segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A errata histórica do jornal O Globo

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Essa é histórica.

O colunista Lauro Jardim, egresso da Veja, estreou no Globo com uma notícia bombástica que virou manchetão de capa.

Delator da Lava Jato diz que pagou despesas de filho de Lula.

Era mentira.

A Vale e o drama invisível em Mariana

Por Laura Capriglione, no site dos Jornalistas Livres:

Arrancados de suas casas pelo tsunami gerado pelo rompimento das barragens Fundão e Santarém, repletas de lama tóxica, os moradores de Bento Rodrigues, arraial rural a 35 km do centro de Mariana, sofrem com outro tsunami: o de dúvidas, de mentiras e de dissimulação.

As barragens sinistradas pertencem à mineradora Samarco, fundada em 1977, controlada pela toda-poderosa Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton. Décima maior exportadora do país, a empresa faturou R$ 7,6 bilhões em 2014 e apresentou um lucro líquido de R$ 2,8 bilhões. Apesar dessa contabilidade vistosa e de dizer em seu site na internet que preza pela vida “acima de quaisquer resultados e bens materiais”, os moradores de Bento Rodrigues reclamam que não havia nem mesmo uma simples sirene instalada e funcionando para alertar o lugarejo da ruptura das barragens. Poderia ter salvo vidas.

As atividades comerciais de Gilmar Mendes

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Nos próximos dias 9 a 11 de novembro, o IDP (Instituto Brasiliense de Direito Público) estará realizando seu 18o Congresso de Direito Constitucional.

O IDP é de propriedade de Gilmar Mendes, Ministro do Supremo Tribunal Federal. Dentre os patrocinadores do evento, empresas com grandes demandas no STF.

PMDB: uma ponte para o passado

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

Logo depois da divulgação do documento “Por um Brasil justo e democrático”, abriu-se uma ampla discussão a respeito das mudanças necessárias no rumo da política econômica, tal como ela vem sendo capitaneada pelo Ministério da Fazenda. Com a confirmação das consequências sociais e econômicas bastante negativas que estão sendo reveladas pelo austericídio em marcha, a base política do governo vem sendo pressionada por amplos setores da sociedade, que clamam por alterações.

Patrus Ananias enfrenta os agressores

Por Patrus Ananias, em sua página no Facebook:

Este não vai ser o país do ódio. Ninguém vai nos tirar das ruas de Belo Horizonte.

Estive há pouco na Cervejaria Bar Brasil, um bar tradicional de BH, com minha esposa Vera, Carlão Pereira e sua esposa Jussara. Estávamos ali conversando entre amigos, sendo tratados com toda a gentileza pelos garçons. Pagamos a conta e levantamos para sair quando um homem em uma mesa próxima à porta começou a gritar, fazendo acusações de corrupção e levantando um daqueles cartazes - "Fora PT, Fora Dilma"...

domingo, 8 de novembro de 2015

As viagens de Huck e Civita no AeroAécio

Por Altamiro Borges

A Folha deste domingo (8) publicou uma reportagem bombástica sobre o cambaleante e desesperado presidente do PSDB. "Aécio emprestou aviões de Minas a políticos e celebridades", registra na parte inferior da sua capa - que geralmente não é exposta nas mais de 40 mil bancas de jornais pelo país. A denúncia até poderia ser estampada numa manchete garrafal, mas ai já seria pedir muito para a tucana famiglia Frias. De qualquer forma, a matéria é explosiva. Comprova que Aécio Neves, ainda quando era governador de Minas Gerais, utilizou aeronaves do Estado para transportar várias celebridades - como o ator global Luciano Huck, o ex-diretor executivo da TV Globo, o poderoso Boni, o falecido dono da decadente Abril, Roberto Civita, e até o mafioso Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF.

Globo mentiu sobre Lulinha. Será punido?

