agora foi a vez do cantor Gilberto Gil e de sua esposa, Flora Gil, serem hostilizados no Catar, no jogo de estreia da seleção brasileira. Um fascista rosnou: “Vamos, Bolsonaro. Vamos, Lei Rouanet... Seu filho da puta”. Eles chegaram a cercar o artista, de 80 anos, nos corredores do estádio Lusail Iconic.
Neste domingo (27), o renomado músico postou um vídeo para repudiar a agressão e agradecer as mensagens de apoio. Ele classificou o ataque de seguidores do derrotado Jair Bolsonaro como “coisa estúpida”, como gesto de “inconformados querendo manter essa coisa de ódio, de agressividade”.
Malafaia incendeia o país e relaxa em resort
Foto: Reprodução/Redes Sociais |
Na semana passada, Silas Malafaia – também apelidado de “pastor Silas Malacheia” – postou mais um vídeo com ataques a Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Em tom ameaçador, o mercador da fé o ameaçou com um “xeque-mate” e pregou que “o Brasil vai pegar fogo”. A sua fúria diabólica serviu para alimentar bolsonaristas fanatizados que acampam em quartéis, inclusive debaixo de chuva, e bloqueiam estradas.
A humanidade em risco
Ilustração: Nehal Sharm |
O capitalismo ameaça a sobrevivência da humanidade. Agravou a crise climática, a desigualdade social, o poderio bélico. As estações do ano parecem enlouquecidas: faz calor em pleno inverno e frio intenso no auge do verão. Furacões, ciclones e secas são como se Gaia arreganhasse os dentes para morder a espécie humana que, em busca insaciável de lucro, não cessa de violentá-la.
Os desastres ambientais quintuplicaram nos últimos 50 anos: desmatamento, queimadas, contaminação das águas fluviais e marítimas. Esses crimes matam 115 pessoas por dia e dão prejuízo diário de US$ 202 milhões. Em 2021, o planeta perdeu 11,1 milhões de hectares de florestas tropicais (World Resources Institute (WRI)/ Universidade de Maryland, EUA). Mais de 40% da perda da vegetação nativa mundial aconteceu no Brasil. A floresta amazônica, que se estende por nove países, já perdeu 30% de sua cobertura vegetal devido à pressão dos exportadores de madeira nobre e do agronegócio dedicado à pecuária e à produção de soja, exportadas para a Europa e a China.
Os sete erros fatais de Bolsonaro na pandemia
Charge: Zé Dassilva |
O enfrentamento da pandemia pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) está entre os piores do mundo e permitiu 75% das quase 690 mil mortes pela covid no Brasil. Ou seja, 517 mil, segundo especialistas. As conclusões estão no Dossiê Abrasco Pandemia de Covid-19, lançado nesta quinta-feira (24), no encerramento do 13º Congresso que a Associação Brasileiro de Saúde Coletiva (Abrasco) realizou em Salvador.
Com mais de 300 páginas, o documento com cópia enviada ao grupo de trabalho sobre Saúde da equipe de transição do governo eleito é um diagnóstico da condução da pandemia. E indica as alternativas a serem adotadas pelo novo governo no enfrentamento de uma pandemia ainda longe de acabar.
Com mais de 300 páginas, o documento com cópia enviada ao grupo de trabalho sobre Saúde da equipe de transição do governo eleito é um diagnóstico da condução da pandemia. E indica as alternativas a serem adotadas pelo novo governo no enfrentamento de uma pandemia ainda longe de acabar.
Aracruz e o país da tragédia naturalizada
Imagem: divulgação/redes sociais |
Nos Estados Unidos, onde a liberação das armas explica a sucessão de ataques armados a escolas, com inúmeras mortes, ninguém esquece os traumas provocados por eles.
Há 23 anos, em 1999, houve o Massacre de Columbine, no Colorado, EUA, quando dois ex-alunos, de 17 e 18 anos, invadiram uma escola, atirando com escopeta, deixando o saldo de 13 mortos, inclusive os criminosos.
Mas a mídia americana não esquece, a produção cultural não esquece, o povo não esquece e, sobretudo, as pessoas ligadas às vítimas não esquecem.
