terça-feira, 11 de fevereiro de 2020
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020
Medidas de Doria mergulharam SP no caos
Por Mauro Donato, no Diário do Centro do Mundo:
São Paulo e cidades vizinhas amanheceram submersas nesta segunda-feira após algumas poucas horas de chuva ininterrupta.
Embora certamente ouviremos e leremos ao longo de todo o dia afirmações do tipo “choveu mais do que o previsto” ou mesmo diagnósticos estupendos como o do prefeito de Belo Horizonte em situação semelhante (“Essa água veio do céu”, disse ele há poucas semanas), a verdade é que esse desastre tem o dedo de João Doria.
Ainda no ano passado, o governador Doria extinguiu órgãos que regulamentavam e fiscalizavam setores ligados ao urbanismo e ao meio ambiente.
Embora certamente ouviremos e leremos ao longo de todo o dia afirmações do tipo “choveu mais do que o previsto” ou mesmo diagnósticos estupendos como o do prefeito de Belo Horizonte em situação semelhante (“Essa água veio do céu”, disse ele há poucas semanas), a verdade é que esse desastre tem o dedo de João Doria.
Ainda no ano passado, o governador Doria extinguiu órgãos que regulamentavam e fiscalizavam setores ligados ao urbanismo e ao meio ambiente.
Porta do Alvorada: chega de humilhações
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Na sexta-feira Jair Bolsonaro deu uma banana para os repórteres que o esperavam na saída do Alvorada, onde tantas vezes já agrediu e humilhou jornalistas. Uma boa evidência de que ele faz um jogo de manipulação com a imprensa veio hoje, quando não parou para o sinistro quebra-queixo, para não ter que falar sobre a morte do miliciano Adriano da Nóbrega, de notórias relações com ele e sua família, numa operação que tem toda a pinta de queima de arquivo.
Então, não é por consideração para com a imprensa, que ele detesta, nem pelo dever de prestar informações aos governados, que Bolsonaro para na saída do palácio residencial. Ele para quando lhe convém, quando quer soltar fake-news ou disparar agressões verbais, seja contra os jornalistas, seja contra outras pessoas.
Então, não é por consideração para com a imprensa, que ele detesta, nem pelo dever de prestar informações aos governados, que Bolsonaro para na saída do palácio residencial. Ele para quando lhe convém, quando quer soltar fake-news ou disparar agressões verbais, seja contra os jornalistas, seja contra outras pessoas.
Covas não usou verba de combate a enchentes
Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:
A cidade de São Paulo amanheceu nesta segunda-feira (10) alagada mais uma vez. Até as 10 horas, a chuva contínua desde a noite anterior já havia causado 77 pontos de alagamento, incluindo as marginais Pinheiros e Tietê, parado linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e levando a prefeitura, a Defesa Civil e os bombeiros a recomendar que as pessoas ficassem em casa, em vez de seguir para o trabalho.
A cidade de São Paulo amanheceu nesta segunda-feira (10) alagada mais uma vez. Até as 10 horas, a chuva contínua desde a noite anterior já havia causado 77 pontos de alagamento, incluindo as marginais Pinheiros e Tietê, parado linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e levando a prefeitura, a Defesa Civil e os bombeiros a recomendar que as pessoas ficassem em casa, em vez de seguir para o trabalho.
Os agentes públicos nas redes sociais
Por Rafael Valim, no site A terra é redonda:
O Direito Público afirma-se, historicamente, como um projeto de contenção do poder. No lugar de autoridades incontrastáveis foi se impondo, em meio a avanços e retrocessos, um exercício condicionado e limitado do poder. Engana-se, porém, quem pensa que tal processo histórico tenha alcançado o seu fim. Na luminosa expressão do Prof. García De Enterría, “a luta contra as imunidades do poder” é um fenômeno inconcluso e periodicamente revivificado por novos desafios sociais.
O Direito Público afirma-se, historicamente, como um projeto de contenção do poder. No lugar de autoridades incontrastáveis foi se impondo, em meio a avanços e retrocessos, um exercício condicionado e limitado do poder. Engana-se, porém, quem pensa que tal processo histórico tenha alcançado o seu fim. Na luminosa expressão do Prof. García De Enterría, “a luta contra as imunidades do poder” é um fenômeno inconcluso e periodicamente revivificado por novos desafios sociais.
