quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Crise mundial e o endividamento dos EUA

Foto: Cezar Xavier
Por Cezar Xavier, no site da Fundação Maurício Grabois:

O 6º colóquio realizado pela Fundação Maurício Grabois, na sede do PCdoB, em São Paulo, no dia 23 de julho, terça-feira, perguntou: A grande crise de 2008 foi superada? Os economistas e estudiosos que debateram o tema foram Nilson Araújo, Renildo Souza, Lécio Morais e A. Sérgio Barroso.

O comentário de Lécio, assessor econômico da bancada do PCdoB, no Congresso Nacional, procurou demonstrar como a globalização financeira, criada para possibilitar o livre fluxo cambial pelo mundo, se tornou uma teia de capitais fictícios impossível de se desvencilhar. O esforço norte-americano pela flutuação cambial em todo o mundo acabou tornando a grande potência no maior devedor líquido do mundo, um fenômeno inédito na história econômica. A implosão da bolha hipotecária daquele país só agravou ainda mais a situação, aumentando a quantia de títulos podres nas mãos do tesouro americano. Deste modo, todas as soluções pacíficas para a crise afetariam profundamente a economia daquele país. Lécio sugere que, a depender do dólar, qualquer solução para essa crise prolongada terá que favorecer os EUA, não pondo em risco de colapso aquela economia, em favor de outras potências.

Brasil: Um país governado pelo ódio

Por Tiago Cavalcanti, na revista CartaCapital:

Ele venceu a disputa. Incitou a violência, exaltou a tortura, pregou o armamentismo. Celebrou a homofobia, o machismo, o sexismo. Seduziu sentimentos adjacentes e ganhou apoio da raiva, da revolta, do desgosto. Sem diálogo, atirou contra a democracia, disparou contra a harmonia, atropelou a tolerância. E foi assim que o ódio prevaleceu. Um ódio tirano, autoritário e conservador.

Transferência de Lula para SP é sacanagem

Por Altamiro Borges

A juíza Carolina Lebbos, responsável por analisar as ações da midiática Lava-Jato – já rotulada de “organização criminosa” até pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) –, determinou nesta quarta-feira (7) a transferência do ex-presidente Lula de Curitiba para São Paulo. Num primeiro momento, a medida até foi saudada como positiva – já que havia sido solicitada pelos advogados de defesa como forma de aproximar o líder petista da família. Aos poucos, porém, ficou evidente a nova maldade da rancorosa Carolina Lebbos, conhecida por suas posições direitistas e pelo servilismo diante do ex-chefe, Sergio Moro, que hoje é ministro no laranjal de Jair Bolsonaro.

terça-feira, 6 de agosto de 2019

Bolsonaro quer Nordeste subserviente

Por Rafael Duarte, no site Saiba Mais:

Jair Bolsonaro voltou à carga sobre a região Nordeste. O preconceito do presidente da República em relação aos estados nordestinos já tinha ficado evidente durante a campanha eleitoral e, mais recentemente, quando da declaração sobre “os governadores de paraíbas”, um ataque direto ao governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB).

Agora, em novo golpe na Bahia na segunda-feira (5), Bolsonaro cobra subserviência.

Durante a inauguração de uma usina de energia em Sobradinho (BA), o presidente avisou que que só vai liberar recursos para o Nordeste se os governadores reconhecerem “que estão trabalhando com Jair Bolsonaro”.

Bolsonaro tem a compulsão da canalhice

Por Fernando Brito, em seu blog:

Se um presidente da República quisesse defender o empreendedorismo e falar das dificuldades que qualquer pessoa que entre no mundo dos negócios tem, bastaria falar de que é preciso simplificar a burocracia e dar facilidades para que se possa contratar. Seria razoável e necessário, até, nos tempos bicudos que se atravessa, onde quase metade dos que abrem uma empresa não consegue passar dos dois anos de funcionamento.

Brasil entregue à geopolítica de Trump

Editorial do site Vermelho:

Uma medida unilateral e protecionista arbitrária, que prejudica seriamente as regras internacionais e terá impacto significativo na economia global e nos mercados financeiros. Esse foi o diagnóstico do Banco Popular da China – o banco central do país – ao responder às acusações dos Estados Unidos que rotularam o país asiático como "um manipulador de moeda". No fundo da contenda está a guerra comercial contra a China iniciada pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

O passo seguinte à indignação

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A greve de 13 de agosto próximo não deveria ser encarada pelos democratas e progressistas brasileiros como um ato protocolar de protesto.

Centrada sobretudo na defesa da educação pública – um dos alvos recentes da política oficial de desmonte do governo Bolsonaro – o movimento tende a transbordar seus próprios limites.

O Brasil vive uma escalada da indignação social.

Parcelas cada vez mais amplas da sociedade expressam seu inconformismo com as características violentas, obscurantistas –social e economicamente regressivas –, do extremismo direitista que chegou ao poder em meio ao trapaceado jogo eleitoral de 2018.

Bolsonaro pode sofrer impeachment?

Lava-Jato promoveu a Grande Corrupção

Por Marcelo Zero

A operação Lava Jato, concebida pelo DOJ dos EUA e conduzida pelo juiz Moro, embora tenha tido papel central na instituição do atual governo de psicopatas que adoram torturadores e ditaduras, passou longe de um real combate à corrupção.

