segunda-feira, 9 de setembro de 2019
Moro na cadeia
Por Leandro Fortes
Não é um título, é um dever.
Diante das novas revelações do Intercept Brasil, publicadas também pela Folha de S.Paulo, restou claro ao Brasil e ao mundo que o Sérgio Moro não era apenas um juiz parcial: era um fora da lei.
Era, sob qualquer interpretação, um chefe de quadrilha que usava recursos do Estado para, com a ajuda de servidores do Ministério Público e da Polícia Federal, grampear cidadãos, manipular provas e vazar informações para a imprensa.
Fez tudo isso conscientemente, de forma estudada e metódica, como um assaltante de banco, com vistas a dar curso a um golpe de Estado que resultou em prisões ilegais, perseguições e, principalmente, na destruição moral e econômica do Brasil.
Diante das novas revelações do Intercept Brasil, publicadas também pela Folha de S.Paulo, restou claro ao Brasil e ao mundo que o Sérgio Moro não era apenas um juiz parcial: era um fora da lei.
Era, sob qualquer interpretação, um chefe de quadrilha que usava recursos do Estado para, com a ajuda de servidores do Ministério Público e da Polícia Federal, grampear cidadãos, manipular provas e vazar informações para a imprensa.
Fez tudo isso conscientemente, de forma estudada e metódica, como um assaltante de banco, com vistas a dar curso a um golpe de Estado que resultou em prisões ilegais, perseguições e, principalmente, na destruição moral e econômica do Brasil.
CPI das Fake News assombra Bolsonaro
Por André Barrocal, na revista CartaCapital:
O juiz Jorge Mussi, de 67 anos, nasceu em Florianópolis, cidade que deu 64% dos votos a Jair Bolsonaro. No Tribunal Superior Eleitoral desde 2017, cuida hoje de quatro ações de cassação da chapa de Bolsonaro, movidas pelos advogados de Fernando Haddad. Seu mandato no TSE termina em 24 de outubro e pode ser renovado por mais dois anos, o que lhe permitiria manter o acúmulo de 8 mil reais mensais com o salário de 42 mil no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas aí é com Bolsonaro. No TSE, tem dito nos bastidores que deseja liquidar em setembro todas as ações contra o presidente. Uma delas, a apontar abuso de poder econômico pró-Bolsonaro pela TV Record, foi a julgamento em 3 de setembro. Mussi propôs absolver o ex-capitão. O tribunal adiou a decisão, pois o juiz Edson Fachin pediu para examinar o caso com calma.
A sócia oculta da Lava-Jato
Apesar de óbvio, não é evidente. Há uma sócia oculta nos diálogos travados entre a equipe de Deltan Dallagnol sobre as conversações entre o ex-presidente Lula e sua sucessora Dilma Rousseff, em março de 2016.
Toda a operação golpista dos procuradores - e esta mais do que as outras - necessitava de ampla divulgação com ares de escândalo para se concretizar. Sem isso, as ações de Moro e sua malta teriam poucas consequências práticas.
É aqui que entra a rede Globo, parceira fundamental e quase representante oficial da Lava Jato perante a opinião pública.
Toda a operação golpista dos procuradores - e esta mais do que as outras - necessitava de ampla divulgação com ares de escândalo para se concretizar. Sem isso, as ações de Moro e sua malta teriam poucas consequências práticas.
É aqui que entra a rede Globo, parceira fundamental e quase representante oficial da Lava Jato perante a opinião pública.
Aras na PGR: Cumpriu-se a Constituição
Por Eugênio Aragão, no site Congresso em Foco:
A indicação, por Jair Messias Bolsonaro, de Augusto Aras para exercer o cargo de Procurador-geral da República causou, como era de se esperar, alvoroço no Ministério Público Federal. Pela primeira vez, desde 2003, não foi respeitada a lista associativa de três nomes da carreira, ungidos pelo voto interno dos colegas. O que mais se ouve, entre exaltados procuradores, é que teria havido a violação de um princípio da democracia interna.
A indicação, por Jair Messias Bolsonaro, de Augusto Aras para exercer o cargo de Procurador-geral da República causou, como era de se esperar, alvoroço no Ministério Público Federal. Pela primeira vez, desde 2003, não foi respeitada a lista associativa de três nomes da carreira, ungidos pelo voto interno dos colegas. O que mais se ouve, entre exaltados procuradores, é que teria havido a violação de um princípio da democracia interna.
domingo, 8 de setembro de 2019
Fernando Holiday, vereador do MBL, vai cair?
