domingo, 6 de novembro de 2016

A demolição da Justiça do Trabalho

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Desde alguns dias, este blog vem denunciando que o consórcio Executivo-Legislativo-Judiciário (afinal, que sentido faz, hoje, falar em independência dos poderes?) para demolir a Justiça do Trabalho, conquista social da Era Vargas que sempre foi objeto do ódio do patronato.

Por isso, acha importante publicar a carta aberta que a Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas publicou em seu site, e é gravíssima, porque denuncia a ação do próprio presidente do Tribunal Superior do Trabalho para desqualificar a justiça do Trabalho como “parcial”.

Veja inventa "fuga de Lula"

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

No dia 14 do mês passado, no começo da tarde, este Blog denunciou que estava sendo preparado um espetáculo em torno de suposta prisão arbitrária que Lula sofreria por parte da Lava Jato. O argumento que seria usado para prendê-lo: ele pretenderia “obstruir a Justiça” e, assim, haveria que prendê-lo para proteger as investigações.

Clique aqui para ler a matéria



Contra a criminalização do movimento social

Editorial do site Vermelho:

A ação da polícia na manhã desta sexta-feira (4) foi truculenta; a repressão invadiu uma escola ligada ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em São Paulo, e agiu contra a mesma organização popular no Paraná e no Mato Grosso do Sul. E demonstra a mesma sanha quando classifica como “baderneiros” os estudantes que, pacificamente, ocupam escolas em protesto contra medidas conservadoras pretendidas pelo o governo ilegítimo.

A escalada da repressão é intolerável. Ela resulta da intolerância crescente no Brasil desde o golpe consumado em 31 de agosto, que depôs a presidenta eleita Dilma Rousseff e alçou a seu lugar o ilegítimo Michel Temer.

sábado, 5 de novembro de 2016

‘Coxinhas’ exigirão impeachment de Skaf?

Por Altamiro Borges

Novamente enrolado com a Justiça, o marqueteiro Duda Mendonça parece que resolveu ligar o ventilador no esgoto. Ele sinalizou aos chefetes da midiática Lava-Jato que deseja fazer “delação premiada” para tentar escapar de novos constrangimentos legais. A primeira vítima da sua deduragem já foi confirmada: é o “ético” Paulo Skaf, o homem dos patos amarelos que preside a Federação das Indústrias de São Paulo e foi candidato pelo PMDB ao governo de São Paulo. Confirmada a delação, será que os fascistas mirins voltarão a acampar diante do prédio da entidade patronal? Será que os “coxinhas” levarão seus patinhos amarelos para exigir o impeachment do eterno presidente da Fiesp?

Preta Gil e os racistas da mídia

Foto do site de Preta Gil
Por Altamiro Borges

Nesta terça-feira (1), a Polícia Civil de Sorocaba, no interior de São Paulo, finalmente deteve o casal de adolescentes que postou na internet ofensas racistas contra a cantora Preta Gil, em julho deste ano. A mãe da jovem também foi presa. Todos foram encaminhados à Delegacia de Investigações Gerais (DIG) para prestar esclarecimentos e foram liberados. Os menores podem ser punidos com medidas socioeducativas. Já a mãe da menor, se condenada, está sujeita à pena de dois a cinco anos de prisão. Os envolvidos no caso, que teve forte repercussão na mídia, foram localizados por meio do endereço de IP do computador.  Segundo o delegado Acácio Aparecido Leite, titular da DIG, o trio faz parte da chamada "Máfia Maliciosa", um grupo que costuma postar mensagens racistas nas redes sociais.

Aposentado vai pagar o pato do golpe!

Por Altamiro Borges

Nas marchas golpistas pelo "Fora Dilma", em vários cantos do país, era possível observar a presença expressiva de pessoas idosas com as suas camisetas amarelas da "ética" CBF. Muitos delas já deviam estar curtindo a aposentadoria ou estavam próximas de gozar deste direito. Com base nas informações que pipocaram na mídia nos últimos dias, parte desta turma ruidosa deve estar com a sensação de que fez o papel de otária e serviu de massa de manobra aos que sempre desejaram estuprar esta conquista. Do ventre do covil golpista de Michel Temer partem propostas para elevar a idade da aposentadoria e também a contribuição previdenciária. Na semana passada, um novo fantasma surgiu no horizonte. O governo ilegítimo cogita obrigar os que já estão aposentados a pagar pela sua aposentadoria.

O congresso dos juízes no resort baiano

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Encontre o erro nesta frase:

Uma empresa com extenso passivo judicial que inclui condenações por crimes ambientais, trabalhistas e fiscais patrocina um evento da Associação de Magistrados Brasileiros, AMB, que reúne cerca de 1200 juízes em um resort de Porto Seguro.

