sábado, 15 de dezembro de 2012

Época e a "murdechização" da mídia

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A reportagem de capa da Época desta semana revela a murdochização inexorável, definitiva e… cara de pau da mídia brasileira… Trata-se de uma matéria feita inteiramente com vazamentos seletivos fornecidos pela Polícia Federal.

O esquema de Murdoch na Inglaterra era parecido. Seus jornais subornavam policiais para obterem dados sigilosos dos desafetos ou vítimas da vez. A maioria das vítimas eram celebridades, cujas intimidades eram expostas na mídia. A coisa aqui, porém, é bem mais pesada. O mau caratismo murdochiano visava, na maioria das vezes, apenas o lucro. Na mídia brasileira, o esquema de vazamentos de dados sigilosos para órgãos de comunicação faz parte de uma estratégia de luta pelo poder.

A agenda conservadora da mídia

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

O dispositivo midiático conservador exercita há quatro meses o poder de pautar a agenda política do país. É um massacre.

A novela do chamado 'mensalão' revelou-se um cavalo de Tróia dos interesses contrariados pela ampliação do espaço progressista na sociedade brasileira.

Avanços e temores na América Latina

Editorial do jornal Brasil de Fato:

Na última semana, alguns fatos sacudiram a conjuntura da América Latina. Entre os acontecimentos positivos, que tem muita influência na correlação de forças da luta de classes internacionais e do continente, destacam-se, em primeiro lugar a reunião de Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, realizada dia 7, em Brasília. A reunião foi muito importante porque manteve o isolamento do governo golpista do Paraguai e aceitou a condição de membros associados a Bolívia e o Equador, antes eram apenas observadores.

Derrota da máfia midiática argentina

Por Altamiro Borges

Em decisão proferida nesta sexta-feira (14), o juiz federal Horacio Alfonso declarou que os dois artigos da Ley de Medios questionados na Justiça pelo principal império midiático da Argentina, o Grupo Clarín, são constitucionais e devem entrar em vigor. Para Martin Sabatella, dirigente da Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (AFSCA), a decisão é histórica e representa uma importante vitória dos que lutam pela verdadeira liberdade de expressão no país vizinho. "Estamos muito contentes, a justiça foi feita”.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Mídia: ONU recebe relato de violações

Bruno Marinoni, no Observatório do Direito à Comunicação:

Diversas entidades estiveram presentes em reunião com o o relator especial para promoção e proteção do direito à liberdade de opinião e expressão da Organização das Nações Unidas, Frank de La Rue, no dia 13, em São Paulo, apresentando casos brasileiros de violação da liberdade de expressão, assim como obstáculos para o avanço da efetivação do direito à comunicação. Em visita ao Brasil a convite da campanha “Para expressar a liberdade”, o guatemalteco afirmou que deve produzir uma notificação a partir dos relatos ouvidos e dos documentos recebidos.

O financiamento da mídia alternativa

Do sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A deputada Luciana Santos (PCdoB-PE) disse, ao abrir a audiência pública para discutir o financiamento dos meios de comunicação alternativos, que o debate exige uma reflexão sobre a comunicação de um modo geral. E disse que a democratização da comunicação é uma das reformas mais estruturantes dentro da sociedade brasileira.

Relator da ONU e o monopólio da mídia

Por Felipe Rousselet, na revista Fórum:

O relator especial para promoção e proteção do direito à liberdade de opinião e expressão da ONU (Organização das Nações Unidas), Frank La Rue, afirmou nesta quinta feira, 12, que o monopólio dos meios de comunicação deve ser evitado por meio da regulação da distribuição de concessões de rádio e televisão.

Quando o controle remoto não resolve

Ilustração: Saad Murtadha

Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

Jornais, revistas, o rádio e a televisão tratam de inúmeros assuntos, quase sem restrição. Apenas um assunto é tabu: eles mesmos.

Durante muito tempo a crítica da mídia esteve restrita às universidades e a alguns sindicatos de jornalistas ou radialistas. Hoje a internet tem um papel importante na ampliação desse debate.

Trabalho escravo, quando acaba?

http://fineartamerica.com
Por Frei Betto, no sítio da Adital:

Em janeiro de 2004, três auditores fiscais do trabalho e um motorista foram assassinados em Unaí (MG) ao investigarem trabalho escravo em uma lavoura de feijão. Em janeiro próximo se completam 9 anos de impunidade. Até agora ninguém foi condenado pela chacina que tirou as vidas dos auditores Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage, Nelson José da Silva, e do motorista Ailton Pereira da Silva.

Connecticut e o controle de armas

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

As últimas notícias sobre o massacre numa escola infantil de Newtown, no estado de Connecticut, dão conta de que pelo menos 28 pessoas morreram, entre elas 20 crianças. O suspeito está morto numa sala de aula. Seu nome é Adam Lanza, 20 anos. Sua mãe, Nancy, que trabalhava na escola, também foi assassinada. Não está claro ainda se Adam foi abatido pela polícia ou se cometeu suicídio. Seu irmão Ryan, 24, está sendo interrogado.

