sexta-feira, 29 de abril de 2016

Janaína Paschoal simboliza a plutocracia

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Uma das tragédias de situações como a que o Brasil vive é ver nulidades como Janaína Paschoal ser alvo de torrenciais holofotes.

Não foi fácil suportá-la no Senado na noite de quinta, na comissão que discute o impeachment.

Num momento de autoempolgação, Janaína traiu sua confusão mental e seu antipetismo delirante. Ela disse aos senadores que, se eles não tirarem Dilma, teremos dezesseis anos de PT no poder.

Quem vai infernizar Temer?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A perfumada tropa de choque do golpismo na imprensa se dedica a “pré-desculpar” Michel Temer pelas dificuldades de seu governo de usurpação alegando que serão provocadas por uma decisão do PT de “infernizar” sua gestão.

Se fosse isso, Temer poderia ficar tranquilo, porque nos últimos tempos o PT não vem se caracterizando como eficiente nem mesmo em infernizar.

O Senado e a dimensão burlesca do golpe

Por Jeferson Miola

O pedido de impeachment defendido no Senado ontem, 28 de abril, pelos advogados do PSDB Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal, não seria sequer aceito para discussão em qualquer Parlamento digno e sério do mundo moderno.

Além disso, está por ser inventada uma republiqueta na face da Terra capaz de aceitar como válida para a deposição de uma Presidente eleita por 54.501.118 votos uma denúncia tão desqualificada apresentada daquela maneira tresloucada.

O golpe e a embaixadora dos EUA

Por Caco Schmitt, no blog RS-Urgente:

“O controle político da Suprema Corte é crucial para garantir impunidade dos crimes cometidos por políticos hábeis. Ter amigos na Suprema Corte é ouro puro”.

A afirmação não é de agora e nem de quem critica o STF por não prender o Cunha, por enrolar a posse do Lula etc. Foi feita há cinco anos pela pessoa que hoje é a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde. A diplomata exercia o cargo de embaixadora no Paraguai (de 2008 a 2011) quando se reportou ao governo norte-americano, relatando a situação do país. Ela deixou o cargo poucos meses antes do golpe que destituiu o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, mas deixou o caminho azeitado. Aqui no Brasil, no cargo desde outubro de 2013, esta personagem é cercada de mistérios e sua vinda pra cá, logo após o golpe parlamentar paraguaio, não foi gratuita.

Globo quer empurrar o golpe goela abaixo

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Nos protestos contra o golpe e pela democracia, tanto nas cidades brasileiras como em cidades estrangeiras, manifestantes sempre trazem cartazes e faixas contra a Globo. Jornalistas da emissora vêm enfrentando dificuldade para conseguir entrevistar manifestantes sem que a Globo se torne alvo do protesto.

Nas redes sociais, o desgaste de imagem da antes toda-poderosa Globo é maior ainda, o que explica em parte os inusitados 30 minutos que o ator José de Abreu teve para expressar suas opiniões no programa Domingão do Faustão do dia 24, contra o golpe perpetrado por corruptos contra uma presidenta honesta.

Quem vai prender os ladrões da merenda?

Por Marcos Aurélio Ruy, no site da CTB:

Desde janeiro, quando veio à tona o esquema de superfaturamento referente à merenda escolar em São Paulo, deputados estaduais da oposição ao governo de Geraldo Alckmin (PSDB) vêm colhendo assinaturas, sem sucesso, para a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o escândalo.

A União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes) tem feito diversas manifestações nas ruas e na Assembleia Legislativa do estado para pressionar os deputados a criarem a CPI, porque “roubar alimento de criança é crime por demais desumano”, diz Ângela Meyer, presidenta da Upes.

Folha imita Globo e esconde o golpe

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Depois do Globo, agora é a vez da Folha tentar falsear a realidade. Estão desesperados. O golpe midiático faz jus a seu próprio nome: tem de manter os zumbis em estado de alienação até o fim.

É muito louco. Nem Philip Dick, o famoso escritor de ficção científica, imaginaria uma trama tão sinistra.

