segunda-feira, 23 de abril de 2018

Não conseguiram nos roubar o futuro

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Para o júbilo
o planeta
está imaturo.
É preciso
arrancar alegria ao futuro.
Nesta vida
morrer não é difícil.
O difícil
é a vida e seu ofício.
Vladimir Maiakóvski, no poema dedicado a Sierguei Iessiênin – poeta russo e amigo.


A prisão política do Lula não é uma injustiça qualquer.

É uma injustiça equiparável às injustiças perpetradas contra os grandes personagens da história, submetidos ao martírio porque simbolizavam interesses antagônicos aos dos poderosos do seu tempo – Sócrates, Cristo, Gandhi, Fidel, Mandela, Getúlio …

A boçalidade triunfante no pós-golpe

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

23 de abril de 2018, uma segunda-feira qualquer.

Leio os jornais, abro o computador, procuro algum assunto que me desperte interesse e mereça ser comentado, não encontro nada digno de registro.

Olho para a folhinha e me dou conta do tempo que passou correndo, ninguém sabe para onde.

Está fazendo dois anos que um impeachment malaco trocou o governo do país sem consultar o eleitorado.

O lançamento do livro 'Outubro Vermelho'

Do blog Resistência:

O auditório do Centro de Estudos Barão de Itararé, no centro de São Paulo, recebeu, nesta última sexta-feira, mais de 70 pessoas que foram prestigiar o lançamento do livro “Outubro Vermelho 100 anos 1917-2017”, de autoria de José Reinaldo, Socorro Gomes e Wevergton Brito Lima.

Como parte do lançamento foi realizado também um debate intitulado “Os impactos da Revolução Russa de 1917” com a participação de Gilberto Maringoni, Iole Ilíada e José Reinaldo. Quem coordenou a mesa foi a secretária-geral do Centro de Estudos Barão de Itararé, jornalista Renata Mielli.

Os quatro objetivos da Lava-Jato

Por Frei Sérgio Antônio Görgen, no site Mídia Ninja:

A Lava Jato, quando foi criada nos Estados Unidos, delegou tarefas à Globo e ao Judiciário e traçou quatro objetivos, claros, diretos. Todo o resto, firula e jogo de cena.

1º Objetivo – Destruir a Petrobras, a indústria nacional e entregar o potencial energético nacional, especialmente o petróleo, para as multinacionais.

Parabéns, Moro, parabéns Dallagnol, parabéns Globo, parabéns TRF4, parabéns Carmen Lúcia, Rosa Weber, Barroso, Fux, Fachin e Alexandre Moraes.

FHC é a expressão maior da mediocridade

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Fernando Henrique Cardoso talvez seja a expressão máxima da mediocridade do pensamento político nacional.

Assumiu a presidência devido à simpatia pessoal que lhe era devotada pelo então presidente Itamar Franco. O Plano Real caiu no seu colo. Produziu desastres de monta no seu período na presidência. Mas, quando saiu, houve um trabalho diuturno da mídia para uma releitura do seu governo que permitisse ser o contraponto do governo Lula.

O cálculo político da senadora Ana Amélia

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Quando contei para uma tia minha que havia dado uma entrevista para a Al-Jazeera sobre a greve geral no ano passado, ela me olhou com olhos de Ana Amélia Lemos. Ela claramente ficou incomodada com o prefixo “al”. Um incômodo que foi incutido nela durante anos pelas marteladas contra o mundo árabe dadas pela mídia ocidental. Diferentemente da senadora do PP, a ligação da minha tia com a política e o mundo se dá basicamente pela acompanhamento diário do Jornal Nacional. Ana Amélia é jornalista há quase 50 anos e se destacou sendo comentarista política. Mesmo com esse currículo, foi capaz de cometer esse atentado verbal no Senado:


Águas turvas do pútrido sistema de justiça

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Instituto de quem, cara pálida?

Poucos dias antes de encerrar seu segundo mandato de presidente da República, FHC reuniu, em jantar em pleno Palácio Alvorada, a nata dos empreiteiros do país. Na ocasião, teve coroado de êxito seu objetivo ao promover o convescote: depois de passar o chapéu, arrecadou nada menos do que 10 milhões de reais para erguer o instituto FHC, que jamais foi incomodado pela justiça.

