quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Os 30% de Bolsonaro revelam fraqueza

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Alguns analistas consideram que os 30% de apoio que Bolsonaro ainda mantém, segundo as pesquisas, devem ser vistos como uma fortaleza inexpugnável. Ressalvando que algumas sondagens situaram seu contingente de apoiadores até abaixo deste patamar, é preciso contextualizar estes dados politicamente.

Primeiro não podemos perder de vista que todas as pesquisas, incluindo as dos institutos mais tradicionais como Datafolha e Ibope, registram queda acentuada da popularidade de Bolsonaro em todas as faixas de renda, níveis de escolaridade, idades, gêneros e regiões do país. A perda de terreno que mais chama a atenção se dá entre os mais pobres.

Rede Globo assustada com Bolsonaro

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Rede Brasil Atual:

As Organizações Globo estão assustadas. Nunca antes em sua história foram tão atacadas como neste governo. Não que em outros momentos não tivesse sido tachada de parcial e golpista. A diferença, desta vez, é que os ataques passam da escala verbal para a material. A ameaça do presidente da República, Jair Bolsonaro, de não renovar as concessões dos canais de TV e o apelo aos anunciantes para que deixem de veicular propagandas nos veículos globais têm como alvo a própria sobrevivência da empresa. Para não se falar no fim da exigência da publicação de balanços em jornais impressos e no corte radical das verbas publicitárias oficiais passando a favorecer as concorrentes SBT e Record.

Bolívia: e os indígenas resistem ao golpe…

Foto: Natacha Pisarenko/AP Photo
Por Álvaro García Linera, no site Outras Palavras:

Feito densa neblina noturna, o ódio percorre ferozmente os tradicionais bairros de classe média urbana da Bolívia. Seus olhos transbordam de ira. Não gritam, cospem; não reclamam, impõem. Seus clamores não são pela esperança nem pela irmandade, são de desprezo e de discriminação contra os índios. Montam suas motos, sobem em suas caminhonetes, agrupam-se em suas confrarias e faculdades privadas e saem à caça dos índios atrevidos que tiveram a coragem de arrebatar-lhes o poder.

Luiz Gama, o primeiro jornalista negro

Por Karina Berardo, no site da Fundação Maurício Grabois:

“A escravidão é uma espécie de lepra social: tem sido muitas vezes abolida pelos legisladores e restaurada pela educação sob aspectos diversos”. A frase é de Luiz Gama, primeiro jornalista negro do Brasil e foi escrita em 1876, mas permanece atual. O baiano Luiz Gama nasceu em 21 de junho de 1830. Aos 10 anos, filho de uma mulher brasileira negra e de um português branco, ele foi escravizado, condição que permaneceu até os 18 anos, quando conseguiu provar que nasceu livre.

Fascismo e racismo de mãos dadas

Por Paulo Pimenta, no site da Fundação Perseu Abramo:

Não há dúvida sobre o fato que marcará para a história a passagem do dia 20 de novembro, em que se celebra a memória da morte de Zumbi dos Palmares, nesse ano de 2019. A exposição “(Re)existir no Brasil: Trajetórias Negras Brasileiras”, de peças informativas e artísticas organizada pela Curadoria da Câmara dos Deputados no túnel de acesso ao Plenário Ulysses Guimarães, nesse mês da Consciência Negra.

É tudo pago: o Chile além da desigualdade

Por Emilio Chernavsky, no site Brasil Debate:

O que iniciou com protestos localizados contra o segundo aumento no ano na tarifa do metrô de Santiago, capital do Chile, se transformou num movimento de grandes proporções que se alastrou em todo o país e gerou enormes manifestações populares contra o governo que, recebidas com violenta repressão policial, resultaram em dezenas de mortes e milhares de presos e feridos.

Os acontecimentos surpreenderam quem acompanha à distância os indicadores macroeconômicos do país, que apontam nas últimas décadas taxas de crescimento entre as maiores da América Latina, baixas taxas de inflação e contas públicas equilibradas, dando insumos a órgãos multilaterais como FMI e Banco Mundial e a analistas conservadores que colocam o Chile como exemplo a ser seguido.

Racismo marca Dia da Consciência Negra

Da revista CartaCapital:

O professor do curso de Jornalismo da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Juarez Xavier, foi vítima de racismo e de um ataque a canivete na quarta-feira 20, em Bauru, dia em que se celebra a Consciência Negra. A vítima relatou o caso em seu Facebook.

Segundo o policiamento da área onde o crime ocorreu, Xavier estava caminhando na Avenida Nações Unidas quando um homem passou e chamou-o de “macaco”. A vítima questionou a ofensa e foi derrubado no chão pelo agressor, que o atingiu com um canivete. Xavier sofreu duas perfurações superficiais, uma no ombro e uma no tórax.

Primeiro passo diante do agressivo Guedes

Por João Guilherme Vargas Netto

Uma coisa é certa: Guedes e Cia querem fazer no Brasil o que o FMI fez na Grécia em 2010 (veja a descrição disto no livro de Paulo Nogueira Batista Jr. – “O Brasil não cabe no quintal de ninguém”, da editora Leya Brasil, especialmente na página 203).

Frente a essa sucessão de medidas e propostas agressivas é até compreensível um grau de atordoamento, como o de um boxeador encurralado no canto do ringue.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

O racismo mata, mutila, machuca

Por Abigail Pereira, no site Vermelho:

Nesta quinta-feira (19), véspera do Dia da Consciência Negra, o deputado federal Coronel Tadeu (PSL), da base do governo Bolsonaro, destruiu charge do artista Latuff que denunciava a violência policial contra os negros em exposição na Câmara dos Deputados. Em 2018, dois trogloditas candidatos que depois viraram deputados, também apoiadores de primeira hora de Bolsonaro, destruíram placa em homenagem a Marielle, vereadora negra brutalmente assassinada.