O Massacre de Realengo, há 11 anos, na Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, RJ, foi cometido por um ex-aluno fortemente armado, havendo também 13 mortos, o assassino entre eles.
Com a invasão das escolas, em Aracruz, por um jovem atirador de 16 anos, com suásticas na farda camuflada e quatro mulheres mortas como "troféus", o massacre de Columbine foi mais lembrado pela mídia brasileira do que o da escola de Realengo. O motivo?
No Brasil dos assassinatos em série, de montão, sem se apontar culpas nem culpados, sem investigação, punição, sequer emoção, o sacrifício humano é naturalizado. Assim como são naturais as torturas, a fome, a injustiça.
O Massacre de Realengo, há 11 anos, na Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, RJ, foi cometido por um ex-aluno fortemente armado, havendo também 13 mortos, o assassino entre eles.
Com a invasão das escolas, em Aracruz, por um jovem atirador de 16 anos, com suásticas na farda camuflada e quatro mulheres mortas como "troféus", o massacre de Columbine foi mais lembrado pela mídia brasileira do que o da escola de Realengo. O motivo?
No Brasil dos assassinatos em série, de montão, sem se apontar culpas nem culpados, sem investigação, punição, sequer emoção, o sacrifício humano é naturalizado. Assim como são naturais as torturas, a fome, a injustiça.
Bolsonaro faz do Exército sócio da derrota
Charge: Enio |
Foi, fisicamente, tão deprimente como o próprio simbolismo que Jair Bolsonaro pretendia dar à sua presença na formatura dos aspirantes da Academia Militar das Agulhas Negras, hoje, em Resende (RJ).
Bolsonaro entrou mudo e saiu calado e até ao vice-presidente e general Hamilton Mourão tratou com desprezo e silêncio.
Não tinha a menor necessidade de estar lá, senão para alimentar a vaidade e o golpismo que nunca dele se separam, para criar a situação constrangedora de tornar alta oficialidade e a própria instituição militar figurantes e palco de sua depressão omissa, que a nada dá atenção senão à sua própria frustração de derrotado sem glórias, pois nem mesmo é capaz de reconhecer a soberania popular.
Financismo: austeridade pra quem?
Charge: Oguz Gurel |
Não existe nenhum exagero em se afirmar que boa parte dos problemas econômicos e sociais que o Brasil tem vivido ao longo dos últimos anos encontram no chamado “Novo Regime Fiscal” (NRF) uma de suas causas principais. Esse eufemismo foi concebido por Henrique Meirelles e sua equipe logo depois da consumação do “golpeachment” perpetrado contra Dilma Roussef em 2016. Com o afastamento da presidenta, Michel Temer aboletou-se rapidamente para ocupar o cargo – usurpado ao arrepio da legalidade e da constitucionalidade – no Palácio do Planalto.
Nardes e o insulto à democracia
Por Cristina Serra, em seu blog:
O ministro do TCU Augusto Nardes tomou chá de sumiço, valendo-se de conveniente licença médica depois do vazamento de sua conversa de teor golpista com interlocutor do “time do agro”.
É esse “time” que tem financiado os bloqueios em rodovias que contestam a vitória de Lula. O site “De Olho nos Ruralistas” levantou a ficha de Nardes e de parentes dele, conectados em intrincada rede de empresas.
A esposa do ministro, Adriana Beatriz Freder, é sócia da NPC Mineradora e Incorporadora Ltda. A empresa conseguiu quatro autorizações para pesquisar diamantes no Piauí, duas delas no governo Bolsonaro. No mesmo endereço da NPC, em Brasília, funciona a Progresso Participações, que tem como sócio o próprio Nardes.
O ministro do TCU Augusto Nardes tomou chá de sumiço, valendo-se de conveniente licença médica depois do vazamento de sua conversa de teor golpista com interlocutor do “time do agro”.
É esse “time” que tem financiado os bloqueios em rodovias que contestam a vitória de Lula. O site “De Olho nos Ruralistas” levantou a ficha de Nardes e de parentes dele, conectados em intrincada rede de empresas.
