segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Dez dicas para não ser um leitor-cobaia

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Dez dicas rápidas para você, leitor de redes sociais, não ser enganado na guerra cotidiana por corações e mentes que esta deflagrada na internet. Porque, em uma guerra, a verdade (se é que ela ainda existe) é sempre a primeira vítima:

1) Olhe sempre a data do texto – Há muita gente que, por inocência ou sacanagem, reposta links antigos como se o fato tivesse acabado de acontecer. Como o momento em que um fato ocorre é importante para a sua compreensão, a impressão que fica é que o problema se repete por incompetência de alguém num eterno Dia da Marmota.

Reorganização na esquerda enfraquece golpe

Por Breno Altman, em seu blog:

O fato mais importante da semana passada, apesar da importante decisão regulatória do STF sobre o processo de impeachment e a queda de Joaquim Levy, foi a forte mobilização em defesa da legalidade democrática.

Movimentos populares, entidades sindicais e partidos políticos do campo progressista conseguiram, pela primeira vez desde 2013, colocar mais gente nas ruas que as forças conservadoras.

O comparecimento à jornada do dia 16 de dezembro bateu, com folga, as falanges que marcaram presença no dia 13. O placar fechou em 250 mil vermelhos contra 65 mil azuis.

2015 e a tempestade perfeita

Por Fabrício Augusto de Oliveira, no site Brasil Debate:

Se faltavam alguns ingredientes para concluir o processo de formação de uma “tempestade perfeita” para a economia brasileira, estes surgiram recentemente com: (i) a aceitação pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, do pedido de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff; (ii) a retirada do grau de investimento do país pela Fitch, que se somou, dessa forma, à decisão tomada pela Standard & Poor’s em setembro; e (iii) a elevação da taxa de juros dos Estados Unidos de 0,25% para 0,5% pelo Federal Reserve Bank, o Fed.

Cunha e Gilmar Mendes: almas gêmeas

Da coluna "Notas Vermelhas", no site Vermelho:

O ainda presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi durante boa parte de 2015 um ídolo dos golpistas que sonhavam em depor a presidenta Dilma Rousseff. Hoje, com a divulgação de milhões em seu nome em contas no exterior, a admiração persiste, mas envergonhada. É uma idolatria que não ousa dizer seu nome e existe até aqueles que se apressam em renegar o antigo amor, como ratos que, com o coração partido, abandonam o navio que os acolheu, quando este está prestes a afundar.

No entanto, outro ídolo está ocupando o posto deixado pelo moribundo Cunha: o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.

Os negócios da Fundação Roberto Marinho

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Na quinta-feira (17), a cidade do Rio de Janeiro ganhou o Museu do Amanhã, construído na zona portuária onde havia um pier abandonado. O museu faz parte da operação urbana Porto Maravilha, de revitalização e desenvolvimento da região, realizada em parceria público-privada.

A prefeitura conduz o processo, as empreiteiras Carioca Engenharia e OAS constroem, parte dos recursos é de financiamentos do FGTS-FI, o fundo de investimento que faz aplicações dos recursos do Fundo de Garantia e, no caso do Museu, quem toma posse da operação depois de pronto é a Fundação Roberto Marinho, ONG ligada aos donos da TV Globo. A Fundação é duplamente beneficiada: ganha prestígio com mais um museu de grande porte em seu portfólio, e cobra da prefeitura o preço para manter o museu funcionando.

2016 em aberto: hora de repactuar o Brasil

Por Joaquim Palhares, no site Carta Maior:

Foi tão intensa a saraivada de revezes sofridos pela aliança entre o golpismo e a vigarice no final de 2015, que seus protagonistas e a mídia embarcada ainda se agarram à batalha do dia anterior, sem perceber que a roda da história girou.

A barragem humana que se ergueu em São Paulo na quarta-feira, 16/12, na longamente esperada união da esquerda, redefiniu os termos da correlação de forças no país.

Retomar o diálogo para o desenvolvimento

Por João Carlos Gonçalves Juruna

Como mudou a conjuntura de classes sociais no Brasil a partir de 2013? E em que medida esta mudança alterou o apoio à coalisão que, desde 2003, estava à frente da presidência da República? Estas talvez sejam as duas perguntas básicas levantadas no artigo: Cutucando onças com varas curtas – O ensaio desenvolvimentista no primeiro mandato de Dilma Rousseff 2011-2014 [1] do sociólogo André Singer.

