terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O perde-ganha com Temer e Dilma

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

As manifestações desse domingo trazem conclusões curiosas:

1- O número de manifestantes frustrou os organizadores, mostrando que o populacho não reage mais ao simples apertar de botões.

2- Em São Paulo a equipe da Globo foi atacada por furiosos com a falta de empenho da emissora em mobilizar as massas.

A velha mídia entrou em uma sinuca de bico.

A ação da PF na casa de Cunha

Por Renato Rovai, em seu blog:

O PMDB e o vice-presidente da República, Michel Temer, tiveram todas as oportunidades para se distanciar do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha. No dia 20 de agosto, Rodrigo Janot apresentou denúncia ao STF e decretava ali o fim da linha para Cunha.

Naquele momento, o PMDB e o vice-presidente da República tinham como sugerir ao aliado que se afastasse da presidência da Casa e aguardasse a investigação. Se agissem dessa forma, não permitiriam que ele passasse a usar seu cargo apenas com o objetivo de se defender. E que ao fazer isso colocasse o país refém de uma questão pessoal, que passava por buscar derrubar Dilma para tentar segurar a Operação Lava Jato.

O impeachment e “as ruas”

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Em meio à vasta quantidade de bobagens suscitadas pela abertura do processo deimpeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, uma se destaca: o recurso à ideia de que “as ruas” estão na origem de tudo e vão determinar seu desfecho.

Volta e meia, a ideia aparece, ora em termos pretensamente elevados e filosóficos, ora em sentido comezinho. “As ruas” são usadas pelos próceres oposicionistas e seus intelectuais tanto para justificar o impeachment, e dar ao processo fundamento e legitimidade, quanto para auxiliá-los na definição de uma estratégia de tramitação da matéria no Congresso.

Pelo golpe, jornalões descartam Cunha!

Por Altamiro Borges

Há ainda quem discorde da tese de que a mídia hegemônica funciona como um partido político. Na verdade, o principal partido da direita na atualidade. A situação do correntista suíço Eduardo Cunha, que ainda preside a Câmara Federal, serve perfeitamente para convencer os mais reticentes. Num primeiro momento, toda a imprensa privada apoiou o achacador. O objetivo maior era desgastar e – se possível – derrubar a presidenta Dilma. De forma articulada, a mídia seletiva simplesmente omitiu o seu passado mais sujo do que pau de galinheiro. Agora, quando não dá mais para esconder as suas sujeiras –, ela simplesmente decide descartá-lo como bagaço. Os editoriais do Estadão, Globo e Folha deste final de semana confirmam que a mídia – apesar da concorrência no mercado – age como uma direção central nos seus intentos políticos.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Faustão despenca do palanque da Globo

Por Altamiro Borges

Talvez insatisfeito com o seu mísero salário de R$ 5 milhões por mês, o apresentador Fausto Silva anda muito pessimista e rabugento. Ele transformou o seu “Domingão” num palanque oposicionista, com duras críticas aos rumos políticos e econômicos. O criticismo seletivo, somado aos enfadonhos quadros de entretenimento, talvez ajudem a explicar a constante perda de audiência do seu programa na TV Globo. No último domingo (13), na entrega do troféu “Melhores do Ano”, Faustão voltou a destilar seu veneno. Diante do ator Alexandre Nero, visivelmente constrangido, ele discursou: “Esse país não pode ficar do jeito que está. O país da corrupção, o país que não tem nada de educação, não tem nada de infraestrutura, não tem assistência médica, tem uma violência absurda. Não pode ficar o país ao Deus dará, nessa bagunça que está”.

Kim Kataguiri prestará contas da grana?

Por Altamiro Borges

Um curioso registro feito pela revista Fórum deixou uma baita dúvida no ar. Diz a matéria: “Um post divulgado hoje (11) no Facebook do Movimento Brasil Livre (MBL) pede dinheiro, supostamente para manifestações a serem realizadas no país pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Só que as contribuições são direcionadas para a conta pessoal de Kim Kataguiri, um dos líderes do grupo. ‘Essa é uma luta de todos os brasileiros e precisamos de união’, diz a publicação. A falta de transparência em relação aos recursos recebidos incomodou os internautas. ‘Ué, o MBL não tem CNPJ?’, questionou um. ‘Quer um Playstation? Peça para o seu papai', ironizou outro”.

