quarta-feira, 13 de maio de 2020

O coronavírus, nosso contemporâneo

Ilustração:
Sabrina Strawn
Por Boaventura de Sousa Santos, no site Outras Palavras:

O coronavírus é nosso contemporâneo no sentido mais profundo do termo. Não o é apenas por ocorrer no mesmo tempo linear em que ocorrem as nossas vidas (simultaneidade). É nosso contemporâneo porque partilha conosco as contradições do nosso tempo, os passados que não passaram e os futuros que virão ou não. Isto não significa que viva o tempo presente do mesmo modo que nós. Há diferentes formas de ser contemporâneo. O camponês africano é contemporâneo do executivo do Banco Mundial que foi avaliar as condições de investimento internacional no seu território. Nos últimos cinquenta anos acumulou-se um repertório extremamente diverso de problematizações da noção de contemporaneidade.

CPMI das fake news em tempos de pandemia

Por Jean Paul Prates, na revista Teoria e Debate:

O Congresso Nacional tem atuado com responsabilidade para responder as demandas e necessidades da sociedade nesses tempos de pandemia. Um exemplo é a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) que investiga a indústria de notícias falsas nas redes sociais.

A um primeiro olhar, pode parecer estranho classificar a CPMI das Fake News como prioritária, quando medidas concretas para assegurar a sobrevivência do nosso povo precisam ser formuladas e aprovadas todos os dias no Parlamento. Mas apurar, punir e coibir o verdadeiro tsunami de desinformações e mentiras que varre a internet para proveito político dos inescrupulosos é cada vez mais uma tarefa inadiável.

Bolsonaro é fruto do golpe contra Dilma

Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

Nesta terça-feira (12) completaram-se quatro anos do afastamento de uma presidenta mulher eleita democraticamente no nosso país.

Foi o início daquilo que seria um golpe parlamentar. No dia 12 de maio de 2016, com apenas 22 votos contrários ao seu afastamento, o Senado Federal, em uma manhã de uma sessão que iniciou praticamente 24 horas antes, afastou a presidenta Dilma Rousseff.

O afastamento tornou-se definitivo a partir do momento em que o próprio Senado aprovou o impeachment, o qual o Brasil e o mundo sabem que efetivamente foi um golpe, porque não houve qualquer crime comprovado que tivesse sido cometido pela presidenta Dilma.

Aonde vai o partido militar?

Por Marcus Ianoni, no site Brasil Debate:

Em 4 de maio, o ministro da Defesa, general da reserva Fernando Azevedo e Silva, disse o seguinte: “Marinha, Exército e Força Aérea são organismos de Estado, que consideram a independência e a harmonia entre os Poderes imprescindíveis para a governabilidade do país”. No dia 5, o ministro Celso de Mello, do STF, autorizou o depoimento, entre outros, de três ministros militares do governo Bolsonaro no inquérito aberto pela PGR para investigar as informações e alegações que o ex-ministro Sergio Moro trouxe a público quando pediu demissão do cargo na pasta da Justiça e Segurança Pública. Em seu despacho, Celso de Mello disse que todos os convocados a depor estão sujeitos, na forma da lei, à condução coercitiva. Os ministros militares convocados são os generais Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Walter Braga Netto (Casa Civil).

Governo faz apologia ao nazismo

Quatro anos do golpe no Brasil

O essencial, segundo o presidente

O vídeo que poderá derrubar Bolsonaro

"Não falta muito para que tiros sejam reais"

A falsa imagem das Forças Armadas

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Estarrecidos, tomamos conhecimento de que quase 200 mil militares, com soldo em dia, gratificações, estabilidade, paridade salarial na aposentadoria e integralidade receberam indevidamente o auxílio emergencial de R$ 600 reais.

Abocanharam uma ajuda criada pelo Congresso Nacional para socorrer os trabalhadores informais entregues à própria sorte depois que a pandemia suspendeu grande parte da atividade econômica do país. Asco e revolta são sentimentos inevitáveis diante de tamanho absurdo.

Corrupção e censura à imprensa na Bolívia

Por Leonardo Wexell Severo

Em meio ao avanço da pandemia na Bolívia e da censura aos meios de comunicação, a autoproclamada presidenta Jeanine Áñez rasgou a Constituição Política do Estado (CPE) e empossou na Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) - principal estatal do país - o executivo da transnacional Shlumberger, maior empresa de serviços de petróleo do mundo, Richard Botello.

Com a nomeação, realizada na quinta-feira passada, Botello passa a ser o terceiro presidente da YPFB - atolada em corrupção pelas sucessivas chefias impostas durante os seis meses do golpe contra o presidente Evo Morales, patrocinado pelos Estados Unidos. Vale lembrar que, até o dia anterior, Botello era o gerente do cartel multinacional na Bolívia.

terça-feira, 12 de maio de 2020

Em plena pandemia, milicos ocupam o laranjal

A pandemia do fake news na Bahia

Fim da hegemonia dos EUA?

Na pandemia, Brasil mostra face escravocrata

Não tenhamos ilusões com as Forças Armadas

Por José Dirceu, no blog Nocaute:

Frente à crescente reprovação de seu governo pela maioria do país e ao aumento do apoio popular a seu impeachment, Jair Bolsonaro não deixa dúvidas de que pretende dar um autogolpe de Estado. O militarismo está de volta e a politização das Forças Armadas será inevitável, se não reagirmos e não dermos um basta a toda e qualquer ação militar fora dos marcos da Constituição

A cada dia sua aflição

Por João Guilherme Vargas Netto

Com os brasileiros assolados pela tragédia do coronavírus quase não se pode falar do que não seja uma nova preocupação, preocupação até mesmo com os amigos doentes.

Cada uma delas aparece e todas vão se sucedendo em um cortejo de medo, dúvidas, dificuldades e tarefas. Também para o movimento sindical.

Aqui em São Paulo trata-se de reforçar o apelo ao distanciamento social, criticar o megarrodízio proposto pela prefeitura (sem cair no relaxamento dos irresponsáveis) e exigir a paralisação total das atividades (o chamado lockdown).

Como atuam os robôs de Bolsonaro na internet

Popularidade derrete e Bolsonaro radicaliza

Como Alagoas tem enfrentado o coronavírus