Em entrevista para o Jornal O Globo, em 27/09/2015, Singer falou que “a ideia do artigo é mostrar a corajosa ofensiva de Dilma no primeiro mandato” no qual “ela explicitou um confronto com o setor financeiro” e mostrar “que ao final do percurso, ao chamar o ministro Joaquim Levy para a pasta da Fazenda, ela entregou todos os pontos para aqueles que procurou confrontar no primeiro mandato” [2].

Golpe de 64 jamais se repetiria em 2015

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Em 1964, o Golpe tinha os Estados Unidos, o embaixador americano, o chefe da CIA no Brasil e a Quinta Frota a caminho.

Em 2015 não tinha.

Em 1964, o Golpe tinha o mensalão do IBAD.

Tinha o IPES do General Golbery com sua plêiade de empresários paulistas e intelectuais de renome.

O Golpe de 2015 não tinha Golbery: seus substitutos e exegetas não chegam perto em esperteza.

Embora sejam igualmente golpistas e americanófilos.

domingo, 20 de dezembro de 2015

FHC será chamado a depor sobre “petrolão”?

Por Altamiro Borges

Na quinta-feira (17), a Polícia Federal deflagrou a chamada Operação Sangue Negro, que investiga pagamentos de propinas e desvios de recursos da Petrobras desde o triste reinado do grão-tucano FHC (1995-2002). O montante furtado é superior a U$ 42 milhões. O alvo da ação é a multinacional holandesa SBM, que fez repasses para executivos da Petrobras em contas offshore no exterior referentes a oito contratos mantidos com a estatal. Diante desta bombástica revelação fica a pergunta: o ex-presidente, que adora posar de vestal da ética e lidera a conspiração golpista pelo impeachment de Dilma, será chamado a depor pelo midiático juiz Sérgio Moro? Ou, mais uma vez, ficará confirmada a tese de que basta se filiar ao PSDB para não ser investigado, condenado e, muito menos, preso no Brasil?

Ação da ditadura contra dom Helder Câmara

Por Altamiro Borges

A Comissão da Verdade e Memória de Pernambuco lançou nesta sexta-feira (16) um documento de leitura obrigatória neste momento em que alguns grupelhos fascistas pedem o retorno dos militares ao poder. Intitulado "Prêmio Nobel da Paz: A atuação da ditadura militar brasileira contra a indicação de dom Helder Câmara", o dossiê de 229 páginas relata como os generais golpistas tentaram impedir que o arcebispo de Olinda e Recife recebesse a premiação internacional nos sombrios anos de 1970. Ele reúne inúmeros depoimentos, ofícios e telegramas que descrevem a violenta perseguição ao líder religioso, respeitado no mundo inteiro por sua dedicação à luta dos explorados e oprimidos.

Cunha e PSDB conspiram nas barbas do STF

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O Brasil tornou-se um país tão anormal que as conspirações nem sequer cuidam de andar pela sombra.

Hoje, na Folha, o título é escancarado: “Cunha e oposição estudam driblar decisão do STF sobre impeachment”.

A primeira burla já está definida:

Finalmente, as ruas tomam a palavra

Por Roberto Amaral, em seu blog:

A ambição do impedimento da presidente Dilma é mais do que reverter o resultado das eleições de 2014 – um ano que insiste em não terminar –, jogando ao lixo, com a ordem constitucional irremediavelmente corrompida, a soberania do voto, na qual se assenta a legitimidade da democracia representativa.

O argumento forjado em torno das tais ‘pedaladas’ – e outras chicanas – é simples pretexto para justificar uma petição inepta, firmada por um ancião digno, mas manipulado, um advogado cuja importância está no sobrenome herdado, e uma ‘jurista’ sem nome e sem obra, açulados os três pelos holofotes do momento, e lamentavelmente servindo, conscientemente, de biombo a uma alcateia faminta de poder.

O impeachment e o ódio de classe

Por Marilena Chauí, no site Outras Palavras:

Este texto é a transcrição da fala feita em 16/12, no ato público de intelectuais contra o impeachment. Publicado sem revisão da autora.

“Queria, por um segundo, retomar o que disse Paulo Arantes e manifestar a preocupação que tenho desde agosto de 2013 e manifesto em público, em privado e por escrito. Agosto foi o instante no qual se deu a virada em relação ao que se passara no movimento vitorioso do Passe Livre. Quando os meninos tentaram, com seus símbolos e bandeiras, comemorar na avenida Paulista, foram batidos e ensanguentados por pessoas vestidas com a bandeira do Brasil e que diziam: ‘meu partido é o meu país’.

