segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Boneca Barbie, um “brinquedo” tirano

Por Lais Fontenelle, no site Outras Palavras:

Barbie: uma imagem que aprisiona. Esse é o título do meu trabalho de conclusão de curso de Psicologia, há quase duas décadas. Essa boneca sempre chamou minha atenção. Não pelos modelitos que exibia ou por seus 10 cm de quadril e 12,5 de busto, mas pelo que ela representa para várias gerações de meninas ao redor do mundo.

Nascida nos Estados Unidos, Barbie foi durante décadas a boneca mais vendida no planeta. Dona de um fã clube de mais de 18 milhões de colecionadores pelo mundo todo, exemplo de beleza para mulheres que tentaram reproduzir seu rosto com cirurgias plásticas, ela completou meio século de existência com direito a desfile de moda em Nova York, exposição em museu suíço e sem nenhuma marca do tempo – com os mesmos cabelos longos, lisos e loiros e olhos de estrela.

Ajuste fiscal e a redução dos juros

Por Marco Aurélio Cabral Pinto, no site Brasil Debate:

Apesar de subestimado por batalhão de economistas profissionais, em geral conscritos em bancos, o Brasil obteve, até novembro de 2014, desempenho extraordinário frente à onda de instabilidade financeira desencadeada seis anos antes.

Inflação sob controle, juros e prêmios de risco em queda, emprego e renda crescentes com investimentos em infraestrutura logística, energética e urbana no Brasil e no exterior. Estes foram os alicerces da estratégia adotada no período Dilma e que vinham conduzindo o país até as portas da Pátria Educadora, momento em que ocorreria o grande salto civilizatório da sociedade difusa. E que se perdeu.

As filas no país dos 2% mais ricos

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

"Não tem mais lugar. Os ingressos estão esgotados", informou-nos, na tarde de sábado, o rapaz da bilheteria do cinema onde pretendíamos assistir ao filme "A grande aposta". Filas imensas formavam-se diante dos outros guichês e o movimento no shopping Pátio Higienópolis lembrava o da semana de Natal, tanta gente se espalhava por todos os corredores. Enfrentamos fila até para tomar um café. A escada rolante quebrou e os elevadores não davam conta da freguesia. Nem parecia que estávamos em pleno mês de janeiro.

HSBC, Zelotes e os anunciantes da mídia

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

Em 29 de dezembro de 2015, portanto há 19 dias, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), relator da subcomissão da Câmara que acompanha a Operação Zelotes, reuniu-se com o delegado Rogério Galloro, diretor-geral substituto da Polícia Federal, e fez vários questionamentos, entre os quais:

* Por que estão paradas as investigações que apuravam desvios de R$ 20 bilhões no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) da Receita Federal? As investigações apontaram que os conselheiros do Carf recebiam propina para anular multas de grandes empresas com a Receita Federal.

Marina Silva transforma mágoa em golpismo

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                      

Fico a imaginar o que tem a dizer o deputado Alessandro Molon, que deixou o PT acusando o partido de ser conivente com a corrupção e de compactuar com desvios éticos de militantes e dirigentes, diante da pregação rasteira, oportunista e, sobretudo, golpista da sua chefe na Rede, a ex-senadora Marina Silva. Na opinião do deputado, pregar a ruptura da ordem democrática, como faz a liderança máxima do seu partido, fere ou não condutas éticas e preceitos republicanos?

Barões da mídia aplaudem o ditador Macri

Por Altamiro Borges

Os barões da mídia brasileira estão excitados com o novo presidente argentino, Mauricio Macri. Em artigo publicado na Folha, intitulado "O tempo abriu na Argentina", o chefão da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), Carlos Fernando Lindenberg Neto, festejou a derrota do chamado kirchnerismo na nação vizinha e explicitou o motivo de tanta alegria: "A decisão do novo governo de modificar a lei dos meios de comunicação do país, criada com o claro objetivo de intimidar a mídia não alinhada ao kirchnerismo", e que simbolizaria "todo o autoritarismo estatal que vinha dominando a Argentina". O fim da "Ley de Medios" transforma o mafioso argentino em um santo para os barões da mídia nativa!

domingo, 17 de janeiro de 2016

Equador: 9 anos da "Revolução Cidadã"

Por Max Altman, no site Opera Mundi:

O projeto político da Revolução Cidadã, liderado pelo presidente Rafael Correa, cumpriu 9 anos em 15 de janeiro. Nesse dia, em 2007, Correa tomou posse como presidente do Equador depois de triunfar com 56,67 por cento dos votos no segundo turno contra o magnata de direita Álvaro Noboa.