'Panama Papers" e o dinheiro secreto

Por Frei Betto, no site da Adital:

Tudo que se passa dentro da casa, diz o Evangelho, será proclamado nos telhados. Agora aconteceu com 11,5 milhões de contas secretas guardadas, durante 40 anos, no escritório de advocacia Mossack-Fonseca, no Panamá. É o escândalo conhecido como Panama Papers.

São contas de offshore, que significa, em tradução livre, ‘negócios à parte’. Offshore é uma empresa legalmente constituída fora do país de quem investiu seu capital. Portanto, ter contas offshore não constitui crime.

Plano Temer e convulsão social

Por Guilherme Boulos, no site Outras Palavras:

O Brasil amanheceu nesta quinta-feira (28) com mobilizações em avenidas e rodovias de nove Estados. A jornada foi organizada pela Frente Povo Sem Medo e levou às ruas milhares de pessoas. Foi uma demonstração da resistência organizada ao descaminho que o Parlamento parece querer impor ao país.

Se de fato concretizar-se o golpe político em curso e a tentativa de aplicação do “Plano Temer”, o que ocorreu na manhã de hoje poderá se tornar rotina.

Anastasia manobrou recursos da saúde de MG


Por Patricia Faermann, no Jornal GGN:

A presidente Dilma Rousseff é alvo de impeachment com base em dois motivos: por emitir seis decretos de crédito suplementar e pela denominada "pedalada fiscal" no ano de 2015. O parlamentar eleito para produzir o relatório que julgará a presidente da República no Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), é alvo de uma ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF) por prática de manobras contábeis, durante a sua gestão no governo de Minas Gerais, desviando junto com o mandato de Aécio Neves mais de R$ 14 bilhões destinados à saúde para outros investimentos, e maquiando as contas do orçamento do Estado até 2013. Entenda cada uma das acusações que, de um lado, foi brecada na Justiça Federal de Belo Horizonte e, de outro, pode destituir o poder da Presidência.


Senadores censuram Nobel da Paz

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Prêmio Nobel da Paz de 1980, o argentino Adolfo Pérez Esquivel, de 84 anos, teve sua fala no Senado censurada a pedido de senadores da oposição, após denunciar que há uma tentativa de golpe no Brasil. “Venho ao Brasil trazendo a solidariedade e o apoio de muita gente na América Latina para que se respeite a continuidade da Constituição e do direito do povo de viver em democracia. Há grandes dificuldades de um golpe de Estado, que já aconteceu em outros países do continente, como Honduras e Paraguai. Espero que saia o melhor deste recinto para o bem da democracia e da vida do povo do Brasil”, disse Esquivel, da tribuna da Casa.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Brasil em chamas contra o golpe

Foto: Jornalistas Livres
Por Altamiro Borges

Os golpistas nativos - alguns deles teleguiados pelos "falcões" dos EUA - achavam que repetiriam no Brasil a mesma experiência dos "golpes suaves" no Paraguai e Honduras, sem enfrentar resistências. Eles menosprezaram a capacidade de reação das esquerdas sociais e políticas do país, que a cada dia intensificam as mobilizações e deixam explícito que não aceitam o impeachment de Dilma e, muito menos, o governo ilegítimo de Michel Temer, o Judas, e Eduardo Cunha, o chefão da máfia. Nesta quinta-feira (28), o #BrasilEmChamas" mostrou que não haverá a paz do cemitério, com o bloqueio de estradas e avenidas e a paralisação de várias universidades. Vão amadurecendo as condições para a realização de uma poderosa greve geral no Brasil em defesa da democracia e dos direitos sociais.

Um traidor para chamar de seu

Por Jandira Feghali

É sabido que a História não perdoa os traidores. De Brutus a Silvério dos Reis, a traição figura com uma marca registrada: o poder a qualquer custo. Diz o ditado popular que por trás de todo grande líder há sempre um grande traidor, e a presidenta Dilma Rousseff já tem um para chamar de seu: Michel Temer.

O vice mente quando diz estar em silêncio e que apenas acompanha o processo de impeachment, quando, nas últimas semanas construiu ardilosamente um governo virtual e acenou com espaços de poder aos aliados de plantão. Enterra, assim, sua biografia ao desonrar o posto que ocupa com articulações para uma possível e ilegítima gestão fruto de armações.