A esposa do ministro, Adriana Beatriz Freder, é sócia da NPC Mineradora e Incorporadora Ltda. A empresa conseguiu quatro autorizações para pesquisar diamantes no Piauí, duas delas no governo Bolsonaro. No mesmo endereço da NPC, em Brasília, funciona a Progresso Participações, que tem como sócio o próprio Nardes.
sábado, 26 de novembro de 2022
sexta-feira, 25 de novembro de 2022
Os generais querem virar “Valdemar”?
Charge: Jefferson Portela |
Enquanto os brasileiros torciam e comemoravam, hoje, a estreia vitoriosa do Brasil na Copa do Mundo de futebol, Jair Bolsonaro promovia uma soturna reunião com os comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica.
Ao contrário da alegria de jogadores e torcedores, o que dominou o encontro foi o inconformismo dos derrotados, porque é completamente descabido que o ainda presidente da República fosse envolver-se justamente com o setor do governo que menos precisa de atenção e, pior, cuidar de produzir um “comício” pós-eleitoral para que apareça sendo saudado por centenas de aspirantes a oficial da Academia Militar das Agulhas Negras, e com uma penca de generais a lhe prestarem continência.
PL é um instrumento da guerra fascista
La finestra dentata/Marco Papiro |
O PL encampou a trajetória antidemocrática da sua chapa militar à Presidência e se assumiu como uma organização incompatível com a democracia. O PL é, hoje, um instrumento da guerra fascista contra a democracia.
Na realidade, o PL é uma máquina de fachada nominalmente presidida por Valdemar da Costa Neto, mas manietada e controlada de fato pelas cúpulas partidarizadas das Forças Armadas – que, muito provavelmente, “têm o Valdemar na mão” e, por isso, têm mais “eficiência de comando”.
A ação do Partido no TSE para anular votos de 279 mil urnas não buscava garantir um direito legítimo, mas tinha como objetivo central alimentar o clima de hostilidade fascista contra o Tribunal Eleitoral e atiçar os atos terroristas da extrema-direita em frente aos quartéis e em várias rodovias do país.
Assuntos correntes do sindicalismo
Catadoras/José Claúdio. Obra da exposição ‘Primeiro a fome, depois a lua’, curadoria de Clarissa Diniz |
Passar aos assuntos correntes deve significar para os dirigentes e ativistas sindicais recomeçarem a fazer o que sempre fizeram: cuidar dos interesses imediatos dos trabalhadores representados, dos ganhos reais de salários, do 13º terceiro pagamento, das PLRs, enfrentar as demissões e as ações antissindicais, em suma, travar a luta de classe de resistência como sempre.
Por incrível e contraditório que possa parecer este comportamento combativo ajuda a normalizar a atual conjuntura, reagrupa unitariamente as bases sindicais e isola os arreganhos golpistas dos seguidores desiludidos do bolsonarismo, derrotados nas urnas presidenciais.
Qual república queremos?
Charge: Adão |
Passados cinco séculos de processo civilizatório – da exportação do Pau-Brasil ao capitalismo rentista, que, na pobreza do país, faz a festa do sistema financeiro internacionalizado –, passados 200 anos da descolonização (nada obstante a dependência econômico-política que chega aos nossos dias), e após 133 anos, completados este mês, de experiência republicana, sem republicanismo e quase sempre sem povo, somos, na imperecível gravura de Darcy Ribeiro, “um país por ser”: a permanente expectativa de um futuro que teima em não chegar, traída a nação pela sua classe dominante, a mesma de sempre, aquela que nasce com os latifundiários da casa-grande colonial e os armadores de navios negreiros para instalar-se hoje na FIESP e na Faria Lima: uma burguesia sem pioneiros, herdeira da lavoura de exportação sustentada pelo braço escravo de africanos e semiescravo de emigrantes sobre-explorados; uma “elite” alienada e alienígena, presa, econômica e ideologicamente, aos projetos de dominação das metrópoles; uma elite que pode dizer: “o país vai mal, mas meus negócios vão bem”.
