sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Nada pode ser pior do que Trump

Ilustração: Oguz Gurel/Cartoon Movement
Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                                  

Respeito mas discordo das opiniões que tentam relativizar o impacto terrível das eleições dos EUA para a população de todo o planeta.

Mesmo no campo popular, democrático e de esquerda, brotam em profusão análises dando conta de que nada muda com a vitória do magnata nazifascista.

Pior: não é difícil encontrar quem enxergue na vitória de Trump elementos positivos, tais como a hipotética postura menos protecionista de governos republicanos anteriores ou a derrota do establishment financeiro e militar dos EUA que apoiou Hillary.

Tempos sombrios geraram eleição de Trump

Editorial do site Vermelho:

A vitória de Donald Trump para a Presidência dos Estados Unidos aumenta as incertezas no cenário interno e no mundo. O que será da principal potência econômica e militar da Terra sob a direção de um mandatário histriônico, falastrão e ameaçador? Que fala contra imigrantes, negros, latinos (principalmente mexicanos), muçulmanos e todos aqueles que não fazem parte do supremacismo de homens brancos e machos, que se fortalece com a crise econômica e financeira.

'A Voz do Brasil" e os interesses comerciais

Por Elizângela Araújo, no site do FNDC:

A flexibilização do horário de transmissão do programa A Voz do Brasil representa mais uma vitória do lobby das emissoras comerciais de radiodifusão no Congresso Nacional. No ar há mais de 70 anos, o programa cumpre um papel que as emissoras comerciais não assumem: leva diariamente aos brasileiros residentes nos locais onde a informação chega de modo precário os principais acontecimentos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Atualmente, vai ao ar das 19 às 20 horas, mas com a aprovação da Medida Provisória 742/16 poderá ter sua transmissão flexibilizada para a faixa das 19 às 21h. "Somente para atender a interesses comerciais das emissoras de rádio", afirma o radialista Nascimento Silva, secretário de Políticas Públicas do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).

Trump e os tempos de crise e guerra

Por Valter Pomar, em seu blog:

Em 2008 a crise econômica teve como epicentro os Estados Unidos.

Hoje, a crise política mundial também tem seu epicentro lá.

A eleição de Donald Trump nas recentes eleições para a presidência dos Estados Unidos é um símbolo dos tempos em que vivemos, no cenário internacional.

Estamos vivendo um momento que se assemelha muito ao ocorrido nos anos 1930.

Naquela época, o liberalismo provocou uma imensa crise econômica, desemprego e miséria.

CPI e governo ameaçam povos indígenas

Da assessoria do deputado Patrus Ananias

O deputado federal Patrus Ananias (PT-MG) denunciou hoje (10), em audiência pública na Procuradoria-Geral da República sobre a situação dos povos indígenas, a intenção da chamada CPI Incra/Funai de "não apenas impedir a demarcação de novas terras indígenas", mas também de retroceder e colocar "as atuais reservas indígenas" no mercado de terras.

"Viemos dizer que o objetivo principal da CPI é atingir a demarcação das terras indígenas", afirmou Patrus perante o auditório lotado de indígenas e de representantes de instituições e entidades de apoio e proteção aos índios.

Ato contra a Nissan no Salão do Automóvel

Enviado por Fabio Bittencourt

Cento e cinquenta sindicalistas brasileiros vinculados às três maiores centrais sindicais brasileiras – CUT, UGT e Força Sindical - fizeram um protesto relâmpago contra a montadora Nissan durante a abertura do Salão do Automóvel de São Paulo ao público em solidariedade aos trabalhadores da fábrica do Mississipi. Com as mensagens “A Nissan joga sujo” e “Trump contra os Trabalhadores” impressas em camisetas pretas, os trabalhadores brasileiros chamaram a atenção dos visitantes da feira para as práticas antissindicais da montadora, que intimida ilegalmente e ameaça seus trabalhadores e proíbe a sindicalização no estado mais pobre dos Estados Unidos, além de demonstrarem sua insatisfação com a eleição do novo presidente do país, o empresário Donald Trump.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

As certezas e o imponderável sobre Trump

Ilustração: Antonio Rodríguez/Rebelión
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Jorram nas mídias do mundo previsões sobre o que será dos Estados Unidos e do mundo com a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos. Só lhe falta uma relação com o número 666 para ser apontado como a grande besta que, segundo o Apocalipse do profeta João, promoveria o fim do mundo. São previsões lógicas, fundadas em sua pregação conservadora na campanha: machismo, xenofobismo, nacionalismo antiglobalizante, onipotência americana e negação da política e dos fundamentos democráticos que melhor distinguem a sociedade americana.