“Estive preso e me impediram de visitar-te”

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Há uma cena de grande dramaticidade no evangelho de São Mateus quando se trata do Juízo Final, quer dizer, quando se revela o destino último de cada ser humano. O Juiz Supremo não perguntará a que Igreja ou religião alguém pertenceu, se aceitou os seus dogmas, quantas vezes frequentou os ritos sagrados.

Esse Juiz se voltará aos bons e dirá: ”Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do reino preparado para vós desde a criação do mundo; porque tive fome e de me destes de comer, tive sede e me destes de beber, fui peregrino e me acolhestes, estive nu e me vestistes, doente e me visitastes, estava preso e viestes me ver… todas as vezes que fizestes a um destes meus irmãos e irmãs menores, foi a mim que o fizestes…e quando deixastes de fazer a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes (Evangelho de S.Mateus,25, 35-45).”

Boff, Esquivel e FHC, velhos e velhacos

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Em “Um Conto de Natal”, a história da redenção de um ancião mesquinho visitado por três fantasmas, Charles Dickens escreve que “a escuridão era barata, por isso Scrooge gostava dela”.

Há velhos homens públicos que vivem na luz, outros que preferem as trevas.

Se Leonardo Boff e Adolfo Pérez Esquivel dão exemplo de dignidade e firmeza, FHC, aos 86 anos, vai no sentido contrário.

Sua ex-amante, Mirian Dutra, o chamou de “velhaco”. É justo.

Fernando Henrique envelhece mal, refém de si mesmo.

A luta contra o 'enjaulamento' de torcedores

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:


O coletivo "Futebol, Mídia e Democracia" lançou uma nota de repúdio à medida adotada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro em parceria com o Gepe e o consórcio Maracanã que implanta um setor de 2 mil lugares para as torcidas organizadas. Um setor cercado de grades que mais parece uma prisão para isolar todas as torcidas do resto dos torcedores "comuns".

Confira a nota e abaixo as torcidas, movimentos, coletivos e demais entidades que assinam o documento:

domingo, 22 de abril de 2018

Carta aberta ao presidente Lula

Por Flávio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

Caro Presidente Lula,

Em primeiro lugar, permita-me tratá-lo assim. Isto não significa desrespeito à companheira Dilma, última presidenta legítima do Brasil. É um vezo meu. Por exemplo: nunca deixei de chamar o companheiro Leonel Brizola de “governador”. E não era porque ele fora governador do Rio de Janeiro. Era porque ele fora e é o imortal Governador da Legalidade, de 1961, uma das poucas ocasiões em que um golpe de estado posto em marcha teve de recuar e perdeu, embora a saída tenha sido, naquela ocasião, o empate técnico do Parlamentarismo.

Inteligência Artificial, novo pesadelo?

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Em “Vida de Galileu”, provavelmente sua peça mais notável, Bertolt Brecht imagina a fala final do grande cientista do Renascimento a seus pares. A obra foi escrita durante o tormento da II Guerra Mundial, em meio os exílios do autor – por isso, o Galileu de Brecht já não compartilha o entusiasmo automático pela Ciência presente em outras obras da tradição iluminista e mesmo marxista. Diz ele, em tom de advertência quase desesperada: “O precipício entre vocês e a humanidade pode crescer tanto que ao grito alegre de vocês, grito de quem descobriu alguma coisa nova, responda um grito universal de horror”. Há duas semanas, a revista britânica Economist publicou um longo estudo sobre os novos avanços a Inteligência Artificial – especialmente seu uso nos locais de trabalho. Diante da leitura, é impossível não sentir de novo o calafrio que assombrou o dramaturgo alemão.

A prisão de Lula e o preço da traição

Por Fernando Rosa, no site da Fundação Perseu Abramo:

A prisão de Lula, determinada pelo jagunço do Império, liberou, definitivamente, o assalto ao Brasil, como poucas vezes se viu em nossa história. Se nos tempos de Tiradentes, a espoliação foi brutal, hoje ganha contornos ainda mais graves. Não se trata apenas de “privatização”, estão transferindo infraestruturas estratégicas, como o sistema Eletrobras, para outros países, outros Estados.

Cuba: mudanças que emergem do povo

Foto: Jorge Luis Sánchez Rivera/Cubadebate
Editorial do site Vermelho:

Unidade do povo e continuidade da revolução – estas são as consignas que resumem a orientação que o novo presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, seguirá. Ele tomou posse nesta quinta-feira (19), um dia antes de completar 58 anos de idade. Faz parte assim da geração dos cubanos nascidos depois da revolução vitoriosa de 1º de Janeiro de 1959, tendo crescido e se formado sob os ideais socialistas cuja grande estrela foi Fidel Castro.

