terça-feira, 15 de março de 2016

Graças ao Aécio, Bolsonaro ganha força

Por Victor Farinelli, no site Carta Maior:

Graças ao Aécio Neves, Bolsonaro venceu ontem (13).

E, para dizer a verdade, não venceu só ontem. Desde sexta-feira a violência política tem sido a tônica do Brasil. Reuniões em sindicatos sendo intimidadas por PMs armados, sedes da UNE e do PCdoB invadidas e pichadas. Hoje foi só mais um movimento dessa onda.

A imprensa perdeu, porque todos os seus milhares de chamados não levaram a diversidade da sociedade brasileira às ruas. Marchou somente a elite branca e a classe média.

Os crimes do promotor que investiga Lula


Do blog Viomundo:

É uma história bizarra. Douglas Ivanowski Kirchner assumiu o cargo de procurador da República em Rondônia quando a mulher, Tamires, estava sequestrada por integrantes da Igreja Evangélica Hadar, em Porto Velho, à qual o casal pertencia.

Tamires foi punida pela pastora da igreja com uma surra de cipó por ter jogado fora a aliança de casamento. Douglas assistiu.

Dia 18: às ruas contra o golpe da direita


Editorial do site Vermelho:

Os brasileiros vão se manifestar pela democracia e pela legalidade nesta sexta-feira, dia 18. Encherão as ruas com seus sentimentos em defesa do Estado Democrático de Direito. Contra a intolerância, o obscurantismo e o golpe que se trama contra a presidenta Dilma Rousseff. E confirmarão esse mesmo objetivo na manifestação marcada para 31 de março.

Lula ministro e o maior desafio

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A política brasileira dá de dez a zero em House of Cards.

As notícias de hoje informam que Lula aceitará entrar para o núcleo duro do governo Dilma, seja como ministro-chefe da Casa Civil, seja como secretário de Governo.

Eugênio Aragão, vice procurador eleitoral, assume o ministério da Justiça.

Caso se confirme a notícia sobre Lula, é uma belíssima tacada do governo Dilma.

Histeria ideológica ameaça a democracia

Por Dennis de Oliveira, no blog Quilombo:

As manifestações deste domingo foram fruto da forma que o debate político se desenvolveu nos últimos tempos e, particularmente, nas últimas semanas. Expressa o sentimento de parcela da sociedade brasileira que clama por soluções autoritárias.

Isto ocorre porque o que está em jogo não é meramente a disputa entre PT e PSDB. A pressão que existe é o projeto do grande capital transnacional. É a ação direta do capital.

Poder aquisitivo despenca na Argentina

Do site Opera Mundi:

Um estudo realizado pelo Centro de Inovação dos Trabalhadores da Argentina, divulgado nesta segunda-feira (14/03) pelo jornal Página 12, mostrou que o poder aquisitivo dos 10% mais pobres do país caiu 23,8% nos últimos quatro meses.

A pesquisa, que foi encomendada pelo órgão estatal Conicet (Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas), aponta como principais causas desse fenômeno o aumento da tarifa de luz elétrica e de gás, o reajuste dos preços dos alimentos e aluguéis, e a eliminação dos impostos de exportação dos bens industriais e agrícolas.

Do Estado de Direito ao da direita

Por Frei Betto, no site da Adital:

O Brasil passa por intensa turbulência. Assemelha-se a uma nau sem rumo. A teimosia de Eduardo Cunha, que não encontra seu Tirésias capaz de lhe indicar o caminho do bom senso, paralisa o Congresso. Insiste em permanecer no cargo, mesmo colocado no banco dos réus por dupla instância, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados e o Supremo Tribunal Federal (por unanimidade dos juízes).

Lula a caminho de Brasília

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A presidente Dilma Rousseff e a cúpula do governo aguardam a chegada do ex-presidente Lula a Brasília nas próximas horas para acertar seu ingresso no ministério. Embora ninguém ouse dizer "ele aceitou", o fato de estar vindo a Brasília indica disposição para aceitar. E com isso, Dilma lança mão de sua última carta, o ás de ouro, no esforço para salvar seu governo. Ela será acusada de ter abdicado para Lula, ele de estar fugindo de Sergio Moro, o desgaste será grande. Mas, como resume um dirigente petista, "estamos numa guerra e o outro lado está fazendo uso de armamento pesado".

Nada sobre emprego e salário na Paulista

Manifestantes em frente à Fiesp, que apoiou o Golpe de 1964
Por João Franzin, no site da Agência Sindical:

Às 14h30 do domingo, eu estava na avenida Paulista, São Paulo. Ia acompanhar mais uma manifestação – esta contra o governo. E que manifestação! Pela minha avaliação, ao final da tarde, havia em torno de 1 milhão de pessoas.

Cheguei pela rua Treze de Maio, onde já era grande a movimentação. Na Paulista, olhei à esquerda, para o começo da avenida, e vi gente chegando desde a estação Paraíso do Metrô. Muitos. Quase todos brancos. Muitos casais, cinquentões. Poucos jovens.

segunda-feira, 14 de março de 2016

O que é mesmo que estão querendo?

Foto: Jornalistas Livres
Por Tarso Genro, no site Sul-21:

A denúncia feita pelos promotores de São Paulo, que contém o pedido de prisão preventiva do Presidente Lula – de um dos seus filhos e da dona Marisa – pareceu abrir um clarão de lucidez nos meios jurídicos, em setores políticos menos sectários e em boa parte da inteligência do país. Demonstra, também, o grau de partidarização daquele órgão de Estado, a tragédia de parte do nosso ensino jurídico e a escassa capacidade que vem demonstrando um setor daquela corporação, de compreender a importância das suas funções no Estado de Direito, que é diferente daquelas exercidas pela instituição num Estado policial, no qual, Governo e Estado, se confundem no monopólio da violência sem lei.

