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| Charge: Aroeira/247 |
Áudios divulgados neste domingo (23) pelo programa Fantástico, da TV Globo, confirmam o papel nefasto de militares de alta patente nas tramas golpistas e abalam ainda mais a imagem das Forças Armadas. Depois do inquérito com 884 páginas da Polícia Federal, da denúncia com 272 páginas da Procuradoria-Geral da República, da íntegra da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid e dos vídeos com os seus depoimentos, os áudios comprovam de vez as articulações para o golpe e justificam penas pesadas para Jair Bolsonaro e seus milicianos – fardados e civis.
Os áudios foram apreendidos pela PF em 1,2 mil equipamentos, entre celulares e computadores. Deles foram extraídos 255 milhões de mensagens, processadas por um software que transcreve 25 minutos de áudio por segundo. As conversas gravadas mostram o contato permanente e direto entre oficiais militares – incluindo um general – e os “patriotários” concentrados em frente ao quartel-general do Exército em Brasília. Os preparativos do golpe ficam evidentes, explícitos.
As conversas do general Mario Fernandes
Dois áudios mostram a relação entre os manifestantes e o general Mario Fernandes – ex-assessor de Jair Bolsonaro na Secretaria-Geral da Presidência que ajudou a elaborar o plano macabro para assassinar Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes. Um deles pergunta até quando deveriam permanecer acampados. "Eu queria ver com o senhor aí, qual que é a perspectiva? Até quando vocês querem que a gente fique aqui, general?”, questiona o caminhoneiro Lucas Durlo. Em outro áudio, o golpista Yassuo Ikezili solicita ajuda do general. “Tô precisando de um apoio aqui, porque a gente comprou uma tenda e o pessoal não tá deixando ela entrar para trocar”.
Em outra troca de mensagens, o tenente-coronel Guilherme Marques de Almeida, então lotado no Comando de Operações Terrestres do Exército, jacta-se de influenciar manifestantes nas redes sociais. "Se tu tiver alguma possibilidade de influenciar alguém dos movimentos, eu tô tentando fazer isso nas redes, onde eles estão participando. Tô participando de vários grupos civis”.
"Cara infiltrado em tudo quanto é lugar"
Ele ainda afirma que o esforço era para convencer os vândalos a ocuparem o Congresso Nacional. “Não adianta protestar na frente do QG do Exército, tem que ir pro Congresso. E as Forças Armadas vão agir por iniciativa de algum Poder... Todo mundo quer Forças Armadas por quê? Quer um mecanismo de pressão chamado arma, né?”.
Os áudios também trazem mais conversas reveladoras de Mauro Cid, o ex-faz-tudo do presidente fascista. Num deles, o tenente-coronel afirma que “a gente tem cara infiltrado em tudo quanto é lugar. Monitorando e passando para a gente as informações. Refutando ou ajudando a instigar, digamos assim”. Em outro, Mauro Cid afirma que o objetivo é descredibilizar as urnas eletrônicas através da ação de hackers, mas se mostra frustrado. “Tem de tudo, mas ninguém ainda chegou com uma coisa que consiga abrir uma investigação”.
Em outra troca de mensagens, o tenente-coronel Guilherme Marques de Almeida, então lotado no Comando de Operações Terrestres do Exército, jacta-se de influenciar manifestantes nas redes sociais. "Se tu tiver alguma possibilidade de influenciar alguém dos movimentos, eu tô tentando fazer isso nas redes, onde eles estão participando. Tô participando de vários grupos civis”.
"Cara infiltrado em tudo quanto é lugar"
Ele ainda afirma que o esforço era para convencer os vândalos a ocuparem o Congresso Nacional. “Não adianta protestar na frente do QG do Exército, tem que ir pro Congresso. E as Forças Armadas vão agir por iniciativa de algum Poder... Todo mundo quer Forças Armadas por quê? Quer um mecanismo de pressão chamado arma, né?”.
Os áudios também trazem mais conversas reveladoras de Mauro Cid, o ex-faz-tudo do presidente fascista. Num deles, o tenente-coronel afirma que “a gente tem cara infiltrado em tudo quanto é lugar. Monitorando e passando para a gente as informações. Refutando ou ajudando a instigar, digamos assim”. Em outro, Mauro Cid afirma que o objetivo é descredibilizar as urnas eletrônicas através da ação de hackers, mas se mostra frustrado. “Tem de tudo, mas ninguém ainda chegou com uma coisa que consiga abrir uma investigação”.
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