quinta-feira, 23 de julho de 2020
Guerra cibernética virá forte nas eleições
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Na eleição de 2018, a sociedade brasileira foi assombrada por um fenômeno surpreendente: a guerra cibernética – ou ciberguerra –; o dispositivo sujo e devastador planejado e empregado no campo de batalha eleitoral pela extrema-direita.
A votação que assegurou a vitória do Bolsonaro no 2º turno da eleição de 2018 com 57 milhões de votos é resultado, dentre outros fatores, também desta estratégia cibernética bem sucedida.
Até onde se sabe, a Cambridge Analytica [CA], empresa de tecnologia de informações criada por Steve Bannon para interferir e manipular processos eleitorais, foi pioneira neste experimento.
Na eleição de 2018, a sociedade brasileira foi assombrada por um fenômeno surpreendente: a guerra cibernética – ou ciberguerra –; o dispositivo sujo e devastador planejado e empregado no campo de batalha eleitoral pela extrema-direita.
A votação que assegurou a vitória do Bolsonaro no 2º turno da eleição de 2018 com 57 milhões de votos é resultado, dentre outros fatores, também desta estratégia cibernética bem sucedida.
Até onde se sabe, a Cambridge Analytica [CA], empresa de tecnologia de informações criada por Steve Bannon para interferir e manipular processos eleitorais, foi pioneira neste experimento.
Vitória da educação, derrota de Bolsonaro
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Neste vagalhão de fatos e notícias que só causam tristeza, revolta ou vergonha, a aprovação da PEC que prorroga o Fundeb pela Câmara é algo a celebrar.
Um clarão na noite escura.
Agora será permanente a cota da União no financiamento do ensino fundamental e médio, e também do ensino infantil, que antes não era coberto pelo fundo.
A cota federal passará, até 2026, dos atuais 10% do gasto total para 23%, em escala progressiva. Melhor ainda: a sanha de Bolsonaro para vetar decisões legislativas não poderá alcançar uma emenda constitucional.
Caberá ao Congresso promulga-la, logo que o Senado fizer sua parte.
Neste vagalhão de fatos e notícias que só causam tristeza, revolta ou vergonha, a aprovação da PEC que prorroga o Fundeb pela Câmara é algo a celebrar.
Um clarão na noite escura.
Agora será permanente a cota da União no financiamento do ensino fundamental e médio, e também do ensino infantil, que antes não era coberto pelo fundo.
A cota federal passará, até 2026, dos atuais 10% do gasto total para 23%, em escala progressiva. Melhor ainda: a sanha de Bolsonaro para vetar decisões legislativas não poderá alcançar uma emenda constitucional.
Caberá ao Congresso promulga-la, logo que o Senado fizer sua parte.
A direita chama o bolsonarismo à ordem
Por Roberto Amaral, em seu blog:
O acordão da casa-grande, tratado neste espaço como artimanha em andamento (“A tramoia da casa-grande para salvar Jair Bolsonaro”. 09.072020), deixa o campo das hipóteses e se estabelece como fato consumado, de que dá conta a nova linha editorial dos grandes jornais, para os quais a presença do capitão e sua récua no comando do país deixou de representar uma ameaça às instituições democráticas. Porque o fundamental, agora, é salvar a “pauta Guedes”, ameaçada de cair por terra com o esboroamento do governo.
O acordão da casa-grande, tratado neste espaço como artimanha em andamento (“A tramoia da casa-grande para salvar Jair Bolsonaro”. 09.072020), deixa o campo das hipóteses e se estabelece como fato consumado, de que dá conta a nova linha editorial dos grandes jornais, para os quais a presença do capitão e sua récua no comando do país deixou de representar uma ameaça às instituições democráticas. Porque o fundamental, agora, é salvar a “pauta Guedes”, ameaçada de cair por terra com o esboroamento do governo.
