quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Telecomunicações: tamanho do buraco

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Segundo O Estado de S. Paulo, as empresas de telefonia que operam no Brasil tiveram uma expansão de sua receita em 8,3% ao ano, desde 2005, e só reinvestiram 3% ao ano, no mesmo período. Mais grave ainda é a revelação de que, desde a privatização do sistema Telebrás, em 1998, as empresas investiram 390 bilhões, contra uma receita calculada em quase dois trilhões de reais. Esse número é obtido pela informação dos dois principais dirigentes da Oi e da Vivo, de que foram investidos mais ou menos 20% da receita total. Se os investimentos foram de 390 bilhões, basta multiplicar por cinco, para obter a receita total destes 14 anos. É bom lembrar que boa parte dos investimentos foram bancados pelo BNDES, a juros de mãe amorosa.

O reino da mediocridade em São Paulo

Por Antônio Mello, em seu blog:

O paulista se orgulha de seu estado, que chama de locomotiva do Brasil. O paulistano também enche o peito para elogiar São Paulo, terra de negócios, prosperidade, restaurantes e vida cultural intensa.

No entanto, paulista e paulistano, na hora de votar, pensam pequeno, apostam geralmente em administradores medíocres, e só uma vez ou outra se arriscam em busca de algo novo.

Folha mente para ajudar Capriles

Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:

A edição desta terça-feira (4) do jornal Folha de S.Paulo traz um editorial em que o diário da grande burguesia paulistana mais uma vez demonstra seu indisfarçável engajamento na campanha presidencial venezuelana ao lado do candidato das forças reacionárias e imperialistas, Henrique Capriles Radonski.

Oposição racha na Venezuela

Por Jônatas Campos, no jornal Brasil de Fato:

O debate eleitoral na Venezuela ganhou um novo personagem nesta segunda-feira (03). Trata-se de David de Lima, ex-governador do Estado de Anzoátegui e que há pouco tempo era aliado do candidato da oposição, Henrique Capriles. No entanto, De Lima rompeu com a MUD (Mesa da Unidade Democrática) após, segundo ele, ter acesso a um documento que previa a interrupção dos programas sociais de Hugo Chávez, chamados de "missões", em caso de vitória de Capriles. O candidato da oposição sempre disse que manteria os projetos.

As greves, a mídia e os "cães de guarda"

Foto: José Cruz/ABr
Por Celso Vicenzi, no sítio da Adital:

A reportagem de capa da revista IstoÉ, edição 2.233, de 29 de agosto ("Quem são os grevistas que desafiam o Brasil"), é reveladora do modelo de jornalismo praticado em solo nacional, aquele que já sai das redações com a tese pronta, só faltando encaixar os personagens. O "gancho" que sustenta praticamente toda a reportagem são os altos salários das lideranças sindicais do serviço público federal. Agora virou crime ser profissional qualificado e ganhar bem. E com um detalhe: concursado, ou seja, por mérito! A tese é lapidar: quem ganha bons salários não pode fazer greve!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Haddad ultrapassa Serra! Virada?

Por Altamiro Borges

Crescem os boatos de que Fernando Haddad já ultrapassou José Serra na disputa pela prefeitura de São Paulo. No comando tucano, o clima é de velório; já na coordenação de campanha do petista, alguns confirmam que a virada está próxima. “Dá para sentir nas ruas”, afirma uma liderança. Esta fonte revela, inclusive, que o debate agora já é de como enfrentar politicamente o segundo turno com o “azarão” Celso Russomanno, o midiático candidato do PRB.

Serra "grampeou" meu sonho

Por Marco Aurélio Mello, no blog DoLaDoDeLá:

Depois que ficamos adultos passamos a sonhar menos. E raramente nos lembramos do que aconteceu durante a noite. Pelo menos comigo é assim. Se sonhar tem a finalidade de organizar as "pastas de arquivo" do nosso inconsciente, ou de revelar algum conteúdo reprimido, sei lá... Também não sei se os sonhos podem ser premonitórios, como muitos místicos asseguram. Considero-os apenas curiosos, como o desta noite:

Serra na RedeTV: deprimente!

Por Renato Rovai, em seu blog:

O debate realizado na noite de ontem pela RedeTV e pelo jornal Folha de S.Paulo teve uma audiência pífia, marcou apenas 3 pontos no Ibope. A média que a RedeTV possui aos domingos, no mesmo horário, é de 10 pontos. A emissora ficou apenas em quarto lugar, com menos de um terço da audiência do terceiro lugar, o SBT (10 pontos). Ou seja, poucas pessoas o assistiram e dificilmente ele vai impactar nos futuros resultados das pesquisas eleitorais.

Dilma põe FHC no seu devido lugar

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Uma das fraudes ideológicas da elite que se faz expressar no PiG (*) foi tentar transformar o retumbante sucesso do Governo do Nunca Dantes na consequência de:

1) uma maré internacional, que Lula soube surfar;

2) da herança bendita que recebeu do Plano Real (na verdade, lançado no Governo Itamar, pelos ministros Ricupero e Ciro Gomes).

Até os tucanos rejeitam FHC

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Fez muito bem a presidente Dilma Rousseff em dar um chega pra lá no sociólogo aposentado Fernando Henrique Cardoso para recolocar o ex-presidente tucano e "os fatos em seus devidos lugares".

