quinta-feira, 16 de novembro de 2023

40 dias de monstruosidades de Israel em Gaza

Genocídio, Vasco Gargalo/Portugal
Por Jeferson Miola, em seu blog:

O inventário de 40 dias da ofensiva genocida do regime de Apartheid em Gaza é tétrico e aterrorizador.

Ao mesmo tempo em que revisa para menos o número verdadeiro de vítimas mortais no 7 de outubro, Israel aumenta sua fúria devastadora contra os palestinos – ver aqui questionamento de jornalista dos EUA sobre a manipulação da realidade pela propaganda sionista.

Israel intensificou a rotina de assassinatos de crianças, mulheres, idosos, pessoas feridas e desarmadas. E ampliou a destruição de edifícios, hospitais, igrejas, mesquitas, universidades, escolas e da infra-estrutura da Faixa de Gaza.

Fontes da ONU, de organizações humanitárias e agências independentes estimam um nível inaudito e sem precedentes na história a devastação causada por Israel nos territórios palestinos nesses 40 tenebrosos dias:

– 12.500 palestinos mortos, a maioria crianças [5.000], mulheres [3.400], idosos [750]. A quase totalidade das demais vítimas fatais são adultos indefesos e desarmados;

– mais de 32 mil palestinos feridos por ataques, bombardeios e armas proibidas, como o fósforo branco;

– uma criança assassinada por Israel a cada 11 minutos e uma mulher a cada 17 minutos;

– num único dia, 179 palestinos mortos precisaram ser enterrados em vala comum no principal hospital de Gaza, al Shifa. Dentre eles, sete bebês prematuros, que morreram devido ao corte de eletricidade no hospital;

– mais de 40 mil prédios foram explodidos e outros 220 mil seriamente danificados na Faixa de Gaza, significando metade das residências totalmente destruídas por bombardeios aéreos e tanques israelenses;

– a cada 28 horas um jornalista ou profissional de comunicação foi morto em Gaza – 34 em 40 dias;

– ataques israelenses mataram 101 funcionários internacionais da ONU que prestam assistência em Gaza – quase três por dia;

– Israel lançou mais de 12.000 bombas, que correspondem a 25 mil toneladas de explosivos – quase equivalente a duas bombas de Hiroshima.

Trata-se, decididamente, de um genocídio – um genocídio de manual, como denunciou o ex-funcionário do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos Craig Mokhiber. Na Cisjordânia, onde o sionismo não teria como pretextar o combate ao grupo Hamas, Israel já assassinou “recreativamente” 180 palestinos neste período.

As atrocidades israelenses parecem não ter limites. O Exército de Israel invadiu o Hospital Al-Shifa [15/11] com tanques, veículos militares, armamentos pesados e soldados, causando mais mortes e infundindo pânico entre palestinos já tomados por um pavor terrível.

A propaganda sionista argumenta, cinicamente, que este ato terrorista foi uma “operação direcionada de defesa”.

A ONU se declarou “horrorizada”. Mas, ao mesmo tempo, nada faz. O organismo está imobilizado e paralisado pela cumplicidade dos EUA com a ofensiva genocida de Israel.

Enquanto os palestinos continuam abandonados à própria sorte, o regime assassino de Israel avança a limpeza étnica em Gaza. E não parece disposto a parar sem, antes, completar a “solução final”.

4 comentários:

Anônimo disse...

A maior doação em dinheiro jamais feita na história dos Estados Unidos à uma nação estrangeira -- Israel -- concretizou-se no final de 2016, com propósitos militares, para por a palavra FIN à tanto auspiciada solução Dois Estados Dois Povos e exasperar mais as ações covardes e criminosas dos sionistas na Faixa de Gaza. (Fonte: SANDY TOLAN, The death of the two-state solution, TomDispatch, online, 18 de dezembro de 2016. Para conhecer a situação dos palestinos aconselho o livro do Sandy Tolan, O poder da música. Filhos das pedras numa terra dificil). Israel rouba descaradamente dinheiro e terras dos palestinos com o “placet” Casa Branca. Imagine se o México roubasse mil acres de terra do Texas e construisse casas para imigrantes mexicanos ilegais nos EUA. O que faria a Casa Branca ? Pergunta Robert Fisk - O israelense Benny Morris redescobriu a tragédia de Huj (atual Sderot): o 7º Batalhão da Brigada do Negev fugindo dos egípcios assim como os homens do Haganah, perseguidos por ingleses, esconderam-se em Huj. Em maio de 1947 a Brigada retorna e expulsa seus habitantes. Em seguida, saqueam e abatem as casas. Moral: os moradores de Huj acolheram e salvaram soldados judeus em fuga e como agradecimento foram expulsos para Gaza levando a roupa do corpo. Seus descendentes, hoje na miséria, serão exterminados.