FHC em ação sempre nefasta

Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

Então o príncipe dos sociólogos, também ex-presidente da república, declarou que não considera Lula da Silva um preso político. Foi dado ao príncipe um tremendo espaço na mídia comercial, sobretudo depois dele afirmar que considerava o ex-presidente como um político preso. E ao mesmo tempo Cardoso comentou que o fato de Geraldo Alckmin não aparecer bem nas pesquisas, não passando de um digito, não quer dizer nada por enquanto. FHC lembrou que sua candidatura só deslanchou depois de junho, esquecendo-se deliberadamente de afirmar que deve a sua eleição ao apoio que obteve da mídia comercial, um verdadeiro partido político.

O golpe aumenta os assassinatos no campo

Por Erika Morhy, no site Carta Maior:

As estatísticas estarrecedoras divulgadas esta semana pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) e que colocam o Pará no topo da lista de estados brasileiros com maior número de assassinatos no campo em 2017 têm íntima relação com o modelo de desenvolvimento imposto no país a partir do golpe de 2016. Acadêmicos e líderes de organizações sociais mostram que medidas adotadas pelos três poderes da República convergem no benefício a grandes negociadores dos recursos naturais, que transformam terra, água, minério e floresta em bens de mercado, tornando vulneráveis populações que dependem de recursos como esses para sobreviver e que terminam vítimas de crimes seletivos.

'Eleitores' de Lula ensinam política à Folha

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A “pesquisa qualitativa” realizada pela Folha com uma amostra dos potenciais eleitores de Lula é uma lição de política dada aos comentaristas do “pragmatismo puro” que dizem que, não indicando de imediato alguém que vá ser o seu candidato nas eleições de outubro, o PT está perdendo seus espaços políticos.

Ao contrário, se o fizesse, aí é que os estaria perdendo.

Dúvida de Barbosa é ter de enfrentar Lula

Do blog: A justiceira de esquerda
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Em minha opinião, a hesitação de Joaquim Barbosa para ingressar de vez na campanha presidencial não envolve nenhuma dúvida interna, mas um fator externo e inconfessável: Lula.

Candidatos que entram numa disputa eleitoral com a fantasia do "novo" na política contam com várias vantagens comparativas em relação aos competidores conhecidos. Mas sua natureza é um elemento de risco. A identidade de "novo" é como um palito de fósforo e só pode ser riscado uma vez.

Não pode falhar - neste caso, o destino é o lixo ou a mediocridade, destino que acompanha ministros e procuradores europeus que em anos recentes correram atrás de possíveis louros eleitorais depois de fazer investigações contra a corrupção do sistema político.

A presença de Lula nas eleições de 2018

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O preso devia ser um ausente, um esquecido, um excluído da memória e das conversas. Mas nestes primeiros 15 dias de sua prisão, falou-se do ex-presidente Lula o tempo todo: nas tribunas do no Congresso, nos jornais, no rádio e na televisão, em debates na sociedade civil, reunissem eles apoiadores ou críticos, empresários ou ativistas políticos. O PT vem sendo aconselhado a reduzir a luz sobre Lula, buscando um esquecimento que seria benéfico ao esforço junto aos tribunais por sua libertação. Enquanto ele for esta presença na ausência, dizem, será difícil tirá-lo de Curitiba. Mas a disposição, do PT e dele própria, é no sentido contrário. É mantê-lo em cena, como candidato a presidente, deixando para Justiça Eleitoral o ônus de barrar sua candidatura em agosto. Até lá, a incerteza vai pairar.

Uma enciclopédia para entender o golpe

Por Eduardo Nunomura, na revista CartaCapital:

Uma dezena de universidades públicas mobilizou-se para criar disciplinas sobre o golpe de 2016, seguindo a iniciativa do professor da Universidade de Brasília Luis Felipe Miguel. Na primeira aula, na segunda-feira 5, o cientista político explicou por que essa palavra é tão repelida justamente por aqueles que a puseram em circulação no Brasil.

“Não foi só uma mudança em quem ocupa a Presidência. É uma mudança profunda, que se pretende definitiva, imposta unilateralmente e em desrespeito à lei por grupos de dentro do Estado, nas regras do jogo político. Em uma palavra: é mesmo um golpe”, escreveu o professor.