domingo, 23 de abril de 2017

Desemprego cresce. Cadê a Miriam Leitão?

Por Altamiro Borges

No mês passado, o usurpador Michel Temer e seu czar da economia, o sinistro Henrique Meirelles, festejaram os dados sobre a criação de 36 mil empregos com carteira assinada em fevereiro. A mídia chapa-branca, corrompida com as polpudas verbas publicitárias, bateu bumbo. Em manchetes nos jornais e comentários na tevê, ela jurou que o país voltou a crescer. Miriam Leitão, porta-voz oficial da famiglia Marinho, chegou a escrever no jornal O Globo que “os sinais de retomada da economia” já seriam evidentes. Para estragar a propaganda golpista, porém, nesta semana foram divulgados os dados sobre o desemprego em março: houve perda de 64 mil vagas formais. Cadê o risonho Michel Temer? Cadê a ex-urubóloga Miriam Leitão?

Vereador fascista do MBL será cassado?

Por Altamiro Borges

Depois de provocar professores, diretores de escolas e até o secretário de Educação do aliado João Doria, o Ministério Público de São Paulo finalmente determinou que seja instaurado inquérito civil para investigar as visitas do infantil vereador Fernando Holiday (DEM) aos estabelecimentos de ensino de São Paulo. Munido de uma câmera de vídeo, o parlamentar tem percorrido as escolas da rede municipal para analisar se há “doutrinação" no conteúdo ensinado. No ofício em que determina a abertura de investigação, o MP-SP cita as denúncias de que o vereador teria intimidado professores nesses encontros e afirma que “a avaliação de conteúdos ministrados em sala de aula não se encontra entre as competências de fiscalização do legislativo”.

A marmelada do tríplex do Guarujá

Ilustração: Zepa Ferrer
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Talvez a rapaziada seguidora da novilíngua da Internet não saiba o significado da palavra “marmelada” – não o doce. Significa combinar de forma desonesta com o adversário o resultado final.

Entenda como se montou a marmelada do tríplex de Guarujá – cuja propriedade é atribuída a Lula.

O maior abuso cometido hoje em dia contra o Estado de Direito é o instituto da delação premiada. É escandalosa a sem-cerimônia com que a delação é manipulada pela Lava Jato, pelo PGR Rodrigo Janot e pelo juiz Sérgio Moro. É o maior argumento em defesa da Lei Antiabuso.

FMI volta a mandar no Brasil

Na época de FHC era assim
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Após 14 anos em que não davam mais as cartas por aqui, os “sábios” do Fundo Monetário Internacional voltaram a dar ordens ao Brasil – e o que é pior, voltaram a ser obedecidos. Na sexta-feira, 21 de abril, o diretor de Hemisfério Ocidental do FMI, Alejandro Werner, publicou um texto intimando nosso país a aprovar a reforma da Previdência criminosa de Michel Temer e dos tucanos, velhos sabujos do fundo.

Léo Pinheiro e a delação fabricada

Do site do Lula:

Nesta quinta-feira (20), o sócio e ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, preso em Curitiba, prestou um depoimento no qual muda completamente o que vinha dizendo desde sua prisão, em novembro de 2014. Segundo a imprensa, as novas alegações fazem parte de um acordo de delação que ele e a empresa OAS estariam fechando com o Ministério Público. Uma pré-condição para esse acordo seriam afirmações que incriminassem Lula no processo que envolve a apuração da propriedade de um apartamento no Guarujá. Léo Pinheiro não apresentou provas, mas cumpriu com uma parte do script.

Léo Pinheiro é um depoente condenado a 26 anos de prisão em outro julgamento. Sua negociação com os procuradores para reduzir sua sentença é pública e documentada.

Acompanhe a cronologia da pressão sobre Léo Pinheiro:


O foco é a greve geral

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Num país onde os trabalhadores são atacados no direito ao trabalho - pelo desemprego em massa -, nos direitos a uma velhice com dignidade - na reforma da previdência -, no direito ao estudo e a saúde - pela emenda do Teto -, no direito a verdade - pela ditadura do pensamento único - é preciso manter o foco e definir prioridades. O rumo do pais no próximo período pode começar a ser resolvido na greve geral marcada para sexta-feira, 28 de abril, uma jornada com vocação histórica.

Um ano de golpe no Brasil

Editorial do jornal Brasil de Fato:

Passado um ano do golpe parlamentar que retirou do governo a presidenta Dilma Rousseff, a pergunta é bem simples: o que melhorou na sua vida e também em nosso país?

Pelas acusações, Dilma teria cometido crime de responsabilidade por ter assinado decretos de créditos suplementares e cometido as chamadas "pedaladas fiscais". Essa prática, como se sabe, ocorre na gestão de diversos estados.

