segunda-feira, 30 de setembro de 2013

MTV Brasil morreu de overdose

Por Eduardo Nunomura, na revista CartaCapital:

Não deixa de ser irônico que a MTV Brasil tenha morrido justamente quando o portal YouTube Brasil dá à luz a um novo canal de música. Ontem, 26 de setembro, a emissora fez sua última transmissão ao vivo e a marca MTV, licenciada pela Abril, vai ser devolvida ao grupo Viacom. O último capítulo vai ao ar domingo, com programas gravados. Na segunda-feira, em 30 de setembro, começam as primeiras transmissões do canal Trilhas, do YouTube, e o primeiro artista retratado será Emicida, um dos principais representantes da atual música nacional.

Lobão na Veja. Fim de carreira!

Por Marcos Sacramento, no blog Diário do Centro do Mundo:

Fiquei meio desapontado com o anúncio da coluna de Lobão na Veja. Não que tenha sido uma surpresa, tendo em vista as besteiras que ele tem dito ultimamente. Havia a esperança de que essa verborragia fosse apenas um surto, vontade de aparecer, mas o negócio parece ser sério. Lobão passa a borracha em seu histórico no rock nacional ao virar colunista de uma revista reacionária e divorciada da realidade. Deu um passo largo em direção ao ostracismo artístico.

O andar cambaleante de Aécio Neves

Por Altamiro Borges

Em seu artigo semanal de platitudes na Folha, o senador Aécio Neves escreveu nesta segunda-feira (30) que o governo Dilma está “andando para trás”. De forma infeliz, ele analisou os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2012, divulgados pelo IBGE na semana passada. Para ele, o Pnad mostra “os limites do modelo de políticas sociais adotado no país a partir de 2003, com a chegada do PT ao poder”. O resultado da pesquisa, porém, revela exatamente o contrário – que o Brasil está avançando, mesmo que de forma tímida, no combate à miséria.

A surpresa dos golpistas em Honduras

http://xiomara.hn/
Por Altamiro Borges

Marcadas para 24 de novembro, as eleições presidenciais em Honduras podem produzir um curioso fenômeno. Xiomara Castro, esposa do ex-presidente Manuel Zelaya – deposto por um golpe militar, orquestrado pelos EUA, em junho de 2009 – pode ser a vencedora. Ela lidera a maioria das pesquisas de opinião pública. A candidata ganhou notoriedade por sua postura firme e corajosa durante os 121 dias em que Manuel Zelaya se refugiou na embaixada brasileira em Tegucigalpa, capital do país.

PM agride professores no RJ

Por Altamiro Borges

Na noite de sábado (28), a Polícia Militar do Rio de Janeiro agiu novamente de forma truculenta – o que respinga sobre sua badalada imagem de “pacificadora” - para retirar 150 professores que estavam acampados no plenário da Câmara Municipal há três dias. Como resposta à violência, os docentes em greve montaram barracas na lateral do Palácio Pedro Ernesto, sede do Legislativo, e várias entidades da sociedade civil planejam novos atos de protesto contra os governos estadual e municipal para esta semana.

domingo, 29 de setembro de 2013

Urubólogos da mídia serão demitidos?

Por Altamiro Borges

Nesta semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgou dois dados que devem ter apavorado os urubólogos da mídia. Eles apontam que a renda média dos assalariados subiu 1,7% em agosto e que a taxa de desemprego caiu para 5,3% - um dos mais baixos da história recente do país. Se a economia nativa continuar produzindo estes números positivos, apesar da grave crise que atinge o capitalismo no mundo, os pessimistas de plantão da chamada grande imprensa é que poderão perder os seus empregos. Eles só falam besteiras mesmo!

Zara e Folha estão fora de moda

Por Altamiro Borges

Na semana passada, a Folha apresentou a poderosa rede Zara como vítima do chamado “Custo Brasil”. A reportagem parece ter sido feita por encomenda para garantir mais alguns anúncios publicitários. O jornal critica os “elevados” tributos e os gargalos na logística que “derrubam o modelo global da Zara” no país. A multinacional espanhola, que recentemente foi denunciada por explorar trabalho análogo à escravidão, é usada como exemplo para fustigar o governo Dilma. Só faltou a Folha pedir o retorno da escravidão no Brasil.

