terça-feira, 4 de agosto de 2015

A prisão do preso e os direitos de Dirceu

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Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O fato de ser esperada e temida por seus amigos e familiares não torna a prisão de José Dirceu uma medida natural, nem correta nem justa.

Para Wadih Damous, deputado, advogado que foi presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, a prisão de Dirceu é incompreensível.

- Por que prender quem já estava preso?, argumenta, lembrando uma realidade intransponível: Dirceu já estava em prisão domiciliar “e não ameaçava fugir.”

Entre os mundos real e virtual

Por Frei Betto, no site da Adital:

Nosso mundo pós-moderno é fragmentado. Uma de suas expressões mais evidentes é o videoclipe. Enxurrada de flashes, vibrações acústicas, sons distorcidos. Rompe-se a linearidade, enquanto a simultaneidade embaralha passado, presente e futuro. Tudo é simuladamente aqui e agora.

O Iluminismo, ancorado na literatura, cede lugar à digitalização frenética. Mundo que carece de sentido. Forma que dispensa conteúdo. A performance do artista ultrapassa a arte que ele produz. Seu nome vale mais que seu desempenho. A valoração dá lugar à exaltação.

'Estado submerso' e politização da direita

Por Reginaldo Moraes, no site Brasil Debate:

Suzanne Mettler, uma cientista política americana, escreveu, faz pouco tempo, um livro provocador. The Submerged State: How Invisible Government Policies Undermine American Democracy.

Não vou resenhá-lo nem resumi-lo. Ele se refere às políticas federais americanas.Vou dizer algumas coisas que ele sugere pensar sobre as políticas de nossos governos “populares” que são ou pretendem ser redistributivas.

O “estado submerso” é o conjunto de políticas públicas que funcionam por meio de incentivos, subsídios ou repasses a organizações privadas.

FHC tem agropecuária em Osasco. Osasco?

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é sócio de seus três filhos na empresa Goytacazes Participações Ltda, cujas atividades registradas na Junta Comercial de São Paulo são serviços de agronomia e de consultoria às atividades agrícolas e pecuárias.

No Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, na Receita Federal, a empresa tem como atividade principal o cultivo de cana-de-açúcar. As atividades secundárias são a criação de bovinos para corte e cultivo de outras plantas de lavoura.

Congresso retorna pautado pela Lava Jato

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Apesar da distensão na crise obtida durante o recesso, o Congresso retoma efetivamente seus trabalhos nesta terça-feira em clima provavelmente exaltado pela última etapa da Operação Lava Jato, que dita mais a agenda nacional que qualquer outro poder.

Na Câmara, o presidente Eduardo Cunha volta decidido a demonstrar que, apesar das acusações contra ele e do risco de ser denunciado em breve pelo PGR Rodrigo Janot, mantém intacta sua ampla base de apoio político, que lhe dará suporte para continuar comandando a Casa mesmo denunciado.

A 'exceção' que se torna regra

Por Tarso Genro, no site Carta Maior:

O tema da “exceção” tem voltado, nas últimas décadas, de forma recorrente ao vocabulário jurídico e na teoria política, face a um fenômeno mundial, que é o centro da desestabilização das experiências democráticas mais recentes: as reformas “liberais” ou neoliberais - como se diz de forma ligeira - não podem ser aplicadas sem a suspensão da ordem jurídica democrática, que consagrou os direitos fundamentais e tornou, alguns deles, elementos da vida comum.

“Até o final do ano, tentarão prender Lula”

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A frase que dá título a esse texto não foi dita por um militante petista desvairado. Nem por um jornalista (como esse que escreve) afeito a teorias da conspiração.

Saiu da boca de um advogado paulistano, bem-sucedido, com sólida formação acadêmica (é também professor de Direito), sócio de um escritório na região da avenida Paulista.

Detalhe: ele votou em Aécio no ano passado, mas não disse a frase em tom de “comemoração”, mas de alerta.

