segunda-feira, 13 de abril de 2020
Cloroquina vai salvar Bolsonaro?
Por Altamiro Borges
Isolado e cambaleante, Jair Bolsonaro decidiu usar a tal da cloroquina como sua salvação. Inimigo da ciência, o "capetão" virou garoto propaganda do remédio. Mas ainda não há qualquer comprovação científica – no mundo e no Brasil – sobre a eficácia do medicamento no tratamento do coronavírus.
Segundo informa a Folha, "o Conselho Federal de Medicina deve se posicionar nos próximos dias sobre o uso da cloroquina para o coronavírus. Mas já avisou o Ministério da Saúde que não encontrou na literatura científica nenhum estudo que comprove que o remédio funcione no tratamento".
Isolado e cambaleante, Jair Bolsonaro decidiu usar a tal da cloroquina como sua salvação. Inimigo da ciência, o "capetão" virou garoto propaganda do remédio. Mas ainda não há qualquer comprovação científica – no mundo e no Brasil – sobre a eficácia do medicamento no tratamento do coronavírus.
Segundo informa a Folha, "o Conselho Federal de Medicina deve se posicionar nos próximos dias sobre o uso da cloroquina para o coronavírus. Mas já avisou o Ministério da Saúde que não encontrou na literatura científica nenhum estudo que comprove que o remédio funcione no tratamento".
domingo, 12 de abril de 2020
Pandemia ressalta a desigualdade brasileira
Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:
A epidemia de coronavírus, além de aumentar o desemprego, vai ressaltar mais uma vez a desigualdade brasileira, na avaliação de debatedores reunidos pela Oxfam Brasil na noite de quinta-feira (9). Eles lembram, por um lado, de pessoas que já vivem aglomeradas e não têm como seguir regras de isolamento ou adotar o chamado home office. Por outro, apesar das recomendações em contrário, a pressão para permanecer trabalhando, que atinge os mais pobres.
Bolsonaro aposta no poder da desinformação
Por Sergio Lirio, na revista CartaCapital:
Pouco antes de mais um pronunciamento claudicante de Jair Bolsonaro em cadeia de rádio e televisão, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, impediu o governo federal de tomar qualquer decisão que contrarie as determinações dos estados e municípios no combate à pandemia. Foi uma resposta a uma reiterada bravata do ex-capitão.
No fim da tarde da quarta-feira, 8, na enésima entrevista ao porta-voz José Luiz Datena, Bolsonaro ameaçou decretar a reabertura do comércio em todo o País e sugeriu às famílias que cuidassem de seus idosos e dependessem menos do poder público.
No fim da tarde da quarta-feira, 8, na enésima entrevista ao porta-voz José Luiz Datena, Bolsonaro ameaçou decretar a reabertura do comércio em todo o País e sugeriu às famílias que cuidassem de seus idosos e dependessem menos do poder público.
A pandemia e a explosão do desemprego
Por Nivaldo Santana, no site Vermelho:
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) faz previsões dramáticas a respeito dos impactos econômicos e sociais da pandemia da Covid-19 no Brasil.
Para esse Instituto, o PIB brasileiro pode desabar 6%. Se essa queda ocorrer e não existirem políticas de prevenção, o desemprego no Brasil deve praticamente dobrar, com o acréscimo da desocupação em 12,6 milhões de pessoas.
Confirmados esses estudos, o volume de trabalhadores desempregados seria o maior dos últimos 40 anos. E como tragédia pouca é bobagem, o desemprego vem acompanhado de um arrocho na renda dos trabalhadores em torno de 15%.
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) faz previsões dramáticas a respeito dos impactos econômicos e sociais da pandemia da Covid-19 no Brasil.
Para esse Instituto, o PIB brasileiro pode desabar 6%. Se essa queda ocorrer e não existirem políticas de prevenção, o desemprego no Brasil deve praticamente dobrar, com o acréscimo da desocupação em 12,6 milhões de pessoas.
Confirmados esses estudos, o volume de trabalhadores desempregados seria o maior dos últimos 40 anos. E como tragédia pouca é bobagem, o desemprego vem acompanhado de um arrocho na renda dos trabalhadores em torno de 15%.
A pandemia cobra a autocrítica dos liberais
Por Róber Iturriet Avila, no site Brasil Debate:
Desde 2015, a economia brasileira está em recessão ou em estagnação. A narrativa hegemônica para tal desempenho é a de que o governo havia excedido gastos nos períodos anteriores e que seria necessário reequilibrar as despesas públicas.