Homem-bomba do propinoduto tucano

Por Altamiro Borges

A revista IstoÉ desta semana traz novas e bombásticas revelações sobre Jorge Fagali Neto, o “homem-bomba” do propinoduto tucano. Ele já foi indiciado pela Polícia Federal como responsável por intermediar o pagamento de propinas da multinacional francesa Alstom às integrantes do PSDB de São Paulo. A reportagem agora teve acesso ao depoimento e a uma série de e-mails entregues ao Ministério Público, em junho de 2011, pela secretária de Fagali, Edna da Silva Flores. A documentação escancara o esquema de corrupção. Vale conferir a reportagem, assinada pelos repórteres Alan Rodrigues, Pedro Marcondes de Moura e Sérgio Pardellas:

Celso de Mello magoou a Folha

Por Altamiro Borges

A entrevista do ministro Celso de Mello à Folha magoou a própria Folha. Publicada na quinta-feira (26), ela teve forte repercussão. Nela, o decano do Supremo Tribunal Federal (STF) fez duras críticas à postura da mídia por ocasião do voto de desempate sobre os embargos infringentes no julgamento do chamado mensalão. “Em 45 anos de atuação na área jurídica (…), nunca presenciei um comportamento tão ostensivo dos meios de comunicação buscando, na verdade, pressionar e virtualmente subjugar a consciência de um juiz”, desabafou.

As mulheres e a publicidade na tevê

Por Altamiro Borges

O Instituto Patrícia Galvão e o Data Popular realizaram uma pesquisa inédita sobre como as mulheres se veem na publicidade exibida nas emissoras de tevê. Divulgada nesta semana, a sondagem comprova mais uma vez que a televisão brasileira não expressa a rica diversidade do país e padece de vários preconceitos. Conforme realça o estudo, “o levantamento mostra o conflito entre o que os espectadores veem e o que gostariam de ver nas publicidades exibidas na televisão”. Vale conferir algumas revelações da pesquisa:

Folha, suas “folhices” e a hipocrisia

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A capa da Folha de S. Paulo, hoje, é um primor.

Manchete em letras garrafais para um enorme escândalo de corrupção.

Doze pessoas, todas pobres, no Mato Grosso e no Piauí, aparecem “doando” entre R$ 300 e 600 reais para a campanha presidencial de Dilma Rousseff quando teriam, na verdade, trabalhado como “cabos eleitorais” remunerados no segundo turno.

Espionagem e Marco Civil da Internet

Por Maurício Thuswohl, no sítio Carta Maior:

No duro discurso contra a espionagem eletrônica praticada pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) realizado na abertura da 68ª Assembleia Geral da ONU, a presidenta Dilma Rousseff sugeriu a adoção de um “marco civil multilateral para a governança e o uso da internet” e anunciou que o Brasil está prestes a adotar seu próprio Marco Civil da Internet, que poderia servir como base para uma proposta global baseada em pontos como a neutralidade da rede, a garantia de privacidade e de liberdade de expressão para os usuários, a orientação inclusiva e a gestão democrática, entre outros. Com forte repercussão internacional, as palavras de Dilma podem ter funcionado no plano político interno como o impulso que faltava para que o Projeto de Lei que cria o Marco Civil, que tramita há dois anos na Câmara e teve sua votação pautada – e depois retirada – três vezes no ano passado, seja finalmente aprovado.

E aí, Aécio Neves, vamos conversar?

Por Renato Rovai, em seu blog:

Caro senador Aécio Neves, imagino que o senhor não conheça este escriba e talvez nem a Revista Fórum, apesar de a revista já circular há 12 anos e de eu ter lhe encontrado recentemente no Aeroporto de Congonhas. Sentamos frente a frente no saguão e vossa excelência me olhou umas quatro ou cinco vezes de soslaio. Eu fiz de conta que não percebia e me mantive concentrado no tablet. Depois pegamos o mesmo ônibus que nos levou ao avião. Íamos para o Rio de Janeiro. Aliás, parece que vossa excelência gosta muito da capital carioca. Eu também sou fã. E se tivesse as mesmas condições econômicas que o senhor não resistiria a viver boa parte do meu tempo por lá. Mas o que me motiva a escrever este post não é o Rio. E outra coisa.

