segunda-feira, 4 de maio de 2020

Ousadia dos canalhas avança sobre os generais

Por Fernando Brito, em seu blog:

A informação, na Folha, que Jair Bolsonaro prepara-se para retirar do Comando do Exército, general Edson Pujol, por este estar contrariado com a escalada demagógica e ditatorial que o presidente vem assumindo é o triste retrato do processo deletério que se abateu sobre a realidade brasileira.

E que ameaça, agora, engolir os oficiais-generais que patrocinaram, durante anos, o crescimento deste cogumelo venenoso que comanda o Brasil.

Hoje saberemos se vai confirmar-se a hipótese absurda, levantada pelo bem informado Igor Gielow – durante anos, especialista militar do jornal paulista – de que Bolsonaro reedite a nomeação de Alexandre Ramagem para a Polícia Federal, na prática uma bofetada na autoridade do Supremo Tribunal Federal.

Vamos esperar Bolsonaro dar o golpe?

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Neste domingo, 03 de maio, em ato com apoiadores que novamente pediram intervenção militar e fechamento dos outros poderes, e espancaram jornalistas, Bolsonaro voltou a desafiar as instituições e a sugerir que pode dar um golpe.

Vamos ficar esperando que ele o consume?

Ao dizer que tem o apoio do povo e das Forças Armadas, e que não aceitará mais intervenções em seu governo, está dizendo que pode ir para o golpe, para a ruptura institucional.

Lembremos que ele disse, na semana passada, que quase houve uma crise institucional com a decisão do ministro Alexandre Morais de barrar a nomeação de Alexandre Ramagem para diretor-geral da Polícia Federal.

Bolsonaro vai invadir a União Soviética?

Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Vou me arriscar no campo pantanoso da política outra vez. Começo com a pergunta que está na cabeça de todos: Bolsonaro tem futuro? Questão crucial, pois quase equivale a perguntar: o Brasil tem futuro?

É inegável que a crise do coronavírus e, em especial, a incapacidade do governo de lidar com ela provocaram imenso desgaste. Bolsonaro está cada vez mais isolado. Há quem o considere um cadáver político ambulante, prestes a ser ejetado da Presidência.

Wishful thinking? Provavelmente, sim. As notícias de sua morte são prematuras. Impressiona a resiliência do apoio ao governo nas pesquisas recentes de opinião (cerca de 30% de bom ou ótimo). Isso depois da demissão de dois ministros populares e bem avaliados: Mandetta e, sobretudo, Moro.

Um quadrúpede de cinco patas

Tempos de crise, tempos de esperança

Por Patrus Ananias, no blog Viomundo:

Vivemos um momento histórico mundial que nos desafia.

Fiquemos com a difícil realidade brasileira.

Além do coronavírus e da fragilidade assustadora em que se encontra o sistema público de saúde e outras políticas públicas voltadas para a defesa e promoção da vida, temos um presidente da República que celebra a morte, o ódio, a violência, a ditadura.

Trabalho um cenário, existem outros é claro, segundo o qual Bolsonaro não é um presidente tão fragilizado como sugerem algumas pesquisas.

Torço muito para que minha análise esteja errada, mas não posso silenciar as inquietações que me assaltam.

Fascistas xingam ministro do STF e são presos

O fracasso do ato em apoio a Bolsonaro

Quem manda: generais ou o capitão Jair?

Coronavírus, religião e poder

Bolsonaro: outro crime de responsabilidade

O que é complexo de vira-lata?

1º de Maio: Ovo da pata e ovo da galinha

Por João Guilherme Vargas Netto

Qualquer evento que se realize pressupõe três momentos: o antes, o durante e o depois.

O importante 1º de Maio eletrônico das centrais sindicais, que foi um êxito, ilustra bem a platitude acima.

Ele foi preparado laboriosamente por inúmeras reuniões dos dirigentes e inúmeras conversas que valorizaram a ampliação democrática, por convites às personalidades e aos artistas e pela preparação da rede eletrônica que lhe deu suporte. “Saúde, emprego, renda e democracia” foi o seu chamamento-síntese.

