sexta-feira, 2 de março de 2018

Doria troca saúde e educação por asfalto

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Depois de triplicar a reprovação ao seu governo (de 13% para 39%) no último Datafolha, o que o fez desistir dos sonhos presidenciais, o prefeito João Doria se conformou em disputar a sucessão de Geraldo Alckmin em São Paulo.

Como as ruas esburacadas na cidade foram um dos motivos da sua queda nas pesquisas, o prefeito resolveu dar um cavalo de pau nos investimentos municipais pois tem pouco tempo para mostrar serviço.

O desemprego e as fake news da Globo

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O IBGE acaba de divulgar os últimos números do mercado de trabalho, atualizado até janeiro deste ano.

Não acreditem nas mentiras da Globo. É um quadro absolutamente dramático, uma prova de que o problema da violência que avança no país não será resolvido jogando dinheiro fora com intervenções militares puramente circenses.

O trimestre de novembro até janeiro encerrou com a destruição de quase 600 mil empregos formais em relação ao ano passado.

Quase 600 mil!

A inspiração da política externa de Trump?

Por Olivier Zajek, no site da Fundação Maurício Grabois:

No dia 6 de novembro de 2017, em uma nota virulenta do New York Times intitulada “Aniversário do apocalipse”, a editorialista Michelle Goldberg evocou com intensidade o primeiro ano de administração de Donald Trump. Um “pesadelo”, ataca ela, durante o qual “o impensável se tornou cotidiano” [1]. A julgar pela quantidade de reprovações expressas por especialistas e formadores de opinião do eixo BosNyWash (Boston, Nova York, Washington), Goldberg não parece ser a única a experimentar um sentimento de expropriação quanto à evolução pela qual passa os Estados Unidos depois das investidas do 45º presidente.

IBGE confirma: Brasil virou país do “bico”

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar(Pnad) do IBGE confirmam a tendência que aqui e em muitos outros lugares tem sido motivo de alerta para o fato de que estamos nos tornando o país do “bico”.

Alem de não haver queda no nível de ocupação – que se manteve nos estratosféricos 12,2%, em um ano, quem acha trabalho trocou os direitos e garantias da carteira de trabalho assinada por ocupações autônomas, informais ou não.

Isso que está aí não é mais democracia

Por Mauro Lopes, em seu blog:

A democracia no Brasil entrou em colapso e estamos nos primeiros momentos de um novo regime de tipo ditatorial.

Há resistências quanto a esta assertiva.

Na direita, a rejeição é óbvia: são as forças políticas que estão demolindo a democracia e jamais admitirão isso. Como em 1964, sufocam a democracia dizendo defendê-la. Basta ver a reação dos jornais das elites em 1 de abril de 1964: “Vitorioso o movimento democrático” (manchete de O Estado de S.Paulo) e “Ressurge a democracia” (editorial de O Globo) . Agora, não é diferente, como temos assistido à farta.

Selic cai, produção patina e bancos lucram

Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:

As estatísticas de crédito bancário divulgadas pelo Banco Central na terça-feira, 28 de fevereiro, revelaram alguns números um tanto intrigantes, principalmente quando comparados à elevada lucratividade dos bancos brasileiros em 2017, quando os quatro maiores bancos de varejo (Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil) registraram em conjunto um lucro recorde de 65 bilhões de reais, alta de 21% em relação a 2016.

Mais do que a estratosférica (e renitente) rentabilidade do oligopólio financeiro que atua no país, o que mais surpreende é que tais resultados tenham se dado em um contexto de redução de 5,75 p.p. da taxa Selic e de mísero crescimento de 1% do PIB, isto é, de estagnação da renda per capita.

"Mercado" já discute chapa Alckmin-Meirelles

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Por Renato Rovai, em seu blog:

Após a condenação do ex-presidente Lula em segunda instância, consolidou-se no mercado financeiro a certeza de que a sua candidatura a presidente está inviabilizada. Mesmo que não venha a ser preso, Lula seria cassado pela ficha limpa. Com isso, o cenário de segundo turno das eleições teria se tornado menos ameaçador para o projeto neoliberal que vem sendo implementado após o golpe contra Dilma Rousseff.

