terça-feira, 8 de novembro de 2016

A nova vitória de Daniel Ortega na Nicarágua

Por Max Altman, no site Opera Mundi:

A oligarquia e a oposição nicaraguense, respaldada pela grande imprensa local e internacional, alardearam aos quatro ventos que a abstenção seria de 70 a 80% a significar a rejeição da população ao regime sandinista. Mas o povo acorreu em massa às urnas, numa proporção de 68,2%, um recorde histórico num país em que o voto é facultativo. Para efeito de comparação, nos Estados Unidos o comparecimento raramente chega a 50%.

Garantiram também que o pleito estaria cheio de irregularidades, de fraude, de voto forçado, de intimidação de eleitores. Nada disso aconteceu. As eleições foram limpas, justas, transparentes e tranquilas. Não se tem notícia de qualquer incidente.

A meritocracia do vereador do MBL

Por Joselicio Junior, no site dos Jornalistas Livres:

A ideia de uma sociedade livre, onde cada indivíduo a partir do seu próprio esforço deve construir a sua trajetória, é bastante sedutora. Afinal, somos todos humanos e capazes, portanto, podemos chegar onde quisermos e senão atingir os objetivos estabelecidos, a culpa é única e exclusivamente sua. O Estado, estruturado por 3 poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário, deve ter leis rígidas e claras: todos cidadãos devem ser tratados igualmente perante a lei.

Esses são alguns parâmetros do conceito do Liberalismo, que forma o discurso eloquente do mais novo vereador eleito pela cidade de São Paulo, Fernando Holiday, que já anunciou em suas redes sociais que suas primeiras medidas serão o combate ao vitimismo, fim das cotas raciais em concursos públicos e a revogação do dia da Consciência Negra.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Justiça tucana engole a cratera do Metrô

Por Altamiro Borges

No final de outubro, a Justiça de São Paulo - famosa por sua ligação carnal com o tucanato - decidiu inocentar todos os 14 acusados pela morte de sete pessoas na cratera que se abriu na obra da linha 4-amarela do metrô. A tragédia ocorreu faz quase dez anos e até hoje ninguém - seja da empreiteira ou do governo paulista - foi punido. Geraldo Alckmin, o grão-tucano que pretende disputar a presidência da República em 2018, sequer foi incomodado pela desgraça. Afinal, para o judiciário amigo e para a mídia venal ele é um "santo" - não aquele que surge nas planilhas de propina da Odebrecht. A decisão de inocentar os acusados é um verdadeiro escárnio e até gerou tímidas críticas na imprensa. Mas elas logo sumiram do noticiário nos jornalões e nas telinhas da televisão.


Jovens já assistem mais YouTube do que TV

Por Altamiro Borges

A brecha tecnológica da internet está, de fato, bagunçando o modelo de negócio da mídia tradicional. E não só dos meios impressos - com a falência de jornais e revistas, a queda crescente de tiragens e as demissões de jornalistas. As emissoras de tevê - tanto abertas como a cabo - também estão sentido os efeitos desta mutação. Em meados de outubro, a colunista Keila Jimenez, do R-7, postou uma matéria que evidencia a gravidade da crise. Ela trata dos impactos do YouTube na TV paga dos EUA - mas ajuda a prever o futuro sombrio e não tão distante das emissoras no Brasil. Vale conferir:

Filha de Alckmin e o 'palácio da princesa'

Por Altamiro Borges

A mídia chapa-branca, alimentada pelas fortunas em publicidade oficial, pelos pacotes de assinaturas e por outras regalias inconfessáveis, sempre blindou o governador Geraldo Alckmin (PSDB) - o que ajuda a explicar a sua hegemonia de quase duas décadas em São Paulo, confirmada novamente nas eleições municipais deste ano. Até os escândalos mais vergonhosos viram motivo de fofocas servis nos jornalões, revistonas e emissoras de rádio e tevê. Neste sábado (5), a coluna Radar, da decadente revista Veja, postou mais uma notinha carinhosa - e minúscula - sobre os hábitos aristocráticos do grão-tucano, que transformou a sede do governo paulista em um "palácio da princesa":

Ocidente flerta com o Estado Policial

Por Ignacio Ramonet, no site Outras Palavras:

No marco das eleições presidenciais na França, previstas para abril de 2017, os candidatos da direita competem na promoção de um catálogo de “medidas antiterroristas”, que ameaçam o caráter da República. Alguns dirigentes reclamam inclusive da criação de centros de detenção inspirados na prisão de Guantánamo.