Os industriais contra a indústria
Por Liszt Vieira, no site Carta Maior:
O silêncio da indústria a respeito da desindustrialização galopante do Brasil merecia maior destaque na mídia, que silencia sobre esse estranho silêncio da indústria brasileira. A relação de manufaturados nas exportações totais chegou a atingir 59%, depois baixou para 40%. Nos anos 1980, o peso da indústria de transformação no PIB era de 33%, depois caiu para 16%. Nos últimos cinco anos, o comércio exterior desse setor passou de um superávit para um déficit de 65 bilhões de dólares.
O silêncio da indústria a respeito da desindustrialização galopante do Brasil merecia maior destaque na mídia, que silencia sobre esse estranho silêncio da indústria brasileira. A relação de manufaturados nas exportações totais chegou a atingir 59%, depois baixou para 40%. Nos anos 1980, o peso da indústria de transformação no PIB era de 33%, depois caiu para 16%. Nos últimos cinco anos, o comércio exterior desse setor passou de um superávit para um déficit de 65 bilhões de dólares.
domingo, 9 de fevereiro de 2020
Petardos: Bolsonaro e as selfies na Fiesp
Por Altamiro Borges
Sem maior alarde, a Folha informa que Bolsonaro permitirá que empresas estrangeiras disputem licitações públicas e sejam fornecedoras do governo. A medida pode resultar na morte dos industriais brasileiros – os babacas da cloaca burguesa que fazem selfies com o "capetão" na Fiesp.
***
Ainda segundo a Folha, o governo alega que a medida vai facilitar a participação de multinacionais em obras de infraestrutura – como rodovias, ferrovias e aeroportos. Hoje, a legislação limita a presença estrangeira em licitações públicas. Esse negócio representa cerca de 14% do PIB nacional.
***
Como alerta o jornalista Olímpio Cruz, "o governo parece disposto a entregar todo o setor aos norte-americanos. É um entreguismo vergonhoso que precisa ser combatido. Bolsonaro parece querer submeter o país ao slogan de Trump: America First. É a pá de cal na engenharia nacional".
Sem maior alarde, a Folha informa que Bolsonaro permitirá que empresas estrangeiras disputem licitações públicas e sejam fornecedoras do governo. A medida pode resultar na morte dos industriais brasileiros – os babacas da cloaca burguesa que fazem selfies com o "capetão" na Fiesp.
***
Ainda segundo a Folha, o governo alega que a medida vai facilitar a participação de multinacionais em obras de infraestrutura – como rodovias, ferrovias e aeroportos. Hoje, a legislação limita a presença estrangeira em licitações públicas. Esse negócio representa cerca de 14% do PIB nacional.
***
Como alerta o jornalista Olímpio Cruz, "o governo parece disposto a entregar todo o setor aos norte-americanos. É um entreguismo vergonhoso que precisa ser combatido. Bolsonaro parece querer submeter o país ao slogan de Trump: America First. É a pá de cal na engenharia nacional".
Os livros de Rondônia e o protofascismo
Do site Vermelho:
O caso em que o secretário de Educação do estado de Rondônia, Suamy Vivecananda, mandou censurar 43 livros - entre eles autores clássicos brasileiros como Machado de Assis, Euclides da Cunha, Mário de Andrade, Nelson Rodrigues e Rubem Fonseca - não se encerra em si mesmo.
Ele se insere na praxe bolsonarista de agredir aquilo que não tolera, em geral manifestações de democracia, arte e cultura. Sintomaticamente, o governador rondoniense, coronel Marcos Rocha, é filiado ao PSL, ex-partido do presidente Jair Bolsonaro, com tendência de acompanhá-lo em seu novo partido, o Aliança.
O bolsonarismo é um polo irradiador de intolerância e obscurantismo. O presidente da República tem dado sucessivas demonstrações disso. Há poucos dias ele encenou mais um ato de bestialidade ao dar “banana” para jornalistas que o aguardavam para uma entrevista. Em outras ocasiões, vociferou, com decibéis elevados, contra merecidas críticas da imprensa ao seu comportamento.
O caso em que o secretário de Educação do estado de Rondônia, Suamy Vivecananda, mandou censurar 43 livros - entre eles autores clássicos brasileiros como Machado de Assis, Euclides da Cunha, Mário de Andrade, Nelson Rodrigues e Rubem Fonseca - não se encerra em si mesmo.
