sexta-feira, 15 de julho de 2016

Privatização: a lógica da Casa Grande

Por Laura Carvalho, no site Outras Palavras:

O ministro interino da Fazenda, Henrique Meirelles, em declaração ao jornal O Estado de S. Paulo do dia 9/7/2016, afirmou que, para equilibrar as contas públicas, “o plano A é o controle de despesas, o B é privatização, e o C, aumento de imposto”.

Algum demagogo de plantão, habituado a seduzir eleitores incautos pela explicação do Orçamento da União a partir da dinâmica do orçamento doméstico, poderia aproveitar-se facilmente do roteiro proposto pelo ministro para desfazer qualquer esperança da população quanto a dias melhores na economia.

O que fazer para combater o desemprego?

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Brasil Debate:

O desenvolvimento econômico visa a gerar bem-estar e qualidade de vida. A política econômica precisa buscar, entre outros objetivos, gerar empregos e aumento real da renda do trabalho. A economia política do desenvolvimento deve se orientar pela centralidade do trabalho como produtor e organizador da vida social.

As crises econômicas, recorrentes no capitalismo, travam o sistema produtivo, destroem os empregos, arrocham a renda do trabalho e desorganizam a vida em sociedade, gerando insegurança, precarização, pobreza e bloqueando a construção do futuro.

A primeira reforma previdenciária de Temer

Por Luiz G. Capitani e S. Reimann, no site Sul-21:

Foi publicada em 08/07/2016 a Medida Provisória nº 739/2016, que promove severas e preocupantes modificações na Previdência Social.

Diferentemente das leis de modo geral, a medida provisória é um ato exclusivo do Presidente da República que deveria ter por finalidade disciplinar matérias de relevância e urgência, através da qual são gerados efeitos antes mesmo de sua apreciação pelo Congresso Nacional.

Embora a medida publicada seja apresentada como uma forma de redução de fraudes, a sua leitura atenta conduz a outra conclusão, especialmente se prestarmos atenção ao seu artigo 11 que quase passa despercebido em meio aos debates.

A disputa pelo pré-sal brasileiro

Por Ricardo Maranhão, na revista Caros Amigos:

O pré-sal é um conjunto de rochas carbonáticas, situadas no litoral brasileiro, com grandes acumulações de óleo e gás. Sobre estas rochas foi depositada, a milhões de anos, uma extensa camada de sal que pode ter até dois mil metros de espessura. A profundidade total dessas rochas é de até 8000 metros, em relação à superfície do mar, onde a lâmina d’água é superior a dois mil metros.

O pré-sal constitui uma nova fronteira exploratória, com características inéditas. Empresas multinacionais estão explorando áreas semelhantes, na Costa Ocidental da África. Algumas aproveitando o aprendizado obtido nas parcerias com a Petrobras. Registro que o pré-sal é uma das maiores, senão a maior, descoberta de petróleo, no mundo, nos últimos 20 anos.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Carta aberta a Gilmar Mendes

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Esta é mais uma da série de cartas abertas aos golpistas. No futuro, é possível que elas sejam reunidas num livro.

Caro ministro Gilmar:

O senhor desonra a Justiça. É a pior espécie de juiz que pode existir: aquele que se move por razões políticas. Sabemos antecipadamente qual será seu voto quando se trata de um tema político. Isto, em si, é uma afronta à dignidade da Justiça.

O que significa a vitória de Rodrigo Maia

Da revista CartaCapital:

A vitória de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados representa o triunfo da antiga oposição àpresidenta afastada Dilma Rousseff. Eleito com o apoio do PSDB, do PPS, do PSB e, obviamente, do DEM – além de setores do PT –, Maia coloca partidos tradicionais no centro do poder e garante sobrevida à própria sigla.

O primeiro compromisso do novo presidente da Câmara foi uma visita ao presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves(MG), na manhã desta quinta-feira 14. Após o encontro, Maia disse que o tucano foi fundamental para sua vitória.

O mercado das delações da Lava-Jato

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Notícia de ontem, no site da Folha, dá conta de uma gravação de áudio anexada a um dos processos da Lava Jato no STF na qual é revelado o funcionamento de um verdadeiro mercado de delações. Na gravação, Alexandre Margotto, ex-sócio de Lúcio Bolonha Funaro, acusado de ser operador de Eduardo Cunha, pede dinheiro para não delatar Funaro: "Eu quero estar do lado do Lúcio e que ele não me desampare financeiramente nem juridicamente. Mas eu já quero cem pau agora, R$ 100 mil".

Os indícios de que JK foi assassinado

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Por ocasião da instalação das comissões da verdade - sobre a ditadura - um grupo de acadêmicos das Faculdades de Direito da USP e Mackenzie montaram um grupo de trabalho visando apurar as circunstâncias da morte do ex-presidente Juscelino Kubitscheck.

A proposta de trabalho foi apresentada à Comissão da Verdade nacional. Não houve interesse. Segundo os integrantes do GT, houve resistência do advogado Pedro Dallari em abrigar os estudos.

O PT e a ilusão do ‘menos pior’

Por Jeferson Miola

A política no Brasil só não alcançou o fundo do poço porque a canalhada golpista sempre pode lançar mão de algum truque ainda mais baixo.
Vale recordar que aos olhos do mundo, a sessão de votação do impeachment na Câmara dos Deputados foi considerada "uma assembléia geral de bandidos comandada por um bandido chamado Eduardo Cunha".