Com ampla maioria de um parlamento conservador e também com a Globo atuando como partido das elites, Dilma foi deposta do cargo. Agora, com a distância dos fatos, fica evidente que ela não cedeu à chantagem de Eduardo Cunha, em 2015, então presidente da Câmara dos Deputados, alvo de investigação no Comitê de Ética. Cunha então resolveu “vingar-se” da falta de apoio da presidenta e acatou o pedido de impeachment. Em entrevista no sábado (15), o próprio Temer (PMDB) confirmou que a atuação de Cunha tratou-se de vingança.

França insubmissa assombra os neoliberais

Editorial do site Vermelho:

Com um inédito empate técnico, a disputa presidencial na França chegou à reta final neste domingo (23) com quatro dos onze candidatos tecnicamente empatados nas pesquisas.

Estava tudo previsto para que a eleição fosse uma festa conservadora, com a qual o próprio presidente François Hollande colaborou ao deixar de apoiar o candidato de seu partido, Benoit Hamon, por considerá-lo muito à esquerda. Mas a eleição virou uma bagunça, disse o próprio Hollande.

O que desarrumou a festa conservadora foi o crescimento, inesperado para a direita, do candidato da coligação França Insubmissa, Jean Luc Mélenchon, apoiado pela esquerda e pelo Partido Comunista Francês. Mélenchon, nas últimas semanas deu o salto nas pesquisas de opinião que trouxe tanta apreensão para a direita – ele pode chegar ao segundo turno, que ocorrerá no dia 7 de maio, e mesmo vencer a eleição.

Léo Pinheiro e o réveillon de Lula

Por Renato Rovai, em seu blog:

É impressionante a ironia dessa “confissão” do empreiteiro José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, dono da OAS. Ele “revelou” em delação premiada que, na segunda visita que fez ao imóvel, dona Marisa Letícia, recentemente morta (nem os mortos são mais respeitados na narrativa pós-verdade da Lava Jato) teria dito o seguinte:

Temer não cumpre promessa de reduzir cargos

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Um ano após ter chegado ao Palácio do Planalto, Michel Temer, não cumpriu a promessa de reduzir cargos no governo federal. Continua aparelhando o governo para agradar a seus aliados que votaram pelo golpe e garantir apoio em votações no Congresso. Todos se lembram – ou deveriam lembrar – que Michel Temer prometeu extinguir mais de 4 mil cargos comissionados

O discurso solene e agressivo da necessidade de redução de cargos públicos, e ministérios foi muito utilizado inclusive para atacar a gestão da presidenta Dilma, no que se referia a um suposto exagero na quantidade de ministérios. Descobre-se agora que, em vez de reduzir a quantidade de cargos, Temer oficializa aliados indicados e remaneja outros, sem exigir experiência na área ou competência comprovada em pastas que vão ocupar.

A militância política do Ministério Público

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Como se tratasse de um partido, em mais um ato descaradamente político - como já se tornou hábito nos últimos anos, no Brasil, sem contestação por parte da imprensa e de órgãos de controle - procuradores do Ministério Público tem produzido e divulgado vídeos - em defesa de seus próprios interesses - a propósito da Lei de Abuso de Autoridade em exame, neste momento, pelo Congresso Nacional.

Se membros do Ministério Público, aliás, parte de seus membros, que se arvoram em representar a classe, quando, graças a Deus, nem todos os procuradores - e juízes - brasileiros concordam com os absurdos que vêm acontecendo, quiser legislar, que renuncie à carreira e se lance candidato a deputado ou senador nas próximas eleições.

Planilha da Odebrecht complica Temer

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O presidente Michel Temer foi acusado por dois criminosos delatores da Odebrecht de abençoar em seu escritório político em São Paulo, em 2010, uma negociata de 40 milhões de dólares do grupo com a Petrobras e o PMDB. Entre as provas apresentadas pelos acusadores ao Ministério Público Federal (MPF), uma planilha registra o pagamento de 65 milhões de dólares em propina.

Os pagamentos começaram em 21 de julho de 2010, seis dias depois da reunião no escritório de Temer. Um repasse de 256 mil dólares a “Tremito”, codinome para identificar PMDB, segundo um dos delatores. O outro codinome para PMDB era “Mestre”, diz o mesmo delator. “Tremito” e “Mestre” receberam 32 milhões de dólares entre 2010 e 2012, provavelmente no exterior.

sábado, 22 de abril de 2017

O Brasil sob a ditadura Globo-Lava Jato

Por Jeferson Miola

É difícil aceitar a dolorosa realidade, mas o Brasil está, efetivamente, sob um regime ditatorial. O golpe de 2016 e o regime de exceção evoluíram para a ditadura jurídico-midiática da Rede Globo com a Lava Jato e setores da PF, judiciário e STF. Assim como na ditadura instalada com o golpe de 1964, a engrenagem desta ditadura também contou com a participação decisiva da Rede Globo.

O editorial do jornal O Globo deste 22 de abril, por ironia o dia que marca 517 anos da descoberta do Brasil pelos dominadores portugueses, revela a simbiose estratégica entre a Globo e a força-tarefa da Lava Jato. Ambos, a serviço de interesses estrangeiros, adotam idêntica linguagem, empregam os mesmos métodos, e partilham do mesmo ódio fascista aos seus inimigos.

