sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Propina para absolver Cunha. Cadê Janot?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O ex-relator do processo de cassação de Eduardo Cunha, além das ameaças que já tinha denunciado publicamente, agora, em entrevista à Folha, diz que recebeu insinuações de vantagens para arquivar a representação contra o presidente da Câmara.

Folha – Quando o sr. assumiu a relatoria, foi procurado por emissários do presidente da Câmara, Eduardo Cunha?
Fausto Pinato – No começo foi assim: ‘olha, isso é uma bucha, cuidado’. Normal.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Neta de Lula despreza a Globo

Por Altamiro Borges

A famiglia Marinho - dona do jornal O Globo, da revista Época, da TV Globo e da rádio CBN, entre tantos outros veículos que atentam contra a Constituição Federal, que veda o monopólio nos meios de comunicação - nunca incomodou a família de FHC. Ela sequer noticiou a existência de um filho - que depois se soube que nem era seu - fruto de um caso extraconjugal com uma repórter da própria Globo. Ela também nunca importunou a filha, o primo e o ex-genro de José Serra - mesmo com as denúncias de que eram correntistas em paraísos fiscais. Ela também nunca pesquisou a tumultuada vida familiar do cambaleante Aécio Neves. Todas as denúncias contra os tucanos viraram pó!

Temer se revelou um político menor

Por Roberto Amaral, em seu blog:

A carta do vice-presidente da República – pobre, patética, beirando a infantilidade – dá a justa medida do estado moral lastimável em que se encontra a política brasileira, apequenada, amesquinhada, aviltada e envilecida.

Desnudando-se, o presidente do PMDB revela-se um político menor, como menores são seus companheiros da ópera bufa em que foi transformado, pela miséria da política, um dos momentos mais dramáticos de nossa História recente, tão vazia de estadistas e miseravelmente tão plena de pulhas.

O "desajuste" no mercado de trabalho

Por Juliane Furno, no site Brasil Debate:

Os ventos de 2015 vieram soprando ares nefastos para a classe trabalhadora. A acirrada vitória eleitoral da presidenta Dilma, a queda na atividade econômica, a guerra midiática e a desproporcional avaliação da crise econômica parecem ter sido os ingredientes necessários para uma inflexão na trajetória dos governos petistas.

Mal iniciava o mandado da presidenta e o fantasma do ajuste fiscal já sinalizava sob quem recairia o seu peso. Na correlação de forças entre capital e trabalho, o último tem sido constantemente subordinado ao primeiro.

Katia Abreu reage ao "machista" Serra

Da revista Fórum:

Durante um jantar de confraternização na casa do líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), na noite de ontem (9), a ministra da Agricultura Katia Abreu (PMDB-TO) reagiu a um comentário machista de José Serra (PSDB-SP). As informações iniciais são do Globo. Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Abreu teria jogado uma taça de vinho no rosto do tucano.

Temer gastou R$ 10,7 bi sem saber por que?

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Os argumentos de Michel Temer para esquivar-se das denúncias de que cometeu as mesmas pseudo-pedaladas fiscais que a oposição utiliza para atacar Dilma Rousseff são apenas risíveis.

Traduzem o esforço difícil de quem se move para deixar a presidente no fogo e, ao mesmo tempo, preservar-se para ocupar sua vaga em caso de impeachment.

Não pode dar certo. A assinatura do vice está lá e a única defesa possível consiste em explicar que não se cometeu irregularidade nenhuma, muito menos algo que possa vir a ser considerado crime de responsabilidade.

A bela despedida de Cristina Kirchner

Despedida de Cristina Kirchner. Plaza de Mayo, Buenos Aires/Actualidad.RT
Por Aline Gatto Boueri, de Buenos Aires, no site Opera Mundi:

A mobilização estava marcada para 18h na Praça de Maio, em frente à Casa Rosada. Ali, na quarta-feira (09/12), militantes e simpatizantes, famílias com bebês, jovens, idosos e crianças se aproximavam da sede do governo argentino onde, horas mais tarde, Cristina Fernández de Kirchner discursou como presidente pela última vez.

