domingo, 22 de abril de 2018

Cuba: mudanças que emergem do povo

Foto: Jorge Luis Sánchez Rivera/Cubadebate
Editorial do site Vermelho:

Unidade do povo e continuidade da revolução – estas são as consignas que resumem a orientação que o novo presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, seguirá. Ele tomou posse nesta quinta-feira (19), um dia antes de completar 58 anos de idade. Faz parte assim da geração dos cubanos nascidos depois da revolução vitoriosa de 1º de Janeiro de 1959, tendo crescido e se formado sob os ideais socialistas cuja grande estrela foi Fidel Castro.

FHC em ação sempre nefasta

Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

Então o príncipe dos sociólogos, também ex-presidente da república, declarou que não considera Lula da Silva um preso político. Foi dado ao príncipe um tremendo espaço na mídia comercial, sobretudo depois dele afirmar que considerava o ex-presidente como um político preso. E ao mesmo tempo Cardoso comentou que o fato de Geraldo Alckmin não aparecer bem nas pesquisas, não passando de um digito, não quer dizer nada por enquanto. FHC lembrou que sua candidatura só deslanchou depois de junho, esquecendo-se deliberadamente de afirmar que deve a sua eleição ao apoio que obteve da mídia comercial, um verdadeiro partido político.

O golpe aumenta os assassinatos no campo

Por Erika Morhy, no site Carta Maior:

As estatísticas estarrecedoras divulgadas esta semana pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) e que colocam o Pará no topo da lista de estados brasileiros com maior número de assassinatos no campo em 2017 têm íntima relação com o modelo de desenvolvimento imposto no país a partir do golpe de 2016. Acadêmicos e líderes de organizações sociais mostram que medidas adotadas pelos três poderes da República convergem no benefício a grandes negociadores dos recursos naturais, que transformam terra, água, minério e floresta em bens de mercado, tornando vulneráveis populações que dependem de recursos como esses para sobreviver e que terminam vítimas de crimes seletivos.

'Eleitores' de Lula ensinam política à Folha

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A “pesquisa qualitativa” realizada pela Folha com uma amostra dos potenciais eleitores de Lula é uma lição de política dada aos comentaristas do “pragmatismo puro” que dizem que, não indicando de imediato alguém que vá ser o seu candidato nas eleições de outubro, o PT está perdendo seus espaços políticos.

Ao contrário, se o fizesse, aí é que os estaria perdendo.

Dúvida de Barbosa é ter de enfrentar Lula

Do blog: A justiceira de esquerda
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Em minha opinião, a hesitação de Joaquim Barbosa para ingressar de vez na campanha presidencial não envolve nenhuma dúvida interna, mas um fator externo e inconfessável: Lula.

Candidatos que entram numa disputa eleitoral com a fantasia do "novo" na política contam com várias vantagens comparativas em relação aos competidores conhecidos. Mas sua natureza é um elemento de risco. A identidade de "novo" é como um palito de fósforo e só pode ser riscado uma vez.

Não pode falhar - neste caso, o destino é o lixo ou a mediocridade, destino que acompanha ministros e procuradores europeus que em anos recentes correram atrás de possíveis louros eleitorais depois de fazer investigações contra a corrupção do sistema político.

A presença de Lula nas eleições de 2018

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O preso devia ser um ausente, um esquecido, um excluído da memória e das conversas. Mas nestes primeiros 15 dias de sua prisão, falou-se do ex-presidente Lula o tempo todo: nas tribunas do no Congresso, nos jornais, no rádio e na televisão, em debates na sociedade civil, reunissem eles apoiadores ou críticos, empresários ou ativistas políticos. O PT vem sendo aconselhado a reduzir a luz sobre Lula, buscando um esquecimento que seria benéfico ao esforço junto aos tribunais por sua libertação. Enquanto ele for esta presença na ausência, dizem, será difícil tirá-lo de Curitiba. Mas a disposição, do PT e dele própria, é no sentido contrário. É mantê-lo em cena, como candidato a presidente, deixando para Justiça Eleitoral o ônus de barrar sua candidatura em agosto. Até lá, a incerteza vai pairar.

