quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020
Guedes, o 'prestigiado', pedirá demissão?
Por Fernando Brito, em seu blog:
Quem ouviu Jair Bolsonaro dizer que, apesar de “problemas pontuais”, Paulo Guedes permaneceria à frente da economia até o final deste governo. estranhou a declaração, vinda do nada, de que o ministro estava “prestigiado”, como se diz no futebol.
Mais tarde, surgiu a história – segundo o Congresso em Foco – de que o “Posto Ipiranga” teria entregue o cargo e sido convencido a ficar por Bolsonaro e pelo general Augusto Heleno, sob o argumento de que sua saída “liquidaria” o governo.
Embora isso seja uma verdade – pela política selvagem de Guedes nossas elites aceitam tudo – , a cada dia mais isso vai se degradando, por razões políticas e econômicas.
Quem ouviu Jair Bolsonaro dizer que, apesar de “problemas pontuais”, Paulo Guedes permaneceria à frente da economia até o final deste governo. estranhou a declaração, vinda do nada, de que o ministro estava “prestigiado”, como se diz no futebol.
Mais tarde, surgiu a história – segundo o Congresso em Foco – de que o “Posto Ipiranga” teria entregue o cargo e sido convencido a ficar por Bolsonaro e pelo general Augusto Heleno, sob o argumento de que sua saída “liquidaria” o governo.
Embora isso seja uma verdade – pela política selvagem de Guedes nossas elites aceitam tudo – , a cada dia mais isso vai se degradando, por razões políticas e econômicas.
Quando a mídia imporá limites a Bolsonaro?
Por Leandro Fortes
Até quando os jornalistas vão continuar na frente do Palácio da Alvorada, à espera de declarações de um demente que se acha engraçado?
Que tipo de jornalismo eles acham que se faz ali, estocados em um cercadinho, expostos ao ridículo diário para uma claque de idiotas montada pelo governo?
Como não se reconhecem como categoria sindical, porque se acham intelectuais isentos e suprapartidários, os jornalistas brasileiros estão sujeitos a esse vexame, sem saída à vista.
Ficam, assim, na lida desse antijornalismo inútil e coletivo, colhendo insultos e brutalidades para garantir a lacração dos imbecis bolsonaristas, no Twitter.
Até quando os jornalistas vão continuar na frente do Palácio da Alvorada, à espera de declarações de um demente que se acha engraçado?
Que tipo de jornalismo eles acham que se faz ali, estocados em um cercadinho, expostos ao ridículo diário para uma claque de idiotas montada pelo governo?
Como não se reconhecem como categoria sindical, porque se acham intelectuais isentos e suprapartidários, os jornalistas brasileiros estão sujeitos a esse vexame, sem saída à vista.
Ficam, assim, na lida desse antijornalismo inútil e coletivo, colhendo insultos e brutalidades para garantir a lacração dos imbecis bolsonaristas, no Twitter.
ABI processa caluniador. E os Bolsonaro?
Por Marcelo Auler, em seu blog:
A cada novo ataque à imprensa e a jornalistas pipocam pelas redes sociais as notas em repúdio e em solidariedade aos atingidos. São tantas, visto que neste desgoverno de Jair Bolsonaro o desrespeito à Liberdade de Imprensa e ao jornalismo livre é total, que estas notas não têm o menor efeito prático. Provavelmente sequer chegam ao conhecimento dos autores de tais despautérios. É preciso mais.
Neste sentido, em boa hora, a direção da Associação Brasileira de Imprensa – ABI, entidade que foi retomada no ano passado para o campo democrático depois de longo período relegada ao ostracismo, tomou medidas mais efetivas. Na terça-feira, dia 18, seu presidente, Paulo Jerônimo de Sousa, representou junto à Coordenadoria Criminal da Procuradoria da República do Distrito Federal contra o caluniador da jornalista Patrícia Campos Mello, Hans River do Rio Nascimento.