Lava-Jato recebe a encomenda preciosa

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça são crimes considerados de “natureza continuada”. Por isso justificam a prisão preventiva de suposto autor, para que ele deixe de cometê-los. Ao dizer em seu depoimento ao juiz Sergio Moro que o ex-presidente Lula o orientou a destruir provas do pagamento de propinas ao PT, o ex-executivo da OAS Léo Pinheiro parece ter entregado à Lava Jato uma encomenda destinada a justificar eventual prisão de Lula. Mas como tal prisão seria um ato insensato de Moro nesta altura dos acontecimentos, a afirmação de Pinheiro continua sendo uma encomenda, mas com outro objetivo: demonstrar aos procuradores, com os quais negocia uma delação premiada, que abdicou de qualquer lealdade ao antigo amigo e tem munição para detoná-lo, acelerando a condenação e a inelegibilidade.

Odebrecht-Globo: quanto a Globo levou?

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Vai pra cima dela, Meirelles... Vai!

A história da sociedade da Globo com a Odebrecht para obter decisões no governo FHC deve ter tráfico de influência.

Será que somente naquela sociedade a Odebrecht teria atuado dentro da legalidade?

"Legalidade" para influenciar decisões...

Decisões importantíssimas - quanto o Emílio estaria disposto a pagar por elas?

Prova contra Lula é não haver prova

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A cada nova acusação da Lava Jato contra Lula, mais o caso dele se assemelha a O Processo (no original, em alemão, Der Prozess), romance do escritor tcheco Franz Kafka que conta a história de Josef K., que, certa manhã, descobre-se processado e passa a ser submetido a um longo e incompreensível processo por um crime não especificado.

No caso de Lula, porém, o Processo é ainda mais bizarro, surreal. Divulgam recompensas que ele teria recebido por crimes não especificados. Não por acaso, muitos dizem que está sendo condenado por ter recebido um apartamento “tríplex” e um “sítio” como propina.

A insanidade do mafioso Léo Pinheiro

Por Bajonas Teixeira, no blog Cafezinho:

A acusação de Léo Pinheiro é tão imbecil, tão incrivelmente idiota que, em resumo, diz que Lula mandou destruir as provas, mas deu também ordens para não vender o triplex. Isso equivaleria a um chefe de quadrilha que ordenasse ao seu bando: “escondam o dinheiro do assalto mas deixem os corpos dos guardas assassinados bem visíveis na minha sala de estar”. Em nenhum planeta desse vasto universo, isso seria crível: deixar-se de eliminar a prova, a única prova, que é uma prova tripla, justamente o triplex do Guarujá. Que outra prova poderia haver? Nenhuma. Mas justamente essa robusta, tripla, materialíssima prova, não teria sido eliminada, isto é, vendida a outro pela OAS.

Os sorrisos indecorosos de Sergio Moro

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Sorrir é um ato de sabedoria, dizem todas as correntes filosóficas.

É uma atitude de força perante as adversidades, e também uma mensagem de solidariedade e amizade aos demais.

Mas há exceções.

Os sorrisos de Sérgio Moro a pessoas especiais para ele, como Aécio e Temer, são simplesmente indecorosos.

O 'timing de Moro' para prender Lula

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Iluda-se quem quiser.

A operação “Mata Lula”, que é o sobrenome mais adequado à Lava Jato, tem – ao contrário de seus agentes secundários, como o delegado Maurício Moscardi Grillo, que, em entrevista à revista “Veja”, disse que a PF havia “perdido o timing” para prender o ex-presidente – a preparação certa do tempo para seu lance mais ousado.

Desde que passou o primeiro impacto da geleia geral que se formou com a lista de inquéritos determinados por Luiz Edson Fachin, todo o foco voltou-se para Lula e Dilma, com os videos dos depoimentos. Retomou-se a delação premiada da OAS, bloqueada ano passado, quando não fornecia o 'filé do Guarujá' ansiado pelos rapazes de Curitiba, agora com o script desejado.

Hora de botar os inimigos do povo pra correr

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                                      

É difícil parar de pensar no conteúdo da fala do professor da Unicamp, Márcio Pochmann, ex-presidente do Ipea, durante um seminário recente no Rio de Janeiro. Para Pochmann, a democracia no Brasil não será restaurada apenas pela via institucional e o cenário mais provável para 2018 é a não realização das eleições devido a mais uma ação antidemocrática dos golpistas.

Intelectual respeitado, Pochmann, que está longe de ser considerado um incendiário, põe o dedo na ferida e indaga :"Que prejuízo nós vamos dar a eles ?" Na sua pregação está subjacente a defesa de formas mais radicais de luta, pois somente de passeata em passeata são praticamente nulas as chances dos democratas e da esquerda virarem o jogo. Não existe fórmula mágica para, de uma hora para outra, fazer a luta mudar de patamar. Mas esse debate é urgente.