As misérias da intervenção no Rio

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:

Começo a coluna com o último parágrafo do artigo de Benjamim Steinbruch estampado na Folha de S.Paulo na terça feira 20 de fevereiro: “Políticas econômicas irresponsáveis, que provocam desemprego, jogam jovens desocupados nos braços da criminalidade. O País precisa com urgência de crescimento econômico e criação de postos de trabalho. E isso não é tarefa para generais”.

Neste espaço, já aborreci o leitor de CartaCapital com o tema da violência no Brasil. Mas vou insistir. Com raras e pontuais interrupções, o Estado oligárquico brasileiro ocupa-se há séculos da produção da insegurança: omite-se diante das tragédias do desemprego, da falta de saúde e de moradia e recua diante da violência dos criminosos.

A esperança não pode morrer

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Apesar de toda a alegria do carnaval passado em quase todas as cidades de nosso pais, há um manto de tristeza e desamparo que se pode ler nos rostos da maioria que encontramos nas ruas das grandes cidades como o Rio e São Paulo entre outras.

É que politicamente o golpe parlamentar-jurídico-mediático (e hoje sabemos apoiado pelos órgãos de segurança dos USA) nos fechou o horizonte. Ninguém pode nos dizer para onde vamos. O que aponta de forma inegável é o aumento da violência com um número de vítimas que se igualam e até superam as regiões de guerra. E ainda sofremos uma intervenção militar no Rio de Janeiro.

quinta-feira, 1 de março de 2018

Do fim das aposentadorias à privataria

Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:

O início do processo de definição das candidaturas às eleições presidenciais de outubro próximo contribui também para a antecipação de alguns temas que podem ser norteadores no debate entre os postulantes ao cargo. O mais importante de todos parece ser a tentativa de impedir que o ex-presidente Lula consiga manter o registro de sua candidatura ao Palácio do Planalto. Com isso, o Brasil corre o vergonhoso risco de promover uma escancarada fraude antes mesmo do início do pleito. O candidato que todas pesquisas apontam como o virtual vencedor não poderá concorrer? Mas existem também outras ameaças.

A intervenção na Venezuela e o Brasil

Por Marcelo Zero, no blog Viomundo:

Aparentemente, os EUA estão pretendendo acelerar os preparativos para uma intervenção mais aberta e incisiva na Venezuela.

Após as declarações de Trump, de que não descartaria uma intervenção militar naquele país, o Secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, em discurso na Universidade do Texas, em 1º de fevereiro, sugeriu que solução para a Venezuela poderia vir de um golpe.

Tillerson, em recente passagem pela América Latina, onde visitou México, Peru, Colômbia e Argentina, concentrou todos os seus esforços em convencer os governos desses países a apoiarem medidas mais duras contra o regime chavista da Venezuela.

Temer e seu mapa do medo

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Atitude autoritária. Medida eleitoreira. Erro sociológico. Equívoco técnico. Ameaça aos direitos humanos. Militarização de política pública. Essas são apenas algumas das características mais destacadas da intervenção federal na segurança no Rio de Janeiro. A elas se somam o populismo, o incentivo à discriminação e a criação de um ambiente de medo.

O autoritarismo se expressa desde a forma como foi anunciada a intervenção, como no objeto imediatamente apresentado à sociedade: tratar a situação como se fosse guerra. O militarismo explícito, com suas tristes evocações na memória brasileira, foi resgatado como signo de uma eficiência improvável.

Alckmin avança sobre a Caixa

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

No compreensível esforço para chamar a atenção dos brasileiros e brasileiras, que não têm demonstrado grande interesse por suas ideias presidenciais, Geraldo Alckmin voltou a conhecida melodia do PSDB - privatização.