Submetida a uma onda de odiosos atentados jihadistas há quase dois anos, a nação francesa vê uma série de dirigentes políticos de direita e de extrema direita competirem ao propor, em nome de uma “guerra santa contra o terror”, um catálogo de “medidas antiterroristas” que, sem garantir o fim da violência, poderiam colocar em perigo o caráter democrático da Republica.

O triste fim dos grupelhos golpistas


Por Mauro Donato, no blog Diário do Centro do Mundo:

Ela se contrapõe a Olavo de Carvalho. Critica fortemente Janaína Pachoal. Compartilha um meme que diz facilitar a vida das pessoas ao indicar ‘personalidades’ que devem ser bloqueadas: Kim Kataguiri, Reinaldo Azevedo, Fernando Holiday, Gilmar Mendes.

Desce a lenha nos movimentos que arquitetaram o impeachment. Uma “esquerdopata”, certo? Nada disso. Trata-se de Daniela Schwery, uma ativa participante desses mesmos movimentos, que divulgava vídeos dessa essa turma toda e era defensora desse pessoal até ontem. O que está ocorrendo com a direita ‘vencedora’?

Mídia mercenária. O golpe compensa!

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Follow the money.

De vez em quando a frase, pronunciada pelo "Garganta Profunda", a fonte secreta de um dos repórteres do Watergate, badala como um sino em minha cabeça. Siga o dinheiro.

Eu vejo a economia brasileira ir para o buraco, arrastada pela instabilidade política, pela especulação desenfreada, pelo desemprego galopante, pela desinformação caótica promovida pela mídia, e não paro de me perguntar: a quem interessa tudo isso?

A capa da última Exame, dizendo que "Os bons tempos voltaram", por outro lado, me fez lembrar um belíssimo livro que eu possuía sobre a revolução russa.

A economia política da violência

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

Após experimentar fase de inédito desenvolvimento com democracia, o país se defronta com a necessidade de realizar reformas - quase sempre postergadas -, pois sem as quais, os pilares dos avanços até então alcançados são colocados em xeque. O impasse político exposto torna-se superado com a força da ruptura democrática, capaz de viabilizar as reformas autoritárias, em geral contra o povo, por meio da economia política da violência que inverte a fase anterior do inédito desenvolvimento nacional.

Por que se ocupa uma escola?

Hora da frente. A esquerda será capaz?

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

"Estamos na hora de construir alguma coisa mais sólida, não é partido, não é entidade, é um movimento. O que de melhor fizemos foram as Diretas Já. Mas agora precisamos criar um movimento para restabelecer a democracia neste país", disse o ex-presidente Lula ontem ao visitar a escola do MST invadida pela polícia. O desafio está mesmo colocado pela realidade, restando saber se o conjunto da esquerda será capaz desta unidade. E, mais ainda, se terá abertura para incorporar nesta frente não apenas partidos e movimentos de esquerda, mas também de centro-esquerda, em nome da plenitude democrática arranhada e da restauração do estado social que vem sendo desmontando.

Serra é notívago, mas pode dormir tranquilo

https://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br
Por Valdemar Figueredo Filho, na revista Fórum:

Diante da delação premiada que aponta o ministro José Serra (PSDB-SP) como beneficiário de propina, o que se espera do tribunal do juiz Sérgio Moro? Exatamente o comportamento que o magistrado vem adotando:

– Firme nas investigações

– Comedido nas conclusões

– Discreto quanto à exposição de dados e acusações

– Presunção da inocência

domingo, 6 de novembro de 2016

Ditadura Temer e a invasão da escola do MST


PSOL vai ocupar o espaço do PT?