Fernando Holiday, dirigente do suspeitíssimo Movimento Brasil Livre (MBL), foi eleito vereador em São Paulo na onda direitista que devastou o país. Ele foi um dos líderes das marchas golpistas pelo impeachment de Dilma Rousseff, que resultou na chegada ao poder da quadrilha de Michel Temer e criou as condições para a vitória eleitoral do fascista Jair Bolsonaro. Travestido de paladino da ética e alavancado pela mídia sem moral, ele foi candidato pelo DEM – um dos partidos mais corruptos da história do Brasil. Novato no parlamento, o demo arrogante achava que estava com a bola toda, mas agora ele corre até o risco de ser cassado.
Moro e seus comparsas têm de ser presos
Montagem: Gladson Targa |
As revelações do Intercept de 8/9/19 trazem provas impressionantes do atentado terrorista cometido por Sérgio Moro e pela força-tarefa da Lava Jato, em conluio com a Rede Globo, em 16 de março de 2016 contra a presidente Dilma Rousseff.
Naquele dia, depois de interceptar ilegalmente conversas telefônicas da presidente Dilma com o ex-presidente Lula, Moro e seus comparsas – o procurador Deltan Dallagnol, o delegado Luciano Flores e outros/as procuradores, procuradoras e policiais federais – decidiram, assim mesmo, vazar criminosamente aqueles diálogos para a Rede Globo.
A Globo não desperdiçou a oportunidade. No Jornal Nacional daquela noite, dedicou nada menos que 68 minutos [1 hora e 8 minutos] para criar uma novela incriminadora.
O que emergirá do caos no Brasil?
Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:
23 de julho de 2019, dia em que os famigerados hackers de Araraquara foram presos, suspeitos de serem os autores da interceptação e repasse para o The Intercept Brasil das mensagens chocantes trocadas entre procuradores da Lava Jato, o ex-juiz Sergio Moro e outros personagens. Chamei um carro por um aplicativo de carona à tardinha. Entrei e cumprimentei o motorista, um cara simpático aparentando ter uns 50 e poucos anos. No rádio, falava-se sobre a prisão dos hackers. Pedi para ele aumentar o volume. Era o programa do Reinaldo Azevedo. O outrora antipetista mor desancava Moro, Dallagnol e a Lava Jato. Ouvíamos em silêncio. A certa altura do programa, alguém deu a informação de que Moro havia anunciado que o material encontrado com os hackers seria destruído. Não me contive e manifestei meu assombro. O motorista então falou: “Esses caras tinham que tá tudo preso!”. Desenvolvi um pouco mais a conversa para ter certeza de que ele estava falando de Moro, Dallagnol e cia. Estava.
Bolívia: um cenário eleitoral quase definido
Foto: Twitter de Evo Morales |
A quase dois meses da eleição presidencial na Bolívia, seu desfecho se torna cada vez mais claro. Ao analisar o contexto de um processo eleitoral, é importante entender que sempre surgem questões na conjuntura com um impacto impossível de se prever, e que o fundamental é identificar as tendências nas preferências dos eleitores, assim como o mapa de sensações vigente na opinião pública. É cada vez mais comum observar a enorme proliferação de informações, de uma ou outra pesquisa, que determinam as chances de cada candidato na disputa, como se fosse uma corrida de cavalos. Porém, a chave de um estudo rigoroso está na coerência entre o número de intenção de voto e outras variáveis que dão uma visão sociológica e política mais ampla.
Uma semana de derrotas para Boris Johnson
Charge: Luc Descheemaeker/Bélgica |
O Parlamento britânico retornou do recesso e para o início da atuação do conservador Boris Johnson como primeiro-ministro no dia 3 de setembro. Desde então, o debate foi conturbado e ele sofreu várias derrotas sobre a agenda do Brexit, que continua dividindo os partidos e a sociedade.
Johnson foi alçado ao cargo de primeiro-ministro após a renúncia de Theresa May, que estava governando desde 2016 em substituição a David Cameron que deixou o cargo devido ao voto favorável ao rompimento da Inglaterra com a União Europeia no plebiscito daquele ano. Tanto May quanto Johnson colocaram como objetivo principal de seus governos concluir o Brexit. Entretanto, May, que pertence a uma ala do Partido Conservador que defende uma saída mais suave da União Europeia tentou três vezes que o Parlamento britânico aprovasse um acordo negociado por ela com a Comissão Europeia e todas foram rejeitadas.
Bolsonaro deixa Moro vivo e mata sua imagem
Por Fernando Brito, em seu blog:
A afetação da intimidade com Sérgio Moro feita hoje por Jair Bolsonaro no Sete de Setembro chega a ser mórbida.