Mercado não é Faria Lima, Leblon ou Paulista
Charge: Nani |
Presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), o professor Antonio Corrêa de Lacerda foi abordado por um jornalista a respeito do “furo” do teto de gastos, considerando que a medida era unanimidade entre os economistas. Coube a Lacerda explicar, inicialmente, que o teto nunca foi consenso. “Talvez da parte dos economistas que eles entrevistam”, afirmou, durante debate que tinha como tema central justamente a relação entre mídia e o chamado “mercado”.
Marx jornalista
Por Emiliano José, no site Pátria Latina:
O rapaz, já doutor em Filosofia.
O rapaz, já doutor em Filosofia.
Ser doutor, não obstante, nem sempre resolve a vida.
Precisava encontra meios de garantir o pão de cada dia.
Tais meios ainda não haviam aparecido, e isso o preocupava.
Até porque o noivado com Jenny von Westphalen arrastava-se havia seis anos, e ele estava inquieto com isso.
Karl Marx, então, pensou no jornalismo.
A conjuntura política prussiana, de nítidos contornos autoritários, o impedia de chegar à universidade.
Início de 1842.
Com apenas 23 anos, resolve encarar.
Alckmin é agredido por bolsonarista armado
Charge: Latuff |
A milícia bolsonarista, incentivada pelo “capetão” recluso no Palácio da Alvorada, está cada dia mais agressiva. Na noite desta quarta-feira (23), dois marginais ameaçaram o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin quando ele chegava ao hotel em Brasília. Um dos terroristas estava "visivelmente" armado.
Segundo notinha da Folha, a equipe da segurança prendeu “os dois homens que ofenderam o ex-governador paulista e agentes da Polícia Federal, em Brasília. O caso ocorreu por volta de 23h30, quando Alckmin chegava ao saguão do hotel em que está hospedado, na região central da capital”.
quinta-feira, 24 de novembro de 2022
Bolsonaro corta água potável para nordestinos
Foto: Divulgação |
Mesmo escondido no Palácio da Alvorada, chorando pelos cantos pela vergonhosa derrota na sua tentativa de reeleição, o vagabundo Jair Bolsonaro não abandonou totalmente o “trabalho” e segue com suas maldades. Nesta quarta-feira (23), o jornalista Carlos Madeiro revelou no site UOL que “após eleição, governo corta verba e água potável de 1,6 milhão no Nordeste”.
Segundo a reportagem, “a operação Carro-Pipa, do governo federal, que leva água potável às famílias no semiárido nordestino há mais de 20 anos, teve os recursos cortados neste mês, levando os caminhões a pararem o fornecimento do produto a moradores do interior no Nordeste”.
Imprensa mundial alerta para golpe no Brasil
Charge: Serko |
Nos últimos dias, a imprensa internacional tem registrado que está em curso uma nova onda golpista no Brasil. O áudio vazado de Augusto Nardes, o ministro agrotroglodita do Tribunal de Contas da União (TCU), os relinchos do general Braga Netto e, principalmente, a ação do PL do vigarista Valdemar Costa Neto questionando 279 mil urnas eletrônicas serviram de alerta para o risco de golpe no país.
A agência de notícias Associated Press, por exemplo, relata que "Jair Bolsonaro contesta a derrota nas eleições e pede à autoridade eleitoral que anule os votos de mais da metade das urnas eletrônicas utilizadas” no segundo turno. Já a Reuters pondera que a choradeira de “Bolsonaro parece improvável de ir longe, já que a vitória de Lula foi ratificada pelo TSE e reconhecida pelos principais políticos do Brasil e aliados internacionais... Ainda assim, poderia alimentar um movimento de protesto pequeno”. E a agência Bloomberg, mais voltada aos abutres financeiros, destaca que a iniciativa do PL, partido do “capetão”, impacta negativamente o chamado mercado com a queda das ações brasileiras.
Carla Zambelli segue provocando o STF
Charge: Bacellar/Apoie o Bacellar (Artevismo de Esquerda) |
Após uma estranhíssima viagem de três semanas aos EUA, a deputada-pistoleira Carla Zambelli (PL-SP) voltou ao Brasil no último sábado. A imprensa só noticiou o “discreto” retorno nesta quarta-feira (23). Mas a parlamentar bolsonarista já voltou chutando o balde, convicta da sua total impunidade.