Greve contra as 750 demissões na Renault
Foto do site do SMC |
Trabalhadores da Renault de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, decretaram greve por tempo indeterminado contra a demissão de 750 funcionários da unidade. A paralisação foi aprovada por unanimidade na noite da terça (21) em assembleia na porta da fábrica.
Desde o início da pandemia, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) encontra dificuldades de negociar com a empresa alternativas para manter os empregos.
quarta-feira, 22 de julho de 2020
O lixo que vai 'abrigar' Bolsonaro
Por Fernando Brito, em seu blog:
Com o fracasso da coleta das assinaturas para a criação do tal “Aliança pelo Brasil”, especula-se – sem que o presidente negue – que Jair Bolsonaro vai se filiar ao PTB – suprema afronta ao legado de Vargas.
A ler a nota da coluna de Monica Bergamo, hoje, e assistir à estarrecedora “entrevista” do presidente do partido e autor do convite ao presidente, Roberto Jefferson, entende-se a razão da escolha bolsonariana, que já começou a ficar clara com o ânimo com que ele assiste às falas do “petebista”.
Ontem, Jefferson, numa linguagem de lupanar, disse que dois ministros do Supremo são “sodomitas”, aos quais chama de “Carmem Miranda” e “Lulu Boca de Veludo” e descreve, lubricamente, supostas cenas “o ministro do Supremo, de quatro, com o negão pá, pufo-pufo nele”.
Com o fracasso da coleta das assinaturas para a criação do tal “Aliança pelo Brasil”, especula-se – sem que o presidente negue – que Jair Bolsonaro vai se filiar ao PTB – suprema afronta ao legado de Vargas.
A ler a nota da coluna de Monica Bergamo, hoje, e assistir à estarrecedora “entrevista” do presidente do partido e autor do convite ao presidente, Roberto Jefferson, entende-se a razão da escolha bolsonariana, que já começou a ficar clara com o ânimo com que ele assiste às falas do “petebista”.
Ontem, Jefferson, numa linguagem de lupanar, disse que dois ministros do Supremo são “sodomitas”, aos quais chama de “Carmem Miranda” e “Lulu Boca de Veludo” e descreve, lubricamente, supostas cenas “o ministro do Supremo, de quatro, com o negão pá, pufo-pufo nele”.
Militares, poder e contrapoder
Por André Singer, no site A terra é redonda:
O ministro do STF, Gilmar Mendes, afirmou recentemente: “Não é aceitável que se tenha esse vazio no Ministério da Saúde. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a este genocídio, não é razoável. É preciso pôr fim a isso”.
Evidentemente trata-se de uma declaração muito forte, mas ela é esperada diante dessa situação em que o governo brasileiro está crescentemente militarizado, muitos ministérios importantes da Esplanada ocupados por oficiais das três Forças, sobretudo do Exército. E no caso do Ministério da Saúde por um general da ativa.
O ministro do STF, Gilmar Mendes, afirmou recentemente: “Não é aceitável que se tenha esse vazio no Ministério da Saúde. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a este genocídio, não é razoável. É preciso pôr fim a isso”.
Evidentemente trata-se de uma declaração muito forte, mas ela é esperada diante dessa situação em que o governo brasileiro está crescentemente militarizado, muitos ministérios importantes da Esplanada ocupados por oficiais das três Forças, sobretudo do Exército. E no caso do Ministério da Saúde por um general da ativa.
Extrema direita ganha por W.O. nas redes
Por Rosana Pinheiro-Machado, no site The Intercept-Brasil:
Enquanto você lê esta coluna, parte da rede bolsonarista de WhatsApp recebe aproximadamente 5 mil mensagens nos quase 2 mil grupos de apoio ao ex-capitão.
“A extrema direita ganha por W.O.”, quando há vitória de um time sem adversário. Assim Pedro*, expert em tecnologia e política, define a atual disputa ideológica entre direita e esquerda nas redes sociais. Ele segue sua explicação: “é como se fosse uma guerra aberta, na qual a direita vem com drone e bombardeio, e a esquerda joga um fogo de artifício para o alto para tentar demonstrar reação, sem exatamente entender que está numa guerra”.
