quarta-feira, 22 de maio de 2013

O moralismo seletivo da mídia

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

As mordomias do STF são um assunto de grande interesse público. Elas revelam como a mais alta corte do país trata o dinheiro do contribuinte.

Não existe pudor, não existe parcimônia: os juízes viajam de primeira classe, e podem levar acompanhante desde que julguem “necessário”.

Como eles fazem as regras, é tudo legal – mas imoral e abjeto.

Estadão e a história pra boi dormir

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Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A morte do jornalista Ruy Mesquita, diretor do jornal O Estado de São, na noite de terça-feira (21), ensejou matérias em telejornais e portais de internet que estão divulgando uma das mais antigas conversas moles dos autores intelectuais de uma ditadura sangrenta, selvagem e degenerada que se abateu sobre o Brasil durante mais de duas décadas.

O Estadão e a ditadura midiática

Por Maria Inês Nassif, no sítio Carta Maior:

Eis o receituário contra “os ‘Big Brothers’ de todas as latitudes”, e para evitar o perigo à democracia que a “TV lixo”, aquela que é “um brevê contra a inteligência e o senso crítico dos espectadores”, pode representar em qualquer parte do país: “De um lado, uma política de concessões infensa a coronelismos, complementada por eficaz legislação antitruste, de defesa do consumidor e da concorrência, contra a exacerbação predatória da lei do mais forte no mercado da indústria de informação”; “de outro, o fortalecimento da mídia eletrônica pública, independente tanto do Estado quanto da área privada e, mais ainda, protegida do espúrio contubérnio entre ambos, que gera a ‘ditadura midiática’, na Itália, na Bahia – e em qualquer lugar do planeta.”

A Marcha das Vadias em São Paulo

Do sítio da União da Juventude Socialista (UJS):

A terceira edição da Marcha das Vadias de São Paulo ganha as ruas da capital no próximo sábado (25), com o tema Quebre o Silêncio.

O ponto de partida da marcha é a Praça do Ciclista, que fica no encontro da Avenida Paulista com a Rua da Consolação. A partir do meio dia, o coletivo feminista Marcha das Vadias de São Paulo (MdV SP) estará no local, oferecendo oficina de cartazes, stencil e preparando o aquecimento para o ato, que começa às 14h. Os manifestantes percorrerão a Avenida Paulista e a Rua Augusta, até a Praça Roosevelt.

Judiciário trava a reforma agrária

Por José Coutinho Júnior, no sítio do MST:

O Poder Judiciário tem sido um dos principais opositores do processo de Reforma Agrária no Brasil.

Além de autorizar ações violentas de despejo contra camponeses acampados e evitar ao máximo a condenação de latifundiários que cometeram crimes contra os trabalhadores rurais, o Judiciário é um dos grandes responsáveis por áreas já desapropriadas que ainda não se tornaram assentamentos por causa de trâmites na justiça.

Últimos momentos da mídia de papel

Por Luis Nassif, em seu blog:

Na última sexta feira, a editoria Poder, do jornal Folha de São Paulo, publicou 6 matérias. A primeira, sobre a votação da Lei dos Portos, dividida em algumas sub-retrancas. A mais importante descrevia a votação e as reações suscitadas, com informações que já haviam sido abundantemente exploradas no dia anterior - inclusive pela Folha online.

"Carta Mundial de Mídia Livre"

Por Bia Barbosa, no Observatório do Direito à Comunicação:

Foi lançado este semana, em âmbito internacional, o processo de construção da Carta Mundial de Mídia Livre. A iniciativa, aprovada durante a terceira edição do Fórum Mundial de Mídia Livre (FMML) – realizado na Tunísia em março, como parte das atividades do Fórum Social Mundial 2013 –, pretende reunir os mais diferentes atores do setor em torno de princípios e direitos fundamentais para o exercício da comunicação livre nos diferentes países. O objetivo é construir um documento referencial para o conjunto dos veículos e ativistas deste campo, que permita avaliar, ao longo do tempo e em comparação à realidade de outras nações, o cenário dos meios de comunicação. A Carta será assim uma plataforma estratégica para a atuação conjunta dos movimentos e organizações que lutam pela democratização da mídia em todo o mundo.