Em breve e contundente nota oficial, divulgada no fim da tarde de segunda-feira, Dilma respondeu aos ataques que FHC fez ao governo do ex-presidente Lula no artigo Herança Pesada publicado domingo nos jornais O Globo e O Estado de S.Paulo.

O assassinato de blogs e blogueiros

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Está em curso uma tentativa de sufocar e derrotar o movimento de blogueiros que, nos últimos 10 anos (e especialmente durante o processo eleitoral de 2010), mudou a correlação de força na comunicação do Brasil. A velha mídia – associada aos setores mais conservadores – já não fala sozinha. Bolinhas de papel de Ali Kamel não ganham eleições, porque os blogs e redes sociais desmontam as farsas. Foi assim em 2010. Isso incomoda. E muito.

FHC: A inveja é uma merda!

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

O ex-presidente FHC já deve ter se arrependido do artigo que publicou nos jornais O Globo e Estadão no último domingo. Tanto é que ele sumiu do mapa. “A Folha não conseguiu falar com FHC”, lamenta hoje o jornal tucano. Na sua defesa, apenas o jagunço que preside o PSDB, o Sérgio Guerra, e alguns servos da mídia – como Ricardo Noblat, Merval Pereira e o pitbull da Veja. José Serra, que despenca nas pesquisas, já deve estar achando que o “amigo” FHC escreveu as suas bravatas apenas para prejudicá-lo na eleição.

Haddad desmente blogueiro da Veja

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O blogueiro da revista Veja Reinaldo Azevedo acusou o candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, de mentir quando diz que em sua gestão como ministro da Educação fez o número de creches no país aumentar 14 pontos percentuais.

Incêndios em favelas: dez perguntas

Por Francisco Bicudo, em seu blog:

Mais um incêndio atingiu ontem mais uma favela da cidade de São Paulo - desta feita, as vítimas foram os moradores da Favela do Piolho, no bairro do Campo Belo, na zona sul da capital, numa área que fica próxima, bem pertinho mesmo do aeroporto de Congonhas, imponentemente encravado em região nobre da metrópole. Em 2012, foi o trigésimo segundo incêndio dessa natureza em São Paulo (média de quatro por mês); já tinham sido registrados outros 79, no ano passado. Só ontem, quase 300 casas foram destruídas e mais de mil pessoas ficaram desabrigadas. Não tenho, confesso, condições de fazer afirmações. Mas, como sugeria e ensinava o filósofo grego Sócrates, ao reconhecer que "só sei que nada sei", posso fazer perguntas. Questionar não ofende. E ajuda a pensar. Minhas dúvidas:

O estranho mundo de FHC

Por Leandro Fortes, na CartaCapital:

O artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre a herança do governo Lula à presidenta Dilma Rousseff não é só uma pérola do ressentimento, embora seja possível reduzi-lo quase a isso. Na verdade, antes fosse somente isso. O texto, amargo e transbordado de inveja, revela no todo um traço comum à oposição no Brasil, desde a posse do ex-metalúrgico, em 2003, e a eleição de sua sucessora, em 2010: o absoluto descolamento da realidade.

Incêndio em favelas: acidente ou crime?

Por Altamiro Borges

Na tarde de ontem, a favela Morro do Piolho, na zona sul de São Paulo, foi tomada pelas chamas. Balanço parcial aponta três feridos – um jovem de 15 anos sofreu queimaduras de 1º e 2º graus, um homem fraturou uma das pernas e uma gestante caiu em depressão – e centenas de moradores ficaram sem teto, sem roupa, sem comida, sem nada. Pelo menos 285 dos 700 barracos foram destruídos pelo fogo. A Polícia Militar e a Defesa Civil ainda não sabem os motivos da tragédia, mas uma pergunta paira no ar: acidente ou crime?

FHC, ex-presidente muito mimado

Por Paulo Moreira Leite, na coluna Vamos combinar:

Eu acho que os amigos e admiradores de Fernando Henrique Cardoso, situados no topo de nossa pirâmide social, deveriam evitar mimos exagerados.

Vão acabar estragando este político e intelectual culto e simpático, que já passou dos 80. FHC participou da luta pela democratização, fez um governo com realizações discutíveis, algumas trágicas e outras muitos importantes. Também deixou muitas recordações junto a tantos brasileiros.

FHC e as excrescências mórbidas

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

O artigo deste domingo de FHC no 'Estadão' é uma das excrescências mórbidas de que falava o italiano comunista Antonio Gramsci. Morto em 1937, ele ensinou: o que caracteriza uma crise é justamente o fato de que 'o velho já morreu e o que é verdadeiramente novo não consegue nascer; nesse interregno, aparecem toda uma série de sintomas mórbidos”.

A obsessão do jornalismo partidário

Por Venício A. de Lima, no Observatório da Imprensa:

Desde que o Ibope Inteligência começou a fazer levantamentos sobre o Índice de Confiança Social (ICS), em 2009, a mídia (meios de comunicação) foi a instituição brasileira que apresentou maior queda em sua credibilidade, atrás apenas do sistema público de saúde e das escolas públicas: de 71 pontos em 2009, chegou a 67 em 2010 e atingiu 55 pontos em 2011, vale dizer, 16 pontos a menos (ver aqui).