O 'trensalão' e o cinismo dos tucanos

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

Quem conhece o técnico João Ribeiro, lotado na Delegacia Regional Tributária de Marília, garante: é um servidor público exemplar. Além de competente, possui comportamento irrepreensível.

Ele tem 54 anos, 25 dos quais na área de arrecadação tributária da Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda de São Paulo (Sefaz-SP).

Em 24 de janeiro de 2003, indignado com o que ouvia e se comentava no órgão sobre várias irregularidades, João fez uma denúncia anônima ao Ministério Público Estadual de São Paulo (MPE-SP).

A prisão sem justificativa de Dirceu

Por Lúcia Rodrigues, na revista Caros Amigos:

A prisão do ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, detido pela Polícia Federal na manhã desta segunda, 3, em Brasília, na 17° fase da operação Lava Jato, batizada de Pixuleco, não se justifica, segundo o ex-procurador de Estado, Márcio Sotelo Felippe.

“Preciso ser convencido de que não se trata de uma arbitrariedade. Não há necessidade de prisão. Ele tem endereço certo. Não conheço as provas. Falo sobre o aspecto das liberdades fundamentais. A prisão preventiva de quem está cumprindo pena em regime semiaberto causa profunda estranheza. Pode ser mais um capítulo desse espetáculo do Estado policialesco, que vem criminalizando a política. Preciso ser convencido de que não se trata de uma arbitrariedade”, frisa.

Os ricos e o golpe no Brasil

Por Joaquín Piñero, no jornal Brasil de Fato:

A história nos ensina que sempre quando os ricos sentem seus interesses ameaçados, se articulam com seus representantes em todos os espaços de poder, criam uma situação de desestabilização política e o passo seguinte é a derrubada do poder constituído.

A mais recente manobra desse tipo foi o golpe militar de 1964. Naquele momento, o Brasil vivia sob um clima de pressão social para que houvesse mudanças na economia e na política a fim de favorecer a maioria da população excluída de seus mais básicos direitos.

Prisão de Dirceu desnuda a Lava Jato

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Por Breno Altman, em seu blog:

A prisão preventiva do ex-ministro da Casa Civil não é apenas decisão arbitrária, sem provas e motivos razoáveis, o que já bastaria para ser fortemente questionada.

Além de estar sob regime de prisão domiciliar, à disposição da Justiça, os próprios procuradores alegam que a incriminação contra o líder petista está exclusivamente apoiada sobre duas delações premiadas cujas provas de verificação sequer foram colhidas.

Marcha das Margaridas pela democracia

Do site da UJS:

Em marcha pelo desenvolvimento sustentável, a democracia, justiça, autonomia, igualdade e liberdade. Esses serão sos temas que serão abordados durante a 5ª Marcha das Margaridas que ocorrerá nos dias 11 e 12 de agosto de 2015, em Brasília, Distrito Federal.

Maria das Neves,diretora de Jovens Feministas da UJS e coordenadora de Jovens Feministas da UBM, explicou ao Vermelho que esta marcha será a primeira mobilização de massas após o recesso do Congresso Nacional. Ela lembra que “é um momento estratégico para voltarmos com todo gás na ofensiva contra o conservadorismo, a redução da maioridade penal e todas as pautas retrógradas em tramitação”

Cunha x Dilma, o duelo de agosto

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Agosto, mês de acontecimentos dramáticos na história política brasileira, reserva mais um episódio destinado a marcar a memória nacional. Um duelo entre duas autoridades da República, com desfecho imprevisível mas decisivo para o futuro do País. De um lado, Dilma Rousseff (PT), a presidenta. De outro, Eduardo Cunha (PMDB), o comandante da Câmara dos Deputados.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

A bomba e a tímida reação do governo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

É impressionante a incapacidade de reação do governo brasileiro aos atropelos à democracia que estamos assistindo.