Por Altamiro Borges

Em entrevista à Folha - um jornal que ainda ilude muita gente com o seu falso ecletismo e que adora fazer intrigas contra as esquerdas -, o presidente nacional do PSOL, Luiz Araújo, afirmou de forma categórica: "Começamos a ocupar o espaço do PT". A declaração foi dada um dia antes do segundo turno das eleições municipais e o dirigente da sigla se encontrava na capital paraense, sua terra natal, para acompanhar a apertada disputa pela prefeitura. Na sequência, como todos sabem, a direita voltou a esbanjar força nas urnas e o PSOL infelizmente perdeu nas três cidades em que disputava o pleito - Belém, Rio de Janeiro e Sorocaba (SP). A legenda fez campanhas empolgantes, que mobilizaram os setores progressistas, mas não dá para concluir, de forma ufanista e até arrogante, que ela vai "ocupar o espaço do PT". A realidade não está fácil para nenhuma corrente de esquerda no país!


Temer e a “farra das passagens aéreas”

Por Altamiro Borges

Patrocinada pela mídia falsamente moralista, a escandalização da política segue nas alturas – o que ajuda a explicar o recorde de votos nulos e brancos nas eleições de outubro e também a vitória de tantos prefeitos e vereadores picaretas. O caso do momento é o da chamada “farra das passagens”, em que a reputação de inúmeros deputados federais é jogada na lata de lixo de forma sumária. O Ministério Público Federal apurou que 433 parlamentares repassaram os seus bilhetes aéreos para terceiros, o que é uma prática prevista no Legislativo. De imediato, a imprensa transformou a denúncia em um novo escândalo midiático, ajudando a satanizar ainda mais a política.

Contra MST, o exibicionismo dos golpes

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Atos de brutalidade exibicionista constituem um traço de comportamento vergonhoso mas obrigatório de autoridades policiais nos momentos iniciais de um golpe de Estado. No caso mais antigo e mais conhecido, logo após o golpe militar de 1964, um velho dirigente comunista, Gregório Bezerra, foi amarrado a um jipe e arrastado pelas ruas do Recife por um delegado de polícia.

Em novembro de 1968, quando a ditadura militar caminhava para um golpe dentro do golpe, o elenco que apresentava a peça Roda Viva, em São Paulo, foi espancado por um grupo paralimitar, chamado Comando de Caça aos Comunistas.

O expressivo ato em apoio ao MST

Por Júlia Dolce, no jornal Brasil de Fato:

A quadra da Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema, interior paulista, ficou tomada por movimentos populares no ato em solidariedade ao Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) neste sábado (5). A mobilização foi uma resposta à repressão truculenta da polícia, que na sexta-feira (4) demonstrou a criminalização da luta do movimento ao invadir a ENFF e realizar uma série de buscas por lideranças do MST.

O mau caratismo de Rodrigo Constantino

Por Djamila Ribeiro, na revista CartaCapital:

Que Rodrigo Constantino é um grande colecionador de “pérolas”, a gente já sabe. O colunista vem se destacando por criar polêmicas vazias, textos mal embasados e fracos e por incitar o ódio a grupos historicamente discriminados. Uma abominação ética, cognitiva e política, para citar Marilena Chauí. Na semana passada, porém, o colunista se superou.

Ele teve a coragem de expor uma jovem mulher negra empreendedora, após ler uma matéria publicada na BBC, sobre a marca que ela criou. Monique Evelle é uma jovem brilhante que vem se destacando pelo seu trabalho sério e pelo comprometimento com o debate por uma sociedade mais justa.

O mundo contra a criminalização do MST

Solidariedade dos Movimentos Populares brasileiros que estão em Roma no encontro com o Papa

Do Jornal GGN:

Renomados acadêmicos, pesquisadores, figuras políticas, sociólogos, magistrados, procuradores e cadedráticos do Brasil e do mundo manifestaram-se em repúdio à violenta ação da polícia contra lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), nesta sexta-feira. Acompanhe alguns relatos:

"A invasão policial, sem mandado judicial, da Escola Florestan Fernandes, do MST, constitui não só um dos mais graves dos muitos episódios recentes tendentes à instauração de um regime de exceção, como a evidente tentativa de criminalizar os movimentos sociais e todos os segmentos que não concordam com os rumos autoritários que vem tomando conta do nosso país." (Ricardo Lodi Ribeiro, professor adjunto de Direito Financeiro da UERJ).

Papa Francisco e os movimentos sociais