Em entrevista à Folha, ela ironizou a atuação de Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), contra as milícias bolsonaristas. “Voltei sem ser presa, olha só. Acho que o Alexandre não tem coragem de me prender”, provocou.
YouTube desmonetiza a mentirosa Jovem Pan
Charge: Daniel Paz |
Não está nada fácil a vida da rede Jovem Pan – também apelidada de Jovem Klan por suas posições de extrema-direita. Logo após a derrota do seu candidato nas eleições presidenciais, a emissora demitiu vários jagunços bolsonaristas – como Augusto Nunes, Guilherme Fiúza, Caio Copolla e Carla Cecato.
A manobra do empresário Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o famigerado Tutinha – sempre de olho na grana da publicidade governamental –, desagradou seu público fanatizado, que começou a hostilizar equipes da Jovem Pan pelas ruas. Agora, para piorar, o YouTube decidiu cortar a sua receita.
TSE condena PL a pagar 23 milhões por má-fé
O vigarista Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), tentou agradar o “capetão” Jair Bolsonaro e incitar os fanáticos que bloqueiam as estradas e acampam em quartéis, mas se deu mal. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nessa quarta-feira (23) aplicar uma multa de R$ 22.991.544,60 ao partido por má-fé no questionamento das urnas eletrônicas e do resultado da eleição presidencial.
quarta-feira, 23 de novembro de 2022
Valdemar Costa Neto dá gás a delírio golpista
Charge: Schröder/Jornalistas Livres |
O relatório que o PL apresentou ao TSE é tão inepto que, em si mesmo, nem mereceria atenção.
Começa com um nonsense: pede a anulação dos votos de 59% das urnas, mas reconhece que não há indícios de fraude.
Fundamenta-se numa mentira: diz que a ausência do número de série das urnas nos relatórios emitidos impede a identificação e a fiscalização delas, mas, na verdade, não impede.
E se revela como uma molecagem: Valdemar Costa Neto procurou ministros do STF e do TSE para dizer que não confia no relatório e só falou por pressão de Bolsonaro.
Um político de projeção nacional, o presidente de um dos maiores partidos do país, pode agir assim?
Bolsonaro cobra a conta dos últimos devedores
Charge: Bruno Struzani |
Bolsonaro empurrou muitos parceiros próximos e distantes para a missão suicida de propagarem o golpe, porque está cobrando contas.
Cobra do PL a conta por ter assegurado ao centrão a dinheirama secreta que financiou a eleição da maior bancada de direita e extrema direita do Congresso.
Cobra de empresários a conta por alguma proteção do governo a demandas nem sempre republicanas ou envolvendo crimes e ladroagens mesmo.
Cobra dos militares a conta que talvez seja a mais cara de todas, a dos 6 mil empregos a oficiais em troca da proteção e da tutela dos generais.
Os que insistiram em enviar recados e ameaças, incluindo pastores retardatários, mesmo depois do esgotamento do esforço pelo golpe, estavam mandando recibos a Bolsonaro: olha aqui o que estou fazendo por ti, mesmo que dê uma enorme confusão.
Cobra do PL a conta por ter assegurado ao centrão a dinheirama secreta que financiou a eleição da maior bancada de direita e extrema direita do Congresso.
Cobra de empresários a conta por alguma proteção do governo a demandas nem sempre republicanas ou envolvendo crimes e ladroagens mesmo.
Cobra dos militares a conta que talvez seja a mais cara de todas, a dos 6 mil empregos a oficiais em troca da proteção e da tutela dos generais.
Os que insistiram em enviar recados e ameaças, incluindo pastores retardatários, mesmo depois do esgotamento do esforço pelo golpe, estavam mandando recibos a Bolsonaro: olha aqui o que estou fazendo por ti, mesmo que dê uma enorme confusão.
É preciso deter a serpente já!
Charge: Aroeira |
Valdemar Costa Neto tem esperteza suficiente para saber que a bazófia de anular 59% das urnas é exigência tão sólida quanto fumaça.
Não prospera.
Por que faz esse mise-en-scène todo? Porque aderiu ao modus operandi bolsonarista: o importante é criar uma tensão por dia.