Decreto golpista autoriza matança na Bolívia

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O governo ilegítimo e usurpador da Bolívia publicou Decreto através do qual exime as Forças Armadas e as polícias de responsabilidades criminais pela repressão sanguinária perpetrada contra o povo boliviano.

Diz o artigo 3º do Decreto:

“O pessoal das Forças Armadas que participe das operações de restauração da ordem e da estabilidade pública, ficará isento de responsabilidade criminal quando, em cumprimento de suas funções constitucionais, atuar em legítima defesa ou estado de necessidade”.

Os bois de piranha de Bolsonaro

Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:

A expressão é bem conhecida e tornou-se um clichê em comentários políticos. Para atravessar o gado em rio com piranhas, a sabedoria popular ensinou os vaqueiros a escolher um animal velho ou doente e colocá-lo na água em local acima ou abaixo do ponto de travessia. Enquanto as piranhas devoram o boi escolhido, os demais passam pelo rio e seguem a caminhada sem dificuldade.

Neste comentário as piranhas entretidas, somos nós, as forças populares.

Pouco a pouco vamos nos dando conta que o diversionismo causado diariamente por Bolsonaro e seus filhos, tal os truques de mágicos, atrai nossas atenções enquanto a "boiada atravessa o rio".

Alerta geral: agora estão com medo do povo

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

“Derruba a Dilma e a Banânia vai ser o céu. Faz a reforma trabalhista e vai ser o paraíso. Elege o Bolsonaro e teremos o nirvana. Faz a reforma da Previdência, e faz a reforma tributária, e faz a reforma administrativa… e lá vai o pato, pato aqui, pato acolá. Viva Bolsonaro, viva Paulo Guedes, viva a Banânia!” (Vicente Oliveira, de Maceió, no Painel do Leitor da Folha).

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“Risco de efeito dominó”: o alerta foi dado nesta mesma edição de terça-feira por Daniela Lima, na abertura da sua coluna: “Em SP, as cúpulas das polícias Civil e Militar foram orientadas a monitorar convocações de atos de direita e de esquerda, especialmente na capital”.

Por um Brasil livre do racismo

Por Orlando Silva

A história nos mostra que a formação do povo brasileiro foi conflituosa, dolorosa e violenta, tendo o jugo da escravidão como seu elemento organizador. Destino principal do tráfico negreiro, nosso país recebeu cerca de 5 milhões de africanos para trabalhos forçados. Sem exagero, é possível afirmar que a escravidão foi a base do conjunto da atividade econômica brasileira por mais de 300 anos.

Fomos a última nação a aboli-la e o fizemos sem reparação aos milhões de escravizados. Tal realidade legou uma sociedade profundamente desigual, que traz até hoje os traços do que chamamos racismo estrutural, como se pode verificar por qualquer índice de medição da desigualdade social.

Com novo partido, Bolsonaro amplia conflitos

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Jair Bolsonaro é, desde ontem, o primeiro presidente sem partido de que se tem notícia. Nada o impede, mas o presidente de um país às voltas com tantos problemas que decide criar e presidir um novo partido para chamar de seu passa a ideia de que pouco trabalha para o bem geral, dedicando a maior de seu tempo à politicagem. A criação do partido bolsonarista deve ampliar os conflitos de Bolsonaro com o Congresso e prejudicar os projetos de interesse do governo, a começar pelo pacote fiscal de Paulo Guedes. Ontem o Senado alterou, via PEC paralela, um ponto importante da reforma previdenciária e hoje alguns vetos de Bolsonaro devem ser derrubados em sessão bicameral.

Aliança pelo Brasil, um partido neofascista

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Bolsonaro alugou um partido nanico, ajudou a transformá-lo em um dos maiores partidos do Brasil e agora o abandona após uma tentativa fracassada de golpe para tomar o seu controle e abocanhar o fundo partidário. Pela ótica da dinâmica política tradicional, esse jogo é uma loucura que levaria ao enfraquecimento e isolamento do governo. Mas não é assim que pensa quem tem como objetivo destruir a democracia como a conhecemos.

O presidente da República já mostrou que não tem nenhum interesse em formar uma maioria no Congresso que o ajude a governar. É um governo que renega as mediações democráticas e busca a radicalização para atingir seus objetivos.

Witzel e o assassino da menina Agatha

Racismo e o sistema de segurança pública

Os recordes miseráveis de Bolsonaro

Lula Livre no Nocaute

Verdadeiro legado de Jesus está em disputa

Por Jair de Souza

É impossível continuar assistindo de modo impassível o que está acontecendo no Brasil, no resto da América Latina e em outras partes do mundo menos desenvolvido. Estamos diante de um fenômeno que parece inexplicável por vias racionais.

Todos os relatos referentes à trajetória da vida de Jesus apresentam-no como um ser oriundo do seio das camadas mais humildes de sua sociedade naqueles tempos. E se isso não bastasse, em todas as circunstâncias em que Jesus aparece interatuando com outras pessoas, ele sempre se mostra profundamente vinculado aos interesses da gente mais humilde, da gente mais necessitada, da gente oprimida. Não há nenhuma passagem relativa à vida de Jesus na qual o encontramos aderindo às posições e aos interesses dos ricos e poderosos. Já os exemplos de seu comprometimento com as lutas dos mais vulneráveis são abundantes e permeiam todo o transcorrer de sua vida terrenal.