A cada novo ataque à imprensa e a jornalistas pipocam pelas redes sociais as notas em repúdio e em solidariedade aos atingidos. São tantas, visto que neste desgoverno de Jair Bolsonaro o desrespeito à Liberdade de Imprensa e ao jornalismo livre é total, que estas notas não têm o menor efeito prático. Provavelmente sequer chegam ao conhecimento dos autores de tais despautérios. É preciso mais.
Neste sentido, em boa hora, a direção da Associação Brasileira de Imprensa – ABI, entidade que foi retomada no ano passado para o campo democrático depois de longo período relegada ao ostracismo, tomou medidas mais efetivas. Na terça-feira, dia 18, seu presidente, Paulo Jerônimo de Sousa, representou junto à Coordenadoria Criminal da Procuradoria da República do Distrito Federal contra o caluniador da jornalista Patrícia Campos Mello, Hans River do Rio Nascimento.
Governo estrangula educação superior no país
Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:
Na esteira de ataques realizados à educação superior, com o corte de bolsas, em especial no Nordeste, recursos e ataques a instituições, o governo Bolsonaro agora determinou que universidades e institutos federais não paguem a servidores ativos e inativos horas extras, adicional noturno e até aumento de salário por progressão na carreira.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, foi enviado ofício às instituições federais solicitando “abster-se de promover atos que aumentem as despesas com pessoal”, o que inclui não pagar os direitos mencionados anteriormente dos trabalhadores das Instituições Federais de Educação Superior.
Na esteira de ataques realizados à educação superior, com o corte de bolsas, em especial no Nordeste, recursos e ataques a instituições, o governo Bolsonaro agora determinou que universidades e institutos federais não paguem a servidores ativos e inativos horas extras, adicional noturno e até aumento de salário por progressão na carreira.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, foi enviado ofício às instituições federais solicitando “abster-se de promover atos que aumentem as despesas com pessoal”, o que inclui não pagar os direitos mencionados anteriormente dos trabalhadores das Instituições Federais de Educação Superior.
Curso de marketing digital para campanhas
Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
Durante dois sábados de março, no dias 14 e 21, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e o De Olho na Rede promovem curso sobre marketing digital para campanhas. O curso foi desenvolvido para oferecer aos participantes uma visão mais direcionada do uso do marketing digital em campanhas aos mais variados cargos. E tendo em vista um ano de eleições aos cargos de prefeito e vereadores, torna-se ainda mais relevante uma formação nessa perspectiva. As aulas são dinâmicas, com apresentação de cases e discussões.
Durante dois sábados de março, no dias 14 e 21, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e o De Olho na Rede promovem curso sobre marketing digital para campanhas. O curso foi desenvolvido para oferecer aos participantes uma visão mais direcionada do uso do marketing digital em campanhas aos mais variados cargos. E tendo em vista um ano de eleições aos cargos de prefeito e vereadores, torna-se ainda mais relevante uma formação nessa perspectiva. As aulas são dinâmicas, com apresentação de cases e discussões.
As atividades do curso ocorrem das 9h às 16h (com uma hora para almoço), na sede do Barão de Itararé, situada na Rua Rego Freitas, 454, em São Paulo, próximo ao metrô República.
As condições de luta - surpresa! - melhoraram
Por Gilberto Maringoni
Ao contrário do que pregam alarmistas irresponsáveis, não há sinais de que estejamos na iminência de uma ditadura fardada.
Temos mais militares no Planalto, mas até agora inexistem indicações objetivas de que este seja um governo militar, o que ensejaria uma doutrina unificada por parte de seus patrocinadores e um poder garantido pelas baionetas, com amordaçamento do Congresso e do Judiciário.
Temos um "novo normal", com "as instituições funcionando normalmente".
Há um evidente avanço autoritário forçando os limites da institucionalidade, mas atuando dentro dela. A diferença é grande.
Aconteceu uma reforma ministerial que não ousa dizer o nome.
Ao contrário do que pregam alarmistas irresponsáveis, não há sinais de que estejamos na iminência de uma ditadura fardada.
Temos mais militares no Planalto, mas até agora inexistem indicações objetivas de que este seja um governo militar, o que ensejaria uma doutrina unificada por parte de seus patrocinadores e um poder garantido pelas baionetas, com amordaçamento do Congresso e do Judiciário.