Desde essa data, o projeto político passou por 10 distintos pleitos populares, entre eleições e plebiscitos, vencendo todos eles. Nesse lapso, o presidente Correa vem mantendo uma alta popularidade, devido à obra sem precedentes desenvolvida em todo o território, passando o Equador por uma série de transformações sociais, políticas e conômicas que levaram o país a converter-se num exemplo para toda a América Latina.

Chatô e os chatôzinhos da mídia nativa

Por Nirlando Beirão, na revista CartaCapital:


Enquanto o escritor e jornalista Fernando Morais, 69 anos, dava esta entrevista a CartaCapital, chegou à casa dele um reparte da novíssima edição de Chatô, a biografia do magnata das comunicações Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello (1892-1968). “É por causa do filme”, comentou.

Derrotados, golpistas demonstram desespero

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:


Duas notícias deste final de semana ilustram bem o desespero que está tomando conta dos golpistas, ao constatarem que, depois de tanto jogo sujo de sua parte, serão novamente derrotados.

E derrotados duplamente: além de derrotados, ainda ficarão com a pecha de inimigos do voto, das liberdades individuais e do estado democrático de direito.

A sociedade tem o direito de escolher

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Bastou a primeira semana útil de 2016 para a desordem mundial envelhecer miseravelmente o rosto do novo calendário.

Apesar de operar formalmente a pleno emprego - sem considerar o imenso contingente do ‘precariado’ -, a recuperação norte-americana expôs sua paradoxal fragilidade: principais Bolsas do ‘país fecharam a última 6ª feira em baixa, na pior 1ª semana do ano de toda a história de Wall Street.

Vinte e quatro horas antes, a congênere chinesa havia registrado o pregão mais curto de sua história.

Raul Velloso, um papagaio neoliberal

Por J. Carlos de Assis, no Jornal GGN:

Raul Velloso é um fenômeno midiático. Apresenta-se como economista mas, na realidade, não passa de um contabilista especializado numa visão grosseira de contas públicas por ele reduzidas a um refrão único: o governo gasta muito. Há anos, na verdade décadas, que Velloso tem espaço no jornal e na TV Globo para dizer exclusivamente isso. Se compararmos o que disse dez anos atrás com o que disse ontem na TV, concluiríamos que é exatamente a mesma coisa: a crise brasileira é culpa do governo por gastar muito.

Alemanha à beira de um ataque de nervos

Por Flavio Aguiar, de Berlim, na Rede Brasil Atual:

A polarização da sociedade alemã está chegando aos píncaros e aos nervos. Depois do arrastão da noite de Ano Novo em Colônia, os desdobramentos se sucederam. No fim de semana houve três manifestações na cidade: uma das mulheres contra a violência, outra do movimento Pegida, de extrema-direita, contra os refugiados, e uma terceira, de esquerda, contra o Pegida. Até aí tudo bem, embora este 'bem' não fosse nada bem.

Cantanhêde: impeachment “subiu no telhado”

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Está lá, nas últimas linhas da coluna dominical onde a “cronista da massa cheirosa”, Eliane Cantanhêde faz o elogio da traição de Michel Temer e das agruras em que este se meteu por isso.

” Se o impeachment subiu no telhado, o vice pulou de volta para o lado governista. Pelo menos até março.”

Para quem quiser entender, aí está a razão da dupla Aécio Neves- Marina Silva passar a pressionar para que o TSE faça “o melhor para o país”, isto é, casse Dilma e leve Temer de cambulhada.

"Operação Cavalo Doido" contra Lula

Por Osvaldo Bertolino, em seu blog:

Ela começou ontem e segue hoje a todo vapor. Os grupos de mídia continuam manipulando grosseiramente os vazamentos seletivos da farsa chamada “Operação Lava Jato”, comandada pelo iníquo juiz Sérgio Moro, uma adaptação das redações ao método muito comum da polícia em suas tropelias, conhecido como “Operação Cavalo Doido”. Novamente a Folha de S. Paulo comparece com a mais relevante contribuição para essa onda de truculência midiática.

