domingo, 1 de setembro de 2013

A suposta “autocrítica” da Globo

Do núcleo do Barão de Itararé/RJ:

Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento 
Vou cobrar com juros, juro 
Todo esse amor reprimido 
Esse grito contido 
Este samba no escuro 
Você que inventou a tristeza 
Ora, tenha a fineza De desinventar 
Você vai pagar e é dobrado 
Cada lágrima rolada Nesse meu penar

(Chico Buarque)


As Organizações Globo publicaram no último dia 31 de agosto editorial onde reconhecem o apoio ao Golpe de 1964 e afirmam que essa postura foi um erro. O mesmo editorial também reconhece o que todo mundo já sabia: que o Estado de São Paulo, a Folha de São Paulo, o Correio da Manhã e outros veículos também foram coniventes com a ditadura que se constituiu em um dos capítulos mais vergonhosos da história do Brasil.

Globo assume que é golpista

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Desde que o deputado federal pelo PT de Pernambuco Fernando Ferro cunhou a sigla PIG (Partido da Imprensa Golpista) e o jornalista Paulo Henrique Amorim a popularizou – atraindo, assim, o ódio de barões da mídia que, por isso, até hoje tentam destruí-lo -, os veículos que deram causa a esse epíteto aposto ao seu caráter político-partidário, rejeitam-no.

A escalada da mídia contra o país

Por José Dirceu, em seu blog:

É preciso enfrentar e responder à altura a escalada da mídia contra o governo, porque ela é contra o país. É preciso responder com ideias e fatos, com debate político, com disputa de espaço democrático e plural na própria mídia - um direito constitucional -, utilizando todos os espaços institucionais, como o Congresso Nacional e os instrumentos de comunicação à disposição do Executivo, dos partidos e dos cidadãos.

Não há inocentes na imprensa

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A leitura de jornais já foi no Brasil, em tempos não muito distantes, uma das mais gratificantes atividades para os espíritos curiosos. Abrir um diário era como escancarar uma janela para o mundo. Apesar de encontrar interpretações da realidade com as quais eventualmente não concordasse, o leitor ou leitora tinha a convicção de que, mesmo as parcialidades que lhe impunha a imprensa, buscavam sua legitimação num esforço de objetividade. Assim, o conservadorismo do Estado de S. Paulo e a ligeireza do Globo podiam ser comparados à afoiteza impertinente da Folha de S. Paulo e à austera obsessão do Jornal do Brasil pela acuidade, e podia-se perceber o valor simbólico de seus conteúdos.

E os mandantes da Chacina de Unaí?

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Quem diz que um jornalista não deve se envolver demais com um caso para evitar que sentimentos pessoais contaminem o seu trabalho é porque nunca fez reportagem ou cobertura longas, daquelas que a gente se entrega por inteiro. E, por isso, não consegue entender que é exatamente esse envolvimento que leva a carregar o tema pelo tempo que for. A Chacina de Unaí, no Noroeste mineiro, é um desses casos. Pelo que foi, pelo que representa.

O que a Globo pediu a Lula?

Do jornal Correio do Brasil:

A pauta do recente encontro entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente das Organizações Globo, João Roberto Marinho, confirmado pela assessoria do Instituto Lula, vazou nesta sexta-feira em um blog na internet e revela o desespero da maior organização midiática de ultradireita na América Latina com a força das manifestações de rua, que cobram o fim do monopólio nas comunicações e o pagamento de impostos devidos pela emissora à Receita Federal. Pressionada por mais um protesto, convocado para esta sexta-feira, em frente às suas instalações, na capital paulista, e pela queda no faturamento devido ao aumento significativo da audiência na internet, a empresa visava o abrigo de um dos maiores ícones das esquerdas no país.

Desventuras do príncipe da privataria

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Leandro Fortes, na revista CartaCapital:

A obra chega às livrarias no sábado 31, mas antes mesmo de sua publicação tem causado desconforto no ninho tucano. Luiz Fernando Emediato, publisher da Geração Editorial, responsável pela edição, tem recebido recados. O último, poucos dias atrás, foi direto: um cacique do PSDB telefonou ao editor para pedir o cancelamento do livro e avisou que a legenda havia contratado um advogado para impedir a publicação, caso o apelo não fosse atendido.

PIB desmente os "sabichões" da mídia

Por José Carlos Ruy, no sítio Vermelho:

A torcida e as pajelanças (como diz Luiz Gonzaga Belluzzo) dos sabichões da mídia e da especulação financeira não foram capazes de deter a economia brasileira, que decepcionou a todos os pessimistas de plantão e cresceu 1,5% no segundo trimestre. No ano, o crescimento do PIB já supera os 2% e desmente todos os pessimistas que torciam para um recuo na economia que pudesse pavimentar, no plano político, o caminho para a volta do PSDB e dos neoliberais ao governo federal.

Às vésperas de uma guerra obscena

Por Tariq Ali, no sítio Outras Palavras:

O objetivo da “guerra limitada” organizada pelos EUA e seus vassalos europeus é simples. O regime sírio estava lentamente restabelecendo seu controle sobre o país, contra a oposição armada pelo Ocidente e seus Estados tributários na região (Arábia Saudita e Qatar). Essa situação exigia correção. Nessa deprimente guerra civil, era preciso fortalecer militar e psicologicamente a oposição.