A concepção convencional da economia sugeria que o ajuste fiscal do então Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, seria capaz de aumentar a confiança empresarial, trazendo crescimento econômico no segundo semestre de 2015. O fracasso dos resultados foi justificado com a suposta insuficiência do corte de gastos, mesmo sendo esse o maior registrado no presente século.
Desde 2015, a economia brasileira está em recessão ou em estagnação. A narrativa hegemônica para tal desempenho é a de que o governo havia excedido gastos nos períodos anteriores e que seria necessário reequilibrar as despesas públicas.
A concepção convencional da economia sugeria que o ajuste fiscal do então Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, seria capaz de aumentar a confiança empresarial, trazendo crescimento econômico no segundo semestre de 2015. O fracasso dos resultados foi justificado com a suposta insuficiência do corte de gastos, mesmo sendo esse o maior registrado no presente século.
O Brasil como exemplo
Presidente Alberto Fernández. Foto: Página 12 |
Na noite da sexta-feira, o presidente argentino Alberto Fernández anunciou ao país a prorrogação da estrita quarentena até pelo menos o dia 26 de abril.
Com isso, a medida, adotada em condições consideradas das mais rigorosas do mundo, terá cumprido cinco semanas.
A prorrogação foi decidida depois de prolongadas reuniões não só com os ministros, mas também com líderes de partidos de oposição e todos – todos – os governadores, inclusive os mais drasticamente opositores.
Além disso, o presidente anunciou, com a devida cautela para não cometer charlatanice irresponsável, que médicos e cientistas do seu país trabalham intensamente, e sempre em contato com as mais respeitadas instituições de pesquisa do mundo, na procura de tratamento eficaz para a doença (convém recordar que a Argentina tem dois prêmios Nobel de Medicina e um de Química).
A falsa dicotomia: a vida ou a economia?
Por Jair de Souza
Diante da enorme calamidade que assola o Brasil e o mundo neste momento pela expansão do coronavírus, está vindo à tona uma discussão intensa acerca de uma escolha que deveria ser feita pelos governantes e pelo conjunto da sociedade: priorizar a vida humana ou a economia?
Esta me parece uma discussão estéril, sem fundamento, enganadora. Em primeiro lugar, devemos deixar sempre claro que consideramos a vida humana como a primeira e mais importante de todas as prioridades. Tudo mais deve girar em torno desta prioridade maior. Dito isto, vamos analisar o que há de certo ou falso na dicotomia “vida humana x economia”.
Diante da enorme calamidade que assola o Brasil e o mundo neste momento pela expansão do coronavírus, está vindo à tona uma discussão intensa acerca de uma escolha que deveria ser feita pelos governantes e pelo conjunto da sociedade: priorizar a vida humana ou a economia?
Esta me parece uma discussão estéril, sem fundamento, enganadora. Em primeiro lugar, devemos deixar sempre claro que consideramos a vida humana como a primeira e mais importante de todas as prioridades. Tudo mais deve girar em torno desta prioridade maior. Dito isto, vamos analisar o que há de certo ou falso na dicotomia “vida humana x economia”.
Brasil pagará o alto custo-Bolsonaro
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Neste momento, estamos vivendo o efeito-Bolsonaro. Sua irresponsabilidade e mau exemplo estão dando resultados. Desrespeitando diariamente as recomendações de isolamento social, falando contra elas e contra quem as recomenda, cumprimentando apoiadores com a mão que esfregou o nariz e receitando o uso indiscriminado da cloroquina para incentivar a displicência, ele produziu o imprudente relaxamento da quarentena. Desde seu pronunciamento de quarta-feira a circulação e aglomeração de pessoas aumentou perigosamente. O Brasil pagará um alto custo-Bolsonaro, com milhares de mortes por Covid-19.
Ex-mulher de Terra foi torturada por Ustra
Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo:
Entre as figuras deploráveis da vida pública nacional, Osmar Terra é uma estrela em ascensão.
Médico, no sexto mandato como deputado do MDB, é cotado para substituir Luís Henrique Mandetta no Ministério da Saúde porque concorda, ou finge concordar, com o terraplanismo de Jair Bolsonaro na área.
Entre as figuras deploráveis da vida pública nacional, Osmar Terra é uma estrela em ascensão.
Médico, no sexto mandato como deputado do MDB, é cotado para substituir Luís Henrique Mandetta no Ministério da Saúde porque concorda, ou finge concordar, com o terraplanismo de Jair Bolsonaro na área.
Na última sexta-feira, a CNN Brasil divulgou um diálogo em que ele aparece conspirando com Onyx Lorenzoni, seu conterrâneo, contra Mandetta.
“Eu ajudo, Onyx. E não precisa ser eu o ministro, tem mais gente que pode ser”, disse, simulando desinteresse.
A conversa foi gravada porque ele “esqueceu” o telefone ligado para o repórter da emissora, evidentemente com a anuência de Lorenzoni.
“Eu ajudo, Onyx. E não precisa ser eu o ministro, tem mais gente que pode ser”, disse, simulando desinteresse.
A conversa foi gravada porque ele “esqueceu” o telefone ligado para o repórter da emissora, evidentemente com a anuência de Lorenzoni.
A loucura vai dissolvendo a quarentena
Carreata na Av. Paulista em apoio a reabertura do comércio, 11/4/20 |
No Rio, O Globo mostra a concentração de pessoas nas ruas e, sobretudo, nas áreas mais pobres..
Em São Paulo, discute-se a adoção de medidas mais severas de restrição à mobilidade.
No país inteiro, os sinais de celulares para suas antenas-base mostram que os deslocamentos pessoais aumentaram muito nos últimos dias.
É, em grande parte, o resultado da subversão patrocinada pelo presidente da República, para estabelecer a ditadura do dinheiro como lei maior neste país.
Por isso, ameaça com a fome que pode evitar e com o caos.
O dinheiro para a emergência dos necessitados demora, mas o dos bancos já está faz tempo com eles e nada de emprestar para salvar as empresas, como registrou uma pesquisa do Sebrae: 60% delas tiveram seus créditos negados.
Mentiras fabricadas pelo ‘gabinete do ódio’
Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:
Bolsonaro segue cometendo atentados em série contra a saúde pública.
Pela segunda semana consecutiva, usou o pronunciamento oficial em rádio e TV para impulsionar as mentiras fabricadas pelo “gabinete do ódio” - comandado pelo seu filho Carlos Bolsonaro - e fornecer munição para suas milícias virtuais atacarem adversários políticos e os setores do governo que ousam combater a pandemia se fiando em pesquisas científicas.
No pronunciamento da semana passada, o presidente distorceu uma fala de um diretor da OMS, insinuando que ele aprovaria o afrouxamento do distanciamento social em alguns países.
Era mentira, claro.
Bolsonaro segue cometendo atentados em série contra a saúde pública.
Pela segunda semana consecutiva, usou o pronunciamento oficial em rádio e TV para impulsionar as mentiras fabricadas pelo “gabinete do ódio” - comandado pelo seu filho Carlos Bolsonaro - e fornecer munição para suas milícias virtuais atacarem adversários políticos e os setores do governo que ousam combater a pandemia se fiando em pesquisas científicas.
No pronunciamento da semana passada, o presidente distorceu uma fala de um diretor da OMS, insinuando que ele aprovaria o afrouxamento do distanciamento social em alguns países.
Era mentira, claro.
Merval e o Jim Jones da Globo contra o PT
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Merval Pereira, o porta-voz da Globo, se enquadra na categoria de figuras públicas que [i] manipulam a realidade e os fatos e que [ii] jamais assumem responsabilidade pelas suas escolhas equivocadas. Principalmente quando tais escolhas podem ocasionar, como consequência, catástrofes humanitárias – como é a realidade brasileira atual.
Em artigo no jornal O Globo [11/4] Merval se faz de sonso, como se ele próprio e a Rede Globo não tivessem nenhuma responsabilidade pela eleição do Bolsonaro e pela espiral de barbárie vivida no Brasil.
Merval chama Bolsonaro de “nosso Jim Jones tupiniquim”.
Merval Pereira, o porta-voz da Globo, se enquadra na categoria de figuras públicas que [i] manipulam a realidade e os fatos e que [ii] jamais assumem responsabilidade pelas suas escolhas equivocadas. Principalmente quando tais escolhas podem ocasionar, como consequência, catástrofes humanitárias – como é a realidade brasileira atual.
Em artigo no jornal O Globo [11/4] Merval se faz de sonso, como se ele próprio e a Rede Globo não tivessem nenhuma responsabilidade pela eleição do Bolsonaro e pela espiral de barbárie vivida no Brasil.
Merval chama Bolsonaro de “nosso Jim Jones tupiniquim”.
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