Durante a jornada garantiu-se a grade de participação e irradiação com os números musicais e de solidariedade e com importantes pronunciamentos de dirigentes sindicais e de políticos.

domingo, 3 de maio de 2020

A bolsonarista Carla Zambelli será cassada?

Por Altamiro Borges

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), que se elegeu pegando carona na cavalgada fascista que assola o país, está se achando. Ela vive tirando selfies ao lado do “capetão” Bolsonaro e até rompeu com seu padrinho de casamento, o ex-ministro Sergio Moro. Rainha das fake-news, ela também dispara besteiras diariamente. Mas a exposição midiática, recheada por cenas patéticas e até hilárias, ainda pode lhe custar o mandato.

Com PF, PGR e tudo, Bolsonaro ameaça o país

Impacto sobre os trabalhadores da saúde

Bolsonaro fala sobre amores e dissabores

Sergio Moro é comunista?

Por qual buraco Bolsonaro cairá?

Por Almir Felitte, no site Outras Palavras:

Desde que o tucano Aécio Neves resolveu juntar sua turma para dizer publicamente que não aceitaria os resultados das eleições de 2014, calmaria tem sido raridade na política brasileira. Com um golpe via impeachment contra Dilma, um governo ilegítimo de Temer sem qualquer tipo de apoio popular e uma eleição de Bolsonaro decidida por mentiras absurdas, qualquer brasileiro que tenha falado em normalidade democrática nos últimos 6 anos ou é muito ingênuo ou está do lado que venceu.

Moro apresenta áudios e trocas de mensagens

Da revista CartaCapital:

O depoimento do ex-ministro Sérgio Moro à Polícia Federal durou 8 horas e se encerrou no fim da noite do sábado, 2. Moro deixou a sede da PF por volta das 23 horas e disse estar cansado. Segundo a imprensa, durante o relato, Moro teria apresentado novas provas como mensagens de texto e áudio.
A oitiva de Moro teve início às 14 horas e acabou por perto das 22 horas. O depoimento foi marcado após o ministro Celso de Mello dar cinco dias de prazo para a corporação ouvi-lo.

No dia em que se demitiu do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública e desembarcou do governo, Moro acusou o presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir politicamente na Polícia Federal e em suas investigações e obter vantagens pessoais.

O golaço da TVT e das novas mídias

Por Paulo Salvador, na Rede Brasil Atual:

A transmissão da comemoração remota do 1º de Maio realizada em unidade por 11 centrais sindicais consolida o potencial da TVT e da plataforma de comunicação que inclui a Radio Brasil Atual (98,9 FM) e o portal RBA de suprir grandes lacunas deixadas pela imprensa comercial do Brasil.

Enquanto a velha mídia tem política editorial liberal contra o papel do Estado – na regulação da economia e da proteção da sociedade – e criminaliza as mobilizações sociais, a TVT dá voz aos trabalhadores, sindicatos, movimentos e artistas engajados e atinge recordes de público sem abrir mão da sua visão editorial.

Salvar vidas dos crimes de Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:

Em 30 de janeiro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou “Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional”. No final de fevereiro, 26, é feito é diagnosticado o primeiro caso da Covid-19 no Brasil.

Chegou-se ao início de maio. O governo Bolsonaro dispôs de 3 meses, doze semanas, 90 dias, para prover e defender o Brasil contra a pior pandemia dos últimos cem anos. Em vez disso, o presidente da República usou cada hora desse precioso tempo para, criminosamente, fazer oposto. Fez e reitera a sabotagem contra o isolamento social. Agora, no Primeiro de Maio, o presidente saiu às ruas pregando que o desejo dele era ver todos trabalhando. Quer dizer, todos se contaminando. Ataca os governadores que, dispondo de poucos recursos, se desdobram para cuidar da população. Somente agora, por iniciativa do Congresso Nacional, é que irá se aprovar uma ajuda aos estados e municípios. Isso o governo federal já deveria ter feito desde fevereiro.