República dos canalhas unida pelo golpe

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                      

Sem medo de errar, ao longo de toda a história da República brasileira, nunca se viu entre os conservadores e direitistas brasileiros uma concentração tão grande de políticos da pior espécie. Essa escória, para a desgraça da nação, ainda conta com o decidido e militante apoio do império midiático, que aplaude e amplifica as ações e manobras políticas mais torpes e calhordas.

Por que o impeachment desandou nas ruas?

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

As manifestações de ontem a favor do impeachment foram um anticlímax. Estão aí os dados do Datafolha mostrando a curva descendente de participação e uma retração superior a 70% em relação a março. É claro que isso pode mudar, tudo pode mudar no processo social. Mas por que, justamente agora, com o processo aberto, a ideia do impeachment desandou nas ruas?

Por vários motivos, quase todos representados por erros da oposição.

O ódio no ato pró-golpe em Brasília

Por Najla Passos, no site Carta Maior:



Cerca de seis mil pessoas participaram da manifestação pró-impeachment na capital federal, neste domingo (13), conforme levantamento da Polícia Militar. Os organizadores estimaram em 30 mil. O protesto, marcado para às 10h, demorou para pegar porque, com a organização descentralizada, parte dos manifestantes acabou indo direto para o Congresso Nacional e outra parte se concentrou em frente ao Museu da República. Os dois grupos se encontraram em frente ao Congresso por volta das 11h30, mas, logo em seguida, uma chuva rápida dissipou os presentes. Às 13h, o protesto já havia terminado.

Tinha mais "pato" que gente em Curitiba

Por Esmael Morais, em seu blog:

O leitor Maurício Pina, comentarista deste blog, contou mais “patos” do que gente no protesto contra a democracia neste domingo, 13, em Curitiba.

A manifestação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff reuniu apenas 300 pessoas na capital de todos os paranaenses.

A passeata de hoje foi a primeira após o anúncio do apoio do governador Beto Richa (PSDB) ao golpe contra Dilma. Portanto, foi um verdadeiro fiasco nacional que o tucano até passou ser chamado de Mick Jagger na Boca Maldita, local onde foi encerrado o ato.

O chororô dos golpistas gaúchos

Por Marco Weissheimer, no site Sul-21:



O ato “Esquenta para o Impeachment”, promovido pelo Movimento Brasil Livre na tarde deste domingo (13), no Parque de Redenção, reuniu entre 300 e 500 pessoas, segundo estimativas da Brigada Militar. Segundo os organizadores, mais de 5 mil pessoas teriam participado da manifestação em defesa da derrubada da presidenta Dilma Rousseff. No entanto, os próprios promotores do ato admitiram que a presença de público ficou abaixo do esperado e colocaram a culpa no “boicote da mídia comprada e no Facebook, que, segundo eles, teriam “boicotado” a manifestação. Além dos integrantes do Movimento Brasil Livre e da banda loka liberal, três parlamentares participaram do ato: o deputado estadual Marcel van Hattem (PP) e os deputados federais Darcisio Perondi (PMDB) e Marchezan Junior (PSDB).

A escaramuça pós-eleitoral na Venezuela

Ilustração: http://www.aporrea.org/
Por Max Altman, no site Opera Mundi:

Poucos dias se passaram após a severa derrota de Maduro e da revolução bolivariana e as primeiras escaramuças já se configuram.

A batalha não será fácil para nenhum dos lados. A oposição conquistou importante bastião. Embora em seu conjunto, sob uma única bandeira a da MUD, tenha alcançado maioria qualificada com seus 112 deputados, aí incluídos os três indígenas, de um total de 167 cadeiras, esses deputados estão fragmentados em 14 distintas organizações partidárias que vão da extrema-direita com o Voluntad Popular, passando pela direta como Primera Justicia, pela ‘soi-disant’ social-democracia, a Ação Democrática até siglas outrora consideradas de esquerda como Causa R e a ultra-esquerdista Bandera Roja. Do outro lado, mais de 97% dos votos dados ao Gran Polo Patriotico destinaram-se ao PSUV.

A matemática (imperfeita) do impeachment

Por Theófilo Rodrigues, no blog O Cafezinho:

A votação realizada na Câmara dos Deputados na última terça-feira em torno da conformação da Comissão Especial foi seguramente o primeiro round da batalha do impeachment. A tensa votação terminou com os defensores da presidenta Dilma Rousseff tendo 199 votos e os opositores 272.