Temos um "novo normal", com "as instituições funcionando normalmente".
Há um evidente avanço autoritário forçando os limites da institucionalidade, mas atuando dentro dela. A diferença é grande.
Aconteceu uma reforma ministerial que não ousa dizer o nome.
Lute como um petroleiro
Por Dilma Rousseff, em seu site:
A greve dos petroleiros já entrou para a história. Representa um movimento importante contra o autoritarismo, o neofascismo e a agenda neoliberal. Nasceu em defesa do emprego dos funcionários de uma fábrica de nitrogenados do Paraná que pertence à Petrobras, mas adquiriu a dimensão de uma luta histórica pela democracia, pelos direitos humanos e pela soberania nacional. Os petroleiros nos representam ao exercer o inalienável direito de greve.
A greve dos petroleiros já entrou para a história. Representa um movimento importante contra o autoritarismo, o neofascismo e a agenda neoliberal. Nasceu em defesa do emprego dos funcionários de uma fábrica de nitrogenados do Paraná que pertence à Petrobras, mas adquiriu a dimensão de uma luta histórica pela democracia, pelos direitos humanos e pela soberania nacional. Os petroleiros nos representam ao exercer o inalienável direito de greve.
Solidariedade à greve dos petroleiros
Editorial do site Vermelho:
A já histórica greve dos petroleiros vai se configurando numa importante jornada de enfrentamento ao bolsonarismo. São 21 mil trabalhadores parados em mais de 120 unidades do Sistema Petrobrás. A paralisação já obteve uma primeira vitória; a suspensão das demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR) e uma audiência entre o TST e a direção nacional dos petroleiros para negociação.
A já histórica greve dos petroleiros vai se configurando numa importante jornada de enfrentamento ao bolsonarismo. São 21 mil trabalhadores parados em mais de 120 unidades do Sistema Petrobrás. A paralisação já obteve uma primeira vitória; a suspensão das demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR) e uma audiência entre o TST e a direção nacional dos petroleiros para negociação.
Petroleiros lutam por todos nós
Por José Álvaro de Lima Cardoso, no site Outras Palavras:
Ao longo de 2019 os chamados “formadores de opinião” do mercado vinham afirmando que a economia estaria retomando, após a gravíssima recessão de 2015/2016. Segundo essa versão, o capital externo estaria retornando, o emprego formal estaria se recuperando, o que tenderia a reanimar demais indicadores econômicos, especialmente os de crescimento do produto. Os dados do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgados pelo Banco Central em 14.02.20, novamente desmascara essa tese de recuperação da economia, que na realidade visa blindar a política neoliberal agressiva de Paulo Guedes. O IBC-BR, que é considerado um antecipador dos números do PIB, aponta um crescimento do produto em 0,89% em 2019, em relação ao ano anterior. Este número (que deve se confirmar nos dados Contas Nacionais) representa uma desaceleração frente ao já ridículo crescimento do último ano do governo Temer, de 1,3%.
Ao longo de 2019 os chamados “formadores de opinião” do mercado vinham afirmando que a economia estaria retomando, após a gravíssima recessão de 2015/2016. Segundo essa versão, o capital externo estaria retornando, o emprego formal estaria se recuperando, o que tenderia a reanimar demais indicadores econômicos, especialmente os de crescimento do produto. Os dados do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgados pelo Banco Central em 14.02.20, novamente desmascara essa tese de recuperação da economia, que na realidade visa blindar a política neoliberal agressiva de Paulo Guedes. O IBC-BR, que é considerado um antecipador dos números do PIB, aponta um crescimento do produto em 0,89% em 2019, em relação ao ano anterior. Este número (que deve se confirmar nos dados Contas Nacionais) representa uma desaceleração frente ao já ridículo crescimento do último ano do governo Temer, de 1,3%.
Cafajestada e crime de responsabilidade
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Os ataques machistas de Jair Bolsonaro à jornalista Patricia Campos Mello ultrapassaram o limite da vulgaridade, do desrespeito, da baixaria.
Foi uma verdadeira cafajestada, que não só deve ser repudiada por todas as mulheres e por todos os democratas, como também precisa de resposta institucional.