Depois que Temer-Meirelles já entregaram boa parte do patrimônio do país - no momento se dedicam a abrir caminho para que a Boeing tome posse da Embraer e à venda da Eletrobras - a Folha informa que assessores do governador já começam a preparar um projeto para privatizar a Caixa Econômica Federal.

Banco Central independente de quem?

Editorial do site Vermelho:

Derrotado na tentativa de impor a contra reforma reacionária na Previdência, o governo do golpista Michel Temer apresenta agora, como compensação para a especulação financeira, seu pacotão de 15 medidas neoliberais que há tempos compõem o receituário conservador.

Entre elas se destaca a renovada tentativa de entregar aos banqueiros – ao chamado “mercado” – o controle do Banco Central e, assim, dar a eles o poder sobre as atividades financeiras – sobre a moeda, a política de juros, o controle e fiscalização da atividade bancária, etc. Como diz o povo, dar à raposa o controle do galinheiro...

Servidores do Judiciário debatem conjuntura

Comunicação não é mercadoria. É direito!

Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior:

O que seria deste país se a Comunicação não estivesse nas mãos de golpistas?

Se suas empresas, no devido respeito às leis, garantissem a pluralidade de opinião, de representação e universalidade?

Se em vez de atacar, elas defendessem as instituições democráticas?

Em outras palavras:

O que seria da nossa direita, deste golpe absurdo, dos sucessivos retrocessos de direitos, sem o comando e a manipulação diuturna das Organizações Globo?

General interventor favorece a Globo

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Quem quiser enxergar o simbolismo escandalosamente realista do momento de retrocesso que vive o Brasil não vai ter dificuldade se gastar alguns minutos com uma breve análise da coletiva de imprensa concedida pelo General Braga Netto, interventor federal-militar do Rio de Janeiro, concedida na terça-feira 27 de fevereiro. O chefão militar deu um show de prepotência e de falta de espírito público, bem ao estilo militar brasileiro, de triste memória.

Temer e os desastres na política externa

Por Marcio Pochmann, na Revista do Brasil:

A ascensão do governo Temer gerou novas expectativas em relação à condução da política externa frente às críticas dos ministros tucanos que assumiram o Itamaraty à experiência altiva e ativa dos governos petistas. De imediato, as articulações sul-sul que estavam em curso foram imediatamente secundarizadas, o que logo indicou o quanto a temática da soberania nacional poderia ser abalada.

Pela sucessão de fiascos protagonizados pelos ministros de Temer no Itamaraty, o problema se revelou não apenas no enfoque ideológico e programático associado ao retorno da integração subordinada aos países ricos, sobretudo aos Estados Unidos. Apareceu ser também de competência, a começar pela escandalosa imprudência de apoio pré-eleitoral do então recém empossado ministro do Itamaraty de Temer, José Serra, à candidata Hillary Clinton.

Tiago Leifert e o esporte refém da Globo

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Tiago Leifert, apresentador do BBB, escreveu um artigo na revista GQ, da qual é colunista, que está bombando.

Não pelas virtudes, mas pelos defeitos. É um monumento à estupidez, à banalidade e ao conformismo.

O título é “Evento esportivo não é lugar de manifestação política”.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Limites e desatenções de Raquel Dodge

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Não se deve culpar a Procuradora Geral da República (PGR) por todos os pecados da Lava Jato.

Por exemplo:

1, Livrou o governador paulista Geraldo Alckmin de uma denúncia por escutas ilegais nos presídios. Alckmin foi envolvido por ser o chefe maior, o governador do Estado. Forçaram a barra, obviamente.


2. Não endossou o pedido da Polícia Federal de quebra de sigilo bancário de Michel Temer.

Está certa, ela. Golpista, chefe de organização criminosa, ou qualquer outra qualificação que se lhe dê, o fato é que Temer é presidente da República. Permitir a quebra de sigilo bancário de um presidente da República é conferir um poder abusivo à PF.