Nada?

A tal companhia, Veracel Celulose, fica ao sul da Bahia. Informa o Globo que ela tem uma vasta área de plantio de eucalipto, uma planta industrial para produção de celulose e um terminal marítimo.

Desligue a TV e leia um livro

Por Wellington Calasans, no blog Cafezinho:

Li num recente artigo do jornalista e escritor sueco Erik Wijk para uma publicação deste país nórdico, chamada Flamman, “Sobre a necessidade humana de simplificar” (tradução livre do sueco para o português de “Om ett mänskligt behov av att förenkla”), que estamos habituados a receber interpretações mastigadas. Para Wijk, na crítica ao modo simplista de informar e receber informações, “não há necessidade de palavras extravagantes”, pois “a simplificação é pedagogia, eficaz e indispensável na propaganda”.

O Estado autoritário dá mais um passo

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Os que podem falar, comecem a fazer isso antes que seja tarde. O Estado autoritário está se conformando entre nós diante de um grande silêncio. Ele começa a existir quando seus agentes deixam de submeter-se aos regramentos jurídicos do Estado Democrático na relação com indivíduos e com as organizações da sociedade, que podem ser empresas, sindicatos, movimentos sociais ou organizações corporativas. Já foram muitas as evidências de que estamos transitando para um Estado autoritário, de exceção, com agentes diversos violando garantias e ultrapassando as fronteiras do ordenamento legal democrático. A invasão da Escola Nacional Florestam Fernandes, do MST, foi mais uma exemplo desta escalada. Poucos têm se manifestado. Muitos podem se arrepender.

Marxismo, luta de classes e questão racial

Por Augusto C. Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:

O “racismo moderno” foi aquele que se desenvolveu ao lado da expansão mundial do sistema capitalista. Estava ligado à retomada do projeto colonial sob novas bases. O capitalismo, precisando de novas fontes de matérias-primas e de mercados, voltou-se para os continentes africano e asiático. Foi nesse momento que começaram a ganhar força as ideias racistas. Mas, a ideologia racista da segunda metade do século 19 não poderia ter por base os mesmos elementos da ideologia preconceituosa da Idade Média, em geral de caráter religioso, ou do início do capitalismo comercial nos séculos 16 e 17.

Alvos de violência, jovens mantêm ocupações

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Por Sarah Fernandes, na Rede Brasil Atual:

Enfrentando pressão da Justiça e episódios violentos com movimentos conservadores, jovens constroem, há um mês, o que já pode ser considerado a maior mobilização estudantil da história do país. Contrários à reforma do ensino médio, prevista na Medida Provisória 746, e contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que congela por 20 anos os investimentos do governo federal, ambas propostas de Michel Temer, eles chegaram a ocupar 1.197 escolas em 21 estados na semana passada.

Invasão da escola do MST e silêncio da mídia

Por Renato Rovai, em seu blog:

Não é só impressionante como revelador o silêncio de todos os portais, TVs, rádios e quetais do que se convencionou chamar de mídia golpista acerca da invasão da Escola Florestan Fernandes, do MST.

O silêncio é tanto conivente quanto envergonhado. Afinal, não há como tratar do assunto sem dizer que todos os direitos foram violados nesta invasão.

Os policiais não tinham mandado de busca e apreensão e chegaram atirando, como se pode ver em vários vídeos e fotos circulando nas redes e mesmo em matérias desta Fórum.

Os bilionários querem "reformar" o ensino

Por Helena Borges, no site The Intercept-Brasil:

Na primeira audiência pública feita no Congresso para debater a reforma do ensino médio, na terça-feira, dia 1º, as ocupações foram um dos temas abordados. Contudo, as falas de alguns parlamentares são o desenho perfeito da falta de compreensão das demandas feitas pelos estudantes.

“Eu não consigo entender as motivações contra a reforma do ensino médio", disse o deputado Thiago Peixoto (PSD-GO). Talvez, se eles tivessem mais voz nesse debate, não fosse tão difícil compreendê-los.

Em oposição à total surdez para com os estudantes, os parlamentares são todos ouvidos para outro grupo: os representantes de bilionários presidentes de fundações educacionais. Para as audiências públicas que estão por vir foram convidados sete representantes de fundações e institutos empresariais.

FHC, candidato do golpe dentro do golpe

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Já era possível desconfiar que havia algo de muito suspeito no balanço triunfal dos analistas conservadores após a contagem dos votos das eleições municipais.

O mistério se desfez na manhã de hoje, quando o economista Xico Graziano, um dos principais assessores de Fernando Henrique Cardoso ainda no Planalto, lançou a candidatura de FHC à presidência, através do artigo "Volta, FHC", publicado na página 3 da Folha.

