domingo, 14 de maio de 2017

Globo, Dilma e os porões da ditadura

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A Globo perdeu, há tempos, qualquer escrúpulo de esconder sua participação no golpe de 2016.

Para isso, ela conta, é verdade, com um trunfo espetacular: a total submissão do aparelho jurídico do Estado às suas diretrizes.

A Lava Jato prendeu os marqueteiros de sua campanha, cujos únicos crimes foram… fazer campanha, no Brasil e em outros países. Mas, principalmente, fazer campanha para Dilma e… ganharem!

Coordenarem duas campanhas vitoriosas de um partido de esquerda, esse foi o maior crime de João Santana e Mônica Moura!

sábado, 13 de maio de 2017

Veja não respeita nem os mortos. É covarde!

Por Altamiro Borges

A revista ‘Veja” usa suas capas como panfleto para fabricar escândalos e atacar seus “adversários” – sejam políticos, artistas e até empresas não anunciantes. Elas ficam expostas nas milhares de bancas espalhadas pelo país e fazem a cabeça dos “midiotas” que nem sequer folheiam seu conteúdo. Quem não se lembra da desumana capa contra o cantor Cazuza – com a legenda “vítima da Aids agoniza em praça pública”; ou da espalhafatosa capa sobre a morte de Elis Regina; ou da sinistra manchete “Já vai tarde”, com a foto de Fidel Castro ao fundo? Mas o recordista de capas escrotas é, sem dúvida, o carismático Lula. Os jagunços da famiglia Civita nutrem um ódio de classe ao líder petista. Nesta semana, porém, a revista do esgoto passou dos limites. Ela dedicou a capa à ex-primeira-dama Marisa Letícia, confirmando que ela não respeita sequer os mortos. A Veja é covarde! É um lixo que atenta contra qualquer ética jornalística.

Os ‘imbecis’ que financiaram o MBL

Por Altamiro Borges

O sinistro Movimento Brasil Livre (MBL) sempre esbanjou muito dinheiro com caminhões de som, bonecos infláveis e outros apetrechos em suas marchas golpistas pelo impeachment de Dilma – mas nunca prestou contas sobre a origem desta grana. Na campanha eleitoral do ano passado, porém, o grupelho fascista precisou disfarçar para não ser incomodado pela Justiça, sempre tão amiga. Nas redes sociais, o MBL pediu contribuições individuais – já que as empresariais estavam aparentemente proibidas – para seus candidatos. No final da batalha, contabilizou oito vereadores eleitos em vários estados por partidos da direita – como o DEM. Mas pelo jeito os apoios legais não foram tão importantes assim. Tanto que um dirigente do MBL chamou de “imbecil” um doador da campanha do capitão-do-mato Fernando Holiday para a vereança de São Paulo.

O recall da Lava Jato na guerra contra Lula

Por Jeferson Miola

No depoimento do Lula ao juiz-acusador Sérgio Moro em 10 de maio teve de tudo – impedimento de intervenções dos advogados de defesa, perguntas descabidas sobre assuntos estranhos à ação, inquisição torturante por 5 horas e parcialidade nos questionamentos.

Naquela audiência só não apareceu, porém, o essencial: a apresentação de uma única prova, por mais insignificante que fosse, para justificar a mínima razão para a abertura do processo judicial contra o ex-presidente.

O procurador Carlos Fernando Lima lamentou que Lula não tenha produzido provas contra si. Isso deixa claro que a acusação [ao encargo do MP e da PF] não possuía provas e que, na ausência de provas, esperava que o ex-presidente se auto-incriminasse.

Globo está de costas para o precipício

Moro e a condenação de Lula

Por Luís Fernando Vitagliano, no site Brasil Debate:

Qualquer pessoa mais atenta e que acessou as gravações do depoimento de Lula dia 10 de maio vai perceber que Sergio Moro já deu sinais de quais argumentos vai usar e como procederá para condenar Lula. Quando o juiz justifica por que as perguntas fora dos autos são importantes e quando o advogado observador da OAB-PR, Rene Ariel Dotti, que representa a Petrobras na acusação, se destempera sobre os protestos da defesa que queria delimitar o interrogatório aos limites dos autos, e parte das elites jurídicas reacionárias dentro do direito se veem representadas pela fala de que a análise do caráter do réu é parte fundamental da análise do juiz, dão pistas do que está por vir.

A capa da Veja e o lixo da história

Por Julinho Bittencourt, na revista Fórum:

À revista Veja não falta informação. O que falta ao veículo e seus diretores mesmo é caráter. A capa desta semana é mais uma das inúmeras provas (e aqui sim, há provas) desse jornalismo abjeto que não apura fatos, não comprova, não confere informações, apenas faz ilações e emite opiniões como se estivesse num botequim rodeada de amigos bêbados e imbecilizados.