Ele violou o inciso 7º do capitulo V da Lei do Impeachment, a Lei 1079/50, que inclui entre os crimes de responsabilidade “proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo” que ocupa.
Por isso deputadas já se movimentam para pedir seu impeachment, embora ele já tenha dado outros tantos motivos.
É verdade que não há disposição no Congresso e nas elites econômicas para encarar o impeachment de Bolsonaro, enquanto ele tiver Guedes tocando a agenda neoliberal.
Os ataques machistas de Jair Bolsonaro à jornalista Patricia Campos Mello ultrapassaram o limite da vulgaridade, do desrespeito, da baixaria.
Foi uma verdadeira cafajestada, que não só deve ser repudiada por todas as mulheres e por todos os democratas, como também precisa de resposta institucional.
Ele violou o inciso 7º do capitulo V da Lei do Impeachment, a Lei 1079/50, que inclui entre os crimes de responsabilidade “proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo” que ocupa.
Por isso deputadas já se movimentam para pedir seu impeachment, embora ele já tenha dado outros tantos motivos.
É verdade que não há disposição no Congresso e nas elites econômicas para encarar o impeachment de Bolsonaro, enquanto ele tiver Guedes tocando a agenda neoliberal.
Folha ajudou a naturalizar o fascismo no país
Por Luis Felipe Miguel
Folha faz hoje um editorial "forte" contra o presidente cuja eleição ela tanto apoiou.
Fiel à mitografia que criou para si mesma, coloca-se como pura representante da intrépida imprensa que desafia todos os poderes.
A frase que abre o texto é: "Ao completar 99 anos de fundação, esta Folha está mais uma vez sob ataque de um presidente da República".
Há apenas um trecho que, com enorme esforço e boa vontade, pode ser lido como esboço de início de tentativa de sugestão de envergonhada autocrítica: "Frustraram-se, faz tempo, as expectativas de que a elevação do deputado à suprema magistratura pudesse emprestar-lhe os hábitos para o bom exercício do cargo".
Folha faz hoje um editorial "forte" contra o presidente cuja eleição ela tanto apoiou.
Fiel à mitografia que criou para si mesma, coloca-se como pura representante da intrépida imprensa que desafia todos os poderes.
A frase que abre o texto é: "Ao completar 99 anos de fundação, esta Folha está mais uma vez sob ataque de um presidente da República".
Há apenas um trecho que, com enorme esforço e boa vontade, pode ser lido como esboço de início de tentativa de sugestão de envergonhada autocrítica: "Frustraram-se, faz tempo, as expectativas de que a elevação do deputado à suprema magistratura pudesse emprestar-lhe os hábitos para o bom exercício do cargo".
O discurso racional e as opções da esquerda
Por ocasião de um ato em defesa da democracia, realizado no auditório da Faculdade de Direito da USP, que coincidiu com os cinquenta anos do AI-5, fiz uma breve intervenção, na qual chamei a atenção para a necessidade de recuperar-se o “discurso racional” na política. Estava - e continuo a estar - assustado com a crescente dominação da política pela manipulação de medos, ódios e ressentimentos e com a propagação, por meios eletrônicos, de mensagens curtas, geralmente falsas e com grande capacidade de penetração em mentes menos acostumadas ao pensamento crítico. Tais mensagens contam com o apoio de novas formas de associação, que exploram afinidades afetivas, familiares ou de outra natureza, em uma versão moderna do “argumento da autoridade”.
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020
Contra o 'enigma da esfinge' bolsonarista
Por Roberto Amaral, na revista CartaCapital:
Muitas vezes, na análise do fato social, somos levados a tomar a aparência pela realidade. Trata-se, porém, de desvio de perspectiva que, em regra, leva o observador a mover uma guerra irremediavelmente perdida contra as sombras. O dramático, por força de suas consequências, se apresenta quando esse desvio é cometido por quem tem a responsabilidade de atuar como sujeito do processo político, porque, não raramente, o dirigente partidário, pressionado pela necessidade do agir, é levado a condenar a plano secundário a precaução da análise reflexiva.
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