Queimaram pneus, desocupados foram para a frente dos quartéis e a República não caiu. Agora aparece a “prova definitiva” da fraude.
Amanhã surgirá outra lorota, semana que vem mais uma e assim por diante, até 1o. de janeiro.
O objetivo é bombar a adrenalina do gado para alguma baderna-monstro no dia da posse, algo irresponsável o suficiente para degenerar em violência solta.
Adeus às ilusões: o partido-mídia e a fome
Charge: Gary Zamchick |
Pensando nesses turbulentos dias.
Conjuntura já mudou, e muito.
Nada será como antes, sempre.
Muita água vai correr pra debaixo da ponte até a posse de Lula.
Parece, parece mesmo, já estarmos sob novo presidente.
Por tudo.
O anterior, resta a um canto, calado. Um general disse: ele voltará a falar já, já. Torcemos pelo silêncio.
Quando falei de mudança de conjuntura, pretendia, e pretendo, dizer um pouco de nossa mídia empresarial.
Mídia abre fogo de barragem contra Lula
Charge: Ares |
“A mídia nativa segue pautando a política nacional. Ninguém se iluda que esse poderio vai se alinhar a Lula. Não vai. Seus interesses são outros. Afinal, o cerne do projeto econômico bolsonarista é igual ao da mídia: um ultraneoliberalismo antipovo, antinacional e entreguista. Já agora, na cobertura dos primeiros dias da transição, a histeria e o alarmismo são a tônica, com editoriais furibundos tentando impor rumos ao país. Sem enfrentar o desafio de construir meios para difundir a sua visão de mundo, o governo Lula seguirá refém das empresas e vulnerável a manipulações, complôs e golpes. A história mostra que os embates tendem a se acirrar, e o risco de impeachment não pode ser descartado.”
Os três mosquiteiros do neoliberalismo
Foto: Ricardo Stuckert |
Em reação às lúcidas declarações de Lula, proferidas no Egito, alguns economistas, com solidíssima reputação neoliberal, endereçaram a ele uma carta aberta, defendendo o malfadado teto de gastos que nos inferniza desde o governo Temer – e até, pasmem os leitores mais inocentes, defendendo a apropriação, pelos bancos, das cordilheiras de juros transferidas pelo setor público (isto é, por todos nós).
Naturalmente, esses economistas, ao defenderem o teto de gastos e, ao mesmo tempo, a espoliação via juros da coletividade (isto é, do setor público), estão sendo perfeitamente coerentes. O teto de gastos existe, precisamente, para garantir a transferência eterna de bilhões, em juros, para os bancos. O que lhes incomoda, nas declarações de Lula, é, portanto, que o presidente eleito tocou nessa questão. Por isso, em sua carta, é o que eles pretendem negar.
terça-feira, 22 de novembro de 2022
Bolsonaristas promovem terror nas estradas
Charge: Dalcio |
Até a Polícia Rodoviária Federal, chefiada pelo fascista Silvinei Vasques – que se veste e se comporta como Benito Mussolini –, está assustada com o grau de radicalização da nova onda de bloqueios nas estradas. A ação é reduzida, mas violenta. Puro terrorismo bancado por empresários bolsonaristas!
Em entrevista à CNN-Brasil, Cristiano Vasconcellos, coordenador de comunicação da PRF, finalmente admitiu que esses bloqueios são criminosos. “Não tem movimento de categoria. Inclusive tem muitos caminhoneiros que estão sendo agredidos, espancados, tendo o seu caminhão desatrelado com sua carga jogada na rodovia. Já jogaram óleo em rodovias federais para causar acidentes... Não tem pauta específica. Simplesmente eles fazem os bloqueios e quem é contra aquilo, sofre agressões, atentados”. Ele prossegue:
Bolsonaro está aparelhando o futuro governo
Charge: Aroeira |
Tomando café frio e ainda sonhando com um golpe contra a posse de Lula, Bolsonaro está nomeando amigos para cargos públicos com mandato, aparelhando o futuro governo com aliados que poderão lhe garantir alguma forma de poder, influência e proteção.
Algumas indicações dependem de aprovação do Senado e podem ser bloqueadas ali, e outras podem ser revertidas por Lula mas isso dará trabalho e será desgastante.
