terça-feira, 17 de março de 2015

Problema de Dilma não é de comunicação

Por Igor Felippe, no blog Escrevinhador:

Mais de 500 mil pessoas saíram às ruas contra o governo Dilma em todo o país. A velha mídia diz que foram 2 milhões, com base em números evidentemente inflados pela Polícia Militar de diversos estados. Independente do número, a direita demonstrou uma capacidade mobilização que criou uma apreensão generalizada nos setores progressistas.

Vire à esquerda, presidenta Dilma

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Olhando as ondas humanas que engolfaram as ruas do Brasil no último domingo, a impressão que se tem é a de que o país é hoje todo de direita. Porém, não é bem assim. Essas manifestações não contaram com movimentos populares como de mulheres, homossexuais, negros etc., que, via de regra, costumam estar presentes em grandes atos públicos.

FHC, o fariseu. comprou a reeleição

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Como se sabe, o Príncipe da Privataria, herói do livro Operação Banqueiro, entrou para a categoria dos seres imaginários do Borges: ele só existe no PiG.

O PiG cheiroso lhe oferece uma página inteira do primeiro caderno dessa terça-feira (17/03) para analisar o movimento dos golpistas da #globogolpista.

Mídia e democracia na encruzilhada

Por Helena Martins, no site do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC):

O que a sociedade brasileira assistiu nos últimos dias certamente precisará de tempo, debate e maturação para ser compreendido em toda a sua complexidade. É difícil, por meio de análises rápidas, muitas vezes absolutamente polarizadas e impregnadas pelo calor dos acontecimentos, analisar a indignação e o direcionamento que tem sido dado a ela. Esquerdas e direitas se defrontam agora com o desafio de disputar os rumos do que está posto, testando sua capacidade convocatória e a adesão aos diferentes programas e alternativas societárias.

O que quer a direita?

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

A direita segue em frente, com seus meios de comunicação, seus partidos, seus governos, suas politicas econômicas. Mas o quer quer a direita? O que a direita tem a propor ao mundo hoje? Que balanço ela faz do seu desempenho? Que perspectiva oferece hoje a direita?

Sobre guerra e paz, ai está a politica dos EUA que desde que passou a ser a única superpotência, só multiplica as guerras no mundo. Que ele não consegue concluir com as duas guerras que iniciou já faz mais de uma década, no Afeganistão e no Iraque, que estão claramente em situação pior do que antes que fossem invadidos e destruídos como países.

O Globo embrulha o estômago

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:



Há, entre os jornalistas, um ditado para que aprendamos a perder a vaidade de vermos nosso texto impresso, nosso nome publicado no papel: “o jornal de hoje embrulha o peixe de amanhã”, coisa do tempo em que haviam peixarias e as pobres corvinas, pescadas e anchovas eram envoltas em discursos de políticos, crimes bárbaros ou partidas de futebol da véspera.

A dialética e as surpresas da história

Por Izaías Almada

Em seu mais recente livro, “Militares e Militância: uma relação dialética conflituosa”, o professor e cientista político Paulo Ribeiro da Cunha conta à página 19 um fato curioso e ao mesmo tempo sintomático sobre as modernas Forças Armadas brasileiras, envolvendo respostas de comandantes militares e grupos de militares da reserva que se manifestaram contra um documento do Clube Militar intitulado “O Alerta a Nação” e escrito por um grupo de militares de direita egressos de 1964. Diz o texto:

A guerra, de outubro a março

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Quatro meses e dez dias depois de vencer o segundo turno da eleição presidencial, o governo Dilma Rousseff continua nas cordas.

As mobilizações do dia 13 foram vitoriosas. Mostraram que o governo mantém a conexão com sua base de eleitores - ainda que ela tenha se fragilizado depois da posse, pelo anuncio de medidas que ou eram desnecessárias e, portanto, erradas, ou eram necessárias e corretas mas foram mal explicadas e incompreendidas, o que dá no mesmo, do ponto de vista da percepção política.

O dia em que Reinaldo Azevedo me ameaçou

Por Ana Krepp, no site Jornalistas Livres:

Desde que eu saí da Folha, no passaralho de novembro passado, sigo cobrindo protestos, manifestações e outros eventos político-sociais por conta própria, para registrar um momento que de repente só passou na minha frente. E foi exatamente o que aconteceu hoje.

Estava na linha vermelha do metrô em direção à República, e depois, à Paulista, para cobrir o protesto marcado para este 15/3, filmando as pessoas quase todas vestidas de verde e amarelo, quando de repente entra no vagão o bastião dos manifestantes no jornalismo brasileiro: Reinaldo Azevedo, blogueiro da Revista Veja e colunista da Folha de S. Paulo.

Admita: você foi à rua para odiar

Por Leandro Fortes, no blog Diário do Centro do Mundo:

Primeiro, vamos combinar uma coisa: se você votou em Aécio Neves, nas eleições passadas, você não está preocupado com corrupção.

Você nem liga para isso, admita.

Aécio usou dinheiro público para construir um aeroporto nas terras da família dele e deu a chave do lugar, um patrimônio estadual, para um tio.

O ódio de classe dos 'filhos da mídia'

Por Francisco Fonseca, no site Carta Maior:

As manifestações ocorridas no domingo, dia 15/03, encerram algumas lições que, embora mereçam maior maturação, podem ser sintetizadas em alguns temas-chave.