Um golpe, na mais perfeita “normalidade”

Por Celso Vicenzi, em seu blog:

Jornalistas e colunistas brasileiros amestrados (fazem direitinho o que os patrões querem) se recusam a ver sinais de golpe no impeachment que não conseguiu demonstrar crime de responsabilidade da presidenta Dilma Roussef. Oscilam entre a tese equivocada de que impeachment é apenas um ato político, o que é falso, pois tem também um componente jurídico, como já alertou o ministro Marco Aurélio Mello, e o argumento de que o STF tem legitimado tudo o que está acontecendo. E que portanto, o golpe (ôps, eles preferem impeachment), acontece dentro da mais perfeita “normalidade”. É certo que alguns ministros do STF possam divergir de Marco Aurélio Mello, mas se consultarem direitinho a Constituição, terão que apelar para malabarismos jurídicos para fugir à obviedade. Embora, claro, sempre possível e ao alcance da literatura jurídica , misturado a uma certa dose de irresponsabilidade.

Pepe Mujica no Barão de Itararé

A segunda guerra pelo 'Mais Médicos'

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Convocada para amanhã, no Planalto, a cerimônia de assinatura de uma Medida Provisória para proteger o programa Mais Médicos deve transformar-se num primeiro ato em defesa de um das melhores heranças de Dilma Rousseff, colocada sob ameaça por um eventual governo Michel Temer.

Criado por Dilma em 2013, como uma resposta coerente aos imensos protestos ocorridos no primeiro semestre daquele ano, o Mais Médicos atende 63 milhões de brasileiros e tornou-se um dos mais bem sucedidos programas sociais em vigor no país depois da chegada do condomínio Lula-Dilma no Planalto. O índice de satisfação da população beneficiária, residente em áreas carentes e pontos remotos, fica próximo do absoluto.

Impeachment e o financiamento de campanha

Por Tiago Camarinha Lopes, no site Brasil Debate:

A decisão tomada pela Câmara dos Deputados, seguindo o relatório de Jovair Arantes favorável à abertura do processo de impeachment, é uma mudança de etapa significativa no processo de polarização política em curso no Brasil desde 2013. Ela divide um antes e um depois bastante nítidos: até agora a discussão política podia ser esboçada de modo bastante caricato conforme os dois grupos antagônicos que se formaram ao longo do tempo desde as jornadas de junho de 2013, os “coxinhas” e os “mortadelas”.

O impeachment e a sua agenda oculta

Por Marcos Verlaine, no site do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap):

Muito tem se falado e especulado sobre um possível governo do PMDB, sob Temer, que vai diminuir drasticamente os investimentos em áreas sociais do atual governo. Resultado de mais de uma década de importantes políticas públicas de empoderamento dos mais pobres, como moradia popular, eletrificação, ingresso em cursos superiores, bolsas para formação técnico-profissional (Pronatec), Fies, Farmácia Popular, Ciências sem Fronteiras, dentre outras.

Senado repetirá o vexame da Câmara?

Editorial do site Vermelho:

O Senado Federal prepara-se para decidir sobre o acatamento da absurda decisão da Câmara dos Deputados, que estarreceu os brasileiros e o mundo, e deliberar sobre o andamento do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff.

O rito está definido e cabe ao Senado decidir, inicialmente, se instala o processo de impeachment em duas votações, a primeira na Comissão Especial e a segunda no plenário. Admitido o processo, a presidenta legalmente eleita é afastada e seu lugar assumido pelo vice, sem votos, Michel Temer, que passará a comandar a Presidência da República até o julgamento final do processo, que pode ocorrer seis meses depois.

Temer é a esperança da bancada BBB

Por José Antonio Lima, na revista CartaCapital:

A ascensão de Michel Temer à Presidência da República, a ser confirmada pelo Senado até a metade de maio, pode propiciar um ambiente favorável para a chamada bancada BBB (Boi, Bala e Bíblia). Forças altamente relevantes no Congresso mais conservador desde de 1964, parlamentares evangélicos, ruralistas e ligados à segurança pública preparam uma coleção de pautas polêmicas para serem aprovadas até 2018, muitas das quais não têm apoio do PT e do governo Dilma Rousseff.