Moro vai prender a mulher de Cunha?

https://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br
Por Altamiro Borges

Depois de muito tempo sem encontrar a esposa de Eduardo Cunha, o que gerou suspeitas de parcialidade e cumplicidade, o juiz Sergio Moro finalmente decidiu incomodá-la. Nesta quarta-feira (9), ele rejeitou o pedido de Cláudia Cruz para ser julgada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro. Com a decisão, ela será interrogada pelo “justiceiro” em 14 de novembro, o que elevam as apostas de que a mulher do correntista suíço poderá ser presa em breve. A defesa da jornalista fez de tudo para evitar o interrogatório. Alegaram, na maior caradura, que as contas bancárias dela no exterior não têm relação com o esquema de corrupção na Petrobras. Mas o juiz considerou a desculpa “sem sentido”.

Cantanhêde agora pede calma à Lava-Jato

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Ativa militante da “massa cheirosa” do PSDB, a colunista Eliane Cantanhêde está preocupada com os rumos da midiática Operação Lava-Jato. Em artigo publicado no Estadão deste domingo (6), ela alerta que “o tsunami está chegando” e faz um apelo aos “justiceiros” do Paraná: não é hora “de brincar com fogo”. Antes, a jornalista estava excitada com as “delações premiadas” – e premeditadas – que atingiam as lideranças do PT e fustigavam a imagem do ex-presidente Lula. Agora, talvez com informações privilegiadas do juiz Sergio Moro – que sempre manteve íntimas relações com a mídia –, ela parece recear pelo futuro dos tucanos e pela própria sorte do covil golpista de Michel Temer.

Alckmin quer censurar as redes sociais

Por Altamiro Borges

Blindado pela mídia chapa-branca, às custas de muita grana de publicidade, o governador Geraldo Alckmin agora também quer o silêncio nas redes sociais. Em mais uma iniciativa contra a liberdade de expressão, o grão-tucano pediu à Justiça de São Paulo a quebra do sigilo cadastral de seis usuários do Twitter que o chamaram de “ladrão da merenda” e de “corrupto”. Na internet, vários políticos são atacados – Lula que o diga! Mas o pré-candidato à presidência da República pelo PSDB não aceita críticas ou ironias. Nas manifestações de rua, ele aciona a tropa de choque da PM com suas balas de borracha e seus cassetetes. Nas redes sociais, ele pretende calar as vozes dissonantes.

Temer explicará a PEC na escola ocupada?

Por Altamiro Borges

O poder roubado subiu à cabeça de Michel Temer, o “presidente” sem voto e sem legitimidade. A cada dia ele está mais arrogante e truculento. Nesta semana, diante da ocupação de centenas de escolas e faculdades em todo o país, ele resolveu desqualificar a revolta juvenil contra a Proposta de Emenda Constitucional que congela por 20 anos os gastos na educação. Presunçoso, o Judas afirmou que os jovens “nem sabem o que é uma PEC”. Se ele está tão convencido das virtudes desta medida regressiva, por que não aproveita para explicar aos estudantes em uma escola ocupada? Nem precisa torrar grana pública com as aeronaves da FAB – o que já virou moda no covil golpista. Ele pode visitar a Universidade de Brasília, a UnB, que fica bem pertinho do Palácio do Planalto.

O que a vitória de Trump ensina aos coxinhas


Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Alô, coxinhas!

Prestem atenção no mapa aí em cima.

O candidato de você, o Trump, ganhou com uma Norte-América bem diferente daquela que vocês têm em mente.

A faixa azul que vai se afastando do litoral, até o Mississipi, é a das grandes cidades.

Lá, onde vocês sonham estar, Trump perdeu.

As lições da catástrofe nos EUA

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Hillary Clinton perdeu a chance de vencer a eleição para a Casa Branca no início de setembro, durante um jantar de coleta de fundos, quando se referiu aos eleitores do adversário Donald Trump nos seguintes termos:

"Racistas, sexistas, homofóbicos, xenófobos, islamofóbicos… há de tudo”, enumerou a candidata, em referência às opiniões e atitudes dos eleitores que tencionam votar no seu adversário republicano. “Generalizando de uma forma um tanto ou quanto grosseira, podíamos juntar metade dos apoiantes de Donald Trump no que eu chamo um grupo deplorável”.

