quinta-feira, 10 de março de 2011

Governador tucano e trabalho escravo

Por Altamiro Borges

Eleito com o apoio ostensivo dos ruralistas do Pará, o governador Simão Jatene, do PSDB, nomeou como seu secretário de “projetos estratégicos” o fazendeiro Sidney Rosa. Desde 2006, corre na 2ª Vara de Justiça Federal do Maranhão processo contra ele por manter trabalhadores rurais em condições análogas à escravidão. Apesar das críticas, o grão-tucano insiste em mantê-lo no cargo, sinalizando qual será a sua política agrária no estado – recordista em conflitos rurais e assassinatos de trabalhadores.

Insurreição e intervenção militar na Líbia

Reproduzo artigo de Michel Chossudovsky, publicado no sítio português Resistir:

Os EUA e a NATO estão a apoiar uma insurreição armada na Líbia Oriental, tendo em vista justificar uma "intervenção humanitária".

Isto não é um movimento de protesto não violento como no Egipto e na Tunísia. As condições na Líbia são fundamentalmente diferentes. A insurreição armada na Líbia Oriental é apoiada directamente por potências estrangeiras. A insurreição em Benghazi imediatamente arvorou a bandeira vermelha, negra e verde com o crescente e a estrela: a bandeira da monarquia do rei Idris, a qual simbolizava o domínio das antigas potências coloniais. (Ver Manlio Dinucci, Libya-When historical memory is erased , Global Research, Febraury 28, 2011)

O Globo mentiu sobre Comissão da Verdade

Reproduzo nota oficial do Ministério da Defesa:

A propósito da matéria veiculada na edição de hoje (09/03) do jornal O Globo, intitulada “Forças Armadas resistem à Comissão da Verdade”, o Ministério da Defesa esclarece o seguinte:

1- O texto a que se refere a reportagem de O Globo não foi encaminhado ao Ministério da Defesa no mês passado, como menciona a reportagem. Os trechos constantes da matéria são, na verdade, retirados de informação enviada pelo Exército à Assessoria Parlamentar do Ministério da Defesa no mês de setembro de 2010;

quarta-feira, 9 de março de 2011

Debate: o cerco midiático contra Cuba


Por Altamiro Borges

Na próxima terça-feira, dia 15 de março, às 19 horas, no auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (Rua Rego Freitas, 530, Centro), será realizado o debate “O cerco midiático contra Cuba”. O evento contará com as presenças dos jornalistas Mario Augusto Jakobskind, membro da Academia Brasileira de Imprensa (ABI) e do conselho curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC); Fernando Morais, autor do livro “A Ilha” e de várias biografias de sucesso; e do cubano Ariel Terrero Escalante, editor da Revista Bohemia e comentarista econômico do programa de televisão “Buenos Días” [*].

Vídeo escancara a guerra Alckmin x Serra



Reproduzo artigo de Rodrigo Vianna, publicado no blog Escrevinhador:

Peço a atenção dos leitores para mais um capítulo da guerra entre os tucanos de São Paulo (sobre a disputa entre os “cosmopolitas” e os “caipiras”, já escrevi aqui).

Primeiro, algumas informações de fundo (na sequência trarei uma novidade factual, na forma de um vídeo que circula pela internet desde terça à noite). O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, é dos poucos remanescentes da equipe de Serra que foram mantidos por Alckmin. Como se sabe, Serra e Alckmin travam uma batalha surda pelo controle do PSDB paulista.

Na época em que Alckmin montava seu gabinete, jornal paulista vazou a informação (plantada sabe-se lá com que interesses, mas podemos imaginar) de que a saída de Ferreira Pinto significaria a vitória da “banda podre” da polícia paulista. A reportagem saiu na “Folha” (o jornal costuma estar à disposição para as manobras de Serra), e foi assinada por Mario Cesar Carvalho. Guardem esse nome.

WikiLeaks: a promiscuidade do PIG


Reproduzo artigo de Conceição Oliveira, publicado no blog Maria Flô:

Os leitores que se derem ao trabalho de ler este telegrama identificado com o número 24 [abaixo], possivelmente chegarão às seguintes conclusões:

1) Serra e sua vaidade sem limites fizeram o maior estrago ao seu partido. Aécio também.

2) O PSDB é um partido de surdos. É impressionante como seus políticos permitiram que o ‘desejo’ falasse mais alto que a política nua e crua. E mesmo com Aécio dizendo com todas as letras que não aceitaria ser vice de Serra, eles persistiram na idéia.

WikiLeaks: Marina era a aposta de Serra

Reproduzo artigo de Miguel do Rosário, publicado no blog Gonzum:

Mensagens do consulado do Rio de Janeiro vazadas pelo Wikileaks revelam que Serra apostava em Marina Silva, do PV, como seu grande trunfo para vencer Dilma Rousseff nas eleições de outubro de 2010. O cônsul americano informa ter mantido produtivo bate-papo com o colunista da Veja, Diogo Mainardi, que lhe contou acerca de uma conversa dele com o então governador de São Paulo, José Serra.

WikiLeaks: o sanatório da eleição de 2010

Reproduzo artigo de Luis Nassif, publicado em seu blog:

Os novos documentos do WikiLeaks, sobre as eleições de 2010, mostram o enorme despreparo do corpo diplomático norte-americano em acessar as fontes corretas.

Os diplomatas se deixaram envolver pelo coro da velha mídia como um leitor classe média desinformado. Nenhuma visão estratégica, nenhuma discernimento para separar torcida de análise e a inacreditável ingenuidade de considerar Diogo Mainardi como “renomado colunista político” – apenas um repassador de recados e de dossiês de Serra, utilizado por ele para atacar inimigos e jornalistas.

WikiLeaks: Serra e o alinhamento aos EUA

Reproduzo matéria de Marcus V.F. Lacerda e Natalia Viana, publicado no sítio CartaCapital/WikiLeaks:

Em 18 de dezembro de 2009 o então governador de São Paulo José Serra encontrou-se durante 90 minutos no palácio do governo com o subsecretário para assuntos do hemisfério ocidental do governo americano, Arturo Valenzuela. Serra já era já cotado para ser candidato tucano à presidência em 2010, mas ainda não havia formalizado a candidatura.

Valenzuela saiu do encontro privado com a impressão de que Serra seria um presidente mais afeito aos EUA. “Serra alertou que a corrupção e a radicalização estavam crescendo no partido governante, o PT, e sugeriu que como presidente iria pressionar por uma política externa mais alinhada com os Estados Unidos”, diz o telegrama enviado pelo consulado em São Paulo.

EUA cercam a Líbia com barcos de guerra

Reproduzo artigo de Sara Flounders, publicado no sítio Vermelho:

A Casa Branca se reúne com seus aliados imperialistas europeus da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) para discutir a imposição de uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia, o bloqueio de todas as comunicações do líder Muamar Kadafi dentro da Líbia e o establecimento de corredores militares para a Líbia a partir do Egito e da Tunísia, supostamente para “ajudar os refugiados”. (New York Times, 27 de fevereiro)

Michael Moore e a revolta em Wisconsin

Reproduzo matéria publicada no sítio Carta Maior:

Discurso proferido por Michael Moore, dia 5 de março, durante manifestação em Madison, Wisconsin, contra o pacote de medidas contra o funcionalismo e o serviço público proposto pelo governador republicano Scott Walker (com cortes de US$ 1,6 bilhão no orçamento de escolas e governos locais). Intitulada "Os Estados Unidos não estão falidos", a declaração lida por Moore está disponível na íntegra no site do cineasta. Publicamos a seguir a tradução em português:

terça-feira, 8 de março de 2011

Os socialistas e a emancipação da mulher

Reproduzo artigo de historiador Augusto Buonicore:

Ao contrário dos liberais-burgueses, os principais socialistas utópicos foram bastante sensíveis ao problema da emancipação das mulheres. Saint-Simon (1760-1825), na sua Exposição da Doutrina, escreveu: “Nós teremos que mostrar como a mulher, primeiro escrava, ou pelo menos em uma condição que se avizinha da servidão, se associa ao homem e adquire cada dia maior influência na ordem social e como as causas que determinam até aqui sua subalternidade estão se enfraquecendo sucessivamente, devendo enfim desaparecer e levar com elas esta dominação, esta tutela, esta eterna minoridade que ainda se impõem às mulheres e que seriam incompatíveis com o estado social do futuro que prevemos”.

A questão do aborto no Dia da Mulher

Reproduzo artigo de Emir Sader, publicado em seu blog no sítio Carta Maior:

O Dia Internacional da Mulher foi estabelecido pela ONU no dia 8 de março graças à grande e trágica mobilização de trabalhadoras norte-americanas; nesse dia, em 1857, operárias têxteis de uma fábrica de Nova York entraram em greve, ocupando a fábrica, reivindicando a diminuição da jornada de trabalho de até mais de 16 para 10 horas. Elas, que recebiam menos de um terço dos homens, foram fechadas na fábrica, onde ocorreu um incêndio e 130 delas morreram queimadas [*].

8 de Março: Só flores não bastam!