Por Altamiro Borges

No dia 11 de outubro, o jornal O Globo estampou uma manchete garrafal: "Lava-Jato: Baiano diz que pagou contas do filho de Lula". O factoide foi destaque nos telejornais da famiglia Marinho, replicou em outros veículos, estimulou o apetite da oposição golpista (PSDB, DEM, PPS e SD) e deu munição para os fascistas mirins com seus bonecos infláveis do "Pixuleko". Já neste domingo (8), o diário deu uma notinha na capa: "O Globo errou". Na verdade, o panfleto não errou. Ele mentiu! Cometeu mais um dos seus crimes. Usou uma manchete para difamar e agora publica uma nota para desmentir seu crime. Os filhos do Marinho e o seu jagunço de plantão, o jornalista Lauro Jardim, serão punidos?

sábado, 7 de novembro de 2015

Novas mídias: das ruas à rede

Moro e a deslegitimação do sistema político

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Há onze anos o juiz Sergio Moro já sonhava com a Operação Lava Jato. No artigo de 2004, hoje muito citado, em que tece considerações sobre a Operação Mãos Limpas italiana, Moro destaca uma de suas consequências mais importantes para a Itália, a deslegitimação dos atores e dos partidos então hegemônicos. O que veio a seguir nós sabemos: Berlusconi e a decadência do sistema político italiano. A pesquisa IBOPE recém divulgada nos informa que a Java Jato vem conseguindo o mesmo efeito: todos os grandes nomes da política nacional estão em franco declínio e os partidos em queda livre na preferência dos cidadãos. E depois da queda e da vertigem, o que virá?

O complexo de inferioridade dos 'superiores'


Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Se tem uma coisa que eu não entendo na gritaria contra as cotas e os direitos LGBTs e femininos é um mal disfarçado complexo de inferioridade embutido nela. Volta e meia leio comentários do tipo: “os negros não estão lutando por direitos iguais, eles querem ser SUPERIORES a nós”; “as mulheres não querem ter direitos iguais, elas querem MANDAR nos homens”; “os homossexuais não estão lutando contra a intolerância, o que eles pretendem é implantar uma DITADURA gay!” Qual o problema com este pessoal? Do que eles têm medo, afinal?

Tragédia em MG: Mundo real e o da política

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

No final da tarde de quinta-feira, fiquei reparando nos monitores de TV ligados na redação da Record News, onde trabalho. Era como se estivessem sintonizados em emissoras de países diferentes, mas eram todas daqui mesmo.

De um lado, a interminável guerra política em Brasília, com os mesmos discursos indigentes e intermináveis de sempre, em que nem as próprias excelências com suas refinadas gravatas prestam mais atenção; de outro, as imagens do tsunami de lama invadindo a zona rural da histórica e bela cidade mineira de Mariana, após o rompimento de duas barragens de uma mineradora.

Brasil-EUA: a submissão e a soberania

Por Mauro Santayana, em seu blog:

A vocação para submissão de parcelas do Judiciário e da área de segurança brasileiras às autoridades norte-americanas é impressionante.

Como exemplo, temos a “colaboração” prestada pelo Ministério Público e pela Operação Lava-a-jato a procuradores norte-americanos que estão recolhendo provas contra a Petrobras e oferecendo acordos de delação premiada a presos brasileiros submetendo-se colonizada, e alegremente - nas barbas do Ministério da Justiça – às autoridades de um país estrangeiro, como se elas tivessem jurisdição em território nacional, em uma causa que envolve uma empresa de controle estatal que pertence não apenas aos seus “investidores” diretos, mas a todos os cidadãos brasileiros.

A primavera feminista contra Cunha

Por Clarisse Goulart Paradis, Helga do Nascimento de Almeida, Larissa Peixoto Gomes e Maressa Miranda, no site Brasil Debate:

Há anos o Congresso Nacional conta com uma bancada que desafia o princípio de laicidade do Estado brasileiro: a Frente Parlamentar Evangélica (FPE). Mal disfarçados de defensores da ética, da liberdade e da justiça, os deputados da FPE têm se dedicado a propor e aprovar projetos visivelmente contrários à conquista e afirmação de direitos de mulheres e da população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais).

R$ 975 mil do iFHC são agulha no palheiro

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O aspecto mais interessante na revelação do contrato de R$ 975.000 entre a Odebrecht e o Instituto Fernando Henrique Cardoso reside no próprio vazamento.