Na sexta-feira, 18 de novembro, foram publicadas em edição extraordinária do Diário Oficial as indicações do ministro da Secretaria de Governo, Célio Faria Junior, e do assessor especial da Presidência João Henrique Nascimento de Freitas para a Comissão de Ética Pública da Presidência da República.
Eles terão mandatos de três anos, atravessando nos cargos quase todo o governo de Lula.
Militares tentam enquadrar a transição
Oficiais militares, principalmente do Exército, usam a imprensa para testar o trânsito das suas pretensões na transição de governo; mas, em especial, para tentar enquadrar e/ou influenciar as escolhas do governo eleito acerca do ministério da Defesa e das Forças Armadas.
Plantam informações e versões – algumas verdadeiras, outras falsas –, insinuam planos e propostas e, também, fazem circular factóides e balões de ensaio.
Eles estão centralmente empenhados em emplacar seus interesses político-partidários, corporativos e estratégicos no processo de transição de governo.
Apesar de aquartelarem nas sedes dos comandos militares as hordas de criminosos e fascistas que promovem caos, baderna e atentam contra a democracia, as cúpulas militares fazem de conta que tudo transcorre dentro da mais absoluta normalidade.
Lula e o ectoplasma do Alvorada
COP27. Foto: Ricardo Stuckert |
Lula entendeu a gravidade da urgência climática e tem indicado que dará ao Brasil uma inédita estrutura de proteção ambiental, em seu terceiro mandato. Nem tudo está fechado, mas o que está delineado vai muito além do Ministério do Meio Ambiente.
Uma das novidades é o Ministério dos Povos Originários, que, ao dar voz e poder de decisão aos indígenas, equivale ao começo de um processo de reparação histórica por 520 anos de massacre. São eles os principais guardiões dos nossos biomas.
A deputada eleita Marina Silva (Rede-SP) propôs uma instância autônoma para coordenar a ação climática do governo e fiscalizar o cumprimento das metas do Brasil para redução da emissão de gases do efeito estufa. Seria a Autoridade Climática Nacional e agiria com total independência de ingerências políticas.
Análises sobre o fim do Twitter
Charge: Emanuele Del Rosso |
Desde que foi comprado por Elon Musk, o Twitter passa por uma enorme crise. Mesmo que se recupere da crise, há dúvidas sobre se a plataforma conseguirá manter sua lógica de funcionamento ou mesmo seu ecossistema de usuários.
Mesmo sendo vendida por cerca de 44 bilhões de dólares, a percepção global é de que a relevância econômica do Twitter é inexistente. A compra da rede por Elon Musk nunca fez sentido, não passando de uma tentativa de golpe do bilionário sul-africano que deu errado, inclusive para ele mesmo.
O Twitter não dá lucro relevante e, nos resultados atuais, Elon Musk demoraria cerca de 120 à 250 anos para recuperar o dinheiro que foi investido.
Seu plano era apenas dar mais um golpe no mercado financeiro, algo que se tornou comum para ele nos últimos anos. Ele iniciou a tentativa de golpe comprando 9% das ações do Twitter e, pouco depois, anunciou a compra da plataforma, fazendo com que as ações inflacionassem. Seu plano era cancelar a compra e vender suas ações ainda com preço inflacionado, lucrando em cima disso.
segunda-feira, 21 de novembro de 2022
Lula prepara ofensiva contra o golpismo
Foto: Ricardo Stuckert |
Interceptado por uma pequena cirurgia nas cordas vocais, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva deverá vir a Brasília, amanhã, para consolidar a formação dos grupos de Inteligência e da Defesa, últimos tijolos do edifício da transição sobre os quais se pretendem erguer uma nova organização capaz de expulsar dois anátemas do serviço público nacional: o militar golpista e o espião de anedota.
O primeiro grupo vai se aprofundar no mundo de sombras e pântanos que se transformou, no governo Bolsonaro, o setor de inteligência do Estado, uma anarquia de bolsões de arapongas que deixaram de se comunicar pelas vias institucionais para atender às demandas pessoais do presidente e de seus filhos delinquentes.