Exibiu o cadáver vivo, expôs o outrora indomado como um cachorro na coleira, amansado, que abaixou as orelhas e cedeu a sua agora mestre.
Moro perdeu e desfilou sua derrota com a humilhação estampada no rosto.
Seus adoradores que debandam, como faz aí abaixo [aqui], o desclassificado Arthur “Mamãe Falei” do Val, adorariam ser liderados pelo ex-juiz, mas sentem que ele não tem estofo para liderar coisa alguma, que se aceitou ser depenado vivo pelo “Mito”.
A afetação da intimidade com Sérgio Moro feita hoje por Jair Bolsonaro no Sete de Setembro chega a ser mórbida.
Exibiu o cadáver vivo, expôs o outrora indomado como um cachorro na coleira, amansado, que abaixou as orelhas e cedeu a sua agora mestre.
Moro perdeu e desfilou sua derrota com a humilhação estampada no rosto.
Seus adoradores que debandam, como faz aí abaixo [aqui], o desclassificado Arthur “Mamãe Falei” do Val, adorariam ser liderados pelo ex-juiz, mas sentem que ele não tem estofo para liderar coisa alguma, que se aceitou ser depenado vivo pelo “Mito”.
O golpe da Lava-Jato com a Globo
Foi tudo uma grande farsa, sabemos agora, tramada pelos milicianos da Lava Jato com a Globo, para derrubar o governo do PT e prender Lula.
No atropelo às leis e à Constituição, para liberar logo as conversas grampeadas dos celulares de Dilma e Lula, Moro levantou o sigilo às 16h19 e, às 18h32, a GloboNews já estava no ar, ao vivo, com um repórter plantado na Polícia Federal de Curitiba, provocando uma comoção nacional.
16 de março de 2016: nesse dia, em operação conjunta da Lava Jato de Moro & Dallagnol com a maior emissora de TV do país, consumou-se o golpe contra as instituições que, ao final, acabaria levando Jair Bolsonaro ao poder.
A perseguição e o desmonte da cultura
Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:
Uma das primeiras ações do governo de Michel Temer, logo após o golpe parlamentar de 2016, que resultou no impeachment da presidenta da República Dilma Rousseff (PT), foi tentar extinguir o Ministério da Cultura. A reação de organizações e de artistas pressionou o então presidente a recuar. Apesar disso, os orçamentos das políticas públicas desenvolvidas pela pasta não resistiram ao movimento de desmonte que se seguiu. O orçamento geral da cultura, bem como sua participação percentual no conjunto das verbas federais, despencou.
Lava-Jato era só um projeto golpista
Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo:
Da nova leva de diálogos da Vaza Jato, parceria do Intercept com a Folha, há uma frase que encapsula a tragédia:
“Mas a questão jurídica é filigrana dentro do contexto maior que é político”.
Os procuradores se referiam aos grampos de Lula e Dilma e que foram a pá de cal no governo petista.
O “Bessias”, apelido do servidor Jorge Rodrigo Araújo Messias, ficaria nacionalmente famoso, assim como o “Tchau, querida”.
“Mas a questão jurídica é filigrana dentro do contexto maior que é político”.
Os procuradores se referiam aos grampos de Lula e Dilma e que foram a pá de cal no governo petista.
O “Bessias”, apelido do servidor Jorge Rodrigo Araújo Messias, ficaria nacionalmente famoso, assim como o “Tchau, querida”.
Independência em tempos de traição nacional
Editorial do site Vermelho:
Na conjuntura deste 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil, a soberania nacional está mais uma vez gravemente ameaçada. O governo Bolsonaro avança como um tanque de guerra para destruir os fundamentos da nação e os pilares da construção de um país que, a duras penas, aprendeu a prezar o direito de conduzir seus destinos. Armado com um discurso hipócrita sobre a posição da pátria - como num de seus slogans, onde ela estaria ao lado de Deus -, o bolsonarismo vem aplicando o seu programa de destruição nacional de modo a não deixar pedra sobre pedra.
Na conjuntura deste 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil, a soberania nacional está mais uma vez gravemente ameaçada. O governo Bolsonaro avança como um tanque de guerra para destruir os fundamentos da nação e os pilares da construção de um país que, a duras penas, aprendeu a prezar o direito de conduzir seus destinos. Armado com um discurso hipócrita sobre a posição da pátria - como num de seus slogans, onde ela estaria ao lado de Deus -, o bolsonarismo vem aplicando o seu programa de destruição nacional de modo a não deixar pedra sobre pedra.
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