Guantánamo e o inferno em Cuba

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Por Mauro Santayana, em seu blog:

Há, na ilha de Cuba, um campo de concentração que lembra os montados pelos nazistas na Europa de Hitler. Mais de uma centena de prisioneiros sem julgamento - já que não há nas leis nada que dê suporte legal apara tal ato - se encontram confinados desde_2002, em instalações precárias e provisórias, submetidos desde então a maus tratos e tortura, física e psicológica. Quase todos eles se encontram há meses em greve de fome. Depois da morte de nove deles, passaram a alimentá-los à força, prática condenada pela Comissão de Direitos Humanos da ONU.

Venezuela nega crise e suposto golpe

Por Vanessa Silva, no sítio Vermelho:

Nesta terça-feira (21), o jornalista e apresentador do programa La Hojilla, Mario Silva, classificou como falsas as declarações atribuídas a ele, segundo as quais o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, estaria tramando um golpe contra o presidente Nicolás Maduro, e acusou a CIA e o Mossad de estarem por trás das acusações. Em seu twitter, o mandatário fez um chamado à unidade e ressaltou o compromisso com o legado de Chávez.

terça-feira, 21 de maio de 2013

O Globo teme a Comissão da Verdade

Por Altamiro Borges

Em editorial publicado nesta terça-feira (21), o jornal O Globo confessa que está com medo do desenrolar das investigações da Comissão da Verdade. A famiglia Marinho, que apoiou o golpe militar de 1964 e que foi recompensada pela ditadura na construção do seu império midiático, faz um apelo para que as apurações sejam limitadas: “A anistia foi concedida no Brasil de forma recíproca, mediante ampla negociação entre o regime e a oposição, como parte do processo de redemocratização, realizado sem traumas, e que, por isso mesmo, resultou numa democracia estável... Não cabe à Comissão encaminhar qualquer nome ao Ministério Público e à Justiça para ser processado por supostos crimes cometidos na repressão política, nem propor qualquer inciativa neste sentido. Seria, no mínimo, ilegal”.

O ódio se dissemina na rede

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Por Bepe Damasco, em seu blog:

Eles não têm apreço pela democracia e são saudosos da ditadura; desprezam negros, pobres, nordestinos e gays; movimento social é coisa de bandido; sentem engulhos estomacais quando esbarram nos aeroportos com os "intrusos" das classes baixas; o caos no trânsito das grandes metrópoles é culpa dos pobres que deram para comprar carros de uns tempos para cá; em geral, só leem Veja, Globo, Estadão e Folha e vivem a matraquear as chavões facistóides ali publicados; por eles, o Congresso Nacional seria fechado, já que o sistema representativo de nada serve e os políticos são safados.

Bolsa Família e os ministérios fracos

Por Antônio Mello, em seu blog:

O boato sobre a extinção do Bolsa Família atingiu 12 estados. Milhares de brasileiros (os mais pobres) correram às agências da Caixa com medo de não receberem o benefício.

Dizem que o boato começou na internet. Pode ser. Mas duvide-o-dó que tenha sido espalhado por ela. Aí tem rádios populares, com toda certeza, pois o povão do Bolsa Família só tem computadores, carros e aviões na mensagem distorcida da mídia corporativa.

Os horrores do neoliberalismo

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Quem paga a conta da crise na Europa? Os pobres, claro. Assim como vem acontecendo na Espanha, onde tem gente se matando por conta dos despejos promovidos pelos bancos, agora é na Inglaterra que começam a aparecer suicidas por questões econômicas. No último dia 4 de maio, Stephanie Botrill, de 53 anos, deu fim à própria vida porque não podia pagar uma nova taxa instituída pelo governo conservador de David Cameron: o “imposto do dormitório” (bedroom tax). Trata-se de um imposto bizarro que vai atingir sobretudo os mais carentes, porque é direcionado às casas e apartamentos administrados pelas prefeituras, onde moram as famílias de baixa renda, pagando aluguel.