Uma enciclopédia para entender o golpe

Por Eduardo Nunomura, na revista CartaCapital:

Uma dezena de universidades públicas mobilizou-se para criar disciplinas sobre o golpe de 2016, seguindo a iniciativa do professor da Universidade de Brasília Luis Felipe Miguel. Na primeira aula, na segunda-feira 5, o cientista político explicou por que essa palavra é tão repelida justamente por aqueles que a puseram em circulação no Brasil.

“Não foi só uma mudança em quem ocupa a Presidência. É uma mudança profunda, que se pretende definitiva, imposta unilateralmente e em desrespeito à lei por grupos de dentro do Estado, nas regras do jogo político. Em uma palavra: é mesmo um golpe”, escreveu o professor.

Unasul: Integração regional está ameaçada

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O Brasil, juntamente com os governos da Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru, está empenhado em enfraquecer a Unasul, a União de Nações Sul-americanas.

Os governos desses 6 países pretendem suspender a participação neste bloco regional criado em julho de 2010.

A Unasul é um fator essencial tanto para a integração regional, como para a viabilização de estratégias de soberania e defesa deste continente que é um estratégico fornecedor de energia, água, alimentos, minérios e matérias-primas para o mundo.

Monopólios na internet ameaçam democracia

Por Veridiana Alimonti, no site do FNDC:

No início do segundo dia do seminário “Internet, liberdade de expressão e democracia: desafios regulatórios para a garantia de direitos”, promovido pelo FNDC com apoio do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), o tema foi a regulação das plataformas de internet. Como ressaltou Jonas Valente, integrante do Intervozes e pesquisador da UnB, os termos do debate já não são mais se a internet deve ou não ser regulada, mas como e com que objetivos. No diagnóstico do cenário atual, destaca-se a consolidação de poucos e grandes conglomerados digitais.

Justiça tenta acordo com Lula. Arregou!

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A intenção da mídia e do Judiciário era a de que Lula “sumisse” após ser preso. Porém, nunca se falou tanto dele. Foi preso no dia 7 de abril e até agora, todos os dias, o seu nome domina o cenário político. O desespero da mídia e da “justiça” é tanto que estão tentando convencer o ex-presidente a não ser candidato de dentro da cadeia. Estão perdendo tempo.

A tática de Lula de se manter vivo no cenário político foi elogiada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ainda que tenha tido outra intenção. Ele disse que o adversário foi “esperto” ao fazer o discurso forte e politizado que fez antes de ser preso.


Barbosa, Marina e o mercado de votos

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Não deve ter dado muito certo o primeiro encontro de Joaquim Barbosa com os dirigentes do PSB a quem foi apresentado na tarde desta quinta-feira. Na saída do encontro, Barbosa foi reticente: “Há dificuldades dos dois lados. O partido tem sua história e eu tenho dificuldades do lado pessoal. Não convenci a mim mesmo que devo ser candidato”.

Se assim é, melhor o establishment mercadista-midiático procurar outro candidato menos vacilante para chamar de seu. Ao longo do dia, o nome novo que surgiu foi o de Pedro Parente, ex-ministro de FHC, presidente da Petrobras e agora também do conselho da BRF.

A primeira vítima da casa-grande

Por Roberto Amaral, em seu blog:

A prisão do ex-presidente Lula – ilegal, arbitrária, ato de perseguição política -, que chega sem surpresa para os que enxergam um palmo adiante do nariz, encerra um capítulo da Operação Lava Jato e escancara um novo ciclo dentro do golpe instalado com o impeachment de Dilma Rousseff. Mas igualmente indica para as forças populares novos objetivos imediatos e, forçosamente, novas formas de luta.

E exige, como imperativo histórico, sua unidade.

Não é inteligente minimizar o ataque e suas consequências: a adversidade deve ser mais um instrumento de nossa aproximação com as grandes massas, ainda chocadas com a violência.

O avanço do estado de exceção no Brasil

Novo golpe na integração regional

Por Marcelo Zero

A integração regional já havia sofrido um golpe duro com o afastamento da Venezuela do Mercosul por motivos puramente políticos.

Na prática, isso criou uma espécie de veto político a regimes bolivarianos e de esquerda, no Mercosul.