Ex-marido de Dilma bate duro na Globo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Horas depois que a revista Época chegou às bancas, neste sábado, com uma capa tão escandalosa como vazia contra o advogado Carlos Araújo, que foi casado com Dilma Rousseff e é pai da filha de ambos, Paula, ele deu uma pequena entrevista ao 247.

Araújo bateu duro, realizando um contra-ataque contra os donos da Globo, proprietária da Época: "A revista deveria preocupar-se em esclarecer por que seus patrões resolveram viver homiziados em Miami, cidade que é um dos endereços preferidos pela máfia internacional."

O economês e os vendedores de ilusões

Por Paulo Kliass, na revista Caros Amigos:

O inevitável processo de divisão social do trabalho e de aprofundamento da especialização do conhecimento leva a uma compartimentação dos processos de desenvolvimento das conquistas tecnológicas e de produção do saber. Com isso observa-se um aprimoramento das metodologias e dos discursos associados às múltiplas áreas do vasto campo das ciências em nossa civilização.

Cada um dos ramos termina por cultivar um conjunto de conceitos e raciocínios próprios de sua área de atuação e que passa a ser compartilhado por seus pares. Quanto mais se avança na especialização, mais específicas se tornam a linguagem e a racionalidade envolvidas naquele domínio. Assim, torna-se difícil aos leigos e simples interessados compartilhar de forma plena a narrativa que se converte cada vez mais em uma exclusividade dos iniciados.

10 projetos contra direitos e a democracia

Por Luiz Carvalho, no site da CUT:

Deputados federais e senadores retomam os trabalhos em fevereiro, logo após o Carnaval, e terão na agenda um pacote com ao menos 10 projetos muito polêmicos. A lista faz de 2016 um ano essencial na atuação dos movimentos sindical e sociais em defesa da democracia, da manutenção de direitos e contra o conservadorismo.

O primeiro passo anunciado pela CUT será uma manifestação marcada para março, em que os movimentos marcharão em Brasília para pressionar os parlamentares contra qualquer tidpo de retrocesso.

Retrato do juiz Sérgio Moro quando jovem

Por Renan Antunes de Oliveira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Nascido em berço de ouro

Educado dos 6 aos 16 por freiras carmelitas espanholas

Andou de busão pela primeira vez aos 18

Até quase 30 não sabia o que era um pobre

Idolatrava o pai, um professor apoiador da ditadura e militante do PSDB


Para fazer um perfil do juiz Sérgio Moro destaquei dois repórteres durante 70 dias, entre julho, agosto e outubro. Nós percorremos Maringá, Ponta Grossa e Curitiba entrevistando amigos e familiares: tudo olho no olho, nada de email ou papo por telefone.

Internet, um território perdido?

Por Rafael Evangelista, no site Outras Palavras:

Ao mesmo tempo que as redes sociais se mostram como uma fissura na represa de informações dos grandes grupos de mídia, o diálogo que se dá por meio delas parece cada vez mais confuso, por vezes violento e produtor de rupturas e rivalidades pouco construtivas. As peças de informação alternativa, escritas a partir do ponto de vista dos sujeitos historicamente explorados, quando submetidas aos filtros sociais, de mercado, ou dos algoritmos das redes proprietárias, vão tendo dois destinos igualmente ruins: ou desaparecem num mar de irrelevância e futilidades; ou são tão simplificadas, para viralizarem ou se tornarem os populares memes, que pouco servem para produzir transformações sociais necessárias. Viram item para atiçar torcidas, dão margem a perseguições pessoalizadas que atingem desnecessariamente indivíduos quando deveriam mirar as estruturas. Propagam-se por serem de consumo fácil, tendo como combustível emoções exacerbadas.

Enem e a nova geração de feministas

Por Maria das Neves, no site da UJS:

2015, um ano marcando pela #PrimaveraFeminista que eclodiu na ruas do Brasil contra o PL 5069, também ganhou força com o tema da redação do Enem que fez mais de 7 milhões de jovens refletirem sobre a violência contra as mulheres.

A maioria das jovens mulheres que ocuparam as ruas Contra o PL 5069 e pelo #ForaCunha fez o Enem. Perguntei em uma das manifestações. E, certamente todas foram muito bem. Afinal, escrever sobre violência é escrever sobre a realidade cotidiana de cada uma de nós, mulheres.