Por que a direita odeia Zé Dirceu?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Por que Zé Dirceu é tão odiado pela direita?

Ele é ainda mais odiado que Lula, o que não é pouco.

Tenho minha tese.

A Globo cospe no golpe em que comeu

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O Globo divulgou neste sábado à tarde um comunicado, em que reconhece que seu apoio ao Golpe de 64 foi um erro.

“Desde as manifestações de junho, um coro voltou às ruas: 'A verdade é dura, a Globo apoiou a ditadura'. De fato, trata-se de uma verdade, e, também de fato, de uma verdade dura. Já há muitos anos, em discussões internas, as Organizações Globo reconhecem que, à luz da História, esse apoio foi um erro.”

O PIB e o noticiário econômico

Por Luis Nassif, em seu blog:

Desde junho um pessimismo agudo dominou o noticiário econômico. Em parte, pelo desencanto com o governo Dilma Rousseff. Somado a isso, pelo jogo político que há anos comanda todas as ações da velha mídia, uma aposta temerária de que, com a economia afundando, Dilma pudesse ser derrotada nas próximas eleições.

Globo: o odor da saturação

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

Não se sabe ainda se há relação de causalidade entre uma coisa e outra.

O fato é que manifestantes do Levante Popular guarneceram a sede da Globo em SP, neste sábado (31), com fezes. A retribuição, em espécie, dizem os integrantes do protesto, remete ao conteúdo despejado diuturnamente pela emissora nos corações e mentes da cidadania brasileira.

Globo admite "erro" em 64. Haja medo!

Por Altamiro Borges

O Globo publicou neste sábado (31) um artigo que entrará para a história da mídia nativa. O jornal finalmente assume que o "apoio editorial ao golpe de 64 foi um erro" - estampa já no título. O texto é maroto, cheio de distorções históricas, mas confirma que a arrogante Rede Globo está com medo. Medo dos protestos de rua contra o império global, que um dia antes voltaram a ocupar os portões da emissora em vários estados. Medo da repercussão na blogosfera das denúncias sobre a bilionária sonegação fiscal da empresa. Medo da concorrência no setor, principalmente com a presença das multinacionais da tecnologia, como o Google, que abocanham gordas fatias do mercado publicitário.

sábado, 31 de agosto de 2013

Justiça confisca bens de socialite


Por Altamiro Borges

Uma notinha bem curiosa foi publicada hoje (31) na coluna de Felipe Patury, da revista Época:

*****

“Foi uma cena pouco usual para um endereço tão chique como o da Rua Uruguai, 227, no Jardim América, em São Paulo. No último dia 26, um caminhão estacionou e recolheu bens arrestados da socialite Ana Paula Junqueira. A ordem judicial foi expedida a pedido do advogado Maurício Amato Filho, que representa a gráfica Flims. Essa empresa diz ter imprimido santinhos para Ana Paula, candidata a deputada pelo PV em 2010. A conta de R$ 58 mil não foi paga. Amato Filho recorreu à Justiça para arrestar a conta bancária de Ana Paula. Só encontrou R$ 298,15 em depósitos. Pediu, então, o arresto de bens. Levou obras de Daniel Senise, Nelson Leiner e Antonio Dias, dez cinzeiros, um gato de porcelana com a cabeça colada e até uma vela em formato de caveira. Procurada, ela não se manifestou”.

Protesto de trabalhador não é manchete

Marcelo Camargo/ABr
Por Altamiro Borges

O Dia Nacional de Mobilizações e Paralisações, liderado pelas centrais sindicais nesta sexta-feira (30), não recebeu a devida cobertura da mídia patronal – como já era de se esperar. Ocorreram greves, atos públicos e passeatas na maioria dos estados brasileiros, mas a mobilização dos trabalhadores não foi manchete dos jornalões e gozou de poucos segundos de exibição nas emissoras de televisão. Bem diferente da cobertura que a mídia deu aos protestos de junho, quando ela percebeu que poderia pegar uma carona no movimento difuso para pautá-los. Na ocasião, a TV Globo chegou a derrubar a sua grade de programação, cortando inclusive a sagrada novela, para tentar manipular os manifestantes.

Ato contra a Globo em São Paulo

O protesto contra a Globo no Pará

O escracho da Globo no RJ

Jovens atiram bosta na Globo



Por Altamiro Borges

Na noite desta sexta-feira, o segundo ato contra o monopólio da mídia reuniu cerca de 600 pessoas em frente ao prédio da Rede Globo, no bairro do Brooklin, em São Paulo. O protesto transcorreu de maneira pacífica e com muita criatividade. Os manifestantes gritaram várias palavras de ordem em defesa da democratização da comunicação, voltaram a rebatizar a placa da ponte Octávio Frias de Oliveira com o nome do jornalista Vladimir Herzog, assassinado pela ditadura, e atiraram esterco num letreiro da emissora. "Devolvemos à Globo a merda que ela joga no povo brasileiro todo dia em seus telejornais", explicou Juliane Furno, militante do Levante Popular da Juventude.