Lula não jogou a culpa da compra do tríplex sobre a Dona Marisa, porque a tal compra não aconteceu, ao menos que o Ministério Público tenha conseguido provar até o momento. A despeito disso, tudo, rigorosamente tudo o que Lula falou sobre Dona Marisa e o tal episódio não a compromete em nada. Ela foi ver o tal apartamento, da mesma maneira que a minha, a sua e a mulher de qualquer um faz quando está interessada na compra de um imóvel. Uma compra que não aconteceu, como todos sabem.

A declaração da ilegalidade da pobreza

Por Leonardo Boff, em seu blog:

O aumento escandaloso dos níveis de pobreza no mundo tem suscitado movimentos pela erradicação desta chaga na humanidade.

No dia 9 de maio realizou-se um ato na Universidade Nacional de Rosário promovido pela Cátedra da Água, um departamento da Faculdade de Ciências Sociais, coordenado pelo Prof. Anibal Faccendi, em forma de uma Declaração sobre a ilegalidade da pobreza. Coube-me participar e fazer a fala de motivação. O sentido é conquistar apoios do congresso nacional, da sociedade e de pessoas de todo o continente para levar esta demanda às instâncias da ONU para conferir-lhe a mais alta validação.

BB corta 10 mil vagas e fecha 551 agências

Da Rede Brasil Atual:

Relatório divulgado nesta quinta-feira (11) pelo Banco do Brasil (BB) mostra que a instituição eliminou 9.900 postos de trabalho em um ano, até o primeiro trimestre, e fechou 551 agências, mais do que a meta anunciada há alguns meses (aproximadamente 400). O corte no número de "colaboradores" supera 13 mil se incluídos os estagiários. O lucro líquido nos três primeiros meses do ano atingiu R$ 2,443 bilhões, crescimento de 3,6% em relação a igual período de 2016.

Genoíno e o linchamento midiático

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O linchamento midiático destrói reputações e tem se tornado expediente comum na política nativa. Ex-guerrilheiro do Araguaia e ex-presidente do PT, José Genoíno foi vítima desse processo, que teve forte impacto sobre a sua família. A experiência é tema do livro Felicidade fechada, escrito por sua filha, Miruna Genoíno, a ser lançado na quarta-feira (17), no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo. Na ocasião, a pedagoga participará de debate sobre o tema ao lado dos jornalistas Paulo Moreira Leite e Maria Inês Nassif.

Um ano de Temer, retrocesso e resistência

Editorial do site Vermelho:

O dia 12 de maio ficará registrado, na história, como uma data triste para o povo brasileiro. Neste dia, faz um ano, foi dado um passo decisivo no rumo do enorme atentado à democracia e à legalidade que foi a deposição da presidente legítima Dilma Rousseff e sua substituição pelo usurpador Michel Temer.

O golpe aprofundou o cenário de horrores que a direita construía desde a posse da presidenta eleita, em 2015. E a crônica do governo golpista é o relato de enormes e sucessivos ataques contra a democracia, os direitos do povo e dos trabalhadores, o desmonte do Estado e da economia do país, e o abandono da soberania nacional.

As mentiras de João Santana e Monica Moura

Foto: Facultad de Periodismo y Comunicación Social (UNLP)
Do site da Dilma:

A respeito das delações feitas por João Santana e Monica Moura, a Assessoria de Imprensa da ex-presidenta Dilma Rousseff esclarece:

1- Mais uma vez delatores presos, buscando conseguir sua liberdade e a redução de pena, constroem versões falsas e fantasiosas.

2- A presidenta eleita Dilma Rousseff nunca negociou doações eleitorais ou ordenou quaisquer pagamentos ilegais a prestadores de serviços em suas campanhas, ou fora delas. Suas determinações sempre foram claras para que a lei seja sempre rigorosamente respeitada. Todos aqueles que trabalharam, ou conviveram com ela, sabem disso.

Palocci e a delação mediante sequestro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Não sei se é verdade que o ex-ministro Antonio Palocci esteja negociando uma delação premiada.

Não sei, porque o noticiário virou um apêndice dos interesses da República de Curitiba, mas o que este noticiário registra é aterrador.

Diz que o Ministério Público exigiu que Antonio Palocci demitisse o advogado José Roberto Batocchio, que o defendia há 12 anos,. por dois negociante de “se eu acusar, vocês me aliviam, né”?

Batocchi declarou apenas que seu cliente não resistiu a Guantánamo subtropical.

Lágrimas de crocodilo contra Marisa

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ninguém precisa se impressionar com o sentimentalismo improvisado de quem tenta acusar Lula de esconder-se atrás de Marisa Letícia para fugir das acusações do triplex do Guarujá.