TV no Brasil: A festa da velha senhora

Por Gabriel Priolli, no Observatório da Imprensa:

Esta senhora que aniversaria hoje, a televisão brasileira, chega aos 63 anos com a saúde abalada, o corpo já flácido e o rosto abatido. Está longe de sua infância irrequieta na década de 50, sua juventude intensa nos anos 60 e seu esplendor balzaquiano, nos 70. Já não vive mais a maturidade abastada do período posterior. Mas ainda está viva e tudo indica que terá longevidade, por um tempo ainda imponderável, o que é uma proeza nessa era de explosão de mídias, volatilidade das tecnologias e mutação acelerada do ambiente informativo.

As receitas amargas de Pérsio Arida


Por Antônio Mello, em seu blog:

Este aí da foto é Pérsio Arida, um dos gênios da equipe econômica do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de quem foi presidente do Banco Central e do BNDES. Todos eles, hoje em dia, ou são banqueiros ou trabalham pra eles. O que por si só justifica a ojeriza que o povo tomou pelos governos FHC.

Economist quer agradar Higienópolis

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A última edição da britânica The Economist, trazendo uma capa duramente crítica ao Brasil, produziu grande euforia nas hostes coxinhas. No post anterior, eu dei uma resposta preliminar, com base apenas na capa e nas chamadas, que já prenunciavam o teor da matéria.

Agora, que tive a pachorra de ler os nove textos, mais a abertura, posso fazer uma crítica mais consistente.

O mensalão PSDB-MG é lindo

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O mensalão do PSDB-MG é mesmo um caso especial.

Criado em 1998 para ajudar a campanha de Eduardo Azeredo ao governo de Minas, até hoje o julgamento não ocorreu.

A primeira e única condenação acaba de sair. Atingiu um banqueiro do Rural, condenado a nove anos. Mas a lei lhe confere o direito de pedir recurso, o que quer dizer que tem 50% de chances matemáticas de provar sua inocência em segunda instância. Ninguém ficou indignado com isso, nem achou que seria uma ameaça às instituições ou um estímulo a criminalidade.

Pelo Marco Civil da Internet Já!

Por Deborah Moreira, no sítio Vermelho:

Dando continuidade às ações em defesa do Marco Civil da Internet, acontece na segunda-feira (30), às 19 horas, uma reunião ampliada para organizar novas ações de rua e de redes. Todos estão convocados. O encontro acontecerá em São Paulo, no Auditório do Conselho Regional de Psicologia da 6ª Região. Recentemente, grupos e coletivos têm criado páginas na web e nas redes sociais para defender a liberdade de expressão na internet como "Marco Civil Já" e "Internet Sem Catracas".

A mídia nos representa?

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

Parecia uma carta de independência ou um ultimato antes da declaração de guerra. Na manhã da quarta-feira 18, o jornal Estado de Minas se arvorava no papel de representante legítimo dos 19 milhões de habitantes do estado. Em editorial de primeira página, o jornal investia contra o ministro Celso de Mello, que dali a horas decidiria o futuro de 11 condenados no processo do “mensalão”. “Nas ruas de Belo Horizonte, parte expressiva da população tende a considerar a aceitação dos embargos como decepcionante. Pior: um aceno à impunidade”, afirmava o texto. No dia seguinte, como tantos veículos de comunicação, o diário mineiro não esconderia a insatisfação com a “prorrogação” da análise do processo. O carioca O Globo iria além. “STF mantém a impunidade de mensaleiros até 2014”, cravou na capa. Em tom uníssono, a mídia lamentou o “divórcio” entre o Supremo Tribunal Federal e a “opinião pública”.

The Economist, Ibope e a oposição

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Durante os últimos quatro meses, o Brasil passou por um vaivém político que constituiu a primeira grande novidade desde 2002, quando Lula destronou os grupos políticos que governaram o país desde sempre, inclusive durante a ditadura e em outros períodos em que viveu sem democracia. A novidade? O governo petista sofreu imensa perda de popularidade.