Qual seria a proporção de similaridades entre o Brasil real e o Brasil que a imprensa apresenta aos brasileiros e ao mundo diariamente? Uma equação que contivesse todas as variáveis que formam o retrato da nacionalidade seria possível somente como exercício intelectual, porque, conforme demonstrou Platão, apenas uma fração daquilo que é comunicado pode ser mensurada. O resto, ou seja, toda a grandeza da existência, pode ser objeto apenas da observação e do espanto.
quarta-feira, 11 de junho de 2014
A matriz do pensamento conservador
Qual seria a proporção de similaridades entre o Brasil real e o Brasil que a imprensa apresenta aos brasileiros e ao mundo diariamente? Uma equação que contivesse todas as variáveis que formam o retrato da nacionalidade seria possível somente como exercício intelectual, porque, conforme demonstrou Platão, apenas uma fração daquilo que é comunicado pode ser mensurada. O resto, ou seja, toda a grandeza da existência, pode ser objeto apenas da observação e do espanto.
terça-feira, 10 de junho de 2014
Liberdade de expressão ou ódio?
Por Ana Cláudia Mielki, na revista CartaCapital:
Religiosos/as do Candomblé e da Umbanda ocupam Brasília hoje para exigir respeito e tratamento digno às religiões de matriz africana. Vindos de várias regiões do País, o grupo denuncia a sistemática violação do direito de crença e liberdade das minorias religiosas.
Religiosos/as do Candomblé e da Umbanda ocupam Brasília hoje para exigir respeito e tratamento digno às religiões de matriz africana. Vindos de várias regiões do País, o grupo denuncia a sistemática violação do direito de crença e liberdade das minorias religiosas.
Economist e o poder da TV Globo
Da revista britânica Economist, tradução de Heloisa Villela no blog Viomundo:
Quando os jogos da Copa do Mundo começarem no dia 12 de junho no Brasil, dezenas de milhares de brasileiros assistirão às festividades na TV Globo, a maior rede de televisão do país. Mas para a Globo será apenas mais um dia de vasta audiência.
Quando os jogos da Copa do Mundo começarem no dia 12 de junho no Brasil, dezenas de milhares de brasileiros assistirão às festividades na TV Globo, a maior rede de televisão do país. Mas para a Globo será apenas mais um dia de vasta audiência.
Metrô: Alckmin quer melar a Copa
Para o analista político Paulo Vannuchi, a intransigência do governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), na negociação com os metroviários, indica interesse político em “melar” a inauguração da Copa do Mundo. Ele aponta ainda que a truculência policial contra a greve é reflexo da defesa do eleitorado “órfão da ditadura” que o tucano representa, em contraponto à postura de diálogo que o governo federal adotou com as demandas do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Pesquisas que lembram Brizola
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Há um fenômeno embutido nas pesquisas que a mídia faz questão de não destacar. Com todo maciço apoio que recebe do monopólio midiático, a oposição patina, não avança e até, como na última pesquisa Datafolha, cai nas intenções de voto.
Há um fenômeno embutido nas pesquisas que a mídia faz questão de não destacar. Com todo maciço apoio que recebe do monopólio midiático, a oposição patina, não avança e até, como na última pesquisa Datafolha, cai nas intenções de voto.
Agronegócio e segurança alimentar
Por Darío Aranda, do jornal argentino Página 12, no site do MST:
Três empresas controlam 53% do mercado mundial de sementes, seis empresas de agrotóxicos dominam 76% do setor, e dez corporações controlam 41% do mercado de fertilizantes. Com nomes próprios e cifras de lucros, um relatório internacional lança dados concretos sobre as multinacionais do agronegócio.
Três empresas controlam 53% do mercado mundial de sementes, seis empresas de agrotóxicos dominam 76% do setor, e dez corporações controlam 41% do mercado de fertilizantes. Com nomes próprios e cifras de lucros, um relatório internacional lança dados concretos sobre as multinacionais do agronegócio.
Crise concentra capital e renda
O sistema capitalista internacional ainda não logrou superar a crise iniciada no final de 2007 nos Estados Unidos, mas enquanto a classe trabalhadora amarga o desemprego em massa, a redução dos salários e corte dos direitos, em geral as grandes empresas e os ricaços do mundo estão se dando muito bem. Neste caso, as dificuldades econômicas são mais uma oportunidade de centralização e concentração do capital e da renda.