Ibope: Dilma fica acima das crises

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

A nova pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira mostra que a maneira de governar da presidente Dilma Rousseff bateu novo recorde, chegando a 78% de aprovação, o maior desde o início do seu mandato, em meio ao bombardeio da mídia contra o PT e seus principais dirigentes.

O manual do golpe de Estado

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Cúrzio Malaparte escreveu, em 1931, seu livro político mais importante, Técnica del colpo di Stato: envenenamento da opinião pública, organização de quadros, atos de provocação, terrorismo e intimidação, e, por fim, a conquista do poder. Malaparte escreveu sua obra quando os Estados Unidos ainda não haviam aprimorado os seus serviços especiais, como o FBI - fundado sete anos antes - nem criado a CIA, em 1947. De lá para cá, as coisas mudaram, e muito. Já há, no Brasil, elementos para a redação de um atualizado Manual do Golpe.

Estadão, Noblat e o relator da ONU

Por Alexandre Haubrich, no blog Jornalismo B:

Não têm limites as táticas sujas da mídia dominante quando o assunto é regulação da mídia, quer dizer, quando a ideia é a manutenção de seu poder oligopólico/monopólico. O artifício mais comum é a distorção de conceitos, como “liberdade de imprensa”, “liberdade de expressão”, “mídia independente” e “censura”, mas também a omissão de informações e debates são formas recorrentes através das quais os conglomerados midiáticos procuram manter sua hegemonia em detrimento da democracia na comunicação.

A direita nativa e a Operação 2014

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

E reaparece meu pai, Giannino, e não diz “profetica anima mea”, alma minha profética. Confirma apenas “mala tempora currunt” e comenta como é elementar a tarefa do analista político nas nossas latitudes. Refere-se, está claro, ao jornalista honesto, habilitado a perceber a previsibilidade dos movimentos dos senhores da casa-grande.

Até o mundo mineral recorda os tempos precedentes ao golpe de 1964 e reencontra aquele tom de fúria nos jornalões dos últimos dias. Desfraldam manchetes dignas da eclosão da guerra atômica. Está em curso, de fato, uma operação na mira de 2014, articulada em duas frentes com o mesmo objetivo: a debacle final de quem ousasse preocupar-se com o destino do País todo, senzala incluída.

“Gripe da covardia” de Celso de Mello

Por Altamiro Borges

Uma “forte gripe” do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, protelou por mais alguns dias um golpe na Constituição. A decisão sobre a perda dos mandatos dos deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT) – já condenados no julgamento do chamado “mensalão” – seria definida ontem pelo plenário do STF, mas foi adiada pela ausência do juiz, que alegou estar “com uma forte gripe” e foi orientado por seus médicos a ficar em repouso.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Lula reage e a mídia sente o tranco

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Por Altamiro Borges

“Acusado, Lula ataca a imprensa e volta a falar em candidatura”. O título abjeto da Folha de hoje indica que a mídia tucana ficou preocupada com as palestras e as conversas do ex-presidente na sua viagem a Paris. Na sua escalada denuncista contra Lula, com base em acusações sem provas, a mídia preferia ver o ex-líder operário acuado e abatido. Mas, ao que parece, ele resolveu reagir e sair da defensiva. Falou até em reeditar as “caravanas da cidadania”, percorrendo o país para alertar o povo sobre as manobras golpistas.

Conta de luz: Aécio sai chamuscado

Por Altamiro Borges

O governo conseguiu aprovar ontem na Câmara dos Deputados o texto-base da Medida Provisória 579, que antecipa a renovação das concessões do setor elétrico e reduz a tarifa da conta de luz. A votação foi simbólica e tranquila, com o apoio até mesmo de setores da oposição demotucana. Segundo o jornal Valor, “com receio de eventuais danos políticos por não apoiar uma medida que reduz a conta de energia, os partidos da oposição, em especial o PSDB, acabaram por fazer um ‘voto crítico’”.

Folha manipula discurso de Lula

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Eu ouvi o discurso do ex-presidente Lula em Paris, ontem. Lula falou sobre a crise econômica internacional, além de exaltar as conquistas de seu próprio governo.

A crise econômica internacional foi consequência da desregulamentação dos mercados financeiros e os bancos receberam bilhões de dólares e euros em dinheiro público como forma de resgate.

Para entender o xadrez da política

Por Luis Nassif, em seu blog:

Vamos entender o xadrez político atual.

Há um jogo em que o objetivo maior é capturar o rei – a Presidência da República. O ponto central da estratégia consiste em destruir a principal peça do xadrez adversário: o mito Lula.

O bandido, a mídia e o golpe

Por Maurício Caleiro, no blog Cinema & Outras Artes:

As acusações do "publicitário" Marcos Valério ao ex-presidente Lula, acusando-o de ter dado o "ok" aos empréstimos que, alegadamente, comporiam o "mensalão" petista e de ter tido contas pessoais pagas por recursos advindos de tal esquema representam o mais ousado lance, até agora, da guerra pelo poder patrocinada pelo conluio entre oposição conservadora, setores do Judiciário e mídia corporativa.