Além disso, com o Brasil de Temer e a Argentina de Macri, acabou prevalecendo, no bloco, a tese do “regionalismo aberto”, isto é, a tese de que se deve abandonar a união aduaneira e que cada país deve procurar se integrar às economias mais avançadas, como a dos EUA e a da Europa.

Privatizações ameaçam a soberania do país

Por Patrus Ananias

Há dois anos é assim: todos os dias o governo dos golpistas entrega partes do patrimônio brasileiro, da soberania nacional.

A quinta-feira, 19, foi exemplar. Num só dia o chefe do governo decretou a entrega da Eletrobras e o presidente da Petrobras anunciou a venda de quatro refinarias.

Alargando amplamente o caminho de favorecimentos e de privilégios ao setor privado, sobretudo ao capital internacional, o decreto assinado por Michel Temer inclui a Eletrobras no Programa de Desestatização.

sábado, 21 de abril de 2018

Marina não sabia dos malfeitos de Aécio?

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Num evento em Belo Horizonte, Marina Silva contou que não sabia dos crimes de que Aécio é acusado.

Foi sua segunda viagem à capital de Minas em menos de dez dias.

A candidata da Rede deu uma de joana sem braço quando questionada sobre o apoio ao tucano no segundo turno das eleições de 2014.

Marina ficou em terceiro lugar e abraçou a causa do Mineirinho com unhas, dentes e muito ódio no coração.

Os donos da mídia no Brasil pós-golpe

Por André Pasti e Luciano Gallas, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Uma mídia com elevada concentração de propriedade e de audiência, sob crescente controle religioso, com influentes afiliações políticas e guiada por interesses econômicos de grandes grupos. Gravíssima falta de transparência na propriedade e na distribuição da publicidade governamental, concentrada, sobretudo a partir do governo de Michel Temer, nos meios simpáticos à agenda de reformas do governo. Tudo isso possibilitado por um marco regulatório antigo, permissivo e ineficaz. Esses são alguns dos apontamentos deste especial, que traz resultados do Monitoramento da Propriedade da Mídia (Media Ownership Monitor, ou “MOM”) no Brasil.

Lula fez uma caipirinha com limões azedos

Por Rodrigo Perez de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

"Que Lula há muito tempo deixou de ser homem e se tornou uma instituição é consenso à direita e à esquerda. O que está em jogo, em disputa, é o significado da instituição, o que ela representa.

Lula é o maior corrupto da história do Brasil ou a principal liderança popular que esse país já teve?

A disputa está aí. No atual estado da situação não sobrou muito espaço para meio termo. Ou é uma coisa ou é a outra. Cada um que escolha seu lado.

Na condição de instituição, todo gesto de Lula tem dimensão simbólica, é lido e interpretado por todos, por detratores e admiradores. Lula pega o microfone e o país paralisa em frente à TV. Os admiradores choram. Os jornalistas a serviço da mídia hegemônica silenciam. Ninguém fica indiferente a uma instituição desse tamanho.

Privacidade: nova batalha à vista

Por Laura Tresca, Paulo José Lara e Marcelo Blanco, da Artigo 19, no site Outras Palavras:

Os recentes acontecimentos envolvendo o Facebook e a empresa de tratamento de dados e propaganda política Cambridge Analytica, em que 87 milhões de usuários da rede social tiveram seus dados pessoais ilegalmente vazados, não apenas reforçaram na opinião pública o caráter fundamental de uma regulação sobre proteção de dados pessoais, como também estão impulsionando a tramitação de projetos de leis relacionados ao tema no Brasil.

Educação brasileira: do destaque ao colapso?

Por Patrícia Andrade de Oliveira e Silva, no site Brasil Debate:

A política educacional brasileira no século 21 foi conduzida por 4 governos distintos: no início do século com o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Lula), da ex-presidenta Dilma Rousseff e, por fim, após o impeachment da presidenta, a chegada de Michel Temer ao Planalto. Os planos de governo demonstram significativa diferença de atuação em termos de políticas públicas que culminaram em diferentes abordagens para a política de educação. (BRASIL,1998; 2003; 2008; 2011).