Ele se insere na praxe bolsonarista de agredir aquilo que não tolera, em geral manifestações de democracia, arte e cultura. Sintomaticamente, o governador rondoniense, coronel Marcos Rocha, é filiado ao PSL, ex-partido do presidente Jair Bolsonaro, com tendência de acompanhá-lo em seu novo partido, o Aliança.
O bolsonarismo é um polo irradiador de intolerância e obscurantismo. O presidente da República tem dado sucessivas demonstrações disso. Há poucos dias ele encenou mais um ato de bestialidade ao dar “banana” para jornalistas que o aguardavam para uma entrevista. Em outras ocasiões, vociferou, com decibéis elevados, contra merecidas críticas da imprensa ao seu comportamento.
A morte de Adriano e o governo das milícias
Por Fernando Brito, em seu blog:
Quer dizer que o ex-capitão Adriano Nóbrega, foragido e se sentindo “jurado de morte”, casualmente invadiu justamente uma propriedade de um vereador do mesmo partido dos Bolsonaro – ou dos PSL ex-bolsonaristas – e lá foi encontrado por seus executores da PM baiana e da Polícia Civil do Rio de Janeiro?
É forte a possibilidade de que se tenha armado uma arapuca para o miliciano.
E são grandes os sinais, pela quantidade de sangue mostrado no vídeo da casa do vereador Gilson Batista Lima Neto, conhecido como Gilsinho da Dedé, que se tratou de uma execução, com vários tiros.
Quer dizer que o ex-capitão Adriano Nóbrega, foragido e se sentindo “jurado de morte”, casualmente invadiu justamente uma propriedade de um vereador do mesmo partido dos Bolsonaro – ou dos PSL ex-bolsonaristas – e lá foi encontrado por seus executores da PM baiana e da Polícia Civil do Rio de Janeiro?
É forte a possibilidade de que se tenha armado uma arapuca para o miliciano.
E são grandes os sinais, pela quantidade de sangue mostrado no vídeo da casa do vereador Gilson Batista Lima Neto, conhecido como Gilsinho da Dedé, que se tratou de uma execução, com vários tiros.
Quem são os "parasitas", Paulo Guedes?
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
A reação a dois assuntos ocupou quase todo o espaço do Painel do Leitor da Folha neste domingo: Paulo Guedes chamar os servidores públicos de “parasitas” e o estudo da Escola Superior de Guerra, em que o alto oficialato brasileiro, sem ter o mais o que fazer, prevê um cenário geopolítico para 2040, definindo a França como nossa grande inimiga.
Embora, à primeira vista, pareçam assuntos tão distintos, os dois se entrelaçam nos comentários dos leitores, que expressam melhor o sentimento dos brasileiros do que todos os analistas juntos, incluindo este blogueiro.
O ministro Guedes tocou num vespeiro ao falar em “parasitas” e despertou a indignação do leitorado a respeito do papel dos militares e da sua serventia para o país. “Vamos dar um trabalho para essa gente!”, pediu o leitor Renilson Júnior, de Valparaiso de Goiás.
A morte do miliciano Adriano da Nóbrega
Adriano da Nóbrega, chefe do Escritório do Crime, a milícia especializada em matadores de aluguel e no provimento clandestino de serviços de ligação clandestina de luz, internet, água, transporte e segurança no bairro Rio das Pedras, tinha sua mãe e esposa contratadas pelo gabinete de Flávio Bolsonaro quando deputado estadual do Rio de Janeiro.
Como se percebe, esta relação da bandidagem miliciana com integrantes do clã Bolsonaro é mera coincidência.
A pedalada e as mentiras de Bolsonaro
Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:
Nestes últimos dias o governo tem feito um verdadeiro alarde, divulgando dados que mostram uma diminuição no montante da dívida bruta geral do nosso país, em 2019. De fato, se analisarmos pura e simplesmente os números, houve sim uma queda de quase um ponto percentual de 2019 em relação à 2018.
Ou seja, em 2018, a dívida bruta geral do governo brasileiro, estava na casa de 76,5% do PIB e agora, em dezembro de 2019, esse percentual foi para 75,8% do PIB. A questão é que o governo não divulga como eles conseguiram fazer com que o montante da dívida fosse diminuído.
Não dizem, porque são fatores intercorrentes, sem os quais a dívida não teria caído. Pelo contrário, segundo analistas, a dívida teria chegado à 79% do PIB. Ou seja, teria batido um recorde significativo e extremamente perigoso para a nossa economia.