Anônimo disse...

A imprensa anglo-sionista é o que existe de mais imundo e deletério na face da Terra e sempre minimizou os massacres de Iraque, Iugoslavia, Afganistão, Libia, Siria, Ucraina, Gaza. Em 2015, o sirio Aylan, 3 anos, foi encontrado na praia de Bodrum, na Turquia. Afogou com o irmão Galip, 5 anos e a mãe, Rehan, 35 (pediam asilo ao Canadá. Recusado. Tentaram a via de fuga mais perigosa, o mar). Exibiram o corpinho de Aylan com sensacionalismo nas manchetes como se fosse uma tragédia única. Dizem que tocou o coração dos responsáveis por guerras e convulções sociais (planificadas pela organização terrorista-mafiosa : USA-OTAN !) // -- Em 1995 a FAO referiu que as sanções da ONU contra o Iraque foram responsáveis pela morte de mais de 560 mil crianças desde 1990. Entrevistador da TV: “Morreram (no Iraque) cerca de meio milhão de crianças. Mais que em Hiroshima. Valeu a pena esse preço?” Madeleine Albright: “Entendemos que sim, valeu a pena” -- Disse e não foi em cana ! O ministro ucraniano Dmytro Jabakuleba acusou a Russia de bombardear jardins da infância e orfanatos e Putin recebeu ordem de captura por deportar crianças ucranianas (que escapavam das bombas do Porosenko) !

Anônimo disse...

A presença de Israel na America Latina deu-se no início anos '60. Começou com adestramento paramilitar, formando jovens obedientes, aptos à violência e à intimidação, inclusive com terrorismo (prática que evangélicos e bolsonaristas retomaram). Na metade dos anos '70 passou ao comércio de armas. O Memorandum de Linderstanding assinado com os EUA no final de 1981, permitiu-lhe alargar o business da morte. A Guatemala foi o pivô, onde Israel desenvolveu o G-2, um sistema informático de controle da população: com esse sistema o general Benedicto Lucas destruiu 27 esconderijos dos revolucionários, mediante análise do consumo hidroeletrico noturno na cidade. Milhares de camponeses foram assassinados pelo Eagle Military Gear Overseas, programa israeliano de “pacificação rural”; o general Rios Montt implantou o programa “Fusiles y Frijoles” inspirado ao “Nahal Program” israeliano. Não surpreende que os ingleses que chumbaram a cabeça do brasileiro no metrô de Londres em 2005 recebessem adestramento de Israel.

Anônimo disse...

Em junho de 2020, o britânico Morning Star publicou um artigo sobre o adestramento da polícia americana por instrutores israelianos. No artigo é citada a tecnica “pescoço quebrado”: aparece a foto do George Floyd que conhecemos, ao lado de outra, idêntica, de um jovem palestino com um israeliano ajoelhado no pescoço dele, em Gaza. Israel inventou essa tecnica contra os palestinos, só que a opinião pública mundial não sabe. -- Mogadiscio, Somalia, 1993: milicianos locais mal armados, defendendo suas aldeias, estraçalharam 60% do Army Rangers. Morreram 300 mil somalos. Semanas depois, altas patentes convocam think tanks : o campo de batalha agora é o aglomerado urbano do Terceiro, Quarto... mundo. A economia é focada nos interesses e necessidades de empresas e alta finança, portanto a maior parte das populações é em exubero. O Army War College estrilou: “O combate é nas ruas, nos esgotos subterraneos, entre barracos”. O Iraque foi “campo de prova” onde covardes snipers da marinha e pilotos militares praticaram homicidio e genocidio. Esse foi o início da sharonização filosófica do Pentágono por instrutores israelianos.