A verdade é que a presença de Marisa nas tratativas para a compra e depois na desistência de uma cota no edifício do Guarujá - o único pretexto material para a Lava Jato tentar atingir Lula numa acusação criminal - é um fato estabelecido de forma concreta. Os documentos - que nunca envolvem Lula - estão nos autos e não precisam ser lembrados aqui. Ela sempre foi a primeira a sustentar essa versão. A fonte original, desde o tempo em que a OAS não havia entrado na história, que era um investimento da Bancoop.

Lula e o massacre do Jornal Nacional

Por João Feres Júnior, na revista CartaCapital:

A prolongada crise política que engolfa o Brasil desde ao menos a eleição passada, em boa medida insuflada pela Operação Lava Jato, teve ontem um dos seus capítulos mais grotescos: a atualização feita pelo Jornal Nacional da edição do debate entre Lula e Collor, ocorrida em 14 de dezembro de 1989, às vésperas do segundo turno da eleição. Tal edição entrou para os anais do jornalismo brasileiro como exemplo máximo de manipulação midiática com fins políticos e projetou uma sombra que iria marcar o comportamento da mídia ao longo de todo período da Nova República até os dias de hoje.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Mainardi para Reinaldo: “Vai dar a bunda”

Por Altamiro Borges

Esta turma de “calunistas” da chamada grande imprensa é realmente muito baixo nível. É bem xucra! Na cavalgada golpista para derrubar Dilma, ela esteve unida e excitada. Conclamou os seu fanáticos seguidores a ocuparem às ruas para depor uma presidenta eleita pela maioria dos brasileiros. Atiçou o ódio fascista na sociedade. Porém, passado o “golpe dos corruptos”, que alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer, ela agora está dividida. E não faltam baixarias. Dois dos principais mentores da direita nativa – Diogo Mainardi, a anta que obra na GloboNews, e Reinaldo Azevedo, que trabalha na Veja e Folha – estão em guerra e ligaram o ventilador no esgoto.

Marisa tem culpa sim... por trabalho escravo!

Por Altamiro Borges

A cloaca empresarial - também chamada de "elite" -, apoiadora do golpe dos corruptos que conduziu a quadrilha de Michel Temer ao poder, está cada vez mais atrevida. Nesta sexta-feira (12), a rede de lojas Marisa divulgou nas redes sociais uma propaganda para o Dia das Mães com o seguinte bordão: "Se sua mãe ficar sem presente, a culpa não é da Marisa". A peça publicitária visou reforçar o coro da mídia golpista, que deixou de lado o conteúdo do depoimento do ex-presidente Lula ao "juiz" Sergio Moro, nesta quarta-feira (10), para explorar as citações feitas na ocasião à ex-primeira-dama, Marisa Letícia, falecida em fevereiro passado. O teor da mensagem é tão nojento quanto a repugnante capa da revista "Veja" desta semana - parece até que a maldade foi combinada em algum covil.

Antonio Candido, um socialista convicto

Por Altamiro Borges

Faleceu na manhã desta sexta-feira (12), aos 98 anos, o critico literário, sociólogo e militante político Antonio Candido. Tive o prazer de assistir algumas de suas palestras e sempre me impressionou a sua energia, seu amor pelo povo brasileiro, suas convicções socialistas e humanistas. Professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), ele cativou milhares de jovens e esbanjou conhecimento e cultura. Em tempos de retrocesso político no país e de uma perigosa onda conservadora e fascistizante no mundo, Antonio Candido fará muita falta. Os seus ensinamentos, porém, estão cravados na alma brasileira. 

Reproduzo abaixo uma bela entrevista do mestre ao jornal Brasil de Fato, concedida em agosto de 2011:

Instituto Lula e o risco à democracia

O julgamento político de Moro contra Lula

Por Patrícia Faermann, no Jornal GGN:

Com a reação nitidamente perplexo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ouvia do juiz Sergio Moro o que ele considerava como justificativa para dirigir perguntas no caso do triplex do Guarujá sobre a AP 470, conhecida como mensalão, julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

"Eu tenho umas perguntas para o senhor para entender a sua relação com os seus subordinados e assessores. O senhor ex-presidente afirma que jamais compactou com algum dos criminosos, que não tinha conhecimento dos crimes praticados no âmbito da Petrobras no seu governo. Eu entendo aqui que perguntas a respeito de atitudes em relação a crimes praticados por subordinados, assessores ou pessoas que trabalharam na Petrobras durante o seu governo têm relevância para a formação da minha convicção judicial. Nesse aspecto, senhor ex-presidente, eu gostaria de fazer algumas perguntas sobre a sua opinião sobre o caso nominado de 'Mensalão', que foi julgado pelo STF", disse Moro.