A imbecilidade do antiterrorismo

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Na abertura de um recente – e bizarro – "Seminário Internacional de Enfrentamento ao Terrorismo no Brasil", o Ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, afirmou que "não existem limites para a preocupação com o terrorismo nas Olimpíadas" e defendeu que o país "aceite a cooperação de órgãos de inteligência internacionais" para diminuir o risco nesse sentido.

No momento em que a Câmara recebe, de volta do Senado, uma "lei antiterrorista", cabe discutir com cautela essa questão, sob a ótica da política exterior brasileira e da nossa relação com outras culturas e países no atual contexto geopolítico mundial.

Até quando vamos aturar Gilmar Mendes?

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Até quando nossa paciência vai aguentar o ministro Gilmar Mendes?

A grande sentença de Cícero contra o conspirador Catilina lembrada esta semana na operação da PF que enfim deu um tranco em Eduardo Cunha se aplica a Gilmar.

Até quando vamos aturá-lo?

Para a esquerda, com carinho

Por Tadeu Porto, no blog O Cafezinho:

2016 vai ser um ano quente, “pelando” como a gente costuma dizer aqui na minha querida Minas Gerais. E, aproveitando o mineirês, posso dizer que não há maneira melhor de enfrentar um ano dessa temperatura, com a sensação térmica do Vale do Jequitinhonha, do que comendo pelas beiradas. Aos poucos, com cautela, mas sem perder o foco de chegar ao centro, no momento oportuno quando a quantidade de calor já não machuca.

Ao defender Azeredo, PSDB afunda

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Ora, ora… Quer dizer, então, que toda aquela conversa dos tucanos de que o PT “protege” seus expoentes que foram condenados pela Justiça não passa de hipocrisia, caradurismo, falta de caráter, desrespeito supremo à inteligência alheia?

Por que não me surpreendo? Simples, porque é óbvio que aquele discurso, como 200% de tudo o que esse partido diz, não passa de canalhice.

O tucano mineiro Eduardo Brandão de Azeredo foi um dos fundadores do PSDB (1988). Governou Minas Gerais pelo PSDB de 1995 a 1999. Em 2005, quando foi acusado pelo Ministério Público de desvio de dinheiro público, era presidente nacional do PSDB.

Cunha esconde rádio em Pernambuco

Por Mônica Mourão, na revista CartaCapital:

Esta semana não foi fácil para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para além da derrota sofrida no Supremo, que invalidou a eleição da Comissão do Impeachment, conduzida à força por ele, na terça-feira 15 as residências do deputado no Rio de Janeiro e em Brasília foram cercadas pela Polícia Federal, com um mandado de busca e apreensão.

No mesmo dia, no Planalto Central, o Conselho de Ética conseguiu, depois de muitos subterfúgios de Cunha para que a ação não andasse, aprovar o prosseguimento da investigação por quebra de decoro parlamentar. Na quarta-feira 16, Cunha foi alvo de manifestações em todo o Brasil e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, numa peça mais do que fundamentada, elencou uma longa lista de ilegalidades para justificar o pedido de afastamento de Cunha não apenas da presidência da Câmara, mas de seu próprio mandato parlamentar.

A guerra mundial de Dilma em três meses

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A primeira rodada do golpe paraguaio foi a tentativa de glosar a campanha de Dilma Rousseff no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), uma manobra envolvendo o presidente Dias Toffoli e seu líder Gilmar Mendes. Falhou no último instante graças ao recuo do Ministro Luiz Fux.

A segunda foi a de abrir o ritual do impeachment com base nas pedaladas, obra do presidente da Câmara Eduardo Cunha.

Ex-blogueiro da Veja é “jogado no lixo”

Por Altamiro Borges

O “jornalista e economista” Rodrigo Constantino, o herói dos fascistas mirins que adora posar com o Pateta da Disney, está abatido. Até agora ele não engoliu a sua demissão sumária da revista Veja em outubro passado, após dois anos de serviços sujos prestados à famiglia Civita. Nesta quarta-feira (16), o ex-blogueiro que se jactava de ser o maior inimigo do PT postou vídeo em sua página na internet com um patético desabafo. Ele informa que suas postagens foram suprimidas do site da Editora Abril. “Apagaram o passado. Foram dois anos de troca, milhares de textos escritos, milhões de visualizações. E esse acervo todo, para uma revista que tem apreço pelo acervo histórico, basta ver tudo digitalizado que tem no site, foi jogado no lixo. Foi apagado e usurpado o direito de você leitor pesquisar o que eu, durante dois anos, escrevi para o portal Veja.com”, choraminga o Pateta.