Pudemos saber que entre dezembro de 2011 e dezembro de 2012, o Instituto de Fernando Henrique recebeu R$ 75.000 durante dez meses e uma contribuição de R$ 150.000 da empresa de Marcelo Odebrecht.

Também pudemos tomar conhecimento de uma instrutiva troca de e-mails entre uma funcionária da Brasken – uma das empresas do grupo – e o IFHC. Negociando o pagamento de uma palestra de Fernando Henrique, que acabou cancelada, uma funcionária esclareceu que “há duas maneiras de se fazer "a doação": uma "doação direta", que geraria um recibo, ou "a elaboração de um contrato, porém não podemos citar que a prestação de serviço será uma palestra do presidente".

Tragédia em Mariana não é um acidente

Por José Coutinho Junior, no jornal Brasil de Fato:

“Não é um acidente”! É assim que o militante do Movimento dos Atingidos pela Mineração (MAM), Marcio Zonta, classifica o rompimento de duas barragens na cidade mineira de Mariana, na noite desta quinta-feira (5). Zonta critica o fato de que nenhum órgão público faz de fato uma vistoria nas barragens e que, pelo ritmo da extração mineral, isso acaba ficando por conta das próprias empresas.

Classificação indicativa não é censura

Por Bia Barbosa, na revista CartaCapital:

Nesta quinta-feira 5, na retomada do julgamento da ADI 2404, o ministro Edson Fachin divergiu de seus colegas do STF e defendeu a manutenção das sanções às emissoras que veicularam conteúdo em horário diferente do recomendado, desrespeitando a classificação indicativa. A ação direta de inconstitucionalidade, movida pelo PTB em 2001 a pedido das emissoras de radiodifusão, busca revogar o artigo 254 do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Indústria das armas financia deputados

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Nove anos depois da aprovação do Estatuto do Desarmamento, uma comissão especial da Câmara dos Deputados, dando mais uma lamentável demonstração de irresponsabilidade e ignorando os avanços conquistados pela sociedade brasileira, aprovou um projeto de lei que revoga o Estatuto do Desarmamento.

Desde a aprovação do Estatuto, em 2003, dezenas de projetos de lei que buscavam flexibilizá-lo já foram formuladas, mas nenhum avançou. Agora, com o conservadorismo que se instalou no atual Congresso, isso pode mudar.

Blogueira feminista é alvo de difamação

Da revista Fórum:

A professora universitária Lola Aronovich, autora da página Escreva Lola Escreva, um dos blogues feministas de maior expressão no Brasil, é mais uma vez alvo de ataques cibernéticos. No início do mês, foi criado, em seu nome, um site que prega discursos de ódio, como a apologia ao infanticídio de meninos, por exemplo. Após atingir repercussão na internet ao longo dos últimos dias, o “Lola Escreva Lola” foi tirado do ar.

CIA usa a mídia para 'implodir' governos

Por Marco Weissheimer, no site Sul-21:

Entre 2004 e 2011, o escritor e professor cubano Raúl Antonio Capote Fernández atuou, a pedido da inteligência cubana, como agente duplo infiltrado na CIA. Raúl Capote foi contatado muito jovem por pessoas ligadas à agência de inteligência norte-americana e convidado a participar de um projeto que pretendia criar uma “oposição de novo tipo” em Cuba, capaz de, após o desaparecimento de Fidel Castro, iniciar uma “revolução suave” que acabasse por derrubar o governo de Havana. A sua missão era formar líderes universitários e criar o projeto “Genesis”, com o objetivo de estabelecer em Cuba a estratégia do “golpe suave”, elaborada por autores como Gene Sharp.

Dinheiro da Odebrecht para FHC era limpo?


Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A revelação de que, ao longo de 13 meses, o Instituto Fernando Henrique Cardoso recebeu quase R$ 1 milhão em “mesadas” da Construtora Odebrecht – aparentemente sem a contraprestação de serviços – é destas coisas de deixar a oposição com um elefante entalando a goela.

Como, agora, acusar Lula de lobista da empreiteira?

Sem contar a história da “palestra que não podia ser palestra” negociada pela Braskem com FHC através de e-mails. Como a Braskem, além de grande cliente da Petrobras é 49% pertencente à petroleira e, portanto, seu dinheiro também é metade Petrobras.