Ou seja, em 2018, a dívida bruta geral do governo brasileiro, estava na casa de 76,5% do PIB e agora, em dezembro de 2019, esse percentual foi para 75,8% do PIB. A questão é que o governo não divulga como eles conseguiram fazer com que o montante da dívida fosse diminuído.
Não dizem, porque são fatores intercorrentes, sem os quais a dívida não teria caído. Pelo contrário, segundo analistas, a dívida teria chegado à 79% do PIB. Ou seja, teria batido um recorde significativo e extremamente perigoso para a nossa economia.
O que acontece com a Folha de S. Paulo
Por Pedro Simon Camarão, no site da Fundação Perseu Abramo:
A Folha de S. Paulo deste sábado, dia 08 de fevereiro, publica uma notícia completamente descolada da realidade. O jornal afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o responsável por uma suposta decisão do Partido dos Trabalhadores de aceitar alianças com PSDB, DEM e com o centrão no próximo período eleitoral. O problema é que a resolução da Direção Nacional do PT diz exatamente o contrário. Ao longo de quatro páginas, a direção do partido argumenta que a política ultraneoliberal do governo Bolsonaro produz o crescimento da pobreza, da desigualdade, que exclui direitos e promove a concentração de riquezas. O texto publicado pelo PT afirma que essa agenda compromete a construção de um projeto de desenvolvimento com inclusão e, por isso, precisa ser combatida.
A quem interessa a desigualdade crescente?
Em tempos de muita noticia ruim, devemos rapidamente compartilhar as boas. É o que faço contando que foi relançada a Ação Brasileira de Combate à Desigualdade.
Participei de criação desse movimento há quase vinte anos atrás. Ele foi lançado em Porto Alegre, num dos primeiros Fóruns Sociais Mundiais, que anunciava que “outro mundo é possível’. Não me lembro o que conseguimos fazer para realizar nosso objetivo. Mas algo avançou no combate à desigualdade.
O governo Lula, eleito naqueles tempos, e depois o de Dilma, conseguiram diminuir a pobreza e portanto um pouco da distância entre ricos e pobres. E se avançou também no próprio entendimento da desigualdade. Quando criamos a Ação pensávamos mais na desigualdade criada pela desigualdade na renda. Agora, no relançamento da Ação, se disse que temos que falar de desigualdades. Com S.
Participei de criação desse movimento há quase vinte anos atrás. Ele foi lançado em Porto Alegre, num dos primeiros Fóruns Sociais Mundiais, que anunciava que “outro mundo é possível’. Não me lembro o que conseguimos fazer para realizar nosso objetivo. Mas algo avançou no combate à desigualdade.
O governo Lula, eleito naqueles tempos, e depois o de Dilma, conseguiram diminuir a pobreza e portanto um pouco da distância entre ricos e pobres. E se avançou também no próprio entendimento da desigualdade. Quando criamos a Ação pensávamos mais na desigualdade criada pela desigualdade na renda. Agora, no relançamento da Ação, se disse que temos que falar de desigualdades. Com S.
Destruição a Jato: governo ensaia a Fase II
Por Artur Araújo, no site Outras Palavras:
“A gestão Jair Bolsonaro prepara uma medida para permitir que empresas estrangeiras disputem licitações e sejam fornecedoras do governo sem a necessidade de uma filial brasileira”, reporta hoje a Folha de S.Paulo.
Após a razia em setores da economia brasileira dos mais avançados e competitivos, inclusive nas exportações de bens e serviços, e em grandes empresas que empregam todos os tipos de trabalhadores – construção civil pesada, indústrias naval e de máquinas&equipamentos, fornecedores do complexo petróleo&gás – o lavajatismo versão Paulo Guedes planeja salgar a terra onde já deixou só escombros.
“A gestão Jair Bolsonaro prepara uma medida para permitir que empresas estrangeiras disputem licitações e sejam fornecedoras do governo sem a necessidade de uma filial brasileira”, reporta hoje a Folha de S.Paulo.
Após a razia em setores da economia brasileira dos mais avançados e competitivos, inclusive nas exportações de bens e serviços, e em grandes empresas que empregam todos os tipos de trabalhadores – construção civil pesada, indústrias naval e de máquinas&equipamentos, fornecedores do complexo petróleo&gás – o lavajatismo versão Paulo Guedes planeja salgar a terra onde já deixou só escombros.
Assinar:
Postagens (Atom)