É vergonhoso anotar que, em pleno século 21, a Câmara dos Deputados da sétima economia planetária escolheu entre Rodrigo Maia e Rogério Rosso o sucessor do gângster psicopata Eduardo Cunha.

Direita completa ciclo do assalto ao poder

Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:

A eleição do presidente da Câmara dos Deputados para o período remanescente até fevereiro de 2017, em decorrência da renúncia de Eduardo Cunha, foi um dos episódios mais deprimentes da vida política brasileira.

A disputa foi decidida entre partidos e lideranças de direita, agrupamentos golpistas que derrubaram a presidenta Dilma: as candidaturas de Rodrigo Maia, o vencedor, e Rogério Rosso, fragorosamente derrotado.

Carta da Coalizão de Direitos na Rede

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Durante a plenária final do IV Fórum da Internet no Brasil, realizado nos dias 11, 12 e 13 de julho, em Porto Alegre/RS, a Coalizão Direitos na Rede divulgou sua carta de lançamento e deu início à campanha #InternetSobAtaque. O documento também foi entregue, em forma de carta, ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).

Lida por Renata Mielli (Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé), Marcos Urupá (Intervozes) e assinada por diversas entidades, a carta alerta para a importância de temas como a proteção de dados pessoais e os ataques aos direitos à privacidade e à liberdade de expressão. O texto também denuncia as constantes violações ao Marco Civil da Internet, que funciona como uma constituição da Internet no Brasil.

O uso da TV nas eleições

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

Dois dias antes do plebiscito que definiu a saída do Reino Unido da União ­Europeia, um debate entre defensores das duas propostas em disputa reuniu 6 mil pessoas na Arena de Wembley, em Londres. A realização foi da BBC, a emissora pública britânica que, além dos debatedores, três de cada lado, incluiu entrevistas com o público e convidados. Nas bancadas estavam, entre outros, o ex e o atual prefeito de Londres, defendendo posições antagônicas.

Precisamos de um novo ‘O petróleo é nosso!

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Para quem acredita na lenda de que a Petrobras encontra-se à beira de um abismo sem salvação, o mês de junho de 2016 encerrou-se com uma notícia surpreendente.

A produção de petróleo e gás cravou um novo recorde mensal na história da empresa. Atingiu a marca de 2,90 milhões de barris equivalente por dia (boed), um avanço de 2% em relação à melhor marca anterior, de agosto de 2015, que chegou a a 2,88 milhões boed. Num dado que permite entender a cobiça internacional, que está por trás do irresponsável projeto de mudança de regras em curso no Congresso, a produção do Pré-Sal cresceu 8% em relação ao mês anterior, o que também representa um novo recorde mensal, ao alcançar o volume de 1,24 milhão boed.

A corrupção na política é tema de debate

A vitória de Temer e sua derrota

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Abelardo Barbosa, o Chacrinha, tinha um bordão genial em sua A Hora da Buzina, programa de calouros: o programa que (só) acaba quando termina.

É bom lembrar disso quando se examinar a inegável vitória de Michel Temer ontem, com a eleição de Rodrigo Maia como presidente da Câmara dos Deputados.

O “pacote de maldades” pós-setembro terá tramitação muito facilitada, porque é o próprio programa da dupla PSDB-DEM: desnacionalização e supressão de direitos trabalhistas.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Professora é punida por ensinar Karl Marx

Por Marcos Ruy, no site da CTB:

A professora de sociologia Gabriela Viola foi afastada pela Secretaria Estadual de Educação do Paraná porque pediu um trabalho sobre o que os alunos haviam entendido de sua aula sobre o pensador alemão Karl Marx (1818-1883).

Justamente porque os alunos de primeiro ano B do ensino médio fizeram um vídeo muito criativo com uma paródia do funk "Baile de Favela", do MC João, e o postaram na internet.

Temer prepara o maior desmonte do Brasil

Editorial do site Vermelho:

O dia 12 de maio, há exatos dois meses, ficará no calendário como a data aziaga em que o golpe em curso alçou Michel Temer à presidência da República.

Mesmo sendo interino – pois Dilma Rousseff, eleita em 2014 com 54,5 milhões de votos, mantém a titularidade da presidência da República – Temer age com a desenvoltura de um presidente efetivo e deu início ao maior desmonte do Estado já visto na história.

Quanto custa o oligopólio midiático?

Do site Carta Maior:


Mais um capítulo da campanha do oligopólio midiático contra a mídia alternativa. A batalha “David contra Golias”, conforme cunhou o professor Venício Lima, parece não ter fim.

Na última semana, em uma série de reportagens assinadas pelo jornalista Fernando Rodrigues, o Portal UOL divulgou os números da publicidade federal nos veículos de comunicação.

"Jornada pela democracia" está na reta final

Um Nuremberg para Bush e Tony Blair

Por Robert Fisk, no site Outras Palavras:

Acho que um julgamento em Nuremberg seria melhor local para analisar as minúcias dos crimes Blair-Bush que todos os britânicos cometemos ao ir à guerra no Oriente Médio. Causamos a morte de mais de meio milhão de pessoas, a maioria das quais muçulmanos, tão completamente inocentes quanto Blair foi culpado. Uma corte semelhante à de Nuremberg poderia concentrar-se mais detidamente no caso das massas árabes vítimas de nossa odiosa expedição criminosa, que na culpa hedionda e na “profunda lástima” – palavras dele, claro – do ex-primeiro-ministro, Lord Blair.