Em tom épico, enquanto a multidão entoava - como durante toda a tarde - “vamos voltar, nós vamos voltar”, a mandatária se despediu com um chamado: “Cada um de vocês tem um dirigente dentro de si. Quando vocês sentirem que aqueles a quem confiaram seus votos os traíram, tomem suas bandeiras e saibam quem é o dirigente de seu destino e o construtor de sua vida. Porque foi esse meu maior legado ao povo argentino: o empoderamento popular, cidadão, das liberdades, dos direitos”.


Comissão à imagem e semelhança de Cunha

Por Najla Passos, no site Carta Maior:

Mesmo que o Supremo Tribunal Federal (STF) anule a sessão que elegeu maioria oposicionista para a comissão especial que irá analisar o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e a oposição poderão comemorar pelo menos uma vitória: conseguiram atrasar por mais uma semana o processo que paralisa o país e, conforme analisa do Planalto, precisa ser resolvido no menor prazo possível.

Michel Temer: entre a Carta e o golpe

Por Adalberto Monteiro, no site Vermelho:

Nesta quinta-feira (10), por cerca de 9 horas, o vice-presidente Michel Temer, como ordena a Carta, exercerá interinamente a presidência da República. Neste par de horas, a presidenta Dilma Rousseff estará em viagem oficial na Argentina.

Contudo, a “carta”, com “c” minúsculo, que ele escreveu à presidenta Dilma Rousseff, um dos fatos marcantes da semana, objetivamente, postou o vice-presidente numa zona cinzenta do cenário da guerra que democratas e golpistas travam nesse momento.

Farsa da ditadura, contada 42 anos depois

Por Samarone Lima

No dia 28 de outubro de 1973, o militante mineiro da APML, José Carlos Novais da Mata Machado foi morto sob torturas no DOI-CODI de Pernambuco. Ao seu lado estava Gildo Macedo Lacerda, que nunca teve os restos mortais localizados.

Dois dias depois, os principais jornais publicavam uma notícia-padrão, como fotos dos dois, informando que os “subversivos” teriam morrido após um tiroteio, com outro companheiro da organização, supostamente Paulo Stuart Wright. O episódio ficou conhecido como o “Teatro da Caxangá”.

Não à tentativa de golpe no Brasil!

Enviado por Rachel Moreno

Há tempos que vem sendo articulada uma tentativa de promover o impeachment de nossa presidente, sem motivos justos para tanto, ameaçando a ordem institucional e democrática, num misto de "golpismo" com medidas de vingança contra a vitória eleitoral de Dilma Rousseff por parte dos segmentos derrotados e insatisfeitos. .

A presidenta Dilma foi eleita num processo da maior lisura, e contou com nosso voto – as mulheres e os negros, e a maioria da população – em função tantos das medidas de inclusão social implementadas pelos governos Lula-Dilma, quanto pelo programa apresentado para o atual mandato.

Impeachment e os interesses de Wall Street

Por Altamiro Borges

O escritor baiano Luiz Alberto Moniz Bandeira é um dos intelectuais mais respeitados no Brasil e no mundo. Já foi agraciado com dezenas de prêmios por seus livros e trabalhos acadêmicos. Tive a chance de conhecê-lo em 2006, no auditório da Folha de S.Paulo, quando ele recebeu o troféu "Juca Pato" de Intelectual do Ano pela publicação do livro "Formação do Império Americano - Da Guerra contra a Espanha à Guerra no Iraque". A obra imperdível comprova com inúmeros documentos e análises a vocação imperialista dos EUA. Em fevereiro deste ano, a União Brasileira de Escritores (UBE), a convite da Real Academia Sueca, indicou o seu nome para o Prêmio Nobel de Literatura de 2015.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

O time de Cunha devia estar na cadeia!

Por Altamiro Borges

Numa manobra descarada, o imperador Eduardo Cunha - que possui contas na Suíça e ainda preside a Câmara Federal - apresentou na terça-feira (8) a sua chapa para a comissão que analisará o pedido de impeachment da presidenta Dilma. O golpe regimental, tramado em conluio com os falsos moralistas do PSDB, DEM, PPS, SD e outras siglas conservadoras, foi tão grotesco que não durou muito tempo.

Num gesto de altivez e coragem, o ministro Luiz Fachin, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu o golpe da "chapa própria" e trancou a tramitação do processo de impeachment até a próxima semana, quando o caso será analisado pelo pleno do STF. Mesmo assim, vale a pena conhecer quem compõem o time de golpistas de Eduardo Cunha. Alguns dos indicados poderiam até estar no presídio da Papuda!

A "corrupção organizada" e o cínico FHC

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

A Folha até tentou limpar a barra do cínico FHC, evitando citar seu nome no título. Mas no corpo da matéria o nome do queridinho da famiglia Frias apareceu e deixou o recalcado tucano bem irritado. Segundo o título da matéria desta quarta-feira (9), "Delcídio recebeu US$ 10 milhões de propina da Alstom, diz Cerveró". Já a reportagem de Bela Megale e Mario Cesar Carvalho é mais explícita: "O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró relatou aos procuradores, na fase de negociação de sua delação premiada, que o senador Delcídio do Amaral (PT) recebeu suborno de US$ 10 milhões da multinacional Alstom durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), entre 1999 e 2001".

Batalha será política, jurídica e nas ruas

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

“Estamos preparado para uma batalha que será política, no Congresso, será jurídica, com o STF sendo acionado a toda hora para garantir a legalidade, e será nas ruas, mobilizando a sociedade contra a quebra da ordem democrática”, disse o ministro-chefe da Secom, Edinho Silva, ao 247, durante a solenidade de início das transmissões multicanais da EBC.

Ele avalia que houve muitas traições na base governista durante a votação secreta que elegeu os integrantes da comissão do impeachment, cuja instalação foi suspensa por liminar do ministro do STF, Edson Fachin.

Para onde caminha a América Latina?

Ato pró-golpe será no aniversário do AI-5

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Que ironia maravilhosa!

Maravilhosa, triste, sinistra!

Os golpistas, que tem força sobretudo em São Paulo, onde a luta de classes se dá de maneira mais avançada, e onde o ódio fascista, insuflado pela mídia, atingiu níveis alarmantes, agendaram a manifestação contra o golpe no mesmo dia em que se celebra o aniversário da promulgação do AI-5, o Ato Institucional da ditadura que deu fim às liberdades políticas no país.

Cai a máscara: o vice é um golpista!

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                        

Estatura moral e política não se compra na esquina. E nada melhor do que uma reles expectativa de poder, por mais ilegítima que seja, para se conhecer os meandros da alma de um político. Septuagenário e professor de direito constitucional, o vice-presidente da República tinha a obrigação de saber que fica feio criar pretextos pueris para justificar a ruptura da ordem constitucional.

Janot bem que poderia aprender com Fachin

Por Carlos Fernandes, no blog Diário do Centro do Mundo:

A partir de uma ação apresentada pelo PCdoB, o ministro do STF, Edson Fachin, suspendeu todo o processo de impeachment da presidenta Dilma Roussef atualmente em curso na Câmara dos Deputados.

A decisão é válida até pelo menos o próximo dia 16 quando o plenário do STF irá julgar o mérito da questão onde foi posto em dúvida a legalidade da aceitação do pedido de impeachment. Até lá, todos os prazos foram suspensos.

Mais do que assegurar a completa observância constitucional dos procedimentos que estão sendo adotados, Fachin tornou ainda mais evidente dois fatos correntes e constantes que estão desafiando a segurança jurídica brasileira.

O impeachment está suspenso. E agora?

Da revista CartaCapital:

No fim da noite de terça-feira 8, o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Edson Fachin suspendeu o trâmite do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. A decisão indica que o Supremo está preparado para exercer um papel de mediador na tentativa de remover a petista do Palácio do Planalto um anos após sua reeleição. Nas perguntas e respostas abaixo, entenda o que se passa.

O STF suspendeu o processo de impeachment. O que isso significa?