Por que os tucanos apanham na Paulista?

PSDB perde as ruas para a extrema-direita

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

O dia 13 começou como se esperava: a Globo dava ampla cobertura para atos de rua em Brasília, BH, Rio e nas capitais do Nordeste. Era como se fosse um “esquenta”, para chamar a massa de classe média ao grande ato da tarde, na avenida Paulista.

Com exceção do Rio de Janeiro (onde nitidamente mais gente foi às ruas dessa vez), nas demais cidades o comparecimento não saiu do que se esperava: a classe média em fúria dava as caras – num misto de delírio, autoritarismo e ódio longamente semeados pela Globo/Veja e pelo próprio “líder” da oposição, Aécio Neves (um anão político que pôs em risco a estabilidade democrática, ao não aceitar a derrota nas urnas em 2014).

A nova rede da legalidade democrática

Por Eduardo Maretti, Helder Lima, Paulo Donizetti de Souza e Vitor Nuzzi, na Revista do Brasil:

No final da noite de 4 de março, ao discursar na quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a afirmar que, no governo, é a economia que tem de estar subordinada à política, e não o contrário. Também tornou a dizer que não adianta fazer ações apenas com o objetivo de agradar o mercado financeiro. De fato, os recados dados pelo “mercado” têm demonstrado que o poder econômico, definitivamente, entrou em cena para influir no processo político, o que inclui derrubar a presidenta reeleita em 2014, Dilma Rousseff.

Bolsonaro, os 'Power Rangers' e a tragédia

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A direita no Brasil, que nunca teve pudor do estado de miséria e abandono a que relegou seu povo por 500 anos, parece ter perdido mesmo a vergonha de seus caricatos instrumentos.

O artigo do “porta-voz da juventude” Kim Kataguiri e Jair Bolsonaro se reuniram ontem, um com texto, a Folha, e outro posando para fotos, em Brasília, na idade mental de adoradores dos Power Rangers.

É hora do tudo ou nada

Por Breno Altman, em seu blog:

Não tenhamos ilusões: a ofensiva conservadora, comandada pelo núcleo duro da burguesia brasileira e seus braços de comunicação, unificou as camadas médias contra o governo, o PT e a esquerda, como ficou demonstrado nas manifestações antidemocráticas desse domingo.

Nestas condições, o dia 18 de março, data para a mobilização nacional contra o golpe, deve ser entendido por todos nós como a hora da verdade.

A foto da babá e a ex-amante de FHC

Por Renato Rovai, em seu blog:

Cláudio Pracownik, cuja foto com sua esposa, a babá e os dois bebês viralizou nas redes sociais no dia de hoje é vice-diretor de Finanças do Flamengo.

Mas não só.

Ele também é sócio diretor do Banco Brasil Plural.

Sobre os protestos: mais do mesmo!

Foto: Jornalistas Livres
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Pouco importa que, segundo o Datafolha, tenha tido mais gente nessa manifestação de hoje em São Paulo do que no outro “recorde de público”, em março do ano passado. Naquela época, a manchete era que a manifestação na avenida Paulista “só perdeu para as Diretas-Já”. Hoje foi “superou as Diretas-Já”. Sorry, mas não se derruba um governo porque um Estado não se sente representado por ele. Somos uma federação de 26 Estados, além do Distrito Federal. E inegavelmente não existe uma onda tomando o País pelo impeachment de Dilma. Podem espernear e gritar: não há clima no país para derrubar Dilma.

Lava Jato acaba quando Dilma for derrubada

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                      
De cara, informo que sou daqueles que não veem nada, absolutamente nada, de meritório na Operação Lava Jato. Nem mesmo a narrativa segundo a qual a operação tem logrado êxito na recuperação de dinheiro desviado da Petrobras me convence.

Comparado com o estrago que faz na economia brasileira, inibindo investimentos e desempregando dezenas de milhares de trabalhadores, a Lava Jato conseguiu, se é que conseguiu mesmo, restituir uma ninharia aos cofres públicos.

A farofada na praia da Paraty House

Por Renan Antunes, de Paraty, no blog Diário do Centro do Mundo:

Falando em protesto, a segunda farofada contra a grilagem da praia Santa Rita pelos herdeiros do magnata da Globo Roberto Marinho foi pacífica e divertida.

A Marinha não contou o número de participantes e os Marinhos não estavam lá.

Os organizadores usaram o grupo de whatsapp “Rolezinho Santa Rita” para convocar manifestantes, conseguindo lotar a escuna Paraty Ser Feliz.

Manifestação amplia a pressão sobre Dilma

Da revista CartaCapital:

A impressionante manifestação realizada no domingo 13, que reuniu 500 mil pessoas em São Paulo segundo o Datafolha e centenas de milhares em outras cidades, de acordo com levantamentos da Polícia Militar, aumentou a pressão sobre o governo Dilma Rousseff e sobre o PT. Não por conta apenas da grande concentração de pessoas, mas pelo contexto em que os protestos se deram.

Desde que foi reeleita, Dilma enfrentou outras quatro manifestações, nenhuma tão grande quanto essa, é verdade, mas desta vez ela e seu governo parecem cada vez mais isolados, com dificuldades de responder à ofensiva oposicionista – e também dos aliados que aparentam estar desembarcando de seu governo.