“A extrema direita ganha por W.O.”, quando há vitória de um time sem adversário. Assim Pedro*, expert em tecnologia e política, define a atual disputa ideológica entre direita e esquerda nas redes sociais. Ele segue sua explicação: “é como se fosse uma guerra aberta, na qual a direita vem com drone e bombardeio, e a esquerda joga um fogo de artifício para o alto para tentar demonstrar reação, sem exatamente entender que está numa guerra”.
Contra os rentistas, revogar o Teto de Gastos
Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:
O cenário era aquele do período posterior à aprovação definitiva do impedimento de Dilma Roussef, em agosto de 2016. Michel Temer já tinha se aboletado no Palácio do Planalto e havia nomeado Henrique Meirelles para chefiar o ministério da Fazenda. A enorme pressão exercida pelos representantes do sistema financeiro e pelos “especialistas” dos grandes meios de comunicação referia-se – dia sim, outro também – à necessidade de impor um maior rigor no controle dos gastos públicos e mais austeridade na chamada “responsabilidade fiscal”.
O cenário era aquele do período posterior à aprovação definitiva do impedimento de Dilma Roussef, em agosto de 2016. Michel Temer já tinha se aboletado no Palácio do Planalto e havia nomeado Henrique Meirelles para chefiar o ministério da Fazenda. A enorme pressão exercida pelos representantes do sistema financeiro e pelos “especialistas” dos grandes meios de comunicação referia-se – dia sim, outro também – à necessidade de impor um maior rigor no controle dos gastos públicos e mais austeridade na chamada “responsabilidade fiscal”.
Bolsonaro se alia aos EUA contra a China
Agindo como um fiel e vil vira-lata do presidente Donald Trump, o governo Bolsonaro decidiu ingressar nesta terça-feira (21) junto com os Estados Unidos com uma proposta na Organização Mundial de Comércio (OMC) estabelecendo que o princípio de economia de mercado tem de valer para todos os seus membros.
O alvo da ação é a China, acusada pelos imperialistas de Washington de não ser uma economia de mercado. O pano de fundo é o duelo pela liderança geopolítica do mundo. Tal conflito não é uma nuvem passageira na conjuntura, vai perdurar certamente pelos próximos anos e terá por provável desfecho uma nova ordem internacional, se antes não resultar numa guerra nuclear.
terça-feira, 21 de julho de 2020
Bolsonaro é bancado pelas Forças Armadas
Por Jeferson Miola, em seu blog:
O plano da Presidência do Bolsonaro nasceu muito antes de 2018. Concebido como projeto secreto da cúpula militar, foi parido nos quartéis e conduzido com inteligência estratégica. Os obstáculos ao plano foram todos removidos do caminho – como, por exemplo, a candidatura do Lula e o altíssimo risco que seria a participação do Bolsonaro nos debates eleitorais.
A gratidão do Bolsonaro ao comandante do Exército deixou implícito o engajamento dos comandos militares na mecânica conspirativa para elegê-lo: “General Villas Boas, o que já conversamos morrerá entre nós. O senhor é um dos responsáveis por eu estar aqui”, declarou ele, talvez aludindo aos twitters do general para ameaçar e tutelar o STF.
O plano da Presidência do Bolsonaro nasceu muito antes de 2018. Concebido como projeto secreto da cúpula militar, foi parido nos quartéis e conduzido com inteligência estratégica. Os obstáculos ao plano foram todos removidos do caminho – como, por exemplo, a candidatura do Lula e o altíssimo risco que seria a participação do Bolsonaro nos debates eleitorais.
A gratidão do Bolsonaro ao comandante do Exército deixou implícito o engajamento dos comandos militares na mecânica conspirativa para elegê-lo: “General Villas Boas, o que já conversamos morrerá entre nós. O senhor é um dos responsáveis por eu estar aqui”, declarou ele, talvez aludindo aos twitters do general para ameaçar e tutelar o STF.
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