Reproduzo artigo de Fátima Oliveira, publicado no jornal O Tempo:

O Dia Internacional da Mulher, o 8 de março, foi proposto em 1910, na 2ª Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, em Copenhague, organizada por Clara Zétkin (1857-1933) e Rosa de Luxemburgo (1871-1919); compareceram delegadas de 16 países, representando cerca de 100 milhões de mulheres socialistas. Elas definiram a data como Dia Internacional da Mulher e reafirmaram as resoluções da 1ª Conferência, realizada em Stuttgart, na Alemanha, em 1903: igualdade de oportunidades para as mulheres no trabalho e na vida social e política; salário igual para trabalho igual; ajuda social para operárias e crianças; e intensificação da luta pelo voto feminino.

Eduardo Galeano e a força da mulher


Charlotte Perkins Gilman (1860-1935), escritora norte-americana, cuja produção literária enfoca as relações entre mulher e homem e a opressão da sociedade em que viveu.

1909, Nova Iorque
Charlotte
O que aconteceria se uma mulher despertasse uma manhã transformada em homem? E se a família não fosse o campo de treinamento onde o menino aprende a mandar e a menina a obedecer? E se houvesse creches? E se o marido participasse da limpeza e da cozinha? E se a inocência se fizesse dignidade? E se a razão e a emoção andassem de braços dados? E se os pregadores e os jornais dissessem a verdade? E se ninguém fosse propriedade de ninguém?

Charlotte Gilman delira. A imprensa norte-americana a ataca, chamando-a de mãe desnaturada; e mais ferozmente a atacam os fantasmas que moram em sua alma e a mordem por dentro. São eles, os temíveis inimigos que Charlotte contém, que às vezes consegue derrubá-la. Mas ela cai e se levanta, e cai e novamente se levanta, e torna a se lançar pelo caminho. Esta tenaz caminhadora viaja sem descanso pelos Estados Unidos, e por escrito e por falado vai anunciando um mundo ao contrário.

De: Eduardo Galeano – O Século do Vento – Tradução de Eric Nepomuceno
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988, página 22.

Enviado por Adriana Gragnani: http://asgavetas.blogspot.com/

A feminização no mundo do trabalho

Reproduzo artigo de Claudia Mazzei Nogueira, publicado no sítio Espaço Acadêmico:

O nosso texto apresenta as recentes tendências do trabalho feminino, em particular após o processo de reestruturação produtiva, desencadeada nas últimas décadas do século XX, especialmente no período que se inicia a partir da crise do taylorismo/fordismo, bem como na era da acumulação flexível e do advento do neoliberalismo. É neste contexto que procuramos entender em que medida este processo contribui ou não para a emancipação feminina.

Mulheres e direitos conquistados na luta

Reproduzo levantamento feito pelo Conselho Municipal de Direitos Humanos de Porto Alegre (Comdim), publicado em 1996:

Em todos os campos são marcantes os avanços das mulheres. Isto resultou de uma história de lutas e conquistas, na qual o movimento feminista, em cada momento com feições próprias, ajudou a escrever uma página. Algumas datas e eventos marcantes:

As mulheres e o voto rosa-choque

Reproduzo artigo de Mariana Sgarioni, publicado na coleção Aventuras na História:

De um lado, uma dona de casa educada para cumprir as ordens do marido. Do outro, uma escritora descontente. A separá-las uma da outra, quilômetros de distância. A separá-las de nós, uns 200 anos. A dona de casa era a americana Abigail Adams que, um belo dia, levantou decidida a peitar o marido e exigir direitos iguais aos dele. A escritora era a francesa Olympe de Gouges, autora de uma versão feminina da Declaração dos Direitos do Homem. As duas acabaram se dando mal: a americana foi ridicularizada publicamente pelo marido. E a francesa foi guilhotinada por “ter esquecido as virtudes próprias de seu sexo”.

8 de Março e as mulheres revolucionárias

Reproduzo artigo do historiador Silvio Costa, publicado na revista Presença da Mulher:

Neste momento em que as mulheres, mesmo que ainda de forma insuficiente, passam a desempenhar importantes cargos em diversos níveis – como professoras, cientistas, parlamentares, ministras, etc. – e avançar rumo a ocupação de significativo espaço público, é oportuno destacar a participação das mulheres revolucionárias, denominadas pejorativamente pelas forças reacionárias e aristocrático-burguesas, de les pétroleuses, ou seja, as incendiárias.

A história do Dia Internacional da Mulher

Reproduzo polêmico artigo de Vito Giannotti, publicado no sítio do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC):

Quando começou a ser comemorado o Dia Internacional da Mulher? Quando começou a luta das mulheres por sua libertação? Qual é a influência do movimento socialista na luta das mulheres? E o 8 de Março, como nasceu? A data teve origem a partir do quê? Onde? Estas e outras questões mereceram uma atenção especial em 2003, quando nos jornais e na Internet apareceram repetidamente versões diferentes. Todas, no entanto, esqueceram a palavra-chave, que está na luta da mulher por sua libertação: mulher “socialista”.