Em país algum do mundo, atirar uma bomba – não importa se caseira ou não – contra o escritório de um ex-presidente da República provocaria apenas umas “tuitadas” de solidariedade.

Pense o querido leitor se não estaria, minutos depois, no local, uma turma do FBI se a bomba tivesse sido arremessada, nos Estados Unidos, contra o Centro Carter ou a Fundação Clinton?

Merval Pereira e o ovo da serpente

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Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Trecho de coluna de Merval de hoje nos faz lembrar o terrível filme de Ingmar Bergman, O Ovo da Serpente, sobre os primeiros sinais de nazismo na sociedade alemã.

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PROVOCAÇÃO

Por mais que os petistas e seus apaniguados nas redes sociais queiram transformar em grave ato terrorista a bomba caseira que atingiu a sede do Instituto Lula em São Paulo, é preciso ter cautela para caracterizá-lo dessa maneira. O filme da explosão, feito por uma câmera de segurança, é impactante. Mas quando se vê o resultado do “atentado”, a sensação é de que o teor explosivo do artefato era mínimo.

O buraquinho na porta de metal da garagem do prédio é tão ridículo que, se não soubéssemos que foi provocado por uma bomba, poderíamos achar que um motorista desastrado causou a mossa ao realizar uma manobra de marcha à ré.


Dirceu e Anastasia: preso e 'inocentado'

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Dirceu foi preso de novo, como já era amplamente esperado. E, como já se sabia que ocorreria, sem que ninguém conheça a razão. E antes que o fascismo hipócrita venha com “mimimi” sobre corrupção, lembremo-nos, aqui, de que o partido dessa gente, o PSDB, acaba de fazer uma conta que a Folha de São Paulo chamou de “pragmática”.

Prisão de Dirceu: agosto começou

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Ex-ministro José Dirceu preso pela Operação Lava Jato em Brasília, acusado de ser o mentor e organizador do sistema de corrupção na Petrobras. Greves de ônibus no Recife e em Porto Alegre. Invasões do Movimento dos Sem Terra em prédios do Ministério da Fazenda em Brasília e no Recife.

No primeiro dia útil de agosto, antes da hora do almoço, já tivemos uma ideia do que nos espera. E o Congresso Nacional ainda nem tinha voltado a funcionar.

Dirceu e o show judicial-midiático

Por Altamiro Borges

Agosto, "o mês do cachorro louco", começou com ferocidade. A midiática prisão do ex-ministro José Dirceu, na manhã desta segunda-feira (3), mostra que o período será de intensa turbulência política. O Tribunal de Contas da União (TCU), apesar de estar mais sujo do que pau de galinheiro, deverá se pronunciar sobre as contas do governo Dilma em 2014. Já o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dará o seu veredito sobre os gastos de campanha pela reeleição da petista. E a Operação Lava-Jato, que une suspeitos agentes da Polícia Federal e do Ministério Público, seguirá produzindo seus factoides. Toda esta orquestração ajuda a incendiar o clima para as marchas golpistas convocadas para 16 de agosto.

Merval, a bomba e a bolinha de papel

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Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

De uma coisa Merval Pereira, apaniguado dos Marinhos, não pode ser acusado: coerência.

No infame episódio do Atentado da Bolinha de Papel, ele publicou imediatamente um artigo em que chamava a atenção para a gravidade do episódio.

A bolinha de papel, no texto de Merval, era um “artefato”.

Dirceu e a Operação Pixuleco

Por Renato Rovai, em seu blog:

É impressionante como a Polícia Federal age atualmente sobre completo controle da pauta dos piores veículos de comunicação. A operação de hoje, denominada de Pixuleco, é a demonstração mais clara deste compromisso.

A palavra teria sido utilizada por Ricardo Pessoa, da UTC, um dos delatores, e atribuída ao ex-tesoureiro do PT, João Vaccari. Não há nada relacionado desse termo com José Dirceu ou com aos que devem ser presos hoje. Mas não importa. Vale a narrativa e não os fatos.