PF agride jornalista do Cimi



Por Alexandre Haubrich, no blog Jornalismo B:

A seletividade dos gritos por liberdade de imprensa deixa às claras o posicionamento político dos setores midiáticos brasileiros. Em mais uma disputa por terras, frequente em um Brasil de latifundiários nas cidades, na mídia e nos campos, um jornalista do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) teve seus equipamentos apreendidos pela Polícia Federal sem mandato e sem qualquer justificativa legal. O caso aconteceu em Sidrolândia (MS), onde seiscentas famílias indígenas Terena ocupam uma fazenda em uma área declarada em 2010 como de ocupação tradicional do povo Terena pelo Ministério da Justiça. O repórter Ruy Sposati teve confiscados um computador, um gravador e um leitor de cartões USB.

A pauta das fofocas na mídia

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

De cada sete manchetes dos grandes jornais brasileiros ao longo de cada semana, nos últimos dois meses, cinco foram tiradas de declarações. As outras duas se referem a eventos incontornáveis como acidentes e crimes graves, decisões políticas ou judiciais ou, mais raramente, tratam de questões levantadas por institutos de pesquisa. Há poucos registros, nesse período, de reportagens produzidas por meio da investigação jornalística que tenham chegado ao topo das primeiras páginas.

O que isso significa?

Um suicídio na catedral de Paris

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A notícia é manchete no portal do “Le Monde” – mais tradicional jornal francês: um fundamentalista se suicidou na França. E o gesto teria conotações políticas. Os mais apressados devem ter pensado: trata-se de um muçulmano desesperado, mais um na imensa diáspora de imigrantes árabes em Paris? Afinal, a imprensa ocidental acostumou-se a fazer a relação: “fundamentalismo”/muçulmano.

Financial Times: panfleto da oposição

Por José Dirceu, em seu blog:

A imprensa britânica há muito tempo virou um alto-falante da oposição brasileira. Dessa vez quem vem nessa linha é o velho Financial Times (FT). Reincidente, aliás. Semana sim e a outra também, dá uma matéria ou editorial puxando para baixo nossa economia. Ontem foi um editorial. Com os mesmos argumentos falhos sobre o Brasil e nosso desempenho econômico.

Salvador da pátria ou desastre?

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Por Leandro Fortes, na revista CartaCapital:

Ninguém pode negar ao ministro Joaquim Barbosa o direito à crítica. Nem o direito de estar certo - o que, aliás, acontece até com um relógio quebrado, duas vezes ao dia.

O Brasil tem, sim, partidos de mentirinha montados sobre interesses muito distantes das urgências coletivas e moldados apenas para projetos de poder de curto prazo. E é fato, também, que a dinâmica da engenharia política do Congresso Nacional é quase que exclusivamente bolada para atender as demandas do Poder Executivo.

Sobre as canalhices de Marconi Perillo

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Por Vassil Oliveira, no blog Diário de Goiás:

Agora o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), chama o ex-presidente Lula (PT) de “o maior canalha do País”.

Agora, em pleno evento que elegeu Aécio Neves presidente do PSDB nacional e o carimbou como o nome tucano para a disputa presidencial do ano que vem.

Antes, a história era outra. Houve um tempo em que Marconi até prometeu desafiar o seu partido para agradar Lula.

Direita ataca o Bolsa Família?

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Fico imaginando qual seria a vantagem de atacar o Bolsa Família a esta altura da campanha eleitoral, se atacar o programa não rende votos junto aos beneficiários. Existe ao menos uma resposta possível: já que os votos dos beneficiários estão perdidos mesmo, usemos o programa para ganhar votos dos não-beneficiários, retomando em outros termos o debate em torno do “bolsa-esmola”. Não é de hoje que a direita identifica o Bolsa Família com “assistencialismo” ou “caça aos votos”, desconhecendo o impacto dinamizador que ele tem na economia, especialmente no Nordeste.