Polifonia

O primeiro deles refere-se à constatação de que os manifestantes não têm um foco claro e sobretudo não têm a mínima noção sobre o processo político. Em outras palavras, há clara polifonia de insatisfações, envoltas num conservadorismo difuso: crítica genérica à corrupção, preocupação com a perda de privilégios, sentimento de “caos”, temor quanto ao futuro econômico, crença em governo sem partidos, arroubos autoritários, não aceitação do resultado eleitoral e, claro, a ira contra um partido que promoveu importante diminuição das desigualdades sociais.

A "marcha pela democracia" da TV Globo

segunda-feira, 16 de março de 2015

CartaCapital é hostilizada na Paulista

O "ético" Agripino Maia vai ao protesto!

Por Altamiro Borges

As manifestações deste domingo (15), tão festejadas pela mídia privada e pela oposição demotucana, atraíram alguns seres exóticos. Direitistas com suas suásticas nazistas, saudosos da ditadura militar, ricaços metidos em sonegação e muita gente da chamada classe média - com sua postura egoísta e sua visão tacanha. Elas também serviram de palanque para os falsos moralistas, mais sujos do que pau de galinheiro. Uma presença no protesto de Brasília chamou a atenção dos menos alienados. No meio da multidão, lá estava o "ético" Agripino Maia, senador pelo Rio Grande do Norte, presidente nacional do DEM e coordenador-geral da campanha derrotada do cambaleante Aécio Neves.

Primo de Beto Richa é preso no PR

Por Altamiro Borges

As emissoras privadas de rádio e tevê, sempre tão seletivas no seu denuncismo, não deram qualquer destaque para uma notícia bombástica desta segunda-feira (16) - na verdade, a maioria dos telejornais sequer informou seus pobres ouvintes. Segundo o repórter Fábio Silveira, do Jornal de Londrina, "foi preso na tarde desta segunda-feira Luiz Abi, primo do governador Beto Richa (PSDB). A prisão foi feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), motivada por uma suposta fraude no Departamento de Transporte Oficial (Deto) do Governo do Estado. Abi foi detido em Curitiba e está sendo levado para Londrina, onde o Gaeco investiga os casos de exploração sexual de adolescentes e o esquema de corrupção na Receita Estadual".

Stedile, o neofascismo e o 15 de março

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Geraldo Galindo

Poucos dias antes das manifestações ocorridas no dia 15 de Março, circulou nas redes sociais um cartaz com os seguintes dizeres: "“Procurado: João Pedro Stedile, líder do MST.– Inimigo da Pátria – vivo ou morto, recompensa de R$ 10 mil"”. Como se sabe, Stedile é a liderança maior do MST, um movimento dos mais organizados, dinâmicos e combativos em atividade no país, que luta pela reforma agrária, contra o latifúndio e o agronegócio. É um dirigente respeitado da esquerda brasileira e internacional e não vacila em momento algum quando é para fazer o enfrentamento com as classes dominantes do país. Em novembro de 2014 se encontrou com o papa Francisco, o que provocou a ira e a inveja dos reacionários de plantão. Ao líder da Igreja Católica, disse ter relatado as injustiças no campo e que dele teria ouvido que “distribuir o latifúndio é uma questão ética”.

A classe média vai ao paraíso

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os jornais fazem nas edições de segunda-feira (16/3) o balanço das manifestações realizadas no domingo em todos os estados. A data coincide com os trinta anos da posse do primeiro presidente civil após a ditadura, e a imprensa usa esse fato para comparar os eventos de 2015 com os de 1985.

Jornalistas gostam de datas redondas. Não há qualquer relação possível entre o período da redemocratização após os anos da ditadura militar e o protesto contra um governo eleito democraticamente, mas a comparação serve para legitimar a adesão à campanha produzida pela mídia.

A anatomia do golpismo no Brasil

Por Osvaldo Bertolino, no site da Fundação Mauricio Grabois:

Desde que o mundo é mundo, prever o futuro tem sido um desafio constante. Da cigana que lê a mão aos videntes e futurólogos de todos as matizes, ainda não se conheceu ninguém que fosse capaz de predizê-lo regularmente e com precisão. Seria absurdo, portanto, esperar que os “analistas” políticos que proliferam na mídia formassem um gênero diferenciado e mais eficaz de pitonisas. Eles sempre erram, e isso qualquer observador do mundo político que se preze sabe. Mas, convenhamos, suas bolas de cristal talvez poucas vezes estiveram tão ativas como agora.

Antipetismo marca protesto em Brasília

Foto: José Cruz/Agência Brasil
Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

A Esplanada dos Ministérios foi ocupada, na manhã do domingo 15, por um ruidoso protesto contra governo da presidenta Dilma Rousseff. Inicialmente concentrados na frente da Catedral Metropolitana de Brasília e ao lado Museu da República, os manifestantes caminharam em direção ao Congresso Nacional e depois retornaram em direção à rodoviária do Plano Piloto, onde a dispersão começou, por volta das 14 horas, embora um volumoso grupo demonstrasse disposição para permanecer mais tempo.

SP e Globo querem outro 32. E o Brasil?

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Vamos por partes: já escrevi sobre a megaoperação da Globo – que usou o seu poder de agitação para chamar a manifestação durante toda a manhã de domingo.

A estratégia foi um “esquenta”, inflando os atos da manhã (em geral, fracos), mas concentrando tudo no ato na Paulista à tarde.

Havia um discurso ensaiado dos repórteres, em que se escondia do público todo viés militaresco dos manifestantes. Na Globo, tudo se resumia a uma “manifestação das famílias, pela Democracia, contra Dilma e a corrupção” (clique aqui para ver mais).