Governo contesta a revista Veja
http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/ |
A edição desta semana da revista “Veja” publicou críticas ao decreto nº 8.243/2014, pelo qual a presidenta Dilma Rousseff institui a Política Nacional de Participação Social (PNPS). Para compor a matéria, o jornalista responsável procurou a Secretaria-Geral da Presidência da República e enviou 25 perguntas.
Justiça Eleitoral, mídia e redes sociais
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
O Brasilianas.org de ontem - pela TV Brasil - foi sobre a propaganda eleitoral e as redes sociais. Participaram do debate o Ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Henrique Neves da Silva, o advogado Alexandre Luis Mendonça Rollo e o cientista político Cristiano Noronha.
O Brasilianas.org de ontem - pela TV Brasil - foi sobre a propaganda eleitoral e as redes sociais. Participaram do debate o Ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Henrique Neves da Silva, o advogado Alexandre Luis Mendonça Rollo e o cientista político Cristiano Noronha.
segunda-feira, 9 de junho de 2014
Sheherazade e a alta dos linchamentos
Por Altamiro Borges
O Núcleo de Estudos da Violência da Universidade São Paulo (USP) divulgou nesta semana um estudo que comprova o aumento dos linchamentos no Brasil. Foram contabilizados 37 casos de espancamentos coletivos entre fevereiro e maio deste ano, que resultaram na morte de 20 pessoas – entre eles, o da dona-de-casa do Guarujá, no litoral paulista, que chocou o país. Por coincidência ou não, o crescimento desta barbárie ocorreu logo depois do criminoso comentário da âncora Rachel Sheherazade no telejornal do SBT, em 4 de fevereiro. Na ocasião, a nova musa da direita nativa defendeu histericamente os linchamentos, justificando ação de “justiceiros” que acorrentaram um jovem negro no Rio de Janeiro.
O Núcleo de Estudos da Violência da Universidade São Paulo (USP) divulgou nesta semana um estudo que comprova o aumento dos linchamentos no Brasil. Foram contabilizados 37 casos de espancamentos coletivos entre fevereiro e maio deste ano, que resultaram na morte de 20 pessoas – entre eles, o da dona-de-casa do Guarujá, no litoral paulista, que chocou o país. Por coincidência ou não, o crescimento desta barbárie ocorreu logo depois do criminoso comentário da âncora Rachel Sheherazade no telejornal do SBT, em 4 de fevereiro. Na ocasião, a nova musa da direita nativa defendeu histericamente os linchamentos, justificando ação de “justiceiros” que acorrentaram um jovem negro no Rio de Janeiro.
Globo e a "docilidade" do governo
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Está num artigo da Economist sobre a Globo. A revista diz que o governo trata a Globo com “docilidade”.
Tenho minhas restrições ao tom professoral da Economist ao falar do Brasil. Ora, se as fórmulas da revista fossem tão boas assim, o Império Britânico estaria mais vigoroso que nunca ainda hoje.
Tenho minhas restrições ao tom professoral da Economist ao falar do Brasil. Ora, se as fórmulas da revista fossem tão boas assim, o Império Britânico estaria mais vigoroso que nunca ainda hoje.
A guerra medieval do Estadão
Por Marco Weissheimer, no site Sul-21:
O jornal Estado de São Paulo abriu guerra contra a Política Nacional de Participação Social, anunciada no final de maio pela presidenta Dilma Rousseff. Há dias, o jornal vem bombardeando a proposta, afirmando que a “instituição de conselhos populares abriria o risco de criação de um poder político paralelo” no país. O Estadão recorreu a juristas afinados com sua tese para reforçar esses ataques: “A lista de críticos inclui o ministro do STF Gilmar Mendes, que chama o decreto de autoritário, e o ex-ministro da Corte Carlos Velloso, que vê na iniciativa uma coisa bolivariana, com aparência de legalidade”, afirma matéria publicada no último sábado. As críticas do jornal beiram o ridículo ao sugerir que Dilma estaria criando espécies de soviets para acabar com o Parlamento.
O jornal Estado de São Paulo abriu guerra contra a Política Nacional de Participação Social, anunciada no final de maio pela presidenta Dilma Rousseff. Há dias, o jornal vem bombardeando a proposta, afirmando que a “instituição de conselhos populares abriria o risco de criação de um poder político paralelo” no país. O Estadão recorreu a juristas afinados com sua tese para reforçar esses ataques: “A lista de críticos inclui o ministro do STF Gilmar Mendes, que chama o decreto de autoritário, e o ex-ministro da Corte Carlos Velloso, que vê na iniciativa uma coisa bolivariana, com aparência de legalidade”, afirma matéria publicada no último sábado. As críticas do jornal beiram o ridículo ao sugerir que Dilma estaria criando espécies de soviets para acabar com o Parlamento.