A direita vai aprender a lição?
Charge: Cau Gomez |
Manifestações, silêncios e cochichos golpistas – como as mensagens vazadas do ministro Augusto Nardes, do TCU, dizendo que “”está acontecendo um movimento muito forte nas casernas” contra o resultado das eleições – representam um alerta não apenas de que não se pode relaxar na defesa da democracia e do combate a quem a tenta derrubar, mas para a direita “civilizada” e à centro-direita.
Avisam a quem quiser ver que o bolsonarismo está vivo e forte e, portanto, não vai dar a ela mais – e provavelmente, bem menos – que as oportunidades que teve nas últimas eleições, quando tentou, por longos meses, formara tal “terceira via” que a deixou sem perspectivas eleitorais, inclusive no 2° turno.
Bloqueios golpistas são desarticulados
Charge: Adnael |
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou neste sábado (19) que quase todos os bloqueios bolsonaristas registrados nas estradas brasileiras ao longo do dia foram desfeitos.
Pela manhã a PRF havia registrado 18 localidades com fluxo totalmente interditado.
Horas depois, no meio da tarde, eram 10 regiões nessa situação. O boletim informativo divulgado no fim do dia contabilizava 5 bloqueios.
Os problemas se concentraram em alguns municípios de Rondônia, Pará, Mato Grosso e Paraná.
Porto Velho (RO) foi a única capital que registrou interrupções.
Teto de gastos é uma jabuticaba que azedou
Charge: Amarildo/A Gazeta |
O modelo de teto de gastos brasileiro é uma jabuticaba azeda.
Jabuticaba porque só tem no Brasil. Azeda porque fracassou totalmente.
E o fracasso reside justamente no fato de que nosso modelo é um ponto fora da curva na experiência internacional de tetos de gastos e de regras fiscais.
Em primeiro lugar, a experiência brasileira tem um escopo bem mais ambicioso que as das experiências internacionais.
Nos países da União Europeia, por exemplo, o principal objetivo do teto era e é, basicamente, estabilizar o montante de gasto em relação ao PIB e garantir a sustentabilidade da dívida.
No Brasil, o objetivo maior é reduzir a participação do Estado na economia. Sua finalidade é estrangular o crescimento das despesas obrigatórias criadas pela Carta Magna e fulminar o incipiente Estado do Bem Estar que ela gerou. Assim, visa-se conter, sobretudo, o crescimento das despesas sociais.
domingo, 20 de novembro de 2022
Golpistas da mídia tentam cercar Lula
Charge: Mau |
Nem se pode falar em lua de mel. Afinal, o casamento - que seria a posse no Planalto - ainda não se realizou.
Mesmo assim, os mesmos jornais que se dedicaram a sabotar o governo Lula desde o primeiro mandato, no escândalo forjado do mensalão, no já distante 5 de junho de 2005 - 17 anos atrás! - já voltaram a carga.
A pressão covarde sobre Guido Mantega o levou a deixar o grupo de transição numa batalha que já se mostra dura e tensa pelo controle da equipe econômica de um país que já teve nos anos Lula-Dilma foi o sexto PIB do planeta.
Mais uma vez, debate-se os rumos de nossa riqueza, a quem ela deve beneficiar, quem será prejudicado - e quem vai dirigir o processo.
Esclarecendo um ponto.
Lula, a fome e o mercado
Charge: Bruno Struzani |
O mercado toma café, almoça e janta, mas ficou todo arrepiado e histérico quando Lula repetiu o que vem falando há décadas: que o combate à fome é sua prioridade. E que é preciso discutir, sim, o que é gasto, o que é investimento, regra de ouro e outros parâmetros que acabam deixando pouco espaço para incluir o pobre no orçamento público.
Lula tem legitimidade para pautar esse debate. Não é um doidivanas. Tem histórico de responsabilidade fiscal em seus dois mandatos anteriores. A equipe de transição (com Alckmin no comando e a presença de Pérsio Arida e Lara Resende entre seus economistas) também aponta para o equilíbrio entre o controle das contas e as urgências sociais neste terceiro mandato, como os 33 milhões de brasileiros de barriga vazia.
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