Não estamos falando de eleições diretas, que sempre fizeram parte do figurino da democracia no Brasil, e representam, hoje, a solução legítima para o impasse político do país.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Mídia agora confirma fiasco da economia

Por Altamiro Borges

A imprensa golpista apostou todas as suas fichas no terrorismo econômico durante o governo Dilma e vendeu a ideia aos "midiotas" de que bastaria aprovar o impeachment para o Brasil voltar a crescer. Após o afastamento temporário da presidenta eleita, em maio, os urubólogos deixaram o pessimismo de lado e passaram a difundir apenas mensagens otimistas sobre a retomada da economia. Antes, eles afirmavam: está ruim e vai piorar; o país está a beira do inferno. Depois, como por milagre, os porta-vozes do covil golpista de Michel Temer firmaram um coro: está ruim, mas vai melhorar; o Brasil vai ingressar no paraíso, com a volta dos investimentos privados, a "retomada da confiança do mercado" e o acerto das contas públicas. Este vergonhoso chapa-branquismo, porém, não resistiu à realidade!

STF vai destruir os direitos trabalhistas?

Por Juvandia Moreira

O Supremo Tribunal Federal (STF) tem um importante papel na próxima semana. Dia 09 de novembro está marcado o julgamento de um recurso que trata da contratação de funcionários terceirizados por uma empresa de celulose (Cenibra). A decisão da corte vai afetar milhões de empresas e trabalhadores porque trata da legalidade da terceirização para atividade-fim das empresas e servirá de base para todas as decisões judiciais semelhantes, definindo se é legal ou ilegal precarizar as condições de trabalho no Brasil.

Ajuste fiscal de Temer pune os pobres

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Em recente viagem à Índia, Michel Temer foi perguntado pela BBC Brasil sobre o motivo de ter escolhido um ajuste fiscal (congelar verbas sociais por 20 anos) que pune os pobres e poupa os ricos. Respondeu que a crítica “não tem procedência” e que “não há nenhuma perseguição aos mais pobres”. Uma explicação pouco convincente, segundo certos economistas, incluindo o conselho federal da categoria.

Para eles, o congelamento sacrificará os mais pobres, ao afetar serviços públicos como saúde, educação e assistência, áreas que no presente ajudam a promover um mínimo de proteção social e igualdade e que no futuro terão menos recursos. Uma avaliação que explica por que os aliados do presidente no Congresso fazem a proposta avançar a toque de caixa, sem muita discussão.

A crise de projetos da elite

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A série britânica Black Mirror é uma excelente crítica desses tempos de redes sociais estimulando o aparecimento da besta, os consensos em torno de chavões e lugares-comuns, um profundo processo de emburrecimento não apenas do cidadão médio mas também da elite.

Mal comparando, reflete o estilo corporativo das empresas que miram apenas o resultado trimestral, perdendo de vista o foco estratégico da companhia.

Dois casos são sintomáticos.

PEC do Teto e o apagão midiático

Por Keila C. Gonçalves Rosa, no site Brasil Debate:

Na última segunda-feira, dia 24 de outubro, aconteceram várias manifestações em diversas capitais e cidades do país, como Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte, Porto Alegre, Angra dos Reis, Ouro Preto etc [1]. Os protestos eram contra uma Proposta de Emenda à Constituição – PEC 241. A proposta, que foi elaborada pelo Governo Federal, já foi aprovada pela Câmara dos Deputados e agora tramita no Senado como PEC 55, quer que os gastos do governo sejam corrigidos, no máximo, pelo percentual da inflação do ano anterior pelas próximas duas décadas, fato que deixou muita gente preocupada. A proposta é adotada como Novo Regime Fiscal, considerado pelo atual Presidente da República, Michel Temer, como uma medida capaz de solucionar a crise econômica que atinge o país.

Os juros, a dívida pública e o caos

Por Paulo Kliass, na revista Caros Amigos:

O governo Temer e os meios de comunicação estão promovendo uma enorme amplificação de tudo daquilo que o financismo sempre procurou incutir no interior da sociedade. Falo aqui do verdadeiro catastrofismo criado em torno da suposta falência iminente do Estado brasileiro, caso não sejam adotadas as inúmeras medidas do garrote fiscal apresentadas pela equipe de Henrique Meirelles.

O todo-poderoso comandante da turma da economia não desiste jamais e mantém sua conhecida insistência monocórdica no tema do ajuste redutor de direitos. É bem verdade que a lista das maldades propostas é tão longa quanto perigosa: reforma da previdência, reforma trabalhista, privatização das empresas que ainda permanecem como estatais, redução das despesas orçamentárias de natureza social, entre tantas outras.