A retirada do rei Juan Carlos
Por Mauro Santayana, em seu blog:
A abdicação de Juan Carlos do trono, em favor de Felipe de Astúrias, faz lembrar, de pronto, a tentativa frustrada de golpe de 17 de fevereiro de l977, pelo coronel Enrique Tejero, da Guarda Civil.
Durante muito tempo, pairaram dúvidas sobre o papel do Rei naquela noite, até hoje não de todo esclarecido. O certo é que os golpistas, durante o episódio, falaram como se obedecessem a suas ordens, e que seu nome foi proposto, por eles, para assumir o poder, depois de passar pela eventual aprovação de um plenário cercado por tropas, e sob a mira de um louco, com uma pistola automática na mão.
A abdicação de Juan Carlos do trono, em favor de Felipe de Astúrias, faz lembrar, de pronto, a tentativa frustrada de golpe de 17 de fevereiro de l977, pelo coronel Enrique Tejero, da Guarda Civil.
Durante muito tempo, pairaram dúvidas sobre o papel do Rei naquela noite, até hoje não de todo esclarecido. O certo é que os golpistas, durante o episódio, falaram como se obedecessem a suas ordens, e que seu nome foi proposto, por eles, para assumir o poder, depois de passar pela eventual aprovação de um plenário cercado por tropas, e sob a mira de um louco, com uma pistola automática na mão.
Datafolha e o beijo da morte de FHC
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Brasil polarizado entre dois projetos
Ao longo do mês de junho, em plena realização da Copa do Mundo de Futebol, realizam-se no país as convenções partidárias para a proclamação oficial das candidaturas a todos os cargos em disputa no pleito de outubro próximo, destacadamente a Presidência da República. Mais de três dezenas de partidos anunciarão as suas chapas.
Celso Daniel e o show pós-Copa
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Em 2002, tentou-se, sem sucesso, colocar o crime de Santo André no meio da campanha de Luiz Lula da Silva. A tentativa contou com apoio do PGR da época, Geraldo Brindeiro, mas foi derrubada no Supremo Tribunal Federal. Em 2014, forma-se uma torcida por um showzinho pós-Copa do Mundo: julgar Sergio Gomes da Silva, o Sombra, apontado pelo Ministério Público de ser o mandante do crime, antes da corrida as urnas.
Copa já é uma realidade
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Tomei um avião, hoje de manhã, do Rio para Brasilia.
Duas cidades-sede da Copa.
Tranquilidade completa.
O avião era da Azul, destes que tem TV a bordo.
Assisti, portanto, o esforço da Globo em tentar mostrar algum problema na estrutura de recepção aos estrangeiros.
Tomei um avião, hoje de manhã, do Rio para Brasilia.
Duas cidades-sede da Copa.
Tranquilidade completa.
O avião era da Azul, destes que tem TV a bordo.
Assisti, portanto, o esforço da Globo em tentar mostrar algum problema na estrutura de recepção aos estrangeiros.
Mídia e um punhado de contradições
pigimprensagolpista.blogspot.com.br |
Quando o jornalismo se desvia de seus princípios, sendo instrumentalizado como recurso para outros fins que não a criação de conhecimento, entra-se numa zona cinzenta onde se torna difícil vislumbrar a realidade.
Um dos sinais dessa circunstância, na qual a busca da objetividade perdeu espaço para a perseguição de objetivos políticos ou econômicos, é a eclosão de contradições aqui e ali, que vão minando a confiança por parte daquela fração do público ainda capacitada a interpretar o noticiário. Por exemplo, quando um jornal passa meses insistindo que o país vive imerso na inflação e na carestia, e de repente precisa afirmar que a inflação, afinal, não é assim tão grave, um texto é suficiente para invalidar todos os discursos anteriores.
Um dos sinais dessa circunstância, na qual a busca da objetividade perdeu espaço para a perseguição de objetivos políticos ou econômicos, é a eclosão de contradições aqui e ali, que vão minando a confiança por parte daquela fração do público ainda capacitada a interpretar o noticiário. Por exemplo, quando um jornal passa meses insistindo que o país vive imerso na inflação e na carestia, e de repente precisa afirmar que a inflação, afinal, não é assim tão grave, um texto é suficiente para invalidar todos os discursos anteriores.
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