Como o intuito essencial dessa operação orientada desde o exterior não era o combate à corrupção, mas sim a derrubada de um regime que contrariava os interesses dos EUA na América do Sul, conforme reconheceu explicitamente o ex-embaixador Thomas Shannon, ela se limitou a, de modo seletivo, perseguir o PT e suas lideranças.

A ditadura de Bolsonaro avança

A esquizofrenia da mídia diante de Bolsonaro

Bolsonaro é caso para impeachment!

A volta das férias nas trevas de Bolsonaro

O que é o site O Antagonista?

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Bolsonaro e os tiroteios nos EUA

Por Altamiro Borges

Nem mesmo as duas tragédias deste final de semana nos EUA fizeram o “capetão” Jair Bolsonaro fechar sua latrina verborrágica. Diante dos ataques em El Paso (Texas) e em Dayton (Ohio), que resultaram até agora em 32 mortes, o presidente troglodita afirmou que “não é desarmando o povo que você vai evitar isso aí”. Até o genocida Donald Trump, ídolo do servil brasileiro, foi mais cauteloso em suas declarações, criticando o ódio racista – que ele sempre incentivou – e admitindo a possibilidade de maior controle das armas no país.

Bolsonaro vai liberar imóveis do Ronaldinho?

Por Altamiro Borges

Em matéria de Carlos Petrocilo e Diego Garcia, a Folha registrou na semana passada que Ronaldinho Gaúcho, “eleito duas vezes o melhor do mundo, está com 57 imóveis bloqueados, quatro deles penhorados, pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul por causa de multa ambiental de R$ 9,5 milhões. Além disso, tem R$ 7,8 milhões em protestos em três cartórios da capital gaúcha. Entre março e abril deste ano, ele teve dois protestos, um de R$ 6,3 milhões e outro de R$ 1 milhão, em razão de dívida ativa de Porto Alegre. No total, ele deve, em IPTU e TCL (Taxa de Coleta Domiciliar de Lixo) exatos R$ 9,91 milhões”.

O esquema de Bolsonaro e do PSL em Itaipu

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A Ata Bilateral sobre Itaipu foi assinada secretamente em 24 de maio passado pelos representantes das chancelarias do Brasil e do Paraguai.

Referida Ata, que modifica a forma de contratação pela ANDE [Administración Nacional de Eletricidad] da energia de Itaipu para consumo do Paraguai, só foi conhecida devido ao escândalo que quase culminou na abertura de processo de impeachment do presidente paraguaio Mario Abdo Benitez e causou a demissão de autoridades do governo paraguaio, dentre elas o chanceler e o embaixador no Brasil.

Bolsonaro encaminha o desmonte da soberania

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

O passar dos anos vai permitindo perceber, com maior precisão, o papel que teve o golpe de 2016 no impulsionamento da reconfiguração profunda do capitalismo brasileiro. Com isso, fica claro o entendimento a respeito dos governos do PT (2003-2015) como uma espécie de intervalo postergador do reposicionamento do país como linha auxiliar de subordinação aos Estados Unidos. Essa linha foi iniciado nos governos neoliberais dos anos de 1990 e retomada com Temer e Bolsonaro desde 2016.

Mídia ajudou a criar um monstro

Por Eliara Santana, no jornal Brasil de Fato:

Recentemente, a ombudsman do jornal Folha de S. Paulo fez uma crítica contundente sobre o papel da imprensa na ascensão de um candidato que flerta fortemente com o fascismo. Na reta final dessas conturbadas eleições, com um escândalo fresquinho saindo, é importante que possamos refletir mesmo sobre esse papel.

Não há dúvida de que o “fenômeno” Bolsonaro teve um fortíssimo apoio da mídia em sua construção, o que pode ser apontado por quatro aspectos principais que formam um “modelo” de ação na cobertura diária da imprensa corporativa brasileira:


O esculacho nosso de cada dia

Por Rogério Lima Barbosa, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Praticamente todos os dias somos surpreendidos com acintes de pessoas que, a princípio, deveriam preocupar-se com o bem-estar de qualquer brasileiro/a. São expressões e frases que demonstram uma visão de mundo enviesada para o aproveitamento individual, sempre, e para os “iguais”, sempre que possível. Nós, ou melhor, eu, quando ouço alguns comentários do governo, sinto uma mistura de raiva, tristeza, desesperança, revolta e impotência. Muitas vezes algumas notícias sobre os dizeres da equipe desse governo são tão descoladas de um ambiente democrático, que me levam a buscar a informação para checar a sua veracidade. Quando se faz essa busca não sei o que é pior, ler a notícia que já vilipendia a nossa consciência, ou constatar que a aberração realmente é verdadeira. São visões duras, preconceituosas, presunçosas e arrogantes que nos açoitam quase na pele. A funcionalidade dessas posições é para nos colocar no nosso lugar. E esse é, para esse governo, o não lugar. Como somente quem tem lugar está apto para alcançar um diálogo ou ter as suas demandas ouvidas, a restrição do lugar àqueles que estão longe da esfera do governo é justamente para manter a contenção de nossa angústia na esfera particular.