Charge: Maringoni |
Em julgamento realizado nesta quarta-feira (13), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) condenou a rede de fast food Habib’s a pagar uma indenização de R$ 300 mil por assédio político. Em 2016, em plena onda golpista pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff, a empresa bancou uma campanha intitulada “Fome de Mudança”, instigando seus clientes a participarem do movimento direitista e misógino. Por unanimidade, a 2ª Turma do TST puniu o Habib’s por “dano moral coletivo”.
A ação contra a empresa foi movida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Bares e Restaurantes e Similares de Águas de Lindóia e Região, no interior de São Paulo. Ela recorda que as lojas da rede foram decoradas em verde e amarelo e com dizeres como “Quero meu país de volta”. Além disso, a companhia investiu em redes sociais com a hashtag em alusão à campanha e ainda distribuiu adereços aos clientes.
O arrependimento do fundador da rede de fast food
A ministra Maria Helena Mallmann, relatora do processo no TST, julgou que o assédio político sobre os funcionários foi escancarado e criminoso, já que a campanha foi feita nos locais de trabalho e colocou os funcionários numa condição de participação obrigatória. “O poder diretivo do empregador não contempla a imposição de convicções políticas”, afirmou em seu voto. A empresa ainda pode recorrer da decisão. Se mantida a sentença, o valor da indenização será destinado ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Em meados do ano passado, o fundador e chefão do Habib’s, Alberto Saraiva, até tentou escapar da condenação e jurou que estava arrependido da conduta golpista. Em entrevista ao site UOL, ele até fez autocrítica do seu apoio ao governo do fascista Jair Bolsonaro e deu nota dez para o ministro Fernando Haddad. O falso remorso, porém, não convenceu a 2ª Turma do TST.
Em meados do ano passado, o fundador e chefão do Habib’s, Alberto Saraiva, até tentou escapar da condenação e jurou que estava arrependido da conduta golpista. Em entrevista ao site UOL, ele até fez autocrítica do seu apoio ao governo do fascista Jair Bolsonaro e deu nota dez para o ministro Fernando Haddad. O falso remorso, porém, não convenceu a 2ª Turma do TST.
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