Cada golpe com seu emblema de ódio

Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:

Há vários elementos comuns que se repetem nos golpes. Em todos os golpes militares a partir da década de 60, tão logo as Forças Armadas assumiam o controle político, destampavam o ódio dos setores conservadores que se voltavam para atacar um objetivo que simbolizava a organização popular. No golpe de 1964, bastou os tanques entrarem na Praia do Flamengo, para vários grupos golpistas já começarem a disparar contra a sede da União Nacional dos Estudantes - UNE, que representava o principal símbolo de tudo que tentavam destruir naquele momento.

Telecomunicações: a entrega oculta

Pela Coalizão de Direitos na Rede, no site Outras Palavras:

Sem promover um debate amplo com a sociedade, o Congresso Nacional quer alterar a forma como são prestados os serviços de telecomunicações no Brasil, reduzir o direito de acesso a eles e abrir mão de uma infraestrutura fundamental para o desenvolvimento do país.

No contexto da crise econômica da Oi e para garantir privilégios às operadoras, tramita no Congresso o Projeto de Lei nº 3453/15 que altera a Lei Geral de Telecomunicações (LGT). Avança rapidamente, num Legislativo marcado pelo conservadorismo. Foi aprovado hoje (9/11) na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Poderá promover uma das maiores transformações nas comunicações, radicalizando a privatização realizada em 1998.

Vitória de Trump embaraça Serra

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O triunfo do Donald Trump na eleição presidencial norte-americana deixa o chanceler brasileiro, José Serra, em situação constrangedora. Logo que assumiu o cargo, o tucano, admirador confesso dos Estados Unidos, deu uma declaração pública contrária à possibilidade de vitória do candidato do Partido Republicano.

Foi em 6 de junho, em uma entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo. Questionado naquele dia sobre o que achava da hipótese de o candidato de Trump chegar à Casa Branca, o ministro das Relações Exteriores respondeu: “Não acho que vai acontecer... Não pode acontecer”.

A crise de identidade e o "otário"

Trump e o acerto de contas fascista

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Há menos de cinco meses (23/06), os ingleses decidiram virar as costas à religião dos livres mercados globais.

Escolheram o protecionismo, recheado de uma mal disfarçada xenofobia contra imigrantes, como defesa contra o desemprego e as sombrias perspectivas de futuro na ilha de Thatcher.

Nesta terça-feira (08/11), foi a vez dos norte-americanos.

Alguns decibéis acima, eles elegeram o fascismo protecionista e xenófobo, em resposta à frustrada espera de quarenta anos pela redenção neoliberal, que nunca veio.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Bolsonaro quer ser o Trump do Brasil

https://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br
Por Altamiro Borges

Xenófobos, racistas, machistas, homofóbicos e outros psicopatas estão em festa no mundo todo com a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA. Grupos neonazistas da Grécia, França e de outras partes já enviaram felicitações ao magnata ianque que surpreendeu na disputa pela Casa Branca. Do Brasil, um dos primeiros a se pronunciar foi o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Pelas redes sociais, ele comemorou: “Vence o melhor, o patriota, aquele que lutou contra tudo e todos. Em 2018 será o Brasil no mesmo caminho". O sonho do fascistoide nativo, que já antecipou a sua pré-candidatura à presidência da República, é ser o Donald Trump do Brasil.

O salário mínimo dançou. Patrões em festa!

Por Altamiro Borges

Para quem ainda tem dúvida sobre os reais propósitos da tal PEC do Teto – também batizada de PEC da Morte – vale a pena acompanhar como foi a discussão do projeto no Senado nesta terça-feira (8). Matéria do Estadão, um ativo defensor da proposta de austeridade fiscal do Judas Michel Temer, ajuda a entender a regressão em curso. O jornal estampa no título: “Relator rejeita emendas que preservam o reajuste real do salário mínimo”. Ou seja: a política de valorização do salário mínimo, uma conquista histórica firmada pelas centrais sindicais durante o governo Lula, está quase morta. A reportagem, assinada por Isabela Bonfim e Idiana Tomazelli, dá detalhes sobre o novo golpe: