quinta-feira, 6 de julho de 2017
Para Temer, Geddel é desastre na hora errada
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
A prisão de Geddel Vieira de Lima confirma o óbvio: a crise do governo Temer está longe de terminada. Para decepção de quem já procurava uma acomodação com o Planalto, apostava na recuperação de Temer e tentava abrir portas para possíveis arranjos, o episódio mostra que governo não tem forças para estabilizar a situação política nem pelo prazo de uma semana.
Os fatos importantes são dois. Para quem chegou a festejar a liberação do homem da mala Rodrigo Loures, na sexta-feira passada, a prisão de Geddel anula qualquer vantagem imaginada. Como os delatores da JBS sugerem nos depoimentos, Loures era um ajudante improvisado, ainda novato em funções mais importantes. O interlocutor das conversas importantes, na verdade, era Geddel, forçado a se afastar em novembro de 2016, depois de pressionar um colega de governo, o ministro da Cultura Marcelo Caleiro, para receber um favor indevido num apartamento de luxo em Salvador.
A prisão de Geddel Vieira de Lima confirma o óbvio: a crise do governo Temer está longe de terminada. Para decepção de quem já procurava uma acomodação com o Planalto, apostava na recuperação de Temer e tentava abrir portas para possíveis arranjos, o episódio mostra que governo não tem forças para estabilizar a situação política nem pelo prazo de uma semana.
Os fatos importantes são dois. Para quem chegou a festejar a liberação do homem da mala Rodrigo Loures, na sexta-feira passada, a prisão de Geddel anula qualquer vantagem imaginada. Como os delatores da JBS sugerem nos depoimentos, Loures era um ajudante improvisado, ainda novato em funções mais importantes. O interlocutor das conversas importantes, na verdade, era Geddel, forçado a se afastar em novembro de 2016, depois de pressionar um colega de governo, o ministro da Cultura Marcelo Caleiro, para receber um favor indevido num apartamento de luxo em Salvador.
Marchezan e o fascismo em Porto Alegre
Foto: Ederson Nunes/CMPA |
A ocupação da Câmara de Vereadores de Porto Alegre pelos funcionários municipais que acompanhavam a votação do projeto de aumento de 27,3% da alíquota previdenciária do funcionalismo [de 11% para 14%] foi uma reação legítima aos ultrajes, ofensas e provocações proferidas da tribuna daquela Casa pelo vereador Cláudio Janta/SD, o líder do prefeito Marchezan Júnior no parlamento municipal.
Todo ato espontâneo de indignação e de revolta social diante de uma agressão sofrida é passível de exageros, porque é uma reação humana absolutamente natural e instintiva. É compreensível, por isso, que possam ter ocorrido excessos na interrupção da sessão da câmara de vereadores deste dia 5 de julho de 2017.
Desastres econômicos e sociais do Sr.Temer
O Sr. Temer é um político muito limitado. Se sobressaiu porque a média do mundo político tem baixíssima estatura. Seus valores e objetivos são rasteiros. Contudo, é capaz de organizar um pequeno grupo (muito coeso) que lidera centenas de parlamentares.
Há uma enorme equivalência: qualquer um dos seus liderados poderia ser o Sr. Temer e o Sr. Temer poderia ser um dos seus. São todos absolutamente idênticos. Essa horizontalidade é um grande facilitador na relação entre todos eles.
O Sr. Temer, o seu grupo e seus liderados nunca tiveram um projeto para o Brasil. Podemos imaginar uma pergunta sobre o que desejaria para a sociedade brasileira feita ao Sr. Rodrigo Rocha Loures. A resposta seria a mudez do entrevistado por avaliar que o tema é irrelevante ou extemporâneo.
Há uma enorme equivalência: qualquer um dos seus liderados poderia ser o Sr. Temer e o Sr. Temer poderia ser um dos seus. São todos absolutamente idênticos. Essa horizontalidade é um grande facilitador na relação entre todos eles.
O Sr. Temer, o seu grupo e seus liderados nunca tiveram um projeto para o Brasil. Podemos imaginar uma pergunta sobre o que desejaria para a sociedade brasileira feita ao Sr. Rodrigo Rocha Loures. A resposta seria a mudez do entrevistado por avaliar que o tema é irrelevante ou extemporâneo.
quarta-feira, 5 de julho de 2017
Moro é o candidato preferido da direita
Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:
Para registro histórico, deixo aqui o texto do Datafolha e a íntegra do relatório, com dados cruzados sobre a ideologia do brasileiros.
Apesar de eu ter criticado as reportagens da Folha, os dados crus da pesquisa são muito interessantes!
Eu vou analisar esse relatório em outro momento. Mas já adianto alguma coisa. Editei e simplifiquei a tabela que achei mais interessante, que cruza o perfil ideológico dos eleitores e o seu candidato preferido em 2018.
Observe que a força de Lula, como era de se esperar, está na esquerda, onde sua vantagem aumenta.
João Dória e Bolsonaro, por sua vez, tem mais votos entre o eleitorado de direita. Mas Bolsonaro tem duas vezes mais votos na direita do que o tucano.
Para registro histórico, deixo aqui o texto do Datafolha e a íntegra do relatório, com dados cruzados sobre a ideologia do brasileiros.
Apesar de eu ter criticado as reportagens da Folha, os dados crus da pesquisa são muito interessantes!
Eu vou analisar esse relatório em outro momento. Mas já adianto alguma coisa. Editei e simplifiquei a tabela que achei mais interessante, que cruza o perfil ideológico dos eleitores e o seu candidato preferido em 2018.
Observe que a força de Lula, como era de se esperar, está na esquerda, onde sua vantagem aumenta.
João Dória e Bolsonaro, por sua vez, tem mais votos entre o eleitorado de direita. Mas Bolsonaro tem duas vezes mais votos na direita do que o tucano.
Congresso ignora os sentimentos populares
Por Roberto Amaral, em seu blog:
Reforma da legislação eleitoral não é reforma política, e é desta que carecemos para reconstruir a República.
A crise política, que se desenvolve no corpo de aguda crise institucional, em progresso, denuncia o esgotamento do nosso modelo de democracia representativa, aquela que deriva da soberania popular, cuja única voz é o voto livre.
Não se trata, porém, de fenômeno ‘natural’, resultado do mau humor dos astros, pois decorre da captura, pelo poder econômico, do sistema de representação, maculando-a de forma letal. Exemplo desta distonia é oferecido pelo Poder Legislativo, em sua maioria esmagadora composto por parlamentares que não representam o eleitorado, mas sim os interesses do empresariado, o grande “eleitor”, pois é o financiador das eleições. Evidentemente, a manipulação do voto pelos donos do dinheiro e seus servidores (como os meios de comunicação de massas) ditaria a composição de nossas casas legislativas, absurdamente descompassadas da sociedade brasileira.
Reforma da legislação eleitoral não é reforma política, e é desta que carecemos para reconstruir a República.
A crise política, que se desenvolve no corpo de aguda crise institucional, em progresso, denuncia o esgotamento do nosso modelo de democracia representativa, aquela que deriva da soberania popular, cuja única voz é o voto livre.
Não se trata, porém, de fenômeno ‘natural’, resultado do mau humor dos astros, pois decorre da captura, pelo poder econômico, do sistema de representação, maculando-a de forma letal. Exemplo desta distonia é oferecido pelo Poder Legislativo, em sua maioria esmagadora composto por parlamentares que não representam o eleitorado, mas sim os interesses do empresariado, o grande “eleitor”, pois é o financiador das eleições. Evidentemente, a manipulação do voto pelos donos do dinheiro e seus servidores (como os meios de comunicação de massas) ditaria a composição de nossas casas legislativas, absurdamente descompassadas da sociedade brasileira.
Rodrigo Maia, o traidor do traidor
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Vai ficando claro que, debaixo do manto de fidelidade canina a Michel Temer, Rodrigo Maia liberou os inibidores de apetite mais do que no setor farmacêutico.
Na Folha, diz-se que “a escolha de Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) como relator do pedido de denúncia de Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça é um aceno para o grupo que pode se beneficiar com a queda do peemedebista”. Zveiter é, afirma o jornal, aliado de Rodrigo Maia.
Lauro Jardim, em O Globo, é mais explícito. Fala que Maia já faz as contas para assumir o cargo de presidente:
“Se a Câmara autorizar o STF a analisar a denúncia e a maioria dos ministros torná-lo réu, Michel Temer será afastado por até 180 dias. Maia assumirá. Após esses seis meses, se o STF condenar Temer, Maia governaria por mais 30 dias, podendo se candidatar na eleição indireta para comandar o país até o fim de 2018. Seria, naturalmente, um dos candidatos mais fortes.”
Vai ficando claro que, debaixo do manto de fidelidade canina a Michel Temer, Rodrigo Maia liberou os inibidores de apetite mais do que no setor farmacêutico.
Na Folha, diz-se que “a escolha de Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) como relator do pedido de denúncia de Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça é um aceno para o grupo que pode se beneficiar com a queda do peemedebista”. Zveiter é, afirma o jornal, aliado de Rodrigo Maia.
Lauro Jardim, em O Globo, é mais explícito. Fala que Maia já faz as contas para assumir o cargo de presidente:
“Se a Câmara autorizar o STF a analisar a denúncia e a maioria dos ministros torná-lo réu, Michel Temer será afastado por até 180 dias. Maia assumirá. Após esses seis meses, se o STF condenar Temer, Maia governaria por mais 30 dias, podendo se candidatar na eleição indireta para comandar o país até o fim de 2018. Seria, naturalmente, um dos candidatos mais fortes.”
Base "aliada" cobrará mais caro de Temer
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
A defesa do presidente Michel Temer ainda nem chegou à Câmara, mas as alegações jurídicas neste caso pouco importam. São só um detalhe.
Se no Supremo Tribunal Federal as últimas decisões têm sido mais políticas do que jurídicas, por que haveria de ser diferente justamente na Câmara dos Deputados?
Estão em jogo neste momento argumentos mais palpáveis, como nomeações de cupinchas e liberações de verbas de parlamentares, para assegurar maioria contra a denúncia da Procuradoria Geral da República que começa a tramitar na Comissão de Constituição e Justiça.
Com a experiência de quem foi presidente da Câmara por três vezes, e durante 15 anos comandou o PMDB, Temer sabe disso.
A defesa do presidente Michel Temer ainda nem chegou à Câmara, mas as alegações jurídicas neste caso pouco importam. São só um detalhe.
Se no Supremo Tribunal Federal as últimas decisões têm sido mais políticas do que jurídicas, por que haveria de ser diferente justamente na Câmara dos Deputados?
Estão em jogo neste momento argumentos mais palpáveis, como nomeações de cupinchas e liberações de verbas de parlamentares, para assegurar maioria contra a denúncia da Procuradoria Geral da República que começa a tramitar na Comissão de Constituição e Justiça.
Com a experiência de quem foi presidente da Câmara por três vezes, e durante 15 anos comandou o PMDB, Temer sabe disso.
A volta por baixo do cínico Aécio Neves
Por Katia Guimarães, no blog Socialista Morena:
De volta ao Senado após 46 dias afastado, foi preciso um acordo para Aécio Neves (PSDB-MG) se defender da tribuna do plenário. O tucano recebeu o “toque” de assumir uma postura low profile, sem distribuir ataques. Parecia outro Aécio, bem diferente do candidato derrotado à presidência que passou os últimos três anos esbravejando contra a corrupção e acusando o PT de ser uma organização criminosa. Flagrado pedindo dinheiro ao empresário Joesley Batista, da JBS, posa de vítima, dizendo que não lhe foi dado o direito à defesa.
Em um plenário esvaziado, Aécio passou pelo constrangimento de ser interrompido pela campainha que toca para chamar os senadores para as votações, que disparou por longos minutos, como um mau cantor rejeitado em um programa de calouros. Sob os holofotes da imprensa e ao vivo na TV Senado, o tucano se viu obrigado a descer do púlpito até a situação se normalizar. A maior parte dos senadores de oposição, que o considera cachorro morto, deixou o plenário no momento do discurso.
De volta ao Senado após 46 dias afastado, foi preciso um acordo para Aécio Neves (PSDB-MG) se defender da tribuna do plenário. O tucano recebeu o “toque” de assumir uma postura low profile, sem distribuir ataques. Parecia outro Aécio, bem diferente do candidato derrotado à presidência que passou os últimos três anos esbravejando contra a corrupção e acusando o PT de ser uma organização criminosa. Flagrado pedindo dinheiro ao empresário Joesley Batista, da JBS, posa de vítima, dizendo que não lhe foi dado o direito à defesa.
Em um plenário esvaziado, Aécio passou pelo constrangimento de ser interrompido pela campainha que toca para chamar os senadores para as votações, que disparou por longos minutos, como um mau cantor rejeitado em um programa de calouros. Sob os holofotes da imprensa e ao vivo na TV Senado, o tucano se viu obrigado a descer do púlpito até a situação se normalizar. A maior parte dos senadores de oposição, que o considera cachorro morto, deixou o plenário no momento do discurso.
A desigualdade processual do Judiciário
Por Tânia Maria S. Oliveira, no site Carta Maior:
A igualdade das partes perante o juiz ou igualdade processual, como é chamada, que brota da igualdade perante a lei, como posta no caput do art 5º, da Constituição Federal de 1988, pressupõe obrigatório o tratamento igualitário dos cidadãos perante o Poder Judiciário, para que tenham as mesmas oportunidades de fazer ter validade em juízo as suas razões.
A jurisprudência é o vocábulo jurídico que nasceu no direito romano, que significa a interpretação das normas feitas pelos tribunais para uma jurisdição, o que no caso do Supremo Tribunal Federal alcança o país inteiro. De certa forma, a aplicação jurisprudencial a sujeitos e casos similares é garantidora da igualdade processual, que não pode ser vista apenas como inferência para a posição das partes em conflito, mas sim que diante da interpretação do direito posto não sejam dadas soluções distintas para casos análogos.
A igualdade das partes perante o juiz ou igualdade processual, como é chamada, que brota da igualdade perante a lei, como posta no caput do art 5º, da Constituição Federal de 1988, pressupõe obrigatório o tratamento igualitário dos cidadãos perante o Poder Judiciário, para que tenham as mesmas oportunidades de fazer ter validade em juízo as suas razões.
A jurisprudência é o vocábulo jurídico que nasceu no direito romano, que significa a interpretação das normas feitas pelos tribunais para uma jurisdição, o que no caso do Supremo Tribunal Federal alcança o país inteiro. De certa forma, a aplicação jurisprudencial a sujeitos e casos similares é garantidora da igualdade processual, que não pode ser vista apenas como inferência para a posição das partes em conflito, mas sim que diante da interpretação do direito posto não sejam dadas soluções distintas para casos análogos.
Globo deixa de pagar R$ 761 milhões de ICMS
Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:
Na semana em que a Rede Globo inaugurou o novo estúdio do Jornal Nacional, um servidor estadual do Rio de Janeiro tirou foto da tela do computador com o registro da Secretaria da Fazenda que mostra a empresa como uma das maiores devedoras de ICMS do Estado.
“A Globo deve mais de 750 milhões de reais de ICMS ao Estado do Rio de Janeiro e fica fazendo prédio bacana para o Jornal Nacional. Se pagasse a dívida, resolveria o problema dos salários dos servidores do Estado, que ainda estão em atraso”, informou ao DCM, com a condição de que seu nome não fosse revelado.
Segundo os registros da Secretaria, a dívida da Globo é de quase 240 milhões de UFIRs, a unidade de referência dos tributos do Estado. Como cada UFIR vale R$ 3,19, o total do débito em reais é de 761 milhões.
“A Globo deve mais de 750 milhões de reais de ICMS ao Estado do Rio de Janeiro e fica fazendo prédio bacana para o Jornal Nacional. Se pagasse a dívida, resolveria o problema dos salários dos servidores do Estado, que ainda estão em atraso”, informou ao DCM, com a condição de que seu nome não fosse revelado.
Segundo os registros da Secretaria, a dívida da Globo é de quase 240 milhões de UFIRs, a unidade de referência dos tributos do Estado. Como cada UFIR vale R$ 3,19, o total do débito em reais é de 761 milhões.
Aécio retorna para defender Judas Temer
Da Rede Brasil Atual:
De volta ao Senado após 45 dias de afastamento por determinação judicial, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) discursou hoje (4) na abertura da sessão em que seria aprovado o regime de urgência para a tramitação da reforma trabalhista. Aécio se declarou inocente das acusações de recebimento de propina do dono da JBS, Joesley Batista. E defendeu ainda que o PSDB mantenha apoio ao governo Temer, lembrando que, como presidente de seu partido, condicionou o apoio à derrubada de Dilma Rousseff à pauta de reformas como a trabalhista e da Previdência.
“Quero reafirmar meu compromisso e minha crença na necessidade de continuarmos avançando em uma ousada agenda de reformas que foi, aliás, a razão do apoio do PSDB ao governo do presidente Michel Temer”, enfatizou.
De volta ao Senado após 45 dias de afastamento por determinação judicial, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) discursou hoje (4) na abertura da sessão em que seria aprovado o regime de urgência para a tramitação da reforma trabalhista. Aécio se declarou inocente das acusações de recebimento de propina do dono da JBS, Joesley Batista. E defendeu ainda que o PSDB mantenha apoio ao governo Temer, lembrando que, como presidente de seu partido, condicionou o apoio à derrubada de Dilma Rousseff à pauta de reformas como a trabalhista e da Previdência.
“Quero reafirmar meu compromisso e minha crença na necessidade de continuarmos avançando em uma ousada agenda de reformas que foi, aliás, a razão do apoio do PSDB ao governo do presidente Michel Temer”, enfatizou.
A injustiça tributária no Brasil
Por Juliano Giassi Goularti, no site Brasil Debate:
A carga tributária bruta no Brasil aumentou exponencialmente ao longo das últimas décadas, passando de 27% do PIB, em 1995, para 34% em 2015. E, diferentemente dos países membros da OCDE, em que a parcela da tributação que recai sobre bens e serviços é residual e há maior peso da tributação sobre renda e patrimônio, no Brasil aproximadamente metade dos tributos incide sobre bens e serviços, o que, proporcionalmente, onera mais a renda dos mais pobres.
A carga tributária bruta no Brasil aumentou exponencialmente ao longo das últimas décadas, passando de 27% do PIB, em 1995, para 34% em 2015. E, diferentemente dos países membros da OCDE, em que a parcela da tributação que recai sobre bens e serviços é residual e há maior peso da tributação sobre renda e patrimônio, no Brasil aproximadamente metade dos tributos incide sobre bens e serviços, o que, proporcionalmente, onera mais a renda dos mais pobres.
Rumo à agricultura do medo?
Por Silvia Ribeiro, no site Outras Palavras:
O futuro da comida não é mais o que costumava ser. Ao menos no que se refere à agricultura industrial. A Monsanto, mais conhecida vilã da agricultura transgênica, pode em breve sumir do mercado com esse nome, se sua compra pela Bayer for autorizada – mas suas intenções continuarão as mesmas. As fusões Syngenta-ChemChina e Dupont-Dow ainda estão sob análise das autoridades antimonopólio em vários países. Se bem sucedidas, as três corporações resultantes controlarão 60% do mercado mundial de sementes comerciais (e quase 100% das sementes geneticamente modificadas), além de 71% dos agrotóxicos, com níveis de concentração que superam em muito as normas sobre monopólio em qualquer país.
terça-feira, 4 de julho de 2017
Cresce o calote nos condomínios de SP
Por Altamiro Borges
A mídia golpista e a cloaca empresarial garantiram que bastaria derrubar Dilma Rousseff e alçar ao poder a gangue de Michel Temer para a economia voltar a crescer “instantaneamente” – segundo as bravatas de Flávio Rocha, o picareta que preside as Lojas Riachuelo. A realidade, porém, é cruel e desmente os golpistas a cada dia que passa. Até os “coxinhas” que residem em prédios da “classe mérdia” já se dão conta que foram usados como massa de manobra pelas elites. Em decorrência do agravamento da crise econômica, muitos deles têm atrasado o pagamento dos condomínios. Segundo pesquisa divulgada pelo Secovi-SP nesta segunda-feira (3), houve um aumento de 1.207% nas ações contra devedores em maio deste ano ante o mesmo mês de 2016.
A mídia golpista e a cloaca empresarial garantiram que bastaria derrubar Dilma Rousseff e alçar ao poder a gangue de Michel Temer para a economia voltar a crescer “instantaneamente” – segundo as bravatas de Flávio Rocha, o picareta que preside as Lojas Riachuelo. A realidade, porém, é cruel e desmente os golpistas a cada dia que passa. Até os “coxinhas” que residem em prédios da “classe mérdia” já se dão conta que foram usados como massa de manobra pelas elites. Em decorrência do agravamento da crise econômica, muitos deles têm atrasado o pagamento dos condomínios. Segundo pesquisa divulgada pelo Secovi-SP nesta segunda-feira (3), houve um aumento de 1.207% nas ações contra devedores em maio deste ano ante o mesmo mês de 2016.
Após Geddel, cadeia para Padilha e Moreira?
Por Altamiro Borges
Nos bastidores do covil golpista circula o boato de que o Judas Michel Temer está deprimido, cabisbaixo. A “primeira-dama recatada e do lar”, Marcela Temer, também anda abatida. O clima de desânimo é justificado. Afinal, o usurpador está vivendo seu inferno astral e corre o sério risco de ser defecado do poder. No final de semana, Michel Temer até festejou a libertação do seu assessor Rocha Loures, o “homem da mala”, e os privilégios concedidos ao comparsa Aécio Neves. Mas o alívio durou pouco tempo. Nesta segunda-feira (3), um dos seus principais amigos, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, foi preso. E o pior é que outros aliados fiéis podem se juntar ao “boca de jacaré” na cadeia. Moreira Franco e Eliseu Padilha estão na fila!
Nos bastidores do covil golpista circula o boato de que o Judas Michel Temer está deprimido, cabisbaixo. A “primeira-dama recatada e do lar”, Marcela Temer, também anda abatida. O clima de desânimo é justificado. Afinal, o usurpador está vivendo seu inferno astral e corre o sério risco de ser defecado do poder. No final de semana, Michel Temer até festejou a libertação do seu assessor Rocha Loures, o “homem da mala”, e os privilégios concedidos ao comparsa Aécio Neves. Mas o alívio durou pouco tempo. Nesta segunda-feira (3), um dos seus principais amigos, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, foi preso. E o pior é que outros aliados fiéis podem se juntar ao “boca de jacaré” na cadeia. Moreira Franco e Eliseu Padilha estão na fila!
"A Globo não vai me calar"
Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
Vítima da cruzada judicial promovida pelo diretor de jornalismo da Rede Globo, Ali Kamel, contra blogueiros e jornalistas que destoam da visão única que impera no monopólio midiático, Marco Aurelio Mello publicou texto relatando seu caso. Processado e condenado por um texto de ficção, Mello se vê, agora, obrigado a indenizar Kamel num típico caso de judicialização da censura.
Contando com a solidariedade de amigos e simpatizantes de sua causa, Mello lançou campanha de arrecadação coletiva para evitar a asfixia financeira, expediente utilizado com frequência por Kamel para calar as vozes dissonantes. Saiba como ajudar: https://www.catarse.me/condenado_d176?ref=project_link
Contando com a solidariedade de amigos e simpatizantes de sua causa, Mello lançou campanha de arrecadação coletiva para evitar a asfixia financeira, expediente utilizado com frequência por Kamel para calar as vozes dissonantes. Saiba como ajudar: https://www.catarse.me/condenado_d176?ref=project_link
João Saldanha: o futebol e o jogo da vida
Por Osvaldo Bertolino, no site Vermelho:
A explosão de popularidade do futebol no Brasil nas primeiras décadas do século XX despertou análises como as de Gilberto Freyre que já em 1936, no livro Sobrados e Mucambos, mencionou “a ascensão do mulato não só mais claro como mais escuro entre os atletas, os nadadores, os jogadores de futebol, que são hoje, no Brasil, quase todos mestiços”. No artigo A propósito de Pelé, publicado na Folha de S. Paulo em 3 de setembro de 1977, Freyre comparou o rei a Machado de Assis, Euclides da Cunha, Heitor Villa-Lobos e Oscar Niemeyer. O que os une? A genialidade.
Um personagem que sintetiza o potencial do universo futebolístico é João Saldanha. Como jornalista, técnico e dirigente ele traduziu, mais do que ninguém, o que a crônica esportiva chama de “magia do futebol” - história brilhantemente reconstituída pelo jornalista André Iki Siqueira no livro João Saldanha, uma vida em jogo, publicado pela Companhia Editora Nacional. Em 550 páginas, Siqueira conta os 73 anos de vida do jornalista - dos quais a maioria vivida também como militante do Partido Comunista.
A explosão de popularidade do futebol no Brasil nas primeiras décadas do século XX despertou análises como as de Gilberto Freyre que já em 1936, no livro Sobrados e Mucambos, mencionou “a ascensão do mulato não só mais claro como mais escuro entre os atletas, os nadadores, os jogadores de futebol, que são hoje, no Brasil, quase todos mestiços”. No artigo A propósito de Pelé, publicado na Folha de S. Paulo em 3 de setembro de 1977, Freyre comparou o rei a Machado de Assis, Euclides da Cunha, Heitor Villa-Lobos e Oscar Niemeyer. O que os une? A genialidade.
Um personagem que sintetiza o potencial do universo futebolístico é João Saldanha. Como jornalista, técnico e dirigente ele traduziu, mais do que ninguém, o que a crônica esportiva chama de “magia do futebol” - história brilhantemente reconstituída pelo jornalista André Iki Siqueira no livro João Saldanha, uma vida em jogo, publicado pela Companhia Editora Nacional. Em 550 páginas, Siqueira conta os 73 anos de vida do jornalista - dos quais a maioria vivida também como militante do Partido Comunista.
Jacob Barata e a maldição dos casamentos
Gilmar Mendes e Guiomar com Beatriz Barata e Chiquinho Feitosa |
Praticamente quatro anos depois de ter sido realizada, uma festa de casamento volta à memória dos cariocas. Na virada de 13 para 14 de julho de 2013, mais de mil convidados foram ao Copacabana Palace para uma celebração que tinha tudo para ser inesquecível – e foi. Champanhe Veuve Clicquot, uísque Black Label e um bolo que, como descreveu a colunista Hildegard Angel, "era um acontecimento". Com direito até a show do cantor Latino (era a época de “Festa no apê”), não teria saído por menos de R$ 1 milhão a união em matrimônio Beatriz Barata e Francisco Feitosa Filho. O azar dos noivos é que, naquele julho de 2013, ainda vivíamos uma onda de protestos que tiveram como um dos principais motes as mazelas do sistema de transporte público.
Assinar:
Postagens (Atom)