Por Raquel Praça, no site Outras Palavras:
Meu marido de 75 anos é americano. Um dia ele quis que eu virasse cidadã americana porque nossas vidas ficariam mais fáceis assim nos Estados Unidos. Tudo bem, concordei. Estivemos num advogado para isso. Preenchi um formulário até ler no parágrafo final que tinha que “abjurar” o Brasil, jurar lealdade aos EUA. Rasguei o formulário e disse ao advogado que nunca assinaria aquilo. Ele me disse que era só uma coisa pró forma, que existiam muitas pessoas com dupla nacionalidade. Me recusei terminantemente a “abjurar” meu país e nunca mais fui atrás disso, mesmo depois de me dizerem que essa tal de abjuração tinha sido abolida do texto.
Meu marido de 75 anos é americano. Um dia ele quis que eu virasse cidadã americana porque nossas vidas ficariam mais fáceis assim nos Estados Unidos. Tudo bem, concordei. Estivemos num advogado para isso. Preenchi um formulário até ler no parágrafo final que tinha que “abjurar” o Brasil, jurar lealdade aos EUA. Rasguei o formulário e disse ao advogado que nunca assinaria aquilo. Ele me disse que era só uma coisa pró forma, que existiam muitas pessoas com dupla nacionalidade. Me recusei terminantemente a “abjurar” meu país e nunca mais fui atrás disso, mesmo depois de me dizerem que essa tal de abjuração tinha sido abolida do texto.