domingo, 20 de março de 2016

A radicalização política da "classe média"

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

A escalada de protestos de rua dos últimos dias, a maioria contra o governo, mostra uma radicalização política incomum na história brasileira. Um fenômeno com o qual o País terá de conviver por um bom tempo, ao que parece. “O Brasil está dividido e isso vai marcar a próxima eleição”, diz o sociólogoJessé Souza, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Para ele, não há possibilidade de o governismo conciliar-se com as pessoas que engrossam as passeatas pela derrubada de Dilma Rousseff e pela prisão do ex-presidente Lula, descritas como pertencentes à “classe média”.

Duas semanas que mudaram o Brasil

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

Foram exatamente duas semanas entre a tentativa de prisão do Lula, no dia 4, e a manifestação da Avenida Paulista, no dia 18 de março. Duas semanas marcantes, intensas, com material rico para entender as forças em choque no Brasil de hoje. Duas semanas das quais ninguém saiu do mesmo jeito que entrou, saiu mais forte ou mais fraco.

Moro tentou usar seu poder discricionário para prender o Lula, levá-lo de Congonhas a Curitiba, calá-lo e linchá-lo na mídia, para em seguida condená-lo e tirá-lo da vida política. Não deu. A versão mais plausível de por que a operação pronta – com avião no pátio, comemorações na chegada em Curitiba – fracassou é a de que juiz do STF ligou pro Moro e o fez parar a operação. Senão não haveria como justificar que ele detivesse a operação, que ele julgava que o levaria à consagração diante da direita brasileira.

O sinistro jantar de Serra, Gilmar e Fraga

Por Renato Rovai, em seu blog:



Golpes não se constroem só nos quartéis. O que não significa que não podem também ser operados nele.

Tanto em 1954 como em 1964 houve grande articulação empresarial, midiática, de setores da política, como também de juízes, advogados, organizações estrangeiras e de milicos para tombar Getúlio e Jango.

V BlogProg: menos ódio, mais democracia

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:



Estão abertas as inscrições para o #5BlogProg - 5º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais, que neste ano de 2016 acontecerá na cidade de Belo Horizonte (MG), entre os dias 20 e 22 de maio. O mote da quinta edição é #MenosÓdioMaisDemocracia. A programação detalhada e o local do evento serão divulgados em breve.

Ator golpista tem musical interrompido

Do blog Viomundo:

Aconteceu agora à noite, no teatro Sesc, em Belo Horizonte.

Durante a apresentação de “Todos os musicais de Chico Buarque em 90 minutos“, o ator Cláudio Botelho, que é co-diretor da peça, fez um improviso contra a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, que chamou de “ladrões”.

O público começou a gritar “não vai ter golpe”.

O crime de Lula foi reduzir a pobreza

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:



Muitos alegam certeza de que Lula será preso na semana que entra. Teorias conspiratórias afirmam ser uma “farsa” o “sorteio” no STF que colocou nas mãos de Gilmar Mendes processo pedindo cassação da posse de Lula como ministro e o envio de seu processo para o juiz Sergio Moro.

Funcionaria assim: na semana que entra, o STF não irá se reunir por ser “semana santa” – sim, a Constituição diz que o Estado brasileiro seria “laico”.

A batalha de Stalingrado do impeachment

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Os alemães montaram uma blitzkrieg contra Stalingrado. Precisavam vencer rapidamente, caso contrário o inverno rigoroso jogaria contra a ocupação. Houve uma resistência heróica que segurou as tropas alemãs, expondo-as ao inverno russo. O fator tempo decidiu a batalha.

É um quadro muito similar ao brasileiro.

O casal de Aécio na Globo de Brasília

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:


“O Aécio me disse”: Andreia Sadi

Continuam a chegar a mim mensagens de jornalistas da Globo revoltados com as atitudes indecentes da emissora.

Todos me pedem anonimato, por razões óbvias: a Globo é vingativa e é poderosa.

Recorro mais uma vez, como no outro texto que escrevi sobre o tema, a letras para proteger os dissidentes.

Fascistas atacam sedes do PCdoB e do PT

No blog de Renato Rabelo:



Em mais um reflexo da campanha de ódio e intolerância fermentada pela oposição e pela mídia, a sede do PCdoB de Mato Grosso do Sul foi atacada na noite desta sexta-feira (18). De acordo com o presidente estadual do partido, Mario Cesar Fonseca da Silva, houve a tentativa de queimar a placa que fica em frente ao prédio, o que poderia ter resultado em um incêndio de maior proporção.

O povo disse: não vai ter golpe!

Editorial do site Vermelho:

A voz de milhões de brasileiros reverberou neste início de noite (18) com força, pelo país afora, dizendo: Não vai ter golpe!

Este brado vigoroso ecoou as palavras do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva no discurso pronunciado na manifestação ocorrida na avenida Paulista, em São Paulo.

Foi uma resposta firme e clara dos brasileiros ao golpismo da direita, dos conservadores, da mídia hegemônica e dos derrotados na eleição de 2014, os cardeais golpistas do PSDB e aliados.

sábado, 19 de março de 2016

A Paulista foi palco da democracia

Há grampos no Palácio do Planalto?


Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Enquanto rolava ontem a manifestação em defesa da democracia e contra o impeachment, o jornais destacavam mais uma "evidência" de que Lula só foi nomeado ministro para livrar-se de Sergio Moro. De algum lugar (advinha?) vazou um áudio em que o ainda ministro da Casa Civil Jacques Wagner ouve o presidente do PT, Rui Falcão, defender a ida de Lula para o Governo. Lula resistia, diz ele, mas estava sendo bastante pressionado a aceitar o convite de Dilma porque havia o risco de a juiza paulista acolher o pedido de sua prisão preventiva. A conversa ocorreu em 10 de março.

Irmãos Koch financiam os golpistas?

Gilmar, Moro e Globo: O golpe avança!

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Foi estranho ir para a Paulista, e não ver ninguém gritando: “morre, fulano”; “fechem o partido XX”; “deem um tiro na cabeça de YY”. Foi isso que eu havia visto nas manifestações dos chamados “coxinhas”, desde março de 2015.

Nesse dia 18 de março de 2016, ao contrário, não houve ódio. Na rua, mostrou-se a firme disposição de defender a democracia e as conquistas dos últimos 13 anos. Houve também a denúncia da ação de um juiz – Sérgio Moro – que rompeu com a lei e se transformou num baderneiro da Justiça. E houve o ataque firme ao golpismo descarado da Globo.

Mídia perdeu o controle de seus fascistas

Manifestante anti-PT em Brasília. Foto: Lula Marques
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Há cinco anos venho alertando para o perigo do crescimento da extrema-direita no Brasil. A concepção de que “contra o PT vale tudo” levou os meios de comunicação a alimentarem (de)formadores de opinião que, sob a desculpa da liberdade de expressão, se acham no direito de dizer barbaridades e incentivar o ódio à esquerda. Colunistas, articulistas e apresentadores reaças ganharam espaço na TV, em revistas e nos jornais. Todos eles exemplares da direita furiosa, que espuma pela boca. Perfeitos imbecis perfeitamente incorretos que acham normal justiceiros atarem menores infratores a postes ou que se acham no direito de perseguir minorias e defender as torturas na ditadura militar. São estes “exemplos” que estão influenciando nossos jovens e é isso que está se refletindo nas ruas e nas redes sociais, infestadas de agressores.

Sergio Moro, o juiz sobrenatural


Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Ontem, numa manifestação de advogados, Técio Lins e Silva, uma dos mais conhecidos advogados criminalistas do Brasil, deu à platéia uma informação essencial.

Disse que há uma portaria da Seção Judiciária Federal do Paraná que, há tempos, retira a 13a. Vara Federal do Paraná, onde atua Sérgio Moro, do sistema de distribuição processual de processos.

A confirmar-se isso, Sérgio Moro, ao contrário de 20 mil juízes do país, de todos os desembargadores de Câmaras Cíveis ou Criminais, de todos os ministros do STJ, do TST, do STM e até do STF, é juiz de uma única causa.

Sobre as manifestações contra o golpe

Foto: Jornalistas Livres
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Queridos e queridas leitoras, eu vou pedir a vocês um pouco de paciência.

Eu participei da manifestação de ontem, contra o golpe, e ainda estou processando as informações. Amanhã tentarei escrever um texto mais elaborado.

Hoje eu só queria deixar algumas impressões, rascunhadas um pouco às pressas.

Foi o maior evento político de que participei na vida.

Lula nas mãos de bandidos de toga

Por Osvaldo Bertolino, em seu blog:

É quase impossível que exista no mundo algum outro país em que juízes, desembargadores, ministros de tribunais superiores e integrantes do Poder Judiciário em geral apareçam tanto na mídia como acontece hoje no Brasil. Não é um bom sinal com certeza, sobretudo quando se considera o tipo de noticiário em que costumam aparecer. Ou é porque estão envolvidos em alguma trama política, como no julgamento da farsa do “mensalão”, ou ameaçando alguém com politicagem barata como fizeram os três patetas que pediram a prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio da Silva.

Para entender o caso Globo/FHC

Por Paulo Pimenta, na revista Teoria e Debate:

Apresentamos ao Ministério da Justiça e ao Ministério Público, eu e o deputado Wadih Damous (PT-RS), pedido de investigação sobre as relações entre a Globo, offshores (empresas de papel), a Brasif e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Nosso pedido foi subscrito por 25 outros parlamentares do PT e do PCdoB.

A trama é relativamente complexa. A ramificação tem como centro a Rede Globo. Mas o emaranhado começou a ser descoberto com a Mossack Fonseca, empresa sediada no Panamá.

Quem foi ao ato contra o impeachment

Por Felipe Campos Mello, na revista CartaCapital:

Na tarde de sexta-feira 18, manifestações em defesa da democracia, do governo Dilma Rousseff, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra o impeachment levaram milhares de pessoas às ruas do País.

Em São Paulo, cerca de 380 mil manifestantes caminharam em protesto pela Avenida Paulista, segundo os organizadores, e 95 mil de acordo com o Datafolha. Em todos os estados e no Distrito Federal houve manifestações semelhantes.