Um olhar superficial para esse resultado poderia indicar que a oposição foi vitoriosa e que o governo foi derrotado. E é verdade em parte. Mas não é toda a verdade...

O que fazer com o fracasso dos coxinhas?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Com todo o “banho” de mídia que recebem – a Globonews chegou a deixar de lado o grave acidente com um ônibus, com cinco mortes, no Rio de Janeiro para ficar totalmente dedicada a mostrar as manifestações – a direita mostrou, hoje, que já não arrasta multidões.

E como isso, infelizmente, não se deu por que o Governo tem melhorado seu desempenho ou mesmo sua popularidade, o mais provável é ter se evidenciado quem são os promotores da ideia do impeachment – dos quais Eduardo Cunha tornou-se o principal símbolo – são praticantes, com muito mais “currículo”, dos mesmos desvios que usam para justificar sua gritaria.

Oposição agora tenta contrabando

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Em dificuldade para encontrar um crime de responsabilidade que poderia vir a ser usado para acusar Dilma Rousseff, a oposição tenta mudar os termos do debate.

Num país onde a Constituição define nos artigos 85 e 86 que o impeachment só pode ocorrer a partir de um crime de responsabilidade, procura-se dizer que a decisão de afastar um presidente não passa de um conflito político – naquela visão simplória e rebaixada da palavra, segundo a qual é um vale-tudo parlamentar a ser vencido no corpo-a-corpo de quem tem mais votos.

domingo, 13 de dezembro de 2015

Frota e outros patos na Avenida Paulista

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:


Kim Kataguiri estava com sono, mas ficou firme

Os organizadores do protesto anti Dilma na Avenida Paulista estão escondendo o fiasco atrás de uma estranha tese de que se trata de um “esquenta” e não da coisa para valer.

Foram apenas oito dias de organização, alegou um dos líderes (é impressionante como essas milícias têm apenas líderes). Foi frustrante, especialmente, quando se sabe que agora existe, em tese, uma cenoura à frente deles - ou uma mandioca atrás, dependendo do ângulo -, que é o acolhimento do pedido de impeachment por Eduardo Cunha.

Apesar da mídia, protesto é um fracasso

Do blog Viomundo:






As manifestações em defesa do impeachment da presidenta Dilma Rousseff foram um fracasso neste domingo 13, dia em que se “comemora” a implantação do AI5 na ditadura militar.

Um fracasso numérico relativamente aos protestos anteriores, especialmente agora que Eduardo Cunha abriu o processo de impeachment na Câmara e elegeu uma chapa majoritariamente da oposição para conduzí-lo.

Mini-festação vira piada no twitter

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

O novo AI-5, puxado pelo PSDB e a turma de Eduardo Cunha, não deu certo. Se FHC queria multidões nas ruas pelo golpe, vai ter que mandar buscar na Ucrânia…

Mas as marchas dos gatos pingados geraram um festival de respostas bem-humoradas.

13 de dezembro de 2015 foi o dia em que o pato dos tucanos virou mico. O zoológico do golpe vai fechar por falta de povo.



Um pato a favor do impeachment: coxinhas desmoralizam até o golpismo

O impeachment será derrotado nas ruas

Editorial do site Vermelho:

Na reunião golpista ocorrida na quinta-feira (10), com lideranças e os seis governadores do PSDB, o cardeal tucano Fernando Henrique Cardoso fez uma declaração de inusitada sinceridade que exprime bem o significado da ação da direita contra a presidenta Dilma Rousseff. Insistindo na tecla, contestada por grande número de juristas, da existência de alegadas “razões jurídicas” para o impeachment, FHC reconheceu: “é preciso se formar o clima político. Se esse clima político não se formar não há nada que derrube um presidente, que foi eleito”.

Porque não se deve levar Serra a sério

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Tempos atrás encontrei um alto quadro do governo Alckmin em um evento em Santos. Nele, teceu críticas a José Serra. No almoço, voltamos a conversar sobre Serra, ele sempre muito crítico. Na despedida, pediu: "Pelo amor de Deus, não coloque nada disso no Blog, senão Serra vai me retaliar através dos jornais".

O mesmo me disse um alter ego de Aécio Neves durante a campanha